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Professor Timm e suas considerações!

Em artigo publicado na edição de abril de 2005 da Revista Adventista, Alberto R. Timm, professor de Teologia Histórica no Unasp, Campus Engenheiro Coelho, SP, e Diretor do Centro de Pesquisas Ellen G. White (Brasil) e do Centro Nacional da Memória Adventista, classifica como desequilibrados emocionais, portadores do "assim chamado Transtorno Obsessivo Compulsivo (TOC)"; frustrados; amargurados; com problemas morais e financeiros; traumatizados pela perda do cônjuge ou de "função de destaque" na Obra; infiéis; deficientes físicos ou emocionais; de baixa auto-estima; egocêntricos; dissimulados; desonestos; diabólicos; etc, aqueles que ousam questionar as crenças e sistema administrativo da  Igreja Adventista do Sétimo Dia atual.

Em linguagem popular, na ausência de argumentos convincentes para rebater as observações feitas  em vários sites e diferentes publicações, o artigo "A Igreja e Seus Críticos" é um atestado de desespero intelectual, no qual tenta desmerecer o conteúdo dos textos críticos, rotulando negativamente os autores daquilo que entende como "críticas belicosas". Imagine a gravidade de toda a adjetivação resumida acima, considerando o ensino cristão de que se alguém apenas chamar a seu irmão de "tolo" já "estará sujeito ao inferno de fogo" (Mateus 5:22).

A situação se agrava, quando lemos que o referido articulista, fundamenta suas conclusões em observações pessoais e, em suas palavras, "através de informações biográficas fornecidas por outras pessoas" (pág. 16). Que ginástica verbal, fez o ilustre teólogo para tentar encontrar um substituto chique para a conhecida palavra "fofoca". Fofoca, não. Informações biográficas fornecidas por outras pessoas!

Apenas a título de contraposição, para que o próprio Professor Timm perceba que seu texto é uma reedição atual do velho discurso dos líderes judaicos do tempo de Cristo, publicamos a seguir uma relação de versículos dos Evangelhos, ordenados segundo o encadeamento argumentativo proposto em seu texto, ao qual, parafraseando-o, intitulamos: "Israel e Seu Maior Crítico, Jesus, Chamado Cristo".

I. Perfil do Crítico

1. Desequilíbrio emocional. Todos os que a ele se opõem são considerados inimigos a serem combatidos em nome de Deus. "Quem não é por mim é contra mim; e quem comigo não ajunta espalha." Mateus 12:30.

2. Frustrações pessoais. Grande parte dos críticos é composta por pessoas frustradas por não terem conseguido cargo de liderança ou certo reconhecimento público... "Quantas vezes quis eu reunir os teus filhos, como a galinha ajunta os seus pintinhos debaixo das asas, e vós não o quisestes! Eis que a vossa casa vos ficará deserta." Mateus 23:37-38.

3. Problemas morais e familiares. Sem a estabilidade de uma família bem estruturada, a pessoa tende a exercer uma influência desestabilizadora sobre outros segmentos sociais...  "Disseram-lhe eles: Nós não somos bastardos; temos um pai, que é Deus." João 8:41.

4. Dificuldades financeiras. Não são poucos os que chegam mesmo a desviar os fundos da igreja para seus interesses particulares, sob a alegação de corrupção no uso desses fundos por parte da denominação. "...Andava Jesus de cidade em cidade e de aldeia em aldeia, pregando e anunciando o evangelho do reino de Deus, e os doze iam com ele, e também algumas mulheres ...as quais lhe prestavam assistência com os seus bens." Lucas 8:1-3. "E foram para Jerusalém. Entrando ele no templo, passou a expulsar os que ali vendiam e compravam; derribou as mesas dos cambistas e as cadeiras dos que vendiam pombas. Não permitia que alguém conduzisse qualquer utensílio pelo templo; também os ensinava e dizia: Não está escrito: A minha casa será chamada casa de oração para todas as nações? Vós, porém, a tendes transformado em covil de salteadores." Marcos 11:15-17.

5. Problemas de auto-estima. Carregam alguma deficiência física ou emocional e buscam incessantemente algo para superar sua baixa auto-estima. "Não tinha aparência nem formosura; olhamo-lo, mas nenhuma beleza havia que nos agradasse. Era desprezado e o mais rejeitado entre os homens; homem de dores e que sabe o que é padecer; e, como um de quem os homens escondem o rosto, era desprezado, e dele não fizemos caso. Certamente, ele tomou sobre si as nossas enfermidades e as nossas dores levou sobre si; e nós o reputávamos por aflito, ferido de Deus e oprimido." Isaías 53:2-4.

Não lhes sendo concedida a oportunidade de pregar, passam a criticar os outros pregadores que usam o púlpito. "Na cadeira de Moisés, se assentaram os escribas e os fariseus. Fazei e guardai, pois, tudo quanto eles vos disserem, porém não os imiteis nas suas obras; porque dizem e não fazem. Atam fardos pesados [e difíceis de carregar] e os põem sobre os ombros dos homens; entretanto, eles mesmos nem com o dedo querem movê-los. Praticam, porém, todas as suas obras com o fim de serem vistos dos homens; pois alargam os seus filactérios e alongam as suas franjas. Amam o primeiro lugar nos banquetes e as primeiras cadeiras nas sinagogas, as saudações nas praças e o serem chamados mestres pelos homens. Vós, porém, não sereis chamados mestres, porque um só é vosso Mestre, e vós todos sois irmãos. A ninguém sobre a terra chameis vosso pai; porque só um é vosso Pai, aquele que está nos céus. Nem sereis chamados guias, porque um só é vosso Guia, o Cristo." Mateus 23:2-10.

6. Egocentrismo. São pessoas egocêntricas, que se colocam a si mesmas e suas idéias como referencial para a espiritualidade dos demais. "E o Pai a ninguém julga, mas ao Filho confiou todo julgamento, ...Em verdade, em verdade vos digo: quem ouve a minha palavra e crê naquele que me enviou tem a vida eterna, não entra em juízo, mas passou da morte para a vida." João 5:22-24. "Porque eu vos dei o exemplo, para que, como eu vos fiz, façais vós também." João 13:15.

7. Individualismo e independência. O egocentrismo dos críticos gera neles uma postura individualista e independente, que acaba por distanciá-los do pensamento coletivo da Igreja. "E, andando ele pelo templo, vieram ao seu encontro os principais sacerdotes, os escribas e os anciãos e lhe perguntaram: Com que autoridade fazes estas coisas? Ou quem te deu tal autoridade para as fazeres? Jesus lhes respondeu: Eu vos farei uma pergunta; respondei-me, e eu vos direi com que autoridade faço estas coisas." Mateus 11:27-29.

8. Espírito acusador. Para conseguir o seu espaço, eles precisam acusar e rotular negativamente outras pessoas influentes. "Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas, porque fechais o reino dos céus diante dos homens; pois vós não entrais, nem deixais entrar os que estão entrando! ...Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas, porque rodeais o mar e a terra para fazer um prosélito; e, uma vez feito, o tornais filho do inferno duas vezes mais do que vós! Ai de vós, guias cegos ...Insensatos e cegos! ...Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas, porque dais o dízimo da hortelã, do endro e do cominho e tendes negligenciado os preceitos mais importantes da Lei: a justiça, a misericórdia e a fé; devíeis, porém, fazer estas coisas, sem omitir aquelas! Guias cegos, que coais o mosquito e engolis o camelo! Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas, porque limpais o exterior do copo e do prato, mas estes, por dentro, estão cheios de rapina e intemperança! Fariseu cego, limpa primeiro o interior do copo, para que também o seu exterior fique limpo! Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas, porque sois semelhantes aos sepulcros caiados, que, por fora, se mostram belos, mas interiormente estão cheios de ossos de mortos e de toda imundícia! Assim também vós exteriormente pareceis justos aos homens, mas, por dentro, estais cheios de hipocrisia e de iniqüidade. Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas... ...Serpentes, raça de víboras! Como escapareis da condenação do inferno?" Mateus 23:13-33. 

II -- Estratégias dos críticos.

1. Demonstração de profundo conhecimento da Bíblia e dos escritos proféticos. "E, começando por Moisés, discorrendo por todos os Profetas, expunha-lhes o que a seu respeito constava em todas as Escrituras." Lucas 24:27.

2. Manipulação psicossocial. Recitam textos que ninguém do auditório havia memorizado. " Replicou-lhes Jesus: Não está escrito na vossa lei: Eu disse: sois deuses? Se ele chamou deuses àqueles a quem foi dirigida a palavra de Deus, e a Escritura não pode falhar, então, daquele a quem o Pai santificou e enviou ao mundo, dizeis: Tu blasfemas; porque declarei: sou Filho de Deus? Se não faço as obras de meu Pai, não me acrediteis." João 10:34-37.

Assim, vendem a idéia de que possuem um conhecimento superior a todos os demais, e que esse conhecimento deve ser aceito como uma "nova luz" de origem divina. "Acudiu Jesus: Tu és mestre em Israel e não compreendes estas coisas? Em verdade, em verdade te digo que nós dizemos o que sabemos e testificamos o que temos visto; contudo, não aceitais o nosso testemunho. Se, tratando de coisas terrenas, não me credes, como crereis, se vos falar das celestiais? Ora, ninguém subiu ao céu, senão aquele que de lá desceu, a saber, o Filho do Homem... ...Quem nele crê não é julgado; o que não crê já está julgado, porquanto não crê no nome do unigênito Filho de Deus. O julgamento é este: que a luz veio ao mundo, e os homens amaram mais as trevas do que a luz; porque as suas obras eram más." João 3:9-19.

3. Pretensa originalidade. Deixam a impressão de que finalmente surgiu alguém honesto para restaurar a verdade em sua pureza e revelar as falcatruas da denominação. "Todos quantos vieram antes de mim são ladrões e salteadores; mas as ovelhas não lhes deram ouvido. Eu sou a porta. Se alguém entrar por mim, será salvo; entrará, e sairá, e achará pastagem. O ladrão vem somente para roubar, matar e destruir; eu vim para que tenham vida e a tenham em abundância. Eu sou o bom pastor. O bom pastor dá a vida pelas ovelhas. O mercenário, que não é pastor, a quem não pertencem as ovelhas, vê vir o lobo, abandona as ovelhas e foge; então, o lobo as arrebata e dispersa. O mercenário foge, porque é mercenário e não tem cuidado com as ovelhas. Eu sou o bom pastor; conheço as minhas ovelhas, e elas me conhecem a mim..." João 10:8-14.

4. Difamação da liderança da igreja. "Então, [os principais sacerdotes e os anciãos do povo] responderam a Jesus: Não sabemos. E ele, por sua vez: Nem eu vos digo com que autoridade faço estas coisas. E que vos parece? Um homem tinha dois filhos. Chegando-se ao primeiro, disse: Filho, vai hoje trabalhar na vinha. Ele respondeu: Sim, senhor; porém não foi. Dirigindo-se ao segundo, disse-lhe a mesma coisa. Mas este respondeu: Não quero; depois, arrependido, foi. Qual dos dois fez a vontade do pai? Disseram: O segundo. Declarou-lhes Jesus: Em verdade Vos digo que publicanos e meretrizes vos precedem no reino de Deus. Porque João veio a vós outros no caminho da justiça, e não acreditastes nele; ao passo que publicanos e meretrizes creram. Vós, porém, mesmo vendo isto, não vos arrependestes, afinal, para acreditardes nele." Mateus 21:27-32.

5. Postura de "salvador da pátria". "Em verdade, em verdade vos digo: quem crê em mim tem a vida eterna. Eu sou o pão da vida.. Vossos pais comeram o maná no deserto e morreram. Este é o pão que desce do céu, para que todo o que dele comer não pereça. Eu sou o pão vivo que desceu do céu; se alguém dele comer, viverá eternamente; e o pão que eu darei pela vida do mundo é a minha carne. Disputavam, pois, os judeus entre si, dizendo: Como pode este dar-nos a comer a sua própria carne? Respondeu-lhes Jesus: Em verdade, em verdade vos digo: se não comerdes a carne do Filho do Homem e não beberdes o seu sangue, não tendes vida em vós mesmos. Quem comer a minha carne e beber o meu sangue tem a vida eterna, e eu o ressuscitarei no último dia. Pois a minha carne é verdadeira comida, e o meu sangue é verdadeira bebida." João 6:47-55.

6. Síndrome de mártir. Fazem-se de vítimas do sistema eclesiástico. "Reunidos eles na Galiléia, disse-lhes Jesus: O Filho do Homem está para ser entregue nas mãos dos homens; e estes o matarão; mas, ao terceiro dia, ressuscitará. Então, os discípulos se entristeceram grandemente." Mateus 17:22-23.

"Estai vós de sobreaviso, porque vos entregarão aos tribunais e às sinagogas; sereis açoitados, e vos farão comparecer à presença de governadores e reis, por minha causa, para lhes servir de testemunho. ...Um irmão entregará à morte outro irmão, e o pai, ao filho; filhos haverá que se levantarão contra os progenitores e os matarão. Sereis odiados de todos por causa do meu nome; aquele, porém, que perseverar até ao fim, esse será salvo." Marcos 13:9-13.

7. Discurso autobiográfico. "Mas Jesus lhe respondeu: As raposas têm seus covis, e as aves do céu, ninhos; mas o Filho do Homem não tem onde reclinar a cabeça." Mateus 8:20.

"Então, ele foi para casa. Não obstante, a multidão afluiu de novo, de tal modo que nem podiam comer. E, quando os parentes de Jesus ouviram isto, saíram para o prender; porque diziam: Está fora de si. Os escribas, que haviam descido de Jerusalém, diziam: Ele está possesso de Belzebu. E: É pelo maioral dos demônios que expele os demônios. ...Nisto, chegaram sua mãe e seus irmãos e, tendo ficado do lado de fora, mandaram chamá-lo. Muita gente estava assentada ao redor dele e lhe disseram: Olha, tua mãe, teus irmãos e irmãs estão lá fora à tua procura. Então, ele lhes respondeu, dizendo: Quem é minha mãe e meus irmãos? E, correndo o olhar pelos que estavam assentados ao redor, disse: Eis minha mãe e meus irmãos. Portanto, qualquer que fizer a vontade de Deus, esse é meu irmão, irmã e mãe." Marcos 3:21-35.

8. Divisão nas igrejas. Suas palavras não fortalecem a unidade dos crentes. "Não penseis que vim trazer paz à terra; não vim trazer paz, mas espada. Pois vim causar divisão entre o homem e seu pai; entre a filha e sua mãe e entre a nora e sua sogra. Assim, os inimigos do homem serão os da sua própria casa." Mateus 10:34-36.

 

III - Considerações adicionais

Em lugar de uma gloriosa promessa, realçam características negativas da Igreja, como se esta precisasse arrepender-se. "Conheço as tuas obras, que nem és frio nem quente. Quem dera fosses frio ou quente! Assim, porque és morno e nem és quente nem frio, estou a ponto de vomitar-te da minha boca; pois dizes: Estou rico e abastado e não preciso de coisa alguma, e nem sabes que tu és infeliz, sim, miserável, pobre, cego e nu. Aconselho-te que de mim compres ouro refinado pelo fogo para te enriqueceres, vestiduras brancas para te vestires, a fim de que não seja manifesta a vergonha da tua nudez, e colírio para ungires os olhos, a fim de que vejas. Eu repreendo e disciplino a quantos amo. Sê, pois, zeloso e arrepende-te." Apocalipse 3:15-19. -- Hermano de Jesus, adventista de berço.

Esclarecimentos referentes as alegações do Professor Alberto R. Timm em seu artigo A Igreja e seus críticos publicado na Revista Adventista, edição de Abril de 2005, páginas 16 e 17.

Previsível. É o máximo que se pode dizer do seu artigo “A Igreja e seus críticos”, publicado  na Revista Adventista, edição de Abril/2005, páginas 16 e 17.

Esta seria apenas mais uma das tentativas de tratar situações que lhe foge ao controle, não fosse por apenas um detalhe: a forma  presunçosa como referido senhor ultrapassa os limites do aceitável.

De maneira invejável, tal teólogo, consegue traçar um perfil dos críticos da Igreja, apenas por ter conhecido alguns ou através das informações biográficas fornecidas por outras pessoas. Desculpe-me professor, o que é isso? A legalização da fofoca, ou a oficialização do uso de boatos e mexericos como fonte de pesquisa?

Mas as surpresas continuam. Em determinado momento do texto é citado explicitamente o transtorno obsessivo compulsivo – TOC. O que  chama mais a atenção é que demora algum tempo, após meses de tratamento e acompanhamento médico especializado para tal distúrbio ser diagnosticado, e o aludido teólogo  apenas com informações passadas por outras pessoas consegue apontá-lo tão claramente em terceiros. Isto é impossível, a não ser que o ‘conhecimento progressivo’, como os sacerdotes da IASD gostam de dizer, tenha alcançado a esfera pastoral com assuntos da medicina psiquiátrica.

Não são raros os casos na História em que a religião foi usada como arma de manipulação das massas. Infelizmente na Igreja Adventista do 7º Dia isso vem acontecendo freqüentemente. Quando interessa, o discurso é que somos uma Igreja, somos uma família, e como tal devemos ter compaixão, empatia, carinho, amor cristão. Quando não interessa, o discurso muda: a Igreja deve punir eclesiasticamente aqueles que discordam de algum ponto, ou apenas questionam alguma coisa.

Será, professor, que questionar como é gasto o dinheiro santo do dízimo torna alguem, uma pessoa com a moral comprometida ou frustrada conforme o perfil traçado no artigo? Pedir um pouco de moderação no gasto com aluguéis e condomínios é algum erro passível de punição eclesiástica? Talvez as  fontes que  deram ao respectivo professor as informações biográficas sobre os críticos da Igreja não esclareceram que muitos membros da própria Igreja Adventista do 7º Dia moram mal e vivem com dificuldades.

Impressionante os seus argumentos, principalmente quando lembramos que em nosso país existe um movimento muito grande para que os líderes do poder executivo cumpram a lei de responsabilidade fiscal. Claro, isso não se aplica a Igreja, uma vez que exigir o mínimo de transparência na administração dos campos e instituições adventistas  torna a qualquer um, uma pessoa com problemas de auto-estima ou dificuldades financeiras, outro aspecto que faria parte do perfil dos críticos segundo o seu entendimento.

Será errado questionar porque tantos parentes e amigos de líderes da Igreja são favorecidos com empregos e benefícios às custas do dízimo, e afirmar isso  torna alguem um egocêntrico?

Não deve ter ocorrido ao Professor Timm,  que os que criticam ou questionam algo na Igreja Adventista do 7º Diam, estejam certos? Ou com razão em pelo menos em um ponto? Será que não lhe ocorreu que o crítico de hoje é alguém que se decepcionou com a Igreja, simplesmente porque percebeu que “devolver o dízimo e a ofertinha para mandar missionários às terras de além mar”sem qualquer prestação de contas especifica aos seus membros é no mínimo questionável... Sem Dizer no fato de que os teólogos e parentes dos mesmos, que viajam para os Estados Unidos, onde estudam as custas das doações(dízimos e ofertas) daqueles que muitas vezes sequer tem como custear suas necessidades básicas diárias, cujos filhos sequer podem pensar em estudar em um Colégio Adventista devido aos altos custos dessas instituições...

Se em algum momento lhe ocorreu tais pontos, porque não mereceram destaque em seu artigo? Será que usar de um espaço destinado à toda Igreja Adventista do 7º Dia, para atacar determinados pecados parece correto? Tais artigos servem somente para insuflar ainda mais os membros desta Igreja.

Certamente no intimo de sua consciëncia o Professor Timm, sabe  que muitos dos que questionam amam os membros desta Igreja e as instuições a ela ligadas. Muitos dariam a vida por ela, mas não compactuam com a forma que é dirigida hoje. Jesus, se o renomado teólogo se lembra, expulsou mercadores do templo, criticou a liderança religiosa da Igreja, questionou costumes e doutrinas. Muitos dos que criticam a  referida Igreja hoje, já deram muito de sua vida por sua causa e de seus semelhantes, e na realidade  falam do que viram, do que viveram, e mesmo assim é possível ler na Revista Adventista, artigos como o seu. O mínimo que se espera de homens decentes é a liberdade de expressão, o diálogo aberto e franco e não atitudes autoritárias de se usar um veículo desta Igreja em causa própria e não somente por amor a Obra.

Somos irmãos. A Igreja é lugar de pessoas doentes, e sendo assim merecem atenção e cura. A crítica exagerada e com intenção de ferir é apenas uma dessas doenças. Da mesma forma que também são doenças as fraudes no imposto de renda que alguns cometem, os adultérios cometidos e acobertados dentro das instituições adventistas,  acordos com políticos de índole questionável como tenho visto em alguns campos, os falsos testemunhos levantados por ministros da Igreja, o dinheiro mal empregado na administração da Obra, os aconchavos politiqueiros para a manutenção dos vossos cargos, o nepotismo descarado... Todos somos pecadores. Esses erros não merecem destaque editorial, pelo menos não li ainda nada tão explícito na Revista Adventista. Porque somente a crítica merece? Porque quando algumas pessoas erram devemos ter compaixão e quando outras erram merecem a fria intolerância? Ainda que todas as críticas fossem irracionais não justificariam o seu artigo.

Já passou da hora de revermos alguns pontos, permitir que Deus trabalhe livremente entre nós. Deixar que Deus construa novamente nossa vida, nossa casa, asa Igreja.

Não é com espírito de revanchismo ou punições eclesiásticas que a Igreja vai se fortalecer, e sim com o espírito desarmado, com o mesmo propósito que inspirou os nossos pais na fé que vamos ter de volta uma Igreja pura, sem mácula, que aliás, é o propósito de Deus.                                                                     

Outrossim, acho oportuno informar-lhe que, há muita diferença entre ser crítico e fazer uma análise crítica de uma situação. Ser crítico é ser uma pessoa ácida, descontente com tudo e com todos. Fazer uma análise crítica, que é o que está acontecendo na Igreja Adventista do Sétimo Dia, é ter capacidade de poder analisar uma situação sob vários ângulos, e essa não é uma característica apreciada pelos “sacerdotes”, pois incomoda. Jesus não era crítico, mas tinha uma grande capacidade em fazer uma análise crítica de qualquer situação, tanto é que incomodou deveras o Sinédrio.

Certamente a  Bíblia  do Professor Timm é completa como a de inúmeras pessoas, e portanto, possuirá os capítulos 8 e 34 do livro de Ezequiel. Precisamos le-los e meditarmos neles. É provável que esse conceituado teólogo, bem como uma maioria dos “Ungidos do Senhor” dos dias atuais, se encaixem na mensagem dos mesmos. Lembre-se, aquelas severas repreensões são tão atuais hoje quanto o foram naqueles dias. A história se repete.

O mesmo livro que o senhor utilizou para finalizar o seu artigo, também diz algo interessante: “Os seus atalaias são cegos, nada sabem; todos são cães mudos; não podem ladrar; sonhadores preguiçosos; gostam de dormir. Tais cães são gulosos, nunca se fartam, são pastores que nada compreendem, e todos se tornam para o seu caminho, cada um para sua ganância, todos sem exceção. Vinde, dizem eles, trarei vinho, e nos encharcaremos de bebida forte, o dia de amanhã será como este e ainda maior e mais famoso” Isaías 56:10 – 12. -- P.S –  

        Artigo de Autor Desconhecido(adaptado para a filosofia deste site). 

 

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