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          Arqueólogo da Universidade Adventista de São Paulo Localiza Versículos que não foram incluidos na Bíblia!

No artigo, intitulado "Trindade: Dogma de Constantino?", o mais ousado dos professores de Novo Testamento de que se tem notícia, afirma que: "A base bíblica da doutrina da Trindade foi apresentada por escritores que precederam o Concílio de Nicéia". Ou seja, a base bíblica da crença na Trindade está fora da Bíblia (!) em declarações de autores que viveram depois dos apóstolos e antes de Constantino! São os chamados "Pais da Igreja", que compõem agora um "Novíssimo Testamento Adventista", terceira parte da Bíblia, finalmente concluída pelo intrépido Indiana Jones do Sétimo Dia.

Três testamentos e  três deuses... tudo a ver!

Convém selecionar e imprimir todos estes versículos e, depois, colá-los em alguma página em branco no fim de sua Bíblia. Assim, antes mesmo que o editor-chefe da Casa Publicadora Brasileira tenha a idéia de sugerir o lançamento de uma Nova Edição da Bíblia Sagrada Finalmente Completa, autografada pelo ilustre colecionador de tijolinhos e outras lembranças de Babilônia, você já terá o seu exemplar exclusivo e personalizado da Bíblia Triúna Adventista do 7º Dia, com Velho, Novo e Novíssimo Testamentos!

Novíssimo Testamento, de Rodrigo P. Silva, capítulo único:

Versículo 1:
O termo Trindade foi usado em 212 d.C. por Tertuliano, ou seja, 113 anos antes de Nicéia! Falando do Povo de Deus, ele menciona o Espírito no qual está Trindade de uma Divindade: Pai, Filho e Espírito Santo.

Versículo 2:
Clemente de Roma, por volta do ano 96 d.C., ao falar da união da igreja, diz: Não temos nós todos um único Deus e um único Cristo? E não há um único Espírito da Graça derramado sobre nós?

Versículo 3:
Inácio, de Antioquia, por volta do ano 105 d.C., disse a cristãos perseguidos que continuassem em íntima união com Jesus, o nosso Deus. E advertiu contra aqueles que diziam que o Espírito Santo não existe e que o Pai, o Filho e o Espírito Santo seriam a mesma pessoa.

Versículo 4:
Justino Mártir, cerca do ano 160 d.C., disse num de seus textos: No que diz respeito ao verdadeiro Deus, o Pai da justiça e temperança, ao Filho e ao Espírito Profético, saibam que nós os adoramos e reverenciamos.

Versículo 5:
Atenágoras, 175 d.C.: Ora, quem não ficaria perplexo em ouvir chamar de ateus pessoas que pregam de Deus o Pai, de Deus o Filho e do Espírito Santo e que declaram serem um no poder, mas distintos na ordem? Os cristãos reconhecem a Deus e a Seu Logos. Eles também reconhecem o tipo de unicidade que o Filho tem com o Pai e que tipo de comunhão o Pai tem com o Filho. Ademais, eles sabem o que é o Espírito e que a unidade é formada destes três: o Espírito, o Filho e o Pai. Nós reconhecemos um Deus, um Filho e um Espírito Santo, os quais são unidos na essência.

Versículo 6:
Teófilo, que sucedeu Inácio em Antioquia, afirma que os três dias que antecederam os três luminares da Criação, são tipos da triunidade de Deus.

Versículo 7:
Irineu de Lion, 177 d.C., diferencia o fôlego (espírito) de vida dado às criaturas em geral, do Espírito Santo, que é Deus habitando no crente. E explicando que Deus é diferente dos homens, ele fala da Palavra e da Sabedoria do Criador como sendo duas pessoas divinas unidas a uma terceira pessoa, o Pai, numa única divindade.

Versículo 8:
Hipólito, cerca de 205 d.C., disse que a Terra é movida por estes três: O Pai, o Filho e o Espírito Santo. Qualquer um que omitir estes três, falha em glorificar a Deus de um modo perfeito. Pois é através desta triunidade que o Pai é glorificado.

Versículo 9:
Orígenes, Cipriano, Firmiliano e Dionísio de Alexandria são outros autores que criam na Trindade, muito antes da chegada de Constantino.

Nove versículos, três seqüências de três, notaram? São 9 versículos-bomba em favor da Trindade! Pena que não estão na Bíblia,  Dr. Rodrigo? Aliás, o referido artigo não traz NENHUM versículo bíblico nas três páginas (uma para cada deus?) que ocupa na Revista Adventista de Julho de 2005, págs 14-16. E ainda comete a terrível indelicadeza de criticar o pioneiro J. N. Andrews, que, além de pesquisá-la com profundidade, memorizou toda a Bíblia, sendo capaz até de reescrever palavra por palavra o Novo Testamento. Mas Rodrigo não perdoa e censura o ignorante pioneiro, por discordar da crença na Trindade incluí-la entre as doutrinas que formam "o vinho de Babilônia".

O renomado descobridor dos noves versículos que faltaram na Bíblia, parte da estranha premissa de que, se puder provar que a doutrina da Trindade não foi implantada por um decreto ou concílio promovido por Constantino, estará provada sua origem bíblica! Ora, doutor, o autor da doutrina da Trindade não é outro se não Lúcifer. Foi ele quem primeiro supôs e disseminou entre os seres celestiais a heresia que havia três pessoas iguais no comando do Universo, Deus, o Pai, Jesus e ele, o enganador.

Pais da Igreja e do Domingo, da Trindade, do Batismo Infantil, etc

A Bíblia é muito clara acerca da unicidade de Deus, chamado o Altísssimo. Os versos abaixo são apenas alguns exemplos do Novo Testamento, que o professor Rodrigo deveria conhecer bem:

“E a vida eterna é esta: que te conheçam a ti, o único Deus verdadeiro, e a Jesus Cristo, a quem enviaste” - João 17:3.

“Não há outro Deus, senão um só... Todavia, para nós há um só Deus, o Pai, de quem são todas as coisas e para quem existimos; e um só Senhor, Jesus Cristo, pelo qual são todas as coisas, e nós, também por ele.” - I Coríntios 8:4 [u.p.] e 6.

“[Há]... um só Deus e Pai de todos, o qual é sobre todos, e por todos e em todos.” - Efésios 4:6.

“Porquanto há um só Deus e um só Mediador entre Deus e os homens, Cristo Jesus, homem.” - I Timóteo 2:5.

Contudo, o caçador dos gigantes perdidos cita como se fossem autoridades na interpretação da Bíblia os mesmos "pais da igreja" utilizados para a "comprovação" protestante de que a santificação do domingo não é também um "dogma de Constantino" mas um suposto ensino bíblico.

...É claro que esta suposição não tem respaldo histórico, haja vista existiram documentos que comprovam que o domingo já era pratica crista aceita bem antes de 135 D.C como bem atestam as seguintes cartas:

·        Justino, o Mártir: 100-167d.C. Eis aqui como Justino, o Mártir, descreveu o culto primitivo dos cristãos: “No Domingo há uma reunião de todos que moram nas cidades e vilas, lê-se um trecho das memórias dos Apóstolos e dos escritos dos profetas, tanto quanto o tempo permita. Termina a leitura, o presidente, num discurso, admoesta e exorta à obediência dessas nobres palavras. Depois disso, todos nos levantamos e fazemos uma oração comum. Finda a oração, como descrevemos antes, pão e vinho (suco de uva) e ação de graças por eles de acordo com a sua capacidade, e a congregação responde, Amém. Depois os elementos consagrados são distribuídos a cada um e todos participam deles, e são levados pelos diáconos às casas dos ausentes. Os ricos e os de boa vontade contribuem conforme seu livre arbítrio; esta coleta é entregue ao presidente (pastor) que, com ela, atende a órfãos, viúvas, prisioneiros, estrangeiros e todos quantos estão em necessidade”(Manual Bíblico, Halley)
 

·        Inácio, 100d.C., disse: “Aqueles que estavam presos às velhas coisas vieram a uma novidade de confiança, não mais guardando o Sábado, porém vivendo de acordo com o dia do Senhor (Domingo)”.  
 

·        O ensino dos Apóstolos, 90-100 obra siríaca: Encontramos um testemunho muito interessante na obra citada, que data da segunda metade do século III, segundo a qual os apóstolos de Cristo foram os primeiros a designar o primeiro dia da semana como dia do culto cristão: “Os apóstolos determinaram, ainda: no primeiro dia da semana deve haver culto, com leitura das Escrituras Sagradas, e a oblação. Isso porque mo primeiro dia da semana o Senhor nosso ressuscitou dentre os mortos, no primeiro dia da semana o Senhor subiu aos céus, e no primeiro dia da semana vai aparecer, finalmente com os anjos celestes” (Ante-necene fathers, 8668).(Enciclopédia Vida, Archer)
 

·        Tertuliano: 160-220. No início do século III, Tertuliano chegou a afirmar que: “Nós (os cristãos) nada temos com o Sábado, nem com outras festas judaicas, e menos ainda com as celebrações dos pagãos. Temos nossas próprias solenidades: O Dia do Senhor... (On indolatry 14). Em “De oratione”(23). Tertuliano insistia na cessação do trabalho no Domingo como dia de culto para o povo de Deus.

No primeiro século a ressurreição aconteceu no primeiro dia da semana, é impossível alguém desassociar o domingo da ressurreição, como é impossível alguém desassociar a morte Dele da sexta-feira, com exceção dos Adventistas da Promessa. Mas negar essa verdade histórica é fazer vistas grossas a fatos evidentes.

O que acontece é que alguns escritores cristãos gregos no século IV introduziram este nome para tornar explícito aquilo que já estava implícito na liturgia da igreja. Por exemplo, a doutrina da Trindade já existia muito antes de aparecer a Igreja Católica. O termo foi cunhado já no início do II século em sua forma grega, primeiramente por Teófilo; e em sua forma latina, por Tertuliano. Isto não quer dizer que a liturgia de adoração da igreja antes disso não se dirigia para o Deus Triúno como alegam as Testemunhas de Jeová. Algo análogo aconteceu quanto ao Domingo.

Passaremos agora a uma singela lista de escritos anteriores ao 4º século, que provam, sem sombra de dúvidas, que o domingo e sua observância sempre esteve ligado á ressurreição de Cristo. Era por este motivo que os cristãos primitivos observavam o domingo, não havia outro. Que outro fato tão importante aconteceu neste dia a não ser a ressurreição de Cristo e suas decorrências espirituais para a Igreja?

Por isso muito cedo os primeiros cristãos já associavam o evento da ressurreição com o domingo. Vejamos alguns depoimentos abaixo bem antes do século IV.

1. Inácio - (ano 107 d.C) "Deve todo amigo de Cristo observar o Dia do Senhor como festa, o dia da ressurreição, a rainha e comandante de todos os dias" (carta aos magnésios cap. IX)

2. Barnabé - (ano 125 d.C) "Eis por que celebramos como festa alegre o oitavo dia, no qual Jesus ressuscitou dos mortos e, depois de se manifestar, subiu aos céus" (cap. 15)

3. Justino, o Mártir - (ano 160) "Mas o domingo é o dia em que todos temos nossa reunião comum, porque é o primeiro dia da semana, e Jesus cristo, nosso Salvador, neste mesmo dia ressuscitou da morte" (Apologia cap. 68)

4. O Ensino dos Apóstolos - ( ano 165 d.C) "Os apóstolos determinaram, ainda: no primeiro dia da semana deve haver culto, com leitura das Escrituras Sagradas, e a oblação. Isso porque mo primeiro dia da semana o Senhor nosso ressuscitou."

5. Clemente de Alexandria - (Ano 194 d.C) "Ele cumprindo o preceito conforme o evangelho, guarda o Dia do Senhor, quando abandona uma disposição má e assume aquela do gnóstico, glorificando em si a ressurreição do Senhor" (Livro 7 cap. 12)

6. Constituição Apostólica - (ano 250 d.C) "No dia da ressurreição do nosso Senhor, que é o dia do Senhor, reuni-vos mais diligentemente" (Livro 2 sec. 7)

7. Anatólio bispo de Laodicéia - (ano 270 d.C) "A nossa consideração pela ressurreição do Senhor que se deu no dia do Senhor, leva-nos a celebrá-lo." (cap.10)

8. Pedro, bispo de Alexandria - (ano 306) "Mas o dia do Senhor nós celebramos como um dia de alegria, porque nele ele ressuscitou." (cânon 15)

Para complementar esse ponto invocaremos a palavra de um eminente vulto da teologia protestante:

"Deve-se lembrar, contudo, que o objetivo específico do sábado cristão é a comemoração da ressurreição de Jesus Cristo dentre os mortos. Todos os exercícios do dia, portanto, devem ter referencia especial a ele e ä sua obra redentora. É o dia em que ele deve ser adorado, reconhecido e louvado...É portanto um dia de alegria."(Teologia Sistemática, pág. 1273 - Charles Hodge - ed. Hagnos 1ª edição)

Vimos em todos estes testemunhos que o motivo para a observância do domingo é sempre a ressurreição. Por isso em algumas línguas esse dia até recebeu o nome não de "domingo", mas de "dia da ressurreição", Por exemplo, entre os gregos bizantinos o domingo é chamado "anastasimós". Na língua russa é chamado de "vosskresenije". Na língua basca, é chamado preferentemente de "igandea". São todos nomes que significam a mesma coisa: "ressurreição". Fonte: http://www.cacp.org.br/debate-adv2.htm

 Ora, se os "testemunhos" dos Pais da Igreja são válidos na defesa da doutrina da Trindade, por que rejeitá-los quando se referem ao primeiro dia da semana como dia santificado pelos cristãos dos primeiros séculos? Se estavam certos quanto a(os) Deus(es), por que não estariam em relação ao melhor dia para adorá-Lo(s)? Se o fato de pertencerem ao período profético correspondente à Igreja de Esmirna e alguns deles terem arriscado à vida durante as perseguições os torna infalíveis, por que não adotamos também o seu dia de guarda e outras práticas, como o batismo infantil? (Ôpa, batismo de crianças a Igreja Adventista do 7º Dua já adotou...)

EGW e os "Pais da Igreja" (Grifos acrescentados)

"Na presença do monarca e dos principais homens da Suécia, Olavo Petri, com grande habilidade, defendeu contra os campeões romanos as doutrinas da fé reformada. Declarou que os ensinos dos pais da igreja deviam ser recebidos apenas quando estivessem de acordo com as Escrituras; que as doutrinas essenciais da fé são apresentadas na Bíblia de maneira clara e simples, de modo que todos os homens as possam compreender." -- O Grande Conflito, pág. 243

"Todavia, não prosseguiu ele [Guilherme Miller] o seu trabalho sem tenaz oposição. Como acontecera com os primeiros reformadores, as verdades que apresentava não eram recebidas favoravelmente pelos ensinadores populares da religião. Não podendo manter sua atitude pelas Escrituras, viam-se obrigados a recorrer aos ditos e doutrinas de homens, às tradições dos pais da igreja. A Palavra de Deus, porém, era o único testemunho aceito pelos pregadores da mensagem do advento. 'A Bíblia, e a Bíblia só', era a sua senha." O Grande Conflito, págs. 335-336.

"Temem alguns que se reconhecerem estar em erro, ainda que seja num simples ponto, outros espíritos serão levados a duvidar de toda a teoria da verdade. Têm, portanto, achado que não se deve permitir a pesquisa; que ela tenderia para a dissensão e a desunião. Mas se tal é o resultado da pesquisa, quanto mais depressa vier, melhor. Se há aqueles cuja fé na Palavra de Deus não suportará a prova de uma pesquisa das Escrituras, quanto mais depressa forem revelados melhor; pois então estará aberto o caminho para lhes mostrar seu erro. Não podemos manter a opinião de que uma posição uma vez assumida, uma vez advogada a idéia, não deve, sob qualquer circunstância ser abandonada. Há apenas Um que é infalível.... 

"Não deve a Bíblia ser interpretada para agradar às idéias dos homens, por mais longo que seja o tempo em que têm considerado verdadeiras essas idéias. Não devemos aceitar a opinião de comentaristas como sendo a voz de Deus; eles eram mortais, sujeitos ao erro como nós mesmos. Deus nos tem dado a faculdade do raciocínio tanto como a eles. Devemos tornar a Bíblia o seu expositor." Testemunhos para Ministros e Obreiros Evangélicos, págs. 105-106.

"Em lugar da autoridade dos chamados Pais da Igreja, Deus nos pede para aceitar a palavra do Pai eterno, o Senhor do Céu e da Terra. Aí somente se encontra a verdade sem mistura de erro. Davi disse: 'Tenho mais entendimento do que todos os meus mestres, porque medito nos Teus testemunhos. Sou mais prudente do que os velhos; porque guardo os Teus preceitos.' Sal. 119:99 e 100. Que todos os que aceitam a autoridade humana, os costumes da igreja ou as tradições dos Pais, atendam à advertência envolvida nas palavras de Cristo: "Em vão Me adoram, ensinando doutrinas que são preceitos dos homens."  -- O Desejado de Todas as Nações, pág. 398.

 Resumo do Artigo de  Robson Ramos de  6 de julho de 2005.

 

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