Arqueólogo
da Universidade Adventista de São Paulo Localiza Versículos que não
foram incluidos na Bíblia! No
artigo, intitulado "Trindade: Dogma de Constantino?", o mais
ousado dos professores de Novo Testamento de que se tem notícia, afirma
que: "A base bíblica da doutrina da Trindade foi apresentada por
escritores que precederam o Concílio de Nicéia". Ou seja, a base bíblica
da crença na Trindade está fora da Bíblia (!) em declarações de
autores que viveram depois dos apóstolos e antes de Constantino! São os
chamados "Pais da Igreja", que compõem agora um "Novíssimo
Testamento Adventista", terceira parte da Bíblia, finalmente concluída
pelo intrépido Indiana Jones do Sétimo Dia. Três
testamentos e três deuses...
tudo a ver! Convém
selecionar e imprimir todos estes versículos e, depois, colá-los em
alguma página em branco no fim de sua Bíblia. Assim, antes mesmo que o
editor-chefe da Casa Publicadora Brasileira tenha a idéia de sugerir o
lançamento de uma Nova Edição da Bíblia Sagrada Finalmente Completa,
autografada pelo ilustre colecionador de tijolinhos e outras lembranças
de Babilônia, você já terá o seu exemplar exclusivo e personalizado da
Bíblia Triúna Adventista do 7º Dia, com Velho, Novo e Novíssimo
Testamentos! Novíssimo
Testamento, de Rodrigo P. Silva, capítulo único: Versículo 1: Versículo 2: Versículo 3: Versículo 4: Versículo 5: Versículo 6: Versículo 7: Versículo 8: Versículo 9: Nove
versículos, três seqüências de três, notaram? São 9 versículos-bomba
em favor da Trindade! Pena que não estão na Bíblia,
Dr. Rodrigo? Aliás, o referido artigo não traz NENHUM versículo
bíblico nas três páginas (uma para cada deus?) que ocupa na Revista
Adventista de Julho de 2005, págs 14-16. E ainda comete a terrível
indelicadeza de criticar o pioneiro J. N. Andrews, que, além de pesquisá-la
com profundidade, memorizou toda a Bíblia, sendo capaz até de reescrever
palavra por palavra o Novo Testamento. Mas Rodrigo não perdoa e censura o
ignorante pioneiro, por discordar
da crença na Trindade incluí-la entre as doutrinas que formam "o
vinho de Babilônia". O
renomado descobridor dos noves versículos que faltaram na Bíblia, parte
da estranha premissa de que, se puder provar que a doutrina da Trindade não
foi implantada por um decreto ou concílio promovido por Constantino,
estará provada sua origem bíblica! Ora, doutor, o autor da doutrina da
Trindade não é outro se não Lúcifer. Foi ele quem primeiro supôs e
disseminou entre os seres celestiais a heresia que havia três pessoas
iguais no comando do Universo, Deus, o Pai, Jesus e ele, o enganador. Pais
da Igreja e do Domingo, da Trindade, do Batismo Infantil, etc A Bíblia
é muito clara acerca da unicidade de Deus, chamado o Altísssimo. Os
versos abaixo são apenas alguns exemplos do Novo Testamento, que o
professor Rodrigo deveria conhecer bem: “E a vida eterna é esta: que te conheçam a
ti, o único Deus verdadeiro, e a Jesus Cristo, a quem enviaste” - João
17:3. “Não há outro Deus, senão um só...
Todavia, para nós há um só Deus, o Pai, de quem são todas as coisas e
para quem existimos; e um só Senhor, Jesus Cristo, pelo qual são todas
as coisas, e nós, também por ele.” - I Coríntios 8:4 [u.p.] e 6. “[Há]... um só Deus e Pai de todos, o qual
é sobre todos, e por todos e em todos.” - Efésios 4:6. “Porquanto há um só Deus e um só Mediador
entre Deus e os homens, Cristo Jesus, homem.” - I Timóteo 2:5. Contudo,
o caçador
dos gigantes perdidos cita como se fossem autoridades na interpretação
da Bíblia os mesmos "pais da igreja" utilizados para a
"comprovação" protestante de que a santificação do domingo não
é também um "dogma de Constantino" mas um suposto ensino bíblico.
...É claro que esta suposição não tem
respaldo histórico, haja vista existiram documentos que comprovam que o
domingo já era pratica crista aceita bem antes de 135 D.C como bem
atestam as seguintes cartas: ·
Justino, o Mártir:
100-167d.C. Eis aqui como Justino, o Mártir, descreveu o culto primitivo
dos cristãos: “No Domingo há uma reunião de todos que moram
nas cidades e vilas, lê-se um trecho das memórias dos Apóstolos e dos
escritos dos profetas, tanto quanto o tempo permita. Termina a leitura, o
presidente, num discurso, admoesta e exorta à obediência dessas nobres
palavras. Depois disso, todos nos levantamos e fazemos uma oração comum.
Finda a oração, como descrevemos antes, pão e vinho (suco de uva) e ação
de graças por eles de acordo com a sua capacidade, e a congregação
responde, Amém. Depois os elementos consagrados são distribuídos a cada
um e todos participam deles, e são levados pelos diáconos às casas dos
ausentes. Os ricos e os de boa vontade contribuem conforme seu livre arbítrio;
esta coleta é entregue ao presidente (pastor) que, com ela, atende a órfãos,
viúvas, prisioneiros, estrangeiros e todos quantos estão em
necessidade”(Manual Bíblico, Halley) ·
Inácio,
100d.C., disse: “Aqueles que estavam presos às velhas coisas vieram
a uma novidade de confiança, não mais guardando o Sábado, porém
vivendo de acordo com o dia do Senhor (Domingo)”. ·
O ensino dos
Apóstolos, 90-100 obra siríaca: Encontramos um testemunho muito
interessante na obra citada, que data da segunda metade do século III,
segundo a qual os apóstolos de Cristo foram os primeiros a designar o
primeiro dia da semana como dia do culto cristão: “Os apóstolos
determinaram, ainda: no primeiro dia da semana deve haver culto, com
leitura das Escrituras Sagradas, e a oblação. Isso porque mo primeiro
dia da semana o Senhor nosso ressuscitou dentre os mortos, no primeiro dia
da semana o Senhor subiu aos céus, e no primeiro dia da semana vai
aparecer, finalmente com os anjos celestes” (Ante-necene fathers,
8668).(Enciclopédia Vida, Archer) ·
Tertuliano:
160-220. No início do século III, Tertuliano chegou a afirmar que: “Nós
(os cristãos) nada temos com o Sábado, nem com outras festas judaicas, e
menos ainda com as celebrações dos pagãos. Temos nossas próprias
solenidades: O Dia do Senhor... (On indolatry 14). Em
“De oratione”(23). Tertuliano
insistia na cessação do trabalho no Domingo como dia de culto para o
povo de Deus. No primeiro século a ressurreição aconteceu
no primeiro dia da semana, é impossível alguém desassociar o domingo da
ressurreição, como é impossível alguém desassociar a morte Dele da
sexta-feira, com exceção dos Adventistas da Promessa. Mas negar essa
verdade histórica é fazer vistas grossas a fatos evidentes. O que acontece é que alguns escritores cristãos
gregos no século IV introduziram este nome para tornar explícito aquilo
que já estava implícito na liturgia da igreja. Por exemplo, a doutrina
da Trindade já existia muito antes de aparecer a Igreja Católica. O
termo foi cunhado já no início do II século em sua forma grega,
primeiramente por Teófilo; e em sua forma latina, por Tertuliano. Isto não
quer dizer que a liturgia de adoração da igreja antes disso não se
dirigia para o Deus Triúno como alegam as Testemunhas de Jeová. Algo análogo
aconteceu quanto ao Domingo. Passaremos agora a uma singela lista de
escritos anteriores ao 4º século, que provam, sem sombra de dúvidas,
que o domingo e sua observância sempre esteve ligado á ressurreição de
Cristo. Era por este motivo que os cristãos primitivos observavam o
domingo, não havia outro. Que outro fato tão importante aconteceu neste
dia a não ser a ressurreição de Cristo e suas decorrências espirituais
para a Igreja? Por isso muito cedo os primeiros cristãos já
associavam o evento da ressurreição com o domingo. Vejamos alguns
depoimentos abaixo bem antes do século IV. 1. Inácio - (ano 107 d.C) "Deve todo
amigo de Cristo observar o Dia do Senhor como festa, o dia da ressurreição,
a rainha e comandante de todos os dias" (carta aos magnésios cap.
IX) 2. Barnabé - (ano 125 d.C) "Eis por que
celebramos como festa alegre o oitavo dia, no qual Jesus ressuscitou dos
mortos e, depois de se manifestar, subiu aos céus" (cap. 15) 3. Justino, o Mártir - (ano 160) "Mas o
domingo é o dia em que todos temos nossa reunião comum, porque é o
primeiro dia da semana, e Jesus cristo, nosso Salvador, neste mesmo dia
ressuscitou da morte" (Apologia cap. 68) 4. O Ensino dos Apóstolos - ( ano 165 d.C)
"Os apóstolos determinaram, ainda: no primeiro dia da semana deve
haver culto, com leitura das Escrituras Sagradas, e a oblação. Isso
porque mo primeiro dia da semana o Senhor nosso ressuscitou." 5. Clemente de Alexandria - (Ano 194 d.C)
"Ele cumprindo o preceito conforme o evangelho, guarda o Dia do
Senhor, quando abandona uma disposição má e assume aquela do gnóstico,
glorificando em si a ressurreição do Senhor" (Livro 7 cap. 12) 6. Constituição Apostólica - (ano 250 d.C)
"No dia da ressurreição do nosso Senhor, que é o dia do Senhor,
reuni-vos mais diligentemente" (Livro 2 sec. 7) 7. Anatólio bispo de Laodicéia - (ano 270
d.C) "A nossa consideração pela ressurreição do Senhor que se deu
no dia do Senhor, leva-nos a celebrá-lo." (cap.10) 8. Pedro, bispo de Alexandria - (ano 306)
"Mas o dia do Senhor nós celebramos como um dia de alegria, porque
nele ele ressuscitou." (cânon 15) Para complementar esse ponto invocaremos a
palavra de um eminente vulto da teologia protestante: "Deve-se lembrar, contudo, que o objetivo
específico do sábado cristão é a comemoração da ressurreição de
Jesus Cristo dentre os mortos. Todos os exercícios do dia, portanto,
devem ter referencia especial a ele e ä sua obra redentora. É o dia em
que ele deve ser adorado, reconhecido e louvado...É portanto um dia de
alegria."(Teologia Sistemática, pág. 1273 - Charles Hodge - ed.
Hagnos 1ª edição) Vimos em todos estes testemunhos que o motivo
para a observância do domingo é sempre a ressurreição. Por isso em
algumas línguas esse dia até recebeu o nome não de "domingo",
mas de "dia da ressurreição", Por exemplo, entre os gregos
bizantinos o domingo é chamado "anastasimós". Na língua russa
é chamado de "vosskresenije". Na língua basca, é chamado
preferentemente de "igandea". São todos nomes que significam a
mesma coisa: "ressurreição". Fonte: http://www.cacp.org.br/debate-adv2.htm Ora, se os "testemunhos" dos Pais da Igreja são válidos
na defesa da doutrina da Trindade, por que rejeitá-los quando se referem
ao primeiro dia da semana como dia santificado pelos cristãos dos
primeiros séculos? Se estavam certos quanto a(os) Deus(es), por que não
estariam em relação ao melhor dia para adorá-Lo(s)? Se o fato de
pertencerem ao período profético correspondente à Igreja de Esmirna e
alguns deles terem arriscado à vida durante as perseguições os torna
infalíveis, por que não adotamos também o seu dia de guarda e outras práticas,
como o batismo infantil? (Ôpa, batismo de crianças a Igreja Adventista
do 7º Dua já adotou...) EGW e
os "Pais da Igreja" (Grifos acrescentados) "Na
presença do monarca e dos principais homens da Suécia, Olavo Petri, com
grande habilidade, defendeu contra os campeões romanos as doutrinas da fé
reformada. Declarou que os ensinos dos pais da igreja deviam ser
recebidos apenas quando estivessem de acordo com as Escrituras; que as
doutrinas essenciais da fé são apresentadas na Bíblia de maneira clara
e simples, de modo que todos os homens as possam compreender." --
O Grande Conflito, pág. 243 "Todavia,
não prosseguiu ele [Guilherme Miller] o seu trabalho sem tenaz oposição.
Como acontecera com os primeiros reformadores, as verdades que apresentava
não eram recebidas favoravelmente pelos ensinadores populares da religião.
Não podendo manter sua atitude pelas Escrituras, viam-se obrigados a
recorrer aos ditos e doutrinas de homens, às tradições dos pais da
igreja. A Palavra de Deus, porém, era o único testemunho aceito
pelos pregadores da mensagem do advento. 'A Bíblia, e a Bíblia só',
era a sua senha." O Grande Conflito, págs. 335-336. "Temem
alguns que se reconhecerem estar em erro, ainda que seja num simples
ponto, outros espíritos serão levados a duvidar de toda a teoria da
verdade. Têm, portanto, achado que não se deve permitir a pesquisa; que
ela tenderia para a dissensão e a desunião. Mas se tal é o resultado da
pesquisa, quanto mais depressa vier, melhor. Se há aqueles cuja fé na
Palavra de Deus não suportará a prova de uma pesquisa das Escrituras,
quanto mais depressa forem revelados melhor; pois então estará aberto o
caminho para lhes mostrar seu erro. Não podemos manter a opinião de que
uma posição uma vez assumida, uma vez advogada a idéia, não deve, sob
qualquer circunstância ser abandonada. Há apenas Um que é infalível.... "Não
deve a Bíblia ser interpretada para agradar às idéias dos homens, por
mais longo que seja o tempo em que têm considerado verdadeiras essas idéias.
Não devemos aceitar a opinião de comentaristas como sendo a voz de
Deus; eles eram mortais, sujeitos ao erro como nós mesmos. Deus nos
tem dado a faculdade do raciocínio tanto como a eles. Devemos tornar a Bíblia
o seu expositor." Testemunhos para Ministros e Obreiros Evangélicos,
págs. 105-106. "Em
lugar da autoridade dos chamados Pais da Igreja, Deus nos pede para
aceitar a palavra do Pai eterno, o Senhor do Céu e da Terra. Aí
somente se encontra a verdade sem mistura de erro. Davi disse: 'Tenho mais
entendimento do que todos os meus mestres, porque medito nos Teus
testemunhos. Sou mais prudente do que os velhos; porque guardo os Teus
preceitos.' Sal. 119:99 e 100. Que todos os que aceitam a autoridade
humana, os costumes da igreja ou as tradições dos Pais, atendam à
advertência envolvida nas palavras de Cristo: "Em vão Me adoram,
ensinando doutrinas que são preceitos dos homens." -- O
Desejado de Todas as Nações, pág. 398. Resumo do Artigo de Robson Ramos de 6 de julho de 2005.
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