O
Sistema Católico A Bíblia.
Nos primeiros séculos havia uma única comunidade Cristã, Jesus havia
dito: "Onde estiverem dois ou três reunidos em
Meu nome, estarei Depois vieram os "pais da Igreja" bispos e pastores, tais como Policarpo, discípulo de João, Inácio, Papias, Justino, Irineo, Origenes, Tertuliano, Euzébio, João Crisóstomo, Agostinho de Hipona e outros. Entre eles não havia maioraes, o Bispo Calixto I, ano 218, foi acusado pôr Tertuliano de querer ser "Bispo dos bispos" Até aí não havia Papas, mas no final do século IV os bispos se viram dominados pôr 5 "PATRIARCAS" bispos de Antioquia, Jerusalém, Alexandria, Constantinopla e Roma, daí pôr diante surgiu a luta entre Roma e Constantinopla sobre a liderança do Cristianismo. Com o Império Romano em agonia os bispos foram aumentando sua autoridade surgindo o Papado como hoje conhecemos. A Igreja pôr ser latina adotou títulos espanhois e italianos que resultaram numa hierarquia religiosa: CARDEAL são os dignatários do Sacro Colégio, são 70 homens que elegem o papa. MONSENHOR em geral são os que possuem ligação com a Cúria Romana. DOM, foi tratamento honoríficos de Reis que o clero tanto aprecia. PRELADO e PURPURADO são distinções muito apreciadas, tudo fazem para conseguí-las. FREI, de Freire, aplicam a ordem religiosa e militar, talvez reminiscência dos tempos que os papas tinham tropas guerreiras. CÓNEGO é título para membros de corporações de uma catedral. MONGES são religiosos de Mosteiros e MOSTEIRO é convento, morada de monges. VIGÁRIO, vicarius, significa o que usurpa o lugar do outro. SACERDOTE vem do judaismo e do Paganismo, figuradamente todo o cristão é sacerdote. (I Pedro 2:9). PADRE e PAPA, significam Pai termo de ternura usados nos primeiros séculos a TODOS os bispos. Quando o Catolicismo organizou exércitos, instituiu a inquisição, tornou-se político e agressivo esse termo que perdeu o sentido. ORIGEM DO PAPADOO Sistema Católico Romano começou a tomar forma quando o Imperador Constantino, convertido ao Cristianismo presidiu o l.o Concílio das Igrejas no ano 313. No Século IV construíram a primeira basílica em Roma. As Igrejas eram livres, mas começaram a perder autonomia com Inocéncio I, ano 402 que, dizendo-se "Governante das Igrejas de Deus exigia que todas as controvérsias fossem levadas a ele."Leão I, ano 440, aumentou sua autoridade; alguns historiadores viram nele o primeiro papa. Naqueles tempos ninguém supunha que "S. Pedro foi papa", fora casado e não teve ambições temporais. O poder dos pretensos papas cresceu ainda mais quando o Imperador Romano Valentiniano III, ano 445, bajulado, reconheceu oficialmente a pretensão do papa de exercer autoridade sobre as Igrejas. O papado surgiu das ru inas do Império Romano desintegrado no ano 476, herdando dele o autoritarismo e o latim como língua, embora o primeiro papa, oficialmente falando, foi Gregório no ano 600 d.C.A palavra "papa" significa pa i, até o ano 500 todos os bispos ocidentais foram chamados assim: aos poucos, restringiram esse tratamento aos bispos de Roma, que valorizados, entenderam que a Capital do império desfeito deveria ser Sede da Igreja.Nicolau l, ano 858, foi o primeiro papa a usar Coroa. Usou um "Documento Conciliar falso (espúrio) dos Séculos 2.o e 3.o que exaltava o poder do papa e impôs autoridade plena e Assim, o "Papado que era recente, tormou-se coisa antiga." Quando a farsa foi descoberta Nicolau já não existia!O Vaticano projetou-se quando recebeu de Pepino, o Breve, ano 756, vastos territórios; essa doação foi confirmada pôr Carlos Magno, ano 774, quando ocupava o trono papal Adriano I. (Taglialatela, II pág. 44). Carlos Magno elevou o papado a posição de poder mundial, surgindo o "Santo Império Romano" que durou 1.100 anos. Mais tarde, Carlos Magno arrependeu-se pôr doar terras aos papas. No seu leito de morte sofreu "horríveis pesadelos". Agonizando, lastimava-se assim: "Como me justificarei diante de Deus pelas guerras que irão devastar a Itália, pois os papas serão ambiciosos, eis porque se me apresentam imagens horríveis e monstruosas que me apavoram devo merecer de Deus um severo castigo" (Piliati, Tomo I, ano 1776, Edson Thompson, Londres). O Vaticano derramou muito sangue, até ser invadido pôr Napoleão Bonaparte, em 1806. O papa foi preso e perdeu suas terras; tentou reagir mais tarde, mas Vítor Emanuelli, ano 1870. derrotou novamente as "tropas do papa" tomando-se o primeiro Rei da Itália. Assim caiu o "Santo Império Romano"! O Papa vencido advertia: "Não somos simples mortais" Ocupamos na terra o lugar de Deus, estamos acima dos anjos e somos superiores a Maria, mãe de Deus, porque ela deu a luz a um Cristo somente, mas nós, podemos fazer quantos Cristos Referia-se a transubstanciação. (Gazzeta da Alemanha n.o 21 ano 1870). Até 1929, os papas ficaram confinados no Vaticano quando Mussoline e Pio XI legalizaram com o tratado de Latrão esse pequeno Estado religioso que atualmente é "controlado pela Cúria Romana, mas governado pôr 18 velhos C ardiais, que controlam a carreira dos bispos e monsenhores, o papa fica fora dessa pirâmide". (Est. S. Paulo 28-3-82).No Brasil a liderança Católica está nas mãos de 240 bispos mais conhecidos pelas suas posições políticas do que pela religiosidade. Estão divididos entre Conservadores, Progressistas e não Alinhados. (Dom Luciano Cabral. Rev. Veja 30-1-80). O ESTADO DO VATICANO NÃO PODE GLORIAR-SE DO SEU PASSADO Todas as nações orgulham-se de seus heróis e festejam seus benfeitores, mas o Estado do Vaticano evita mencionar seu passado ou reproduzir a biografia de muitos de seus papas, cujas vidas não harmonizaram com o que diziam representar. Pressionam para que esqueçamos o passa do da Igreja e de muitos papas, mas com seus métodos, açôes e intolerância revelam que "Roma será sempre a mesma".Em 1215 o Papa Inocéncio III proclamou-se "Vigário de Cristo no Céu e no Inferno"; a seguir, proibiu a leitura da Bíblia, instituiu a Inquisição e mandou massacrar milhares de Cartaros (albigenses) Cristãos. O Papa Nicolau V, ano 1447, autorizou o Rei de Portugal, guerrear contra povos africanos, e tomar-lhes as propriedades e faze-los escravos. Esse papa dizia: "Eu sou tudo em todos, minha vontade prevalecerá, Cristo mandou Pedro embainhar a espada, mas eu mando desembainhar".Durante a
Idade Média (anos 500 a 1700), o papado eliminou 50 milhões de Cristãos,
uma média Na inquisição a "crueldade era tanta que desenterravam os cadáveres, puxavam-nos pelas ruas, depois os queimavam". (Languedoc Tomo III). O astrónomo Galileu foi ameaçado pela inquisição pôr afirmar que a "terra gira em torno do Sol". Temendo a fogueira retratou-se mas ainda de diante do papa reafirmava aos seus amigos: "Mas que gira, gira". Em 1534, surgiu no cenário do Catolicismo uma Ordem sinistra: foi a que mais sangue derramou: Propunha "varrer da terra os Maçons, Muçulmanos e Protestantes". Essa Ordem foi fundada pôr um espanhol, Inigo Lopes de Recalde, ex-pagem da corte e militar. Ferido numa batalha, perdeu sua aparência física: não podendo mais fazer a corte, adotou o pseudónimo de Inácio de Loióia, pôr ter nascido no Castelo de Loióla, e fundou a Ordem dos Jesuítas. Agem de tal forma na sociedade que devido seus estratagemas, os bons dicionários os identifica m como Hipócritas e astuciosos.O Papa Clemente VII os repudiava chamando-os de "intrigantes", outro papa Clemente XIV no ano 1773, aboliu a Ordem, mas Pio VII, ano 1800, restaurou os jesuítas que se dizem "Defensores do Papa e braço direito da Igreja". Os Jesuítas foram expulsos de Portugal em 1759, da França em 1762, da Dinamarca em 1766, da Espanha em 1767. Também foram expulsos de Malta em 1768, etc., etc... (Lima: História da Civilização. Pág. 449).Na segunda Guerra Mundial o Clero abençoava publicamente as tropas de Mussoline que partiam para massacrar a Abissínia na esperança de implantar naquele país a "Santa Madre Igreja católica" caso a Itália triunfasse. Após a Guerra encontramos o Estado do Vaticano fornecendo passaportes falsos, facilitando a fuga de criminosos de guerra como o caso do carrasco nazista Eichemann. Dom Luciano Cabral referiu-se a uns 80 a 100 bispos "progressistas" que pôr índole seriam semelhantes aos dois padres franceses que insuflaram homens uns contra os outros no Norte do Brasil e aos "padres que lutaram ao lado de Fidel Castro na Sierra Maestro". (Veja, 30-1-80). INQUISIÇÃO CATÓLICA por Airton Evangelista da Costa As dificuldades enfrentadas pelo Povo de DEUS através dos séculos devem ser conhecidas por todos os cristãos. Os católicos precisam conhecer a história negra de sua igreja. Os evangélicos não devem esquecer os heróis da fé, os homens que, com ousadia, romperam com as tradições, com o poder eclesiástico de sua época, e ajudaram na implantação de uma igreja reformada, livre do poder papal, sumbimissa a DEUS e ao SenhorJesus, e tendo a Bíblia Sagrada como única regra de fé e prática. Conhecer um
pouco dos horrores dos tribunais eclesiástico é descobrir o quão difícil
foi a caminhada até os dias atuais. Os alicerces de nossa fé ficam
mais fortalecidos quando nos miramos no exemplo de nossos irmãos do
passado, "atribulados mas não angustiados; perplexos, mas não
desanimados, perseguidos, mas não desamparados; abatidos, mas não
destruídos", pois "BEM-AVENTURADOS SOIS VÓS, QUANDO VOS
INJURIAREM E PERSEGUIREM E, MENTINDO, DISSEREM TODO O MAL CONTRA VÓS
POR MINHA CAUSA" (Mateus 5.11). Pelo modo
cruel como os protestantes foram massacrados; pela forma cruel com que
subjugaram alguns, sob tortura; em razão dos milhões que perderam a
vida nas Cruzadas, nas fogueiras ou de outras maneiras, e por muitas
outras práticas assassinas e injustas usadas no decorrer de vários séculos
de INQUISIÇÃO, não vacilamos em afirmar que esse monstruoso Santo Ofício
foi UM CRIME CONTRA A HUMANIDADE... . INQUISIÇÃO: SIGNIFICADO E OBJETIVO Também chamada de Santo Ofício, INQUISIÇÃO era a designação dada a um tribunal eclesiástico, vigente na Idade Média e começos dos tempos modernos. Esse Tribunal, instituído pela Igreja Católica Romana, tinha por meta prioritária julgar e condenar os hereges. A palavra "herege" significa aquele que escolhe, que professa doutrina contrária ao que foi definido pela Igreja como sendo matéria de fé. Então, todos os que se rebelavam contra a autoridade papal ou faziam qualquer espécie de crítica à Igreja de Roma eram considerados hereges. INQUISIÇÃO é o ato de INQUIRIR: indagar, investigar, pesquisar, perguntar, interrogar judicialmente. Os hereges seriam os "irmãos separados", os "protestantes", os "crentes" de hoje. Em suma, a INQUISIÇÃO foi um tribunal eclesiástico criado com a finalidade de investigar e punir os crimes contra a fé católica. Da Enciclopédia BARSA, vol 7, pags. 286-287 extraímos o seguinte: " Heresia, no sentido geral é uma atitude, crença ou doutrina, nascida de uma escolha pessoal, em oposição a um sistema comumente aceito e acatado. É uma opinião firmemente defendida contra uma doutrina estabelecida. A Igreja Católica, no seu Direito Canônico, estabelece uma distinção entre heresia, apostasia e cisma. Assim diz este documento: "Depois de recebido o batismo, se alguém, conservando o nome de cristão, nega algumas das verdades que se devem crer com fé divina e católica ou dela duvida, é HEREGE. Se afasta-se totalmente da fé cristã, é APÓSTATA. Se recusa submeter-se ao Sumo Pontífice (o Papa) ou tratar com os membros da Igreja aos quais está sujeito, é CISMÁTICO" (Direito Canônico 1.325, párag. 2). Então, por
esse raciocínio e decreto de Roma, os milhões de crentes no mundo são
hereges e cismáticos porque negam muitas das "verdades" da fé
católica, não se submetem ao Sumo Pontífice, e só reconhecem Jesus
Cristo como autoridade máxima da Igreja. De acordo com o que foi
noticiado em janeiro/98 pelos jornais, a Igreja Católica Romana
resolveu abrir os arquivos do Santo Ofício ou Inquisição,
colocando-os à disposição dos pesquisadores. Nesses arquivos constam
4.500 obras sob fatos e julgamentos de quatro séculos da Igreja Católica,
conforme noticiado. A abertura desses processos é de muita valia para
os pesquisadores, historiadores e interessados em conhecer um pouco mais
do passado negro da Igreja de Roma. Nem por isso a humanidade deixou de
conhecer as crueldades, as chacinas, o extermínio, as torturas que
tiraram a vida de milhões de hereges. Os arquivos do Vaticano vão
mostrar, certamente, com mais detalhes, como foram conduzidos os
processos sumários e quais os métodos usados para obter confissões e
retratações. Todavia, a guarda a sete chaves dessas informações não
impediu que o mundo tomasse conhecimento dos crimes cometidos pelos
tribunais inquisitórios. A História não pode ser apagada. O INÍCIO DAS PERSEGUIÇÕES Embora a Inquisição tenha alcançado seu apogeu no século XIII, suas origens remontam ao século IV: O herege espanhol Prisciliano foi condenado à morte pelos bispos espanhóis no ano de 1385; no século X muitos casos de execuções de hereges, na fogueira ou por estrangulamento; em 1198 o Papa Inocêncio III liderou uma cruzada contra os "ALBIGENSES" (hereges do sul da França), com execuções em massa; em 1229, no Concílio de Tolouse, foi oficialmente criada a Inquisição ou Tribunal do Santo Ofício, sob a liderança do Papa Gregório IX; em 1252, o Papa Inocêncio IV publicou o documento intitulado "AD EXSTIRPANDA", em que vociferou: "os hereges devem ser esmagados como serpentes venenosas". Este documento foi fundamental na execução do diabólico plano de exterminar os hereges. As autoridades civis, sob a ameaça de excomunhão no caso de recusa, eram ordenadas a queimar os hereges. O "AD EXSTIRPANDA" foi renovado ou reforçado por vários papas, nos anos seguintes: "
Alexandre IV No seu "Livro das Sentenças da Inquisição" (Liber Sententiarum Inquisitionis) o padre dominicano Bernardo Guy (Bernardus Guidonis, 1261-1331), "um dos mais completos teóricos da Inquisição", descreveu vários métodos para obter confissões dos acusados, inclusive o enfraquecimento das forças físicas do prisioneiro". Usava-se, dentre outros, os seguintes processos de tortura: a manjedoura, para deslocar as juntas do corpo; arrancar unhas; ferro em brasa sob várias partes do corpo; rolar o corpo sobre lâminas afiadas; uso das "Botas Espanholas" para esmagar as pernas e os pés; a Virgem de Ferro: um pequeno compartimento em forma humana, aparelhado com facas, que, ao ser fechado, dilacerava o corpo da vítima; suspensão violenta do corpo, amarrado pelos pés, provocando deslocamento das juntas; chumbo derretido no ouvido e na boca; arrancar os olhos; açoites com crueldade; forçar os hereges a pular de abismos, para cima de paus pontiagudos; engolir pedaços do próprio corpo, excrementos e urina; a "roda do despedaçamento funcionou na Inglaterra, Holanda e Alemanha, e destinava-se a triturar os corpos dos hereges; o "balcão de estiramento" era usado para desmembrar o corpo das vítimas; o "esmaga cabeça" era a máquina usada para esmagar lentamente a cabeça do condenado, e outras formas de tortura. Com a promessa de irem diretamente para o Céu, sem passagem pelo purgatório, muitos homens eram exortados pelos inquisidores para guerrearem contra os hereges. No ano de 1209, em Beziers (França), 60 mil foram martirizados; dois anos depois, em Lauvau (França), o governador foi enforcado, sua mulher apedrejada e 400 pessoas queimadas vivas. A carnificina se espalhou por outras cidades e milhares foram mortos. Conta-se que num só dia 100.000 hereges foram vitimados. Depois de acusados, os hereges tinham pouca chance de sobrevivência. Geralmente as vítimas não conheciam seus acusadores, que podiam ser homens, mulheres e até crianças. O processo era
sumário. Ou seja: rápido, sem formalidades, sem direito de defesa. Ao
réu a única alternativa era confessar e retratar-se, renunciar sua fé
e aceitar o domínio e a autoridade da Igreja Católica Romana. Os
direitos de liberdade e de livre escolha não eram respeitados. A Igreja
de Roma, sob o pretexto de que detinha as chaves dos céus e do inferno
e poderes para livrar as almas do purgatório e perdoar pecados,
pretendia ser UNIVERSAL, dominar as nações mediante pressão sob seus
governantes e estabelecer seus domínios por todo o Planeta. CRUELDADE E MATANÇA A seguir, um relato sucinto do extermínio de hereges. A matança dos valdenses - Um dos
primeiros grupos organizados a serem atormentados foram os valdenses.
Valdenses eram chamados "os membros da seita, também chamada
Pobres de Lião, fundada pelo mercador Pedro Valdo por volta de 1170, na
França. Inspirada na pobreza evangélica, repudiava a riqueza da Igreja
Católica". O grupo organizado por Pedro Valdo, um rico
comerciante, cria que todos os homens tinham o direito de possuir a Bíblia
traduzida na sua própria língua. Acreditavam, também, que a Bíblia
era a autoridade final para a fé e para a vida. Os valdenses se vestiam
com simplicidade - contrapondo-se à luxúria dos sacerdotes católicos
- , ministravam a Ceia do Senhor e o Batismo, e ordenavam leigos para a
pregação e ministração dos sacramentos. "O grupo tinha seu próprio
clero, com bispos, sacerdotes e diáconos". Tal liberdade não era
admitida pela Igreja Católica porque não havia submissão ao Papa e
aos seus ensinos. Os valdenses possuíam a Bíblia traduzida na sua língua
materna, o que facilitou a pregação da Palavra. Outros grupos
sucumbiram diante das ameaças e castigos impostos pelos romanistas. Os
valdenses, todavia, resistiram. Na escuridão das cavernas, cada versículo
era copiado, lido e ensinado. Na Bíblia encontraram a Luz - uma luz
forte que inunda corpo, alma e espírito... uma luz chamada Jesus. Os
valdenses foram, certamente, os primeiros a se organizarem como igreja,
formar seu próprio clero e enviar missionários para outras regiões na
França e Itália. Tudo com muito sacrifício e sob implacável perseguição.
Essa liberdade de ação motivou os líderes romanos a adotarem medidas
duras contra a "seita". Uma bula papal classificou os
valdenses como hereges e, como tal, condenados à morte. A única acusação
contra eles era a de que "tinham uma aparência de piedade e
santidade que seduzia as ovelhas do verdadeiro aprisco". Uma
cruzada foi organizada contra esse povo santo. Como incentivo, a Igreja
prometia perdão de todos os pecados aos que matassem um herege,
"anulava todos os contratos feitos em favor deles (dos valdenses),
proibia a toda a pessoa dar-lhe qualquer auxílio, e era permitido se
apossar de suas propriedades por meio de violência". Não se sabe
quantos valdenses morreram nas Cruzadas. Sabemos, portanto, que esses
obstinados cristãos fincaram os alicerces da Reforma que viria séculos
depois. O Massacre De São Bartolomeu Os católicos
franceses apelidavam de "huguenotes" os protestantes. Uma
designação depreciativa. Já fomos tratados de huguenotes, hereges,
heréticos, protestantes, cristãos novos, irmãos separados, crentes,
evangélicos, etc. No entanto, o Pai Celestial nos chama de FILHOS. Para comemorar
e perpetuar na memória dos povos esse horrendo massacre, por ordem do
Papa Gregório XIII foi cunhada uma moeda, onde se via a figura de um
anjo com a espada numa mão e, na outra, uma cruz, diante de um grupo de
horrorizados huguenotes. Nessa moeda comemorativa lia-se a seguinte
inscrição: "UGONOTTORUM STANGES, 1572" ("A MATANÇA DOS
HUGUENOTES, 1572"). Em seu livro "OS PIORES ASSASSINOS E
HEREGES DA HISTÓRIA", o historiador e pesquisador cearense Jeovah
Mendes, à pág. 238, assim registra a fatídica Noite de S.Bartolomeu:
"Papa Gregório XIII (Ugo Buoncompagni) (1502-1585) - Em irreprimível
ritmo acelerado recrudescia o ódio contra os protestantes em rumo de um
trágico desfecho. O cardeal de Lorena, com a aprovação e bênção
pontifícia de Gregório XIII, engendrou o mais horrível banho de
sangue por motivos religiosos em toda a História da França ou de
qualquer nação do mundo. Consumou-se o projeto assassino aos 24 de
agosto de 1572, a inqualificável NOITE DE S.BARTOLOMEU, sendo nesse
macabro festival de sangue, morto o impetérrito Coligny, mártir do
Evangelho e honra de sua Pátria. Como troféu da bárbara carnificina,
a cabeça de Coligny fora remetida ao "sumo pontífice" Gregório
XIII (Maurício Lachatre, História dos Papas, vol. IV, pg. 68)". O Massacre Dos Albigenses Albigenses
eram os nascidos na cidade de Albi, sul da França. Em 1198, por
iniciativa do Papa Inocêncio III, foram instituídos "Os
Inquisidores da Fé contra os Albigenses". Esses franceses foram
considerados "hereges" porque seus ensinos doutrinários não
se alinhavam com os da Igreja de Roma. O extermínio começou no ano de
1209 e se estendeu por 20 anos, quando milhares de albigenses pereceram.
Fala-se em mais de 20.000 mortos, entre homens, mulheres e crianças. O Massacre Da Espanha Tomás de
Torquemada (1420-1498), espanhol, padre dominicano, nomeado para cargo
de grande-inquisidor pelo Papa Sisto IV, dirigiu as operações do
Tribunal do Santo Ofício durante 14 anos. "Celebrizou-se por seu
fanatismo religioso e crueldade". De mãos dadas com os reis católicos,
promoveu a expulsão dos judeus da Espanha por édito real de
31.03.1492, tendo estes o prazo reduzido de quatro meses para se
retirarem do país sem levar dinheiro, ouro ou prata. É acusado de
haver condenado à fogueira 10.220 pessoas, e cerca de 100.000 foram
encarceradas, banidas ou perderam haveres e fazendas. Tudo em nome da fé
católica e da honra de Jesus Cristo. O Massacre Dos Anabatistas Grupo
religioso iniciado na Inglaterra no século XVI, que defendia o batismo
somente de pessoa adulta. Por autorização do Papa Pio V (1566-1572),
cem mil foram exterminados. O Massacre Em Portugal Diante dos
insistentes pedidos de D. João III, o Papa Paulo III introduziu, por
bula de 1536, o Tribunal do Santo Ofício em Portugal. As perseguições
foram de tal ordem que o comércio e a indústria na Espanha e em
Portugal ficaram praticamente paralisados. "As execuções públicas
eram conhecidas como autos-de-fé. No começo, funcionaram tribunais da
Inquisição nas diversas dioceses de Portugal, mas no século XVI
ficaram apenas os de Lisboa, Coimbra e Évora. Depois, somente o da
capital do reino, presidido pelo inquisidor-geral. Até 1732, em
Portugal, o número de sentenciados atingiu 23.068, dos quais 1.554
condenados à morte. Na torre do Tombo, em Lisboa, estão registrados
mais de 36.000 processos". Daí porque os 4.500 processos
constantes dos arquivos de terror do Vaticano - Os Arquivos do Santo Ofício
- recentemente liberados aos pesquisadores, não contam toda a história
da desumana Inquisição. REFERÊNCIAS
GERAIS SOBRE A INQUISIÇÃO A Inquisição Em Cuba Não havia
parte nenhuma no mundo onde os protestantes ou hereges estivessem livres
para o exercício de sua fé. Partindo da Europa, muitos procuraram refúgio
nas Américas do Sul e Central, o "Novo Mundo". Mas para cá
também vieram os inquisidores. A inquisição em Cuba iniciou-se em
1516 sob o comando de dom Juan de Quevedo, bispo de Cuba, que, com
requintes de maldade, eliminou setenta e cinco "hereges". A Inquisição No Brasil O padre Antônio Vieira (1608-1697), pregador missionário e diplomata, defensor dos indígenas, considerado a maior figura intelectual luso-brasileira do séc. 17 foi condenado por heresia pelo Santo Ofício, e mantido em prisão por cerca de dois anos. O brasileiro Antônio José da Silva, poeta e comediólogo, foi um dos supliciados em autos-da-fé. A Inquisição se instalou no Brasil em três ocasiões: Em 09.06.1591, na Bahia, por três anos; em Pernambuco, de 1593 a 1595; e novamente na Bahia, em 1618. Há notícia de que no século XVIII Inquisição atuou no Brasil. Segundo o jornal "Mensageiro da Paz", número 1334, de maio/1998, "cento e trinta e nove "pessoas foram queimadas vivas, no Brasil, entre os anos de 1721 e 1777. Todos os que confessavam não crer nos dogmas católicos eram sentenciados. De acordo com os dados históricos, quase todos os cristãos-novos presos no Brasil pela Inquisição, durante o século 18, eram brasileiros natos e pertenciam a todas as camadas sociais. Praticamente a metade dos prisioneiros brasileiros cristãos-novos no século 18 era mulheres. Na Paraíba, Guiomar Nunes foi condenada à morte na fogueira em um processo julgado em Lisboa. A Inquisição interferiu profundamente na vida colonial brasileira durante mais de dois séculos. Um dos exemplos dessa interferência era a perseguição aos descendentes de judeus. Os que estavam nessa condição podiam ser punidos com a morte, confisco dos bens e na melhor das hipóteses ficavam impedidos de assumir cargos públicos". A matéria do Mensageiro da Paz foi assinada por Regina Coeli. Do livro "BABILÔNIA: A RELIGIÃO DOS MISTÉRIOS" de Ralph Woodrow - "As autoridades civis eram ordenadas pelos papas, sob pena de excomunhão, a executarem as sentenças legais que condenavam os hereges impenitentes ao poste. Deve-se notar que a excomunhão em si mesma não era uma coisa simples, pois, se a pessoa excomungada não se livrasse da excomunhão dentro de um ano, passava a ser considerada herética, e incorria em todas as penalidades que afetavam a heresia" (pág. 110). "A intolerância religiosa que incitou a Inquisição, causou guerras que envolveram cidades inteiras. Em 1209 a cidade de Beziers foi tomada por homens que tinham recebido a promessa do papa de que entrando na cruzada contra os hereges, eles (os assassinos), ao morrerem, passariam direto para o céu, desviando-se do purgatório. Reporta-se que sessenta mil, nesta cidade, pereceram pela espada. Em Lavaur, em 1211, o governador foi enforcado e a esposa lançada num poço e esmagada com pedras. Quatrocentas pessoas foram queimadas vivas em Lavaur. Os cruzados assistiram à missa solene pela manhã, em seguida passaram a tomar outras cidades da área. Neste cerco estima-se que cem mil albigenses (protestantes) caíram em um só dia. Seus corpos foram amontoados e queimados. No massacre de Merindol, quinhentas mulheres foram trancadas em um celeiro ao qual atearam fogo. Se qualquer uma pulasse das janelas seria recebida na ponta de lanças. Mulheres foram ostensiva e dolorosamente violentadas. Crianças assassinadas diante de seus pais. Algumas pessoas eram lançadas de abismos ou arrancavam suas roupas e arrastavam-nas pelas ruas. Métodos semelhantes foram usados no massacre de Orange em 1562. O exército italiano, enviado pelo Papa Pio IV, recebeu ordem e matar homens, mulheres e crianças. A ordem foi seguida com terrível crueldade, sendo o povo exposto a vergonha e tortura indescritíveis. Dez mil huguenotes (protestantes) foram mortos no sangrento massacre em paris no "Dia de São Bartolomeu", em 1572". (págs. 113-114). Enciclopédia BARSA, vol. 8, pág. 30-31, edição 1977 Em 1229, no Concílio de Tolouse, criou-se oficialmente a Inquisição ou Tribunal do Santo Ofício. A partir deste momento, e sobretudo com o trabalho dos frades dominicanos, foi-se precisando a legislação e jurisprudência da Inquisição. O processo era sumário. O acusado podia ignorar o nome do acusador. Mulheres, crianças e escravos podiam ser testemunhas na acusação, mas não na defesa. Num destes processos consta o nome de uma testemunha de dez anos e idade. O padre dominicano Bernardo Guy (Bernardus Guidonis, 1261-1331), um dos mais completos teóricos da Inquisição, enumerou, no seu Liber Sententiarum Inquisitionis ("Livro das Sentenças da Inquisição"), vários processos para a boa obtenção de confissões, inclusive pelo enfraquecimento das forças físicas do prisioneiro." Do livro "OS PIORES ASSASSINOS E HEREGES DA HISTÓRIA, DE CAIM A SADDAM HUSSEIN, do cearense Jeovah Mendes, edição 1997, págs 249-250. "Em toda
a sua calamitosa história, a Igreja Católica nada mais tem feito que
perseguir o homem, sob o sofisma de agir em nome de Deus. Vejamos os
morticínios que ela levou a efeito: As cruzadas à Terra Santa custaram
à humanidade o sacrifício de dois milhões de vítimas; de Leão X a
Clemente IX (papas) os sanguinários agentes do catolicismo, que
dominavam a França, a Holanda, a Alemanha, a Flandes e a Inglaterra,
realizaram a tenebrosa São Bartolomeu, de que já falamos, degolando,
massacrando, queimando mais de dois milhões de infiéis, enquanto a
Companhia de Jesus, obra do abominável Inácio de Loyola, cometia as
maiores atrocidades, chegando mesmo a envenenar o Papa Clemente XIV. O
seu agente S. Francisco Xavier, em missão no Japão, imolava cerca de
quatrocentos mil nipônicos; as cruzadas levadas a efeito entre os indígenas
da América, segundo Las Casas, bispo espanhol e testemunha ocular de
perseguição e autos-de-fé, sacrificaram doze milhões de seres em
holocausto ao seu Deus; a guerra religiosa que se seguiu ao suplício do
Padre João Huss e Jerônimo de Praga, contou mais de cento e cinqüenta
mil vidas imoladas à Igreja Romana; no século XIV, o grande Cisma do
Ocidente cobriu a Europa de cadáveres, dado que nada menos de cinqüenta
mil vidas foram o preço cobrado pela ira papal; as cruzadas levadas a
efeito a partir de Gregório VII (papa), roubaram à Europa cerca de
trezentos mil homens, assassinados com requintes de selvageria; nas
terras do Báltico, os frades cavaleiros, além de uma devastação e
pilhagem completa, ainda sacrificaram mais de cem mil vidas; a
imperatriz Teodora, dando cumprimento a uma penitência imposta pelo seu
confessor, fez massacrar cento e vinte mil maniqueus, no ano de 845; as
disputas religiosas entre iconoclastas e iconólatras devastaram muitas
províncias, resultando ainda no sacrifício de mais de sessenta mil
cristãos degolados e queimados. A Santa Inquisição, na sua longa e
tenebrosa jornada, levou aos mais horrorosos suplícios, inclusive às
fogueiras, algumas centenas de milhares de pobres desgraçados; segundo
o Barão d´Holbach, a Igreja Católica Romana, pelos seus papas, bispos
e padres, é a responsável pelo sacrifício de cerca de dez milhões de
vidas. Que mais é preciso dizer"? AS TENTATIVAS DE ALGEMAR A PALAVRA DE DEUS A história dos massacres e perseguições perde-se no tempo. Quase impossível para os historiadores é levantar o número exato ou aproximado de vítimas da Inquisição. O banho de sangue começou na Europa, mais precisamente na França, e se estendeu por países vizinhos. Havia, por parte da Igreja de Roma, uma preocupação constante com a propagação do Evangelho, com o conhecimento da Palavra, com a tradução da Bíblia em outras línguas. Preocupação no sentido de proibir. Só pelo fato de um católico passar a ler as Escrituras estava sujeito a ser considerado um herege e, como tal, ser excomungado e levado à fogueira. A Bíblia era, assim, considerada um obstáculo às pretensões da Igreja de Roma, de colocar todos os povos sob seus domínios. Muitos meios foram usados para que a Bíblia ficasse restrita ao pequeno círculo dos sacerdotes, dos padres, dos bispos e dos papas. Dentre as medidas para conter o avanço da Palavra de Deus, estão as seguintes: 1) Em 1229, o Concílio de Tolouse (França), o mesmo que criou a diabólica Inquisição, determinou: "Proibimos os leigos de possuírem o Velho e o Novo Testamento...Proibimos ainda mais severamente que estes livros sejam possuídos no vernáculo popular. As casas, os mais humildes lugares de esconderijo, e mesmo os retiros subterrâneos de homens condenados por possuírem as Escrituras devem ser inteiramente destruídos. Tais homens devem ser perseguidos e caçados nas florestas e cavernas, e qualquer que os abrigar será severamente punido." (Concil. Tolosanum, Papa Gregório IX, Anno Chr.1229, Canons 14:2). Foi este mesmo Concílio que decretou a Cruzada contra os albigenses. Em "Acts ofInquisition, Philip Van Limborch, History of the Inquisition,cap. 08, temos a seguinte declaração conciliar: "Essa peste (a Bíblia) assumiu tal extensão, que algumas pessoas indicaram sacerdotes por si próprias, e mesmo alguns evangélicos que distorcem e destruíram a verdade do evangelho e fizeram um evangelho para seus próprios propósitos... (elas sabem que) a pregação e explanação da Bíblia é absolutamente proibida aos membros leigos".(grifo nosso). 2) No Concílio e Constança, em 1415, o fiel Wycliffe, protestante, foi postumamente condenado como "o pestilento canalha de abominável heresia, que inventou uma nova tradução das Escrituras em sua língua materna". 3) O Papa Pio IX, em sua encíclica "Quanta cura", em 8 de dezembro de 1866, emitiu uma lista de oito erros sob dez diferentes títulos. Sob o título IV ele diz: "Socialismo, comunismo, sociedades clandestinas, sociedades bíblicas... pestes estas devem ser destruídas através de todos os meios possíveis". 4) Em 1546 Roma decretou: "a Tradição tem autoridade igual à da Bíblia". Esse dogma está em voga até hoje, até porque existe o dogma da "infalibilidade papal". Ora, se os dogmas, bulas, decretos papais e resoluções outras possuem autoridade igual à das Sagradas Escrituras, os católicos não precisam buscar verdades na Palavra e Deus. 5) O Papa Júlio III, preocupado com os rumos que sua Igreja estava tomando, ou seja, perdendo prestígio e poder diante do número cada vez maior de "irmãos separados" ou "'cristãos novos" ou "protestantes" (apesar dos massacres), convocou três bispos, dos mais sábios, e lhes confiou a missão de estudarem com cuidado o problema e apresentarem as sugestões cabíveis. Ao final dos estudos, aqueles bispos apresentaram ao papa um documento intitulado "DIREÇÕES CONCERNENTES AOS MÉTODOS ADEQUADOS A FORTIFICAR A IGREJA DE ROMA". Tal documento está arquivado na Biblioteca Imperial de Paris, fólio B, número 1088, vol. 2, págs 641 a 650. O trecho final desse ofício é o seguinte: "Finalmente (de todos os conselhos que bem nos pareceu dar a Vossa Santidade, deixamos para o fim o mais necessário), nisto Vossa Santidade deve pôr toda a atenção e cuidado de permitir o menos que seja possível a leitura do Evangelho, especialmente na língua vulgar, em todos os países sob vossa jurisdição. O pouco dele que se costuma ler na Missa, deve ser o suficiente; mais do que isso não devia ser permitido a ninguém. Enquanto os homens estiverem satisfeitos com esse pouco, os interesses de Vossa Santidade prosperarão, mas quando eles desejarem mais, tais interesses declinarão. Em suma, aquele livro (a Bíblia) mais do que qualquer outro tem levantado contra nós esses torvelinhos e tempestades, dos quais meramente escapamos de ser totalmente destruídos. De fato, se alguém o examinar cuidadosamente, logo descobrirá o desacordo, e verá que a nossa doutrina é muitas vezes diferente da doutrina dele, e em outras até contrária a ele; o que se o povo souber, não deixará de clamar contra nós, e seremos objetos de escárnio e ódio geral. Portanto, é necessário tirar esse livro das vistas do povo, mas com grande cuidado, para não provocar tumultos" - Assinam Bolonie, 20 Octobis 1553 - Vicentius De Durtantibus, Egidus Falceta, Gerardus Busdragus. 6) Além de tentar tapar a boca de Deus algemando a Sua Palavra, a Igreja de Roma modifica ou suprime trechos sagrados da Bíblia para justificar sua Tradição. Daremos dois exemplos: 1) acatou o livro apócrifo de Macabeus dentre outros, admitindo-o como divinamente inspirado, para justificar a oração pelos mortos. 2) suprimiu o SEGUNDO MANDAMENTO em seu Catecismo. No Catecismo da Primeira Eucaristia, 12ª edição, Paulinas, São Paulo, 1975, à pág. 70, lê-se: Mandamentos da lei de Deus: 1) amar a Deus sobre todas as coisas; 2) não tomar seu santo nome em vão; 3) guardar os domingos e festas; 4) honrar pai e mãe; 5) não matar; 6) não pecar contra a castidade; 7) não furtar; 8) não levantar falso testemunho; 9) não desejar a mulher do próximo; 10) não cobiçar as coisas alheias. 7) Os mandamentos de Deus estão no livro de Êxodo. No capítulo 20, versos 4 e 5 assim está escrito: "NÃO FARÁS PARA TI IMAGEM DE ESCULTURA, NEM SEMELHANÇA ALGUMA DO QUE HÁ EM CIMA DOS CÉUS, NEM EM BAIXO NA TERRA, NEM NAS ÁGUAS DEBAIXO DA TERRA. NÃO TE ENCURVARÁS A ELAS NEM AS SERVIRÁS". Então, como se vê, a Igreja Romana suprimiu do seu Catecismo o Segundo Mandamento. Isto é grave para quem é temente a Deus. Muito grave. Por que suprimiu? Para que não houvesse o confronto de suas práticas idólatras com a Palavra de Deus? 8) Todos esses
maléficos expedientes usados para eliminar, alterar ou suprimir as
Sagradas Escrituras não conseguiram êxito. A Bíblia é o livro mais
vendido e mais lido em todo o mundo e está traduzido para quase 2.000 línguas
e dialetos. Só no Brasil são vendidos por ano mais de quatro milhões
de bíblias, afora uns 150 milhões de livros com pequenos trechos (bíblias
incompletas), Os reflexos desses expedientes, ou seja, as tentativas de
algemar a Palavra de Deus, ainda hoje são sentidos. No Brasil são
poucos os católicos que se dedicam à leitura da Bíblia, embora os
carismáticos estejam mais desenvolvidos no particular. Regra geral, se
contentam "com o pouco que lhes são oferecido na missa", e
enquanto se contentam com esse pouco (como sugeriram aqueles bispos ao
papa, item 5 retro) continuam errando. "ERRAIS, NÃO CONHECENDO AS
ESCRITURAS, NEM PODER DE DEUS". (Mateus 22.29) O SANGUE DOS MÁRTIRES Muitos pagaram
com a vida pelo desejo de reformar. Alcançaram a vitória porque
resolveram enfrentar a poderosa Igreja de Roma, os inquisidores, a
fogueira, a excomunhão e toda a espécie de vexames; enfrentaram acusações
e ameaças mas não dobraram seus joelhos diante dos papas. Vejamos
alguns exemplos. JOHN
WYCLIFFE (1320 - 1384) "Com que
julgais estar a contender? Com um ancião às bordas da sepultura? Não!
Estais a contender com a Verdade, Verdade que é mais forte do que vós
e vos vencerá". Deus livrou Wycliffe da fogueira: faleceu
repentinamente após um ataque de paralisia. Sua voz silenciou, mas sua
fé em Jesus Cristo fez discípulos em todo o mundo. JOHN HUSS (1369 - 1415) Divulgador das
idéias de Wycliffe, natural da Boêmia, depois de completar o curso
superior ordenou-se sacerdote, havendo exercido o cargo de professor e
mais tarde de reitor da universidade de Praga. Huss, embora não
estivesse de acordo com todos os ensinos de Wycliffe, ficou bastante
influenciado pelas idéias desse inglês, e resolveu aprofundar-se mais
no estudo da Bíblia. O segundo passo foi denunciar o verdadeiro caráter
do papado, o orgulho, a ambição e a corrupção da hierarquia.
Defendia a Bíblia como sendo a única regra de fé e prática do cristão,
e ensinava que a Palavra de Deus podia ser pregada por qualquer pessoa.
Esse tipo de liberdade de pensamento não era admitido pela
todo-poderosa Igreja de Roma. A reação veio rápida. Huss foi
convocado a comparecer perante o papa, em Roma. Apoiado pelos
governantes e por uma parcela da população, ele não atendeu ao
chamado. Diante de tão grande afronta ao Sumo Pontífice, Huss foi
excomungado e a cidade de Praga interditada. Com a interdição, o povo
ficaria privado das bênçãos divinas, bênçãos que somente o papa,
como representante de Deus, tinha autoridade para ministrar. Era isso
que ensinava a Igreja era assim que pensavam muitos. O período da
Inquisição - uns 600 anos - foi um período negro na história da
Igreja de Roma. Muitos povos, muitos grupos, muitas nações se enchem
de orgulho e júbilo quando falam do seu passado. A Igreja Católica
Romana não tem do que se alegrar. A lista dos ANTIPAPAS compreende 39
sumos pontífices, no período de 217 a 1449, abrangendo, portanto, um
interregno de 1.200 anos, conforme a Enciclopédia BARSA. O clímax da
imoralidade papal deu-se no período de 1378 a 1417, "durante o
qual houve diversos papas ao mesmo tempo: a França e seus aliados
obedeciam ao Papa de Avignon, enquanto a Alemanha, a Itália e a
Inglaterra ao de Roma". No caso de Huss, acusado de heresia, não
se sabia a quem recorrer porque a Igreja estava dividida. Daí porque a
pedido do imperador Sigismundo, o Papa João XXIII - um dos três papas
rivais - convocou um concílio geral na cidade de Constança, ao qual
compareceram, como réus, o excomungado John Huss e o Papa João XXIII,
este acusado por vários crimes cometidos durante seu ministério no período
de 1410 a 1415: fornicação, adultério, incesto, sodomia, roubo,
simonia, assassinato. "Foi provado, por uma legião de testemunhas,
que ele havia seduzido e violado trezentas freiras, e que havia montado
um harém em Boulogne onde não menos de duzentas meninas tinham sido vítimas
de sua lubricidade". Condenaram-no por cinqüenta e quatro crimes.
Deus colocou num mesmo tribunal um "herege" e um papa. O único
"crime" de Huss fora o não se submeter à vontade de Roma.
Por isso, foi condenado à fogueira. Antes da fogueira, Huss foi preso e
lançado numa masmorra. Da prisão escreveu a um amigo: "Escrevo
esta carta na prisão e com as mãos algemadas, esperando a sentença de
morte para manhã... Quando, com o auxílio de Jesus Cristo, de novo nos
encontrarmos na deliciosa paz da vida futura, sabereis quão
misericordioso Deus Se mostrou para comigo, quão eficazmente me
sustentou em meio de tentações e provas". Em outra carta disse:
"Que a glória de Deus e a salvação das almas ocupem a tua mente,
e não a posse de benefícios e bens. Acautela-te de adornar tua casa
mais do que a tua alma; e, acima de tudo, dá teu cuidado ao edifício
espiritual. Sê piedoso e humilde para com os pobres, e não consumas
haveres em festas". Antes de ser levado ao local da execução,
deu-se a cerimônia da degradação: as vestes sacerdotais de Huss foram
arrancadas e sobre sua cabeça colocaram uma carapuça de papel com a
inscrição "Arqui-herege". "Com muito prazer, disse
Huss, "levarei sobre a cabeça esta coroa de ignomínia por Teu
amor ó Jesus, que por mim levaste uma coroa de espinhos. Invoco a Deus
para testemunhar que tudo que escrevi e preguei foi dito com o fim de
livrar almas do pecado e perdição; e, portanto, muito alegremente
confirmarei com meu sangue a verdade que escrevi e preguei". As
chamas começaram a tomar conta do seu corpo. Huss orou várias vezes até
perder a voz: "JESUS, FILHO DE DAVI, TEM MISERICÓRDIA DE
MIM". O martírio de Huss se deu em 6 de julho de 1415, no mesmo
dia de sua condenação. JERÔNIMO DE PRAGA (1360 - 1416) Jerônimo, embora consciente do risco que corria, apresentou-se ao Concílio de Constança (sudoeste da Alemanha), ano de 1414, para defender os ensinos do seu amigo John Huss, e dar testemunho de sua fé. Logo após haver confirmado suas idéias "heréticas", foi encarcerado numa masmorra, alimentado a pão e água. Doente, debilitado e abandonado por amigos, cedeu à pressão dos inquisidores e declarou que retornaria à fé católica. Ainda assim, retornou à prisão e lá permaneceu por trezentos e quarenta dias. Durante esse tempo, refletiu sobre a sua fraqueza de fé e se sentiu envergonhado de haver cedido. Verificou que não valia a pena negar as verdades bíblicas para salvar a pele. Novamente perante o Concílio, Jerônimo falou: "Estou pronto para morrer. Não recuarei diante dos tormentos que me estão preparados por meus inimigos e falsas testemunhas, que um dia terão que prestar contas de suas imposturas diante do grande Deus, a quem nada pode enganar. De todos os pecados que cometi desde minha juventude, nenhum pesa tão gravemente em meu espírito e me acusa tão pungente remorso, como aquele que cometi neste lugar fatídico, quando aprovei a iníqua sentença dada contra Wycliffe e com o mártir John Huss, meu mestre e amigo". E prosseguiu Jerônimo: "Confesso-o de todo o coração e declaro com horror, que desgraçadamente fraquejei quando, por medo da morte, condenei suas doutrinas. Portanto, suplico a Deus Todo-poderoso Se digne perdoar meus pecados, e em particular este, O MAIS HEDIONDO DE TODOS. Provai-me pelas escrituras que estou em erro, e o abjurarei. São as tradições dos homens mais dignas de fé do que o Evangelho do nosso Salvador?" Jerônimo foi logo levado à fogueira. Quando as chamas começaram a queimar seu corpo, orou ao Pai: "Senhor,
Pai Todo-poderoso, tem piedade de mim e perdoa os meus pecados; pois
sabes que sempre amei Tua verdade". MARTINHO LUTERO (1483 - 1546) Considerado o fundador da doutrina protestante, o Lutero, de naturalidade alemã, doutorou-se em Teologia pela Universidade de Wittenberg, e, por esse tempo, leu pela primeira vez a Bíblia. Tendo sido tomado de um imenso desejo de ter uma comunhão mais estreita com Deus, resolveu ser monge e entrou na Ordem dos Agostinianos, no ano de 1505. Lutero levava uma vida de simplicidade, de jejum e orações. A leitura da Bíblia lhe havia despertado a consciência. Foi tocado pela luz do Evangelho e estava decidido em caminhar no Caminho chamado Jesus. Em 1510, "esteve sete meses em Roma, a fim de tratar assuntos relacionados com a Ordem, e voltou de lá impressionado com o que vira: luxo, pompa, casas suntuosas para os monges que não raro de banqueteavam fartamente. E não apenas isso. Ele se encheu de espanto ao ver a iniqüidade entre o clero, "gracejos imorais dos prelados, profanidade durante a missa, desregramento e libertinagem". "Ninguém pode imaginar", escreveu ele, "que pecados e ações infames se cometem em Roma... Se há inferno, Roma está construída sobre ele". Ainda em Roma, quando fazia penitência subindo de joelhos a "escada de Pilatos", ouviu uma voz dizendo: "O justo viverá pela fé" (Rm 1.17). Entendeu, então, que os homens não podem alcançar a salvação por suas obras. As penitências exigidas pelo clero romano não tinham valor algum. Seu afastamento de Roma se tornou cada vez maior. Lutero se indignou com a venda de indulgências. Pecados cometidos, ou os que porventura fossem praticados no futuro, eram perdoados pela Igreja, bastando que o pecador pagasse certa quantia. Lutero pregava que somente o arrependimento e a fé em Jesus Cristo poderiam salvar o pecador. O destemido sacerdote resolveu tomar uma atitude extrema. Afixou na porta da igreja de Wittenberg noventa e cinco teses contra as indulgências. Com base na Bíblia, mostrava que o Papa nem qualquer homem pode perdoar pecados. "Mostrava que a graça de Deus é livremente concedida a todos os que O buscam com arrependimento e fé". Rapidamente os ensinos de Lutero se espalharam pela Europa, e as verdades bíblicas começaram a se instalar nos corações. "ASSIM SERÁ A PALAVRA QUE SAIR DA MINHA BOCA: ELA NÃO VOLTARÁ PARA MIM VAZIA, MAS FARÁ O QUE ME APRAZ, E PROSPERARÁ NAQUILO PARA QUE A ENVIEI" (Isaias 55.11). "Aquele que deseja proclamar a verdade de Cristo ao mundo, deve esperar a morte a cada momento". Com esse pensamento Lutero se dirigiu a Augsburgo, cidade alemã, onde se defrontaria com os representantes do Papa Leão X. Convidado a retratar-se, Lutero não se dobrou diante de ameaças e confirmou todas as verdades que dissera em seus escritos. Não poderia renunciar à verdade. O prelado inquisidor, cheio de ódio, disse-lhe: "Retrate-se ou mandá-lo-ei a Roma". Roma seria o fim do caminho, o caminho da morte, a morte na fogueira, tal qual acontecera com seu amigo John Huss. Na madrugada do dia seguinte, estando a cidade às escuras, Lutero conseguiu se evadir de Augsburgo contando, para isso, com a ajuda de amigos. Escapou milagrosamente das mãos do representante papal que intentara prendê-lo. Embora diante de tantas dificuldades, já classificado de herege, excomungado e condenado, Lutero não diminuiu suas severas críticas ao papado e às doutrinas romanas. Disse: "Estou lendo os decretos do pontífice e... não sei se o papa é o próprio anticristo, ou seu apóstolo...". Enquanto isso os papas intensificavam o negócio das indulgências. O Papa Alexandre VI, predecessor de Júlio II, foi quem instituiu a venda de indulgências, pois precisava de dinheiro "para adornar com diamantes e pérolas a filha Lucrécia Bórgia". Esse papa não só foi amante de sua própria filha, a célebre Lucrécia Bórgia, como foi amante, também, da irmã de um cardeal que se tornou o papa seguinte, Pio III, em 1503. Os papas Júlio II e Leão X, por sua vez, apelaram para o rendoso comércio do perdão, aquele tendo em mira a construção da Basílica de São Pedro e este para satisfazer seus gastos supérfluos. Um dos encarregados da venda de indulgências, o frei João Tetzel, fazia-o com voz forte nas feiras anuais, oferecendo a sua mercadoria. Dizia: Assim que o dinheiro tilinta na caixa, a alma salta fora do purgatório. Ninguém mais se importava em pecar e a moralidade estava em baixa. Se algum padre desejasse impor alguma penitência, os fiéis apresentavam o documento comprovando a "compra" do perdão divino. Enquanto a Igreja de Roma subtraía elevados recursos financeiros ao povo, com heresias, superstições e ameaças, Lutero se aprofundava no estudo da Bíblia. Declarava abertamente que não havia distinção entre pecado mortal e pecado venial - como dizia o catolicismo - pois, afirmava, "pecado é pecado, sem gradação, e qualquer pecado é desaprovado por DEUS, pois afasta o pecador DELE". Boa parte de seus sermões era destinada a protestar contra o comércio das indulgências, dizendo que estas eram inúteis. E perguntava: "Se o Papa pode libertar as almas do purgatório quando lhe dão dinheiro, por que não esvazia de uma vez o purgatório?" Abrimos aqui um parêntese para perguntar: se as missas de sétimo dia podem livrar as almas do purgatório, por que não se faz uma única missa (um missão) em favor de todas as almas e as livra de uma só vez do fogo purificador? Martinho Lutero continuou derrubando uma a uma, com a Palavra, as doutrinas romanas. A um enviado do Papa Leão X, que lhe propôs uma reconciliação e alegou, como argumento, a autoridade do Papa, Lutero respondeu com firmeza: "Só na Bíblia e não no Papa reside a autoridade". E continuou: "O próprio Cristo é o chefe da Igreja e não o Papa. Não lhe é permitido estabelecer um artigo de fé, sem base bíblica. "O papa é soberano legítimo, não com direito divino, mas humano". No dia 15 de junho de 1520, com a bula Exurge, o Papa Leão X "condenou quarenta e uma proposições de Lutero, ameaçando-o de excomunhão, se não se retratasse dentro de sessenta dias". Essa bula condenava, em suma, a liberdade de consciência. O historiador Schaff assim definiu o documento: "Podemos inferir daquele documento em que estado de servidão intelectual estaria o mundo atualmente, se o poder de Roma houvesse conseguido esmagar a Reforma. Difícil será avaliar quanto devemos a Martinho Lutero, no terreno da liberdade e do progresso..." Num gesto memorável de audácia, destemor e ousadia,Lutero queimou a bula papal em praça pública a 10 de dezembro de 1520. Por mais de uma vez Lutero compareceu diante dos emissários de Roma. Aconselhado a não se apresentar em razão do risco que corria, Lutero respondeu: "Ainda que acendessem por todo o caminho de Worms a Wittenberg uma fogueira... em nome do Senhor eu caminharia pelo meio dela; compareceria perante eles... e confessaria o Senhor Jesus Cristo". Na presença do imperador Carlos V, da Alemanha, de príncipes e delegados de Roma, que esperavam uma retratação do excomungado herege, Lutero falou: "visto que vossa sereníssima majestade e vossas nobres altezas exigem de mim resposta clara, simples e precisa, dar-vo-la-ei, e é esta: não posso submeter minha fé, quer ao papa, quer aos concílios, porque é claro como o dia que eles têm freqüentemente errado e se contradito um ao outro. A menos que eu seja convencido pelo testemunho das Escrituras... não posso retratar-me e não me retratarei, pois é perigoso a um cristão falar contra a consciência. Aqui permaneço, não posso fazer outra coisa; queira Deus ajudar-me. Amém". As tentativas de reconciliação do sacerdote Martinho Lutero com o papado, ou seja, os planos de fazê-lo voltar ao aprisco de Roma fracassaram todos: "Consinto em que o imperador, os príncipes e mesmo o mais obscuro cristão, examinem e julguem os meus livros; mas sob uma condição: que tomem a Palavra de Deus como norma. Os homens nada têm a fazer senão obedecer-lhe. No tocante à Palavra de Deus e à fé, todo cristão é juiz tão bom como pode ser o próprio papa, embora apoiado por um milhão de concílios". O Concílio em Worms não se deteve em examinar, pelas Escrituras, as verdades contidas nos pronunciamentos e escritos de Lutero. "Deus não quer - dizia ele - que o homem se submeta ao homem, pois tal submissão em assuntos espirituais é verdadeiro culto, e este deve ser prestado unicamente ao Criador. Alertado de que estava proibido de subir ao púlpito, recusou-se a obedecer: "Nunca me
comprometi a acorrentar a Palavra de Deus, nem o farei". Tão logo
expirasse o prazo de um salvo-conduto que o imperador lhe concedera,
Lutero, conforme resolução do Concílio, deveria ser preso, todos os
seus escritos destruídos; a ninguém era permitido dar-lhe comida ou
bebida, e os seus discípulos sofreriam igual condenação. Isto, em
outras palavras, significava FOGUEIRA. O plano de Deus era outro. Para
livrá-lo da fogueira um grupo de amigos "seqüestrou" a
Lutero e o transportou, através da floresta, para o castelo de
Wartburgo, construído nas montanhas, e de difícil acesso. Lutero
alguns anos depois saiu daquele castelo e continuou fazendo discípulos
e pregando o Evangelho da salvação. A Reforma estava implantada. A Luz
alcançava muitos países. Iluminou a Europa, as Américas, a América
do Sul, o Brasil... porque ninguém pode algemar a Palavra de Deus. GALILEU GALILEI (1564 - 1642) Físico italiano, fez numerosas descobertas nos campos da Física e da Astronomia. Com seu telescópio (luneta) descobriu as montanhas da Lua, os satélites de Júpiter, as manchas solares, as fases de Vênus, os anéis de Saturno. Suas descobertas e ensinos foram considerados uma heresia pelos censores romanos. Acabrunhado, doente, preso em Roma, assinou sua retratação. Antes, os inquisidores lhe mostraram a sala de tortura e os respectivos instrumentos. Combalido e ajoelhado diante dos representantes do Papa Urbano VIII, leu e assinou sua retratação: "Eu, Galileu Galilei, tendo sido trazido pessoalmente ao julgamento e ajoelhando-me diante de vós, Eminentíssimos e Reverendíssimos Cardeais, Inquisidores Gerais da Comunidade Cristã Universal contra a depravação herética... juro que sempre acreditei em cada artigo que a sagrada Igreja Católica, Apostólica de Roma, sustenta, ensina e prega.. Mas porque este Sagrado Ofício ordenou-me que abandonasse completamente a falsa opinião, a qual sustenta que o Sol é o centro do mundo e imóvel, e proíbe abraçar, defender ou ensinar de qualquer modo a dita falsa doutrina... com sinceridade abjuro, maldigo e detesto os ditos erros de heresia..." A diabólica Inquisição não só condenou os ensinos de Galileu, mas também os de Copérnico. O Tribunal Inquisitório assim se pronunciou: "A tese de que o Sol é o centro do sistema e não se move ao redor da Terra, é néscia, absurda, teologicamente falsa e herética, sendo frontalmente contrária às Sagradas Escrituras..." Galileu
livrou-se da fogueira, mas passou vários meses sob prisão. Muito
doente e cego, veio a falecer no dia 8 de janeiro de 1642. E a Igreja de
Roma acabava de escrever mais um capítulo de terror em sua história.
Em janeiro de 1998, o Papa João Paulo II, formalizou o tardio pedido de
perdão ao notável astrônomo Galileu. Podemos imaginar quão
constrangedor para esse notável homem foi ajoelhar-se diante de uma
corte devassa e negar anos e anos de estudo e observação. Dizem que
Galileu, antes de morrer, balbuciou: "a terra por si se move". MÁRTIRES ANÔNIMOS Wycliffe,
Huss, Jerônimo e Lutero foram citados apenas como exemplo. O caminho da
fogueira foi trilhado por milhares e milhares de mártires anônimos,
gente simples, discípulos fervorosos, pessoas indefesas e pobres,
homens, mulheres, jovens, velhos e crianças, vítimas da sanha
assassina dos representantes da poderosa Igreja Católica Romana, que,
aliada ao poder das armas tentou impor suas doutrinas aos seus súditos.
Mártires anônimos foram os albigenses e os valdenses; mártir quase
desconhecido foi Luís de Berquin, que, apaixonado pelo Evangelho, foi
estrangulado e queimado em 1529 sem tempo para dar uma última palavra;
mártires anônimos foram muitos franceses queimados vivos com requintes
de crueldade, sem direito a defesa. A todos esses homens de fé e de
coragem, baluartes da defesa das Sagradas Escrituras como única fonte
de autoridade, a eles nossa homenagem póstuma, nossa gratidão, nossa
admiração pelo que fizeram em prol de um cristianismo livre de
heresias, de idolatria, de práticas pagãs. UM CRIME CONTRA A HUMANIDADE Recuso-me a chamar a INQUISIÇÃO de Santo Ofício ou de Santa Inquisição. Seria santa se inspirada por Deus ou a Seu serviço. Não foi de inspiração divina porque Deus é amor. Deus não gera o ódio nos corações dos homens. Ele não é a fonte do mal. Não foi de inspiração divina a Inquisição porque Deus não iria perseguir, torturar e executar homens e mulheres que defendiam as Escrituras Sagradas, ou seja, a Palavra de Deus; não foi de inspiração divina porque muitos dos papas que direta ou indiretamente comandaram os massacres - papas, frades, monges, padres, cardeais (o clero romano) - não possuíam a direção Divina, pois foram chamados de "antipapas" em razão do baixo nível moral em que viviam (adultério, imoralidade sexual, estupros, luxúria, etc). Quem comandou a Inquisição ou os Tribunais Eclesiásticos foi o próprio Satanás". O maior inimigo de Deus e do homem, ele, o Diabo, foi quem arquitetou esse plano diabólico nos palácios de Roma, pois ele era e é o mais interessado em algemar a Palavra de Deus; em não permitir a divulgação e propagação do Evangelho; em cristianizar o paganismo ou paganizar o cristianismo. A Inquisição teve, portanto, origem diabólica. O paradoxo é que esse crime contra a humanidade foi urdido no seio de uma igreja que se declarou infalível e dona da verdade. Em nenhuma outra época se assistiu com tanta realidade o cumprimento da profecia de Jesus: -"Então vos hão de entregar para serdes atormentados, e vos matarão. Sereis odiados de todas as nações por causa do meu nome. Nesse tempo, muitos se escandalizarão, trair-se-ão mutuamente e se odiarão uns aos outros. Surgirão muitos falsos profetas, e enganarão a muitos... e este evangelho do reino será pregado em todo o mundo, em testemunho a todas as nações. Então virá o fim". (Mateus 24.9-14). O cumprimento dessa profecia continua em andamento. Milhares de cristãos são mortos anualmente em todo o mundo. Mas, por outro lado, o evangelho do reino continua sendo pregado ("será pregado em todo o mundo"), mudando a vida de milhões de pessoas. As Cruzadas e a Inquisição mataram mais gente do que o nazismo na Segunda Guerra Mundial, na qual morreram seis milhões de judeus. Os massacres em nome de Deus vitimaram um número bem superior de pessoas classificadas de "hereges", acusadas de desenvolverem uma fé contrária à da Igreja Católica, de não aceitarem a "infalível" autoridade papal e de combaterem, ousadamente, a imoralidade, a ganância e a corrupção no clero romano. Não se tem notícia de que os assassinos da Inquisição tenham se submetido a um tribunal internacional para responder por seus crimes. Um ou outro papa foi preso e condenado, como no caso do Papa João XXIII (1410-1415) julgado e condenado pelo Concílio de Constança por cinqüenta e quatro crimes da pior espécie. A História condena a todos, mas a justiça maior virá do céu: o Rei dos reis e Senhor dos senhores, o Justo Juiz, quando voltar, derramará seus juízos sobre a Terra, e os criminosos que morreram sem arrependimento e conversão receberão o merecido castigo. O sangue dos mártires estará sempre na lembrança dos homens. As perseguições e os massacres foram contra o próprio Jesus. Vejam o que disse Jesus a Saulo, este que perseguia os cristãos (Atos 9.4-5): - Saulo,
Saulo, por que me persegues? Aqui encontramos apenas uma pequena parcela do que realmente foi a diabólica Inquisição e o que ela representou de negativo para toda a humanidade. Os representantes papais nunca agiam sozinhos. A igreja Católica estava atrelada de tal forma aos imperadores, reis e governos que, por vezes, não se sabia o que pesava mais num massacre: se o motivo religioso, em que Roma defendia seus altos interesses, ou o político, sob manobra dos governantes. O certo é que a parceria Igreja-Estado fabricou uma arma mortífera: A Inquisição. O sangüinário Hitler tentou purificar a raça ariana executando o povo judeu. Os sangüinários inquisidores tentaram purificar a fé católica matando os"hereges". Uma pergunta que devemos fazer é a seguinte: a Igreja Católica, apostólica e romana, foi realmente guiada desde sua instituição por DEUS? Se a resposta for negativa, então a criação da Inquisição está plenamente justificada. Se positiva a resposta, isto é, se aceitarmos a versão de que o Espírito de Deus guiou essa Igreja desde o seu nascedouro, teremos que fazer outra indagação: O Espírito de DEUS errou ao escolher homens sanguinários para dirigir Sua Igreja ? O Espírito de Deus erra? Quando lemos o livro de Atos, deparamo-nos com o Senhor Jesus orientando, exortando e guiando Sua Igreja e até comissionando obreiros. Vejamos alguns exemplos: 1) " O anjo do Senhor disse a Filipe: Levanta-te, e vai para a região do sul, ao caminho que desce de Jerusalém para Gaza, que está deserta" (Atos 8.26). 2) "Disse o Senhor a Ananias, numa visão: Levanta-te, e vai à rua chamada Direita, e pergunta em casa de Judas por um homem de Tarso, chamado Saulo, pois ele está orando... vai, ele é para mim um vaso escolhido para levar meu nome perante os gentios, os reis e os filhos de Israel" (Atos 9.10-15). 3) "Disse o Espírito de DEUS: Apartai-vos a Barnabé e a Saulo para a obra a que os tenho chamado" (Atos 13.1-2). 4) "Passando (Paulo e Timóteo) pela Frígia e pela província da Galácia, foram impedidos pelo Espírito Santo de anunciar a palavra na Ásia. Quando chegaram à Misia, tentavam ir para a Bitínia. MAS O ESPÍRITO DE JESUS NÃO LHO PERMITIU" (Atos 16.6-7) Assim, em muitas ocasiões o Espírito de Deus conduziu os destinos da Igreja de Cristo. Em nenhum momento vê-se aqueles santos cometerem qualquer deslize, qualquer ato reprovável. Não alimentavam o desejo de exterminar as pessoas que não aceitavam o Evangelho ou não se convertiam. Para justificar os crimes cometidos pelos inquisidores a Igreja de Roma põe a culpa no Diabo. O Espírito de DEUS permitiu que forças demoníacas se instalassem na sede dessa Igreja, em Roma, donde saíram as bulas e decretos papais autorizando ou consentindo as Cruzadas, os massacres, as perseguições? Proibindo a tradução da Bíblia em outras línguas? Proibindo aos leigos a leitura das Sagradas Escrituras? Autorizando a venda de perdão (indulgências) como se fora uma mercadoria? Impedindo a livre manifestação do pensamento? Não, não foi o Espírito de Deus que comandou essa carnificina chamada Inquisição. Quem armou essa trama foi o mesmo espírito que enganou a Eva; o mesmo que tentou a Jesus no deserto, e o mesmo que encarnou em Hitler. Foi ele mesmo, o Diabo, que assumiu o comando em Roma e dirigiu o banho de sangue na Europa e em outras partes do mundo. A igreja Católica perdeu uma das melhores oportunidades de sua história de voltar-se à Palavra de Deus, remover os empecilhos, rever suas doutrinas, ouvir os reformadores, humilhar-se, arrepender-se e suplicar a misericórdia do Senhor. Somente assim a influência maligna seria contida. Por mais que desejemos fazer reflexões com serenidade, não conseguimos conter nossa perplexidade diante de tantos desatinos promovidos por homens que se diziam, "Vigários de Cristo" e "infalíveis". Os crimes cometidos em nome da fé católica, quer nas Cruzadas, quer nos Tribunais de Inquisição, são crimes inqualificáveis, crimes contra a humanidade, e como tal devem ser lembrados por todos os séculos. Jesus afirmou que "AS PORTAS DO INFERNO NÃO PREVALECERÃO CONTRA A SUA IGREJA" (Mateus 16.18). Não prevaleceram. A Igreja de Cristo, que parecia aterrada diante do poder de Roma, saiu-se vitoriosa. As muralhas de Jericó foram derrubadas. De nada valeram as perseguições, as humilhações e a matança. A luz do Evangelho se espalhou por todo o mundo. Não houve como impedir a propagação do Evangelho do nosso Salvador. Mais uma vez o inimigo foi derrotado. Acossados em determinada cidade ou região os crentes procuravam refúgio nas cavernas, nos guetos ou em outras nações. Mas por onde passavam davam testemunho de sua fé. Por toda a parte a fé bíblica era aceita com alegria, em substituição à fé católica. A Igreja de Roma viu cair por terra seu intento de ser universal. A palavra "católica" quer dizer universal. Nas regiões onde o protestantismo prevaleceu, a Igreja romana foi substituída por uma série de igrejas evangélicas autônomas, completamente desligadas do poder papal. O sangue dos justos serviu para regar a Palavra plantada. A Inquisição não impediu o crescimento numérico e qualitativo dos protestantes, que, submissos a Deus e à Sua Palavra, desprezam tradições e dogmas não alinhados com a Bíblia Sagrada. Louvado, engrandecido e exaltado seja o nome do nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo. Eis aí apenas um esboço do que foi a diabólica INQUISIÇÃO, que tantos malefícios causou à humanidade. Muito longe estamos de conhecer todos os labirintos dos tribunais inquisitórios. O atual representante da Igreja de Roma tem ensaiado pedidos de perdão, como no caso de Galileu Galilei. Mas pergunto: pedido de perdão a quem? A Deus? À Humanidade? Às famílias das vítimas? Ora, não se pode pedir perdão a Deus em nome de um pecador. Ademais, não é o caso de pedido de perdão em nome da entidade religiosa, porque não será a Igreja Romana que receberá o castigo eterno. O castigo será individual. Cada um receberá pessoalmente a sentença do Justo Juiz. Logo, o pedido de perdão formulado pela Igreja Católica, através de seu líder, é na verdade um gesto elogiável, uma manifestação de humildade, mas, por si só, não apaga o pecado dos algozes da Inquisição. Sem arrependimento não há perdão e sem perdão não há salvação. Todos os envolvidos nos massacres - papas, cardeais, frades, monges, reis e rainhas - se não se arrependeram de seus crimes e não rogaram o perdão de Deus, ou seja, se não se converteram ao Senhor Jesus antes de morrerem, certamente estão num lugar de TORMENTOS, e ali aguardarão a plenitude dos tempos para serem lançados no GEENA. É assim que ensina a Palavra de Deus: "Mas,
quanto aos medrosos, e aos incrédulos, e aos abomináveis, e aos
HOMICIDAS, e aos adúlteros, a aos feiticeiros, e aos idólatras, e a
todos os mentirosos, a sua parte será NO LAGO QUE ARDE COM FOGO E
ENXOFRE, que é a segunda morte" (Apocalipse 21.8). GLOSSÁRIO ALBIGENSES - Membros de uma seita religiosa no sul da França, nos séc. XII e XIII. Negavam a realidade da encarnação de Jesus Cristo e condenavam a procriação. ANTIPAPAS
- São considerados os falsos papas. Chefe de igrejas locais, geralmente
bispo, que pretendeu, por oposição ao Romano Pontífice, governar toda
a Igreja Católica. Hipólito foi o primeiro antipapa de 217 a 235,
nascido em Roma, eleito pelo povo. AUGSBURGO - Cidade da Alemanha. AUTOS-DE-FÉ
- Cerimônias em que se executavam as sentenças da Inquisição. Passou
a chamar-se assim, principalmente, o suplício dos penitentes pelo fogo. CLÉRIGO
- Aquele que pertence à classe eclesiástica. Sacerdote cristão.
EXCOMUNGAR - Separar da Igreja Católica qualquer dos seus membros. Expulsar, tornar maldito, condenar. GUETO - Rua ou bairro onde são isoladas pessoas ou grupos por imposição econômica, racial ou religiosa. HEREGE - Pessoa que professa doutrina contrária ao que foi definida pela Igreja como sendo matéria de fé. Eram chamados os que se opunham às doutrinas da Igreja Romana. HUGUENOTE - Designação depreciativa que os católicos franceses deram aos protestantes, especialmente os calvinistas, e que estes adotaram. ICONOCLASTA - Indivíduo que não reverencia imagens ou obras de arte. Que as destrói. ICONÓLATRA - Diz-se do indivíduo que adora ou venera imagens, ídolos ou obras de arte. IGNOMÍNIA
- Grande desonra. Infâmia. INDULGÊNCIA - Graça concedida pela Igreja Católica aos seus membros, perdoando total ou parcialmente a pena devida a um pecado. Perdão de pecados. A venda de indulgências pelo Papado foi a principal causa da Reforma. INQUISIÇÃO
- Nome dado a um tribunal eclesiástico criado oficialmente em 1229, no
Concílio de Toulouse, também chamado Tribunal do Santo Ofício, com
poderes para julgar, condenar à morte ou prender pessoas suspeitas de não
professarem a fé católica. MÁRTIR - Pessoa que sofreu tormentos, torturas, perseguições ou a morte por sustentar a fé cristã. MONGE - Religioso que vive em mosteiros e está sujeito a uma regra comum. NOITE DE SÃO BARTOLOMEU - Designação dada à matança de huguenotes que se iniciou em Paris na noite de S. Bartolomeu (em 24 de agosto de 1572) e se estendeu por toda a França, e até 3 de outubro daquele ano o número de mortos elevou-se a 50.000. PAPA - Título dado ao chefe da Igreja Católica Apostólica Romana. Também chamado Sumo Pontífice Romano. PROCESSO SUMÁRIO - Objetivo, resumido, sem formalidades, rápido, sem apelação para a instância superior, sem direito a defesa. PROTESTANTES - Nome dado aos partidários do protestantismo que, no séc. XVI, compreendia uma crença contrária à fé católica e à autoridade suprema do papa. REFORMA - Movimento religioso e político que, no princípio do séc. XVI, quebrou a unidade católica, dividindoa Igreja em dois campos: o católico e o protestante. SEGUNDA GUERRA MUNDIAL - Conflito iniciado no dia 1º de setembro de 1939 e terminado em 2 de setembro de 1945. Iniciou-se com a invasão da polônia pelos alemães. A Inglaterra e a França declararam guerra à Alemanha poucos dias depois. A maioria dos países do mundo participou dessa guerra, inclusive o Brasil. O conflito terminou com a derrota dos alemães. SIMONIA - Tráfico de coisas sagradas ou espirituais, tais como sacramentos, dignidades, benefícios espirituais. SODOMIA -
Relação sexual anal entre homem e mulher, ou entre homossexuais
masculinos. TE DEUM - Expressão de origem latina que significa "A ti Deus". Cântico da Igreja Católica em ação de graças, que principia por essas palavras. TOULOUSE - Cidade do sudoeste da França. VALDENSES - Nome pelo qual são conhecidos os membros de um grupo protestante fundado na região francesa de Vaud (hoje cantão da Suíça), no séc. XII. REFERÊNCIAS
BIOGRÁFICAS BONIFÁCIO
VIII - Papa de 1294 a 1303. Sobre ele diz a The Catholic
Encyclopedia: "Dificilmente qualquer possível crime foi omitido -
infidelidade, heresia, simonia, grosseira e inatural imoralidade,
idolatria, mágica, perda da Terra Santa, morte de Celestino V, etc.
Historiadores protestantes e até mesmo modernos escritores católicos
classificam-no entre os papas iníquos, como ambicioso, arrogante e
impiedoso, enganador e traiçoeiro. O poeta Dante visitou Roma e
descreveu o Vaticano como um "esgoto de corrupção". Uma das
frases desse Papa: "Gozar e deitar-me carnalmente com mulheres ou
com meninos não é mais pecado do que esfregar as mãos". GALILEU
GALILEI - (1564 - 1642) - Italiano nascido em Pisa. Introduziu o método
experimental como o mais importante dos métodos das ciências naturais.
Fez numerosas descobertas e invenções, a exemplo da luneta (mais tarde
telescópio) com que desvendou alguns mistérios dos astros. Defendeu a
tese de que a Terra e os demais planetas se moviam em torno do Sol,
sendo este o centro do Sistema. A Igreja Católica prestou um desserviço
à Ciência ao julgar, condenar e prender um dos mais fecundos
investigadores da época. GREGÓRIO
XIII - Papa no período de 1572 a 1585. Aprovou a Cruzada contra os
huguenotes, cujo desfecho se deu a 24 de agosto de 1572, "Noite de
S. Bartolomeu". Como troféu, recebeu a cabeça de Gaspar de
Coligny. INOCÊNCIO
III - Papa no período de 1198 a 1216. Autorizou a Cruzada contra os
albigenses, sul da França, em 1208. JERÔNIMO
DE PRAGA - Religioso tcheco, discípulo do reformador João Huss;
acusado de ataques às autoridades eclesiásticas, foi condenado à
fogueira pelo Concílio de Constança em 1416. Nasceu em 1360. JOANA D´ARC
- (1412 - 1431) - Heroína francesa também chamada a "Virgem de
Orleans". À frente de um pequeno exército que lhe confiara o Rei
Carlos VII, venceu aos ingleses em Orleans e Patay (1429). Considerada
herética, foi condenada à fogueira em 1431 e canonizada em 1920. JOHN HUSS
- Nascido em 1369 e queimado vivo na fogueira em 1415. Teólogo e
reformador religioso tcheco, natural de Husinec, Boêmia. Acusado de
heresia e condenado à morte por não abjurar suas idéias. JOHN
WYCLIFFE - Nasceu em 1320 e faleceu em 1384. Teólogo inglês,
precursor da Reforma, natural e Hipswell. Pregava uma Igreja sem a direção
papal, era adversário das indulgências e combatia o excesso de bens
materiais dos clérigos. Suas doutrinas foram condenadas no concílio de
Constança. JOSÉ
JEOVAH MENDES - Nasceu em Itapiúna (Ce), a 24 de maio de 1955. Na década
de 60 ingressou na Escola Apostólica de Baturité - Ce, dos padres jesuítas,
para dar curso à sua vocação sacerdotal. Alguns anos depois
desligou-se dessa Ordem e ingressou no Convento dos Franciscanos, em
Canindé (Ce), onde permaneceu até 1976. Autor do livro "OS PIORES
ASSASSINOS E HEREGES DA HISTÓRIA", onde faz duríssimas críticas
à Igreja Católica Apostólica Romana. LEÃO X
- Papa no período de 1513 a 1521. Nasceu em Florença (Itália).
Excomungou formalmente a Lutero em 1521. Seu nome civil: Giovanni de Médicis.
Seus recursos financeiros garantiram rápida ascensão na Igreja: aos
oito anos de idade já era arcebispo, e aos treze foi cardeal. A The
Catholic Encyclopedia relata que Leão X "entregou-se sem restrições
aos divertimentos... possuído por um amor insaciável ao prazer...
gostava de dar banquetes e divertimentos caros, acompanhados por orgia e
bebedeira". MARTINHO
LUTERO - Nascido em 1483, natural de Eisleben, Saxônia, fundador da
doutrina protestante, em oposição ao catolicismo. Doutorou-se em
Teologia pela Universidade de Wittenberg. Em 1517 submeteu suas teses a
debate. Em 1520 foi excomungado como herege pelo Papa Leão X. faleceu
em 1546. TOMÁS DE
TORQUEMADA - (1420 - 1498) - Sacerdote espanhol da Ordem dos
Dominicanos, inquisidor-geral da Espanha por muitos anos, responsável
pela morte de 10.200 cristãos não católicos na fogueira, afora cerca
de cem mil pessoas encarceradas ou expulsas do país. BIBLIOGRAFIA ALMEIDA
- Bíblia de estudo pentecostal. Revista e corrigida. Sociedade Bíblica
do Brasil. MENDES, Jeovah. Os piores assassinos e hereges da história. 1997. VIDAS ILUSTRES. Coleção - Volumes VI (os cientistas) e IX (líderes religiosos). WOODROW, Ralph. Babilônia: a religião dos mistérios.
ALTERAÇÕES
EFETUADAS NOS CONCÍLIOS DO VATICANO...
Os papas
sempre desejaram uma linha de sucessão com S. Pedro, interpretando que
Cristo edificou Sua Igreja sobre esse apóstolo. Para isso, embaralharam
as palavras gregas 'Petra e Petros" (ver Mat. 16:18) e
interpretaram incorretamente tal texto. "Petros" quer dizer
fragmento de pedra e "Petra" significa rocha (que no texto e
no contexto é Cristo. Jesus disse a Pedro: "Sobre ESTA
"Petra" edificarei Minha Igreja" e não disse. Sobre ESSA
pedra, "petros". Nenhum autor grego jamais empregou a palavra
"petra" no sentido de "petros". (H.
Liddel, Grek English Lexicon, in loco). Cristo
edificou Sua Igreja sobre Si mesmo e não sobre Pedro. EMBAIXO AS PRINCIPAIS ALTERAÇÕES... 1950 -
“Decretaram" a Assunção de Maria. 1870 -
Infalibilidade do papa. 1854 -
Dogma da Imaculada Conceição. 1546 -
acrescentaram livros apócrifos nas Sagradas Escrituras. 1229 -
proibiram a leitura da Bíblia. 1215 - instituída
a Transubstanciação. 1216 -
iniciaram a "confissão auricular" (confissão de pecados aos
padres). 1200 -
instituíram a hóstia ao invés da Ceia do Senhor que Cristo deixou. 1190 -
venda de indulgências, (perdão de pecados pôr dinheiro). 1184 -
instituída a Inquisição. A Igreja faz milhares de vítimas. 1074 -
"decretam" o celibato sacerdotal. 933 -
instituem a "Canonização de santos". 830 -
começam usar "água benta e ramos bentos". 783 -
instituem o culto às imagens. 503 -
"decretam" o Purgatório. 431 -
instituído o Culto a Maria. 416 -
iniciam pela primeira vez o Batismo infantil. 394 -
substituem o Culto Cristão pôr missas. 325 -
Imperador Constantino celebra o primeiro Concilio. 320 -
começam a usar velas nas Igrejas. 310 -
instituído a "reza pêlos mortos". O
"pais da Igreja" e os apóstolos jamais cultuaram Maria e as
imagens, não ensinaram transubstanciação, purgatório nem foram
Celibatários. O PURGATÓRIOA
idéia do purgatório tem suas raízes no Budismo e noutros sistemas
religiosos da antiguidade. Até a época do Papa Gregório 1, porém, o
purgatório não tinha sido oficialmente reconhecido como parte
integrante da doutrina romanista. Esse papa adicionou o conceito de fogo purificador ao lugar entre o céu e o inferno, para onde (segundo a crença então corrente) eram enviadas as almas daqueles que não eram tão maus, a ponto de merecerem o inferno, mas também, não eram tão bons, a ponto de merecerem o céu. Assim surgiu a crença de que o fogo do purgatório tem poder de purificar a alma dos seus pecados, até fazê-la apta a se encontrar com Deus. Alegadas
Razões Desse Dogma
Para
provar a existência do purgatório, a Igreja Romana apela para algumas
passagens bíblicas, das quais deriva apenas inferências, e nada mais.
Entre os versículos preferidos destacam—se os seguintes: “Se
alguém proferir
alguma palavra contra o Filho do homem ser—lhe—a perdoado; mas se
alguém falar contra o Espírito Santo, não lhe será
isso perdoado, nem neste mundo nem no porvir (Mt 12.32). “Digo-vos
que toda palavra frívola que proferir
o
homem,
dela dará conta no dia do juízo (Mt 12.36). "...
se a obra de alguém se queimar
sofrera ele dano; mas esse mesmo será salvo, todavia, como que através
do fogo” (1 Co 3.15). Uma
Descrição do Purgatório De
acordo com a teologia romanista, o purgatório além de ser um lugar de
purificação de pecado é também um lugar onde a alma cumpre pena;
pelo que o fogo do purgatório deve ser temido grandemente. O fogo do
purgatório será mais terrível do que todo o sofrimento corporal
reunido. Um único dia neste lugar de expiação poderá ser comparado a
milhares de dias de sofrimentos terrenos.
(SPIRITUAL
BOUQUET OFFEREV IN PL’RGATORY).
O escritor católico Mazzarellí
faz seus cálculos à base de trinta pecados veniais por dia, e, para
cada pecado, um dia no purgatório, perfazendo o grande total de mil e
oitocentos anos, caso o pecador tenha sessenta anos de vida na terra,
devendo-se acrescentar aos veniais os pecados mortais absolvidos, mas não
plenamente expiados. Quem
Vai Para o Purgatório?
A
despeito do fato das almas no purgatório, segundo o ensino da Igreja
Romana, terem sido já justificadas no batismo e pelo batismo, a justiça
divina, contudo não ficou plenamente satisfeita. Desse modo a alma,
embora escape do Inferno, precisa suportar, por causa dos seus pecados
que ainda restam por expiar depois da morte, a punição temporária do
Purgatório. Isso foi categoricamente afirmado pelo Concilio de Trento:
Se alguém disser que, depois de receber a graça da justificação, a
culpa é perdoada ao pecador penitente, e que é destruída a penalidade
da punição eterna, e que nenhuma punição fica para ser paga, ou
neste mundo ou no futuro, antes do livre acesso ao reino ser liberto,
seja anátema” (Seção VI). Sufrágios
a Favor dos Que se Acham no Purgatório
Entre
os sufrágios que assistem aos que se
encontram no purgatório, há três que se destacam rio ensino católico,
que são: Ainda
sobre o purgatório, o Concilio de Trento declarou: “Desde
que a Igreja Católica, instruída pelo Espírito Santo, nos sagrados
escritos e pela antiga tradição dos Pais, tem ensinado nos santos concílios,
e, ultimamente, neste Concilio Ecumênico, que há Purgatório, e que as
almas nele retidas são assistidas pelos sufrágios das missas, este
santo concilio ordena a todos os bispos a que, diligentemente, se
esforcem para que a salutar doutrina concernente ao purgatório —
transmitida a nós pelos veneráveis pais e sagrados concílios — seja
crida, sustentada, ensinada e pregada em toda parte pelos fiéis de
Cristo” (Seção XXV). Estes
e outros erros provêm de um lapso da teologia católica romana
que ensina que a obra expiatória de Jesus Cristo satisfez
a pena devida aos pecados cometidos antes do batismo, e não daqueles
que foram cometidos depois do batismo. A
Bíblia não cita purgatório algum. A
BÍBLIA OU A TRADIÇÃO???
O
Fundamento Da Teologia Católica. Mesmo
de relance poder-se-á constatar ser a maior parte das doutrinas da dogmática
católica procedente de fonte diversa da Bíblia. Suas
informações relativas aos sacramentos, a mariologia, a sucessão e
colegialidade dos bispos, a infalibilidade e primado do papa, à sua
organização eclesiástica, ao purgatório e sufrágio dos mortos, ao
culto dos santos, alicerçada, aliás, na pretendida sucessão apostólica
dos seus bispos? Essa
fonte diferente é chamada de TRADIÇÃO. E
o que seria do catolicismo sem os sacramentos? Sem a mariologia? Sem a
sua organização eclesiástica alicerçada, aliás, na pretendida
sucessão apostólica dos seus bispos? O
que seria do catolicismo sem o purgatório e o sufrágio dos mortos? O
que seria do catolicismo sem o culto dos santos? O
que seria, enfim, do catolicismo sem a TRADIÇÃO que invalida a Palavra
de Deus? Em
conseqüência, é impossível conhecer-se a dogmática católica sem o
esclarecimento do conceito de sua TRADIÇÃO, vocábulo retirado
etimologicamente do verbo latino TRANSDO, que quer dizer: entrego ou
transmito qualquer coisa. Ë a transmissão de suas doutrinas de geração
em geração, ou a própria doutrina recebida por esta via. Os
Teólogos católicos, na esteira do Concilio Tridentino, definem a TRADIÇÃO
COMO O CONJUNTO DE DOUTRINAS REVELADAS REFERENTES À FÉ E À MORAL, NÃO
CONSIGNADAS NAS ESCRITURAS SAGRADAS, MAS ORALMENTE TRANSMITIDAS POR DEUS
À IGREJA (Sessão IV, de 8 de Abril de 1546, sob o pontificado de Paulo
III). Pelo
próprio fato de haver o catolicismo engendrado outra fonte de Revelação
Divina que não a Bíblia, demonstra o seu menosprezo a esta. Conseqüentemente,
se ele quisesse agora aceitá-la com todo o seu valor de único e
exclusivo depósito de fé, deveria, em alto e bom som, proclamar sua
repulsa à Tradição. O
Concilio Vaticano II, porém, e em que pesem suas propostas ecumenistas,
«seguindo as pegadas dos Concílios Tridentino e Vaticano 1!»
(Constituição Dogmática «Dei Verbum>>, promulgada na sessão
IV do Concílio Vaticano II, em 18 de Novembro de 1965, sob o
pontificado de Paulo VI - § 1), deliberou confirmar a atitude católica
perante o alicerce de suas doutrinas. Realmente
no § 9 dessa sua Constituição promulgada nas vésperas do seu
encerramento, se lê: «... A SAGRADA TRADIÇÃO.., transmite
integralmente aos sucessores dos Apóstolos a Palavra de Deus confiada
por Cristo Senhor e pelo Espírito Santo aos Apóstolos para que, sob a
luz do Espírito da Verdade, eles em sua pregação, fielmente, a
conservem, exponham e difundam». E
sob este aspecto que o Concilio Vaticano II lembra: Pela mesma Tradição..,
as próprias Sagradas Escrituras são nela cada vez melhor compreendidas
e se fazem sem cessar atuantes» (Constituição Dogmática «Dei Verbum
— § 8). A
TRADIÇÃO EXCEDENTE ou CONSTITUTIVA, o
verdadeiro arsenal da dogmática católica, abrange todas as
doutrinas não encontradas na Bíblia e que se constituem em totalidade
na dogmática católica. Ë
evidente que esta Revelação Oral, posteriormente pôde conservar-se e
propagar-se por escrito. Essa escrita, distinta das Sagradas Escrituras,
encontra-se, por exemplo, nas obras de escritores eclesiásticos do
catolicismo primitivo. E
julgadas como um mesmo e integro depósito da Revelação, o Concilio
Vaticano II, cumprindo o seu desígnio de seguir as pegadas dos Concílios
de Trento e Vaticano 1, exige o mesmo sentimento de reverência e
piedade para a Tradição e para a Bíblia: «ambas (Escritura e Tradição)
devem ser recebidas e veneradas com igual sentimento de piedade e reverência»
(Constituição Dogmática «Dei Verbum» — § 9). Destarte,
assim como o cristão, reverentemente, se vale das Escrituras para
argumentar as razões de sua fé, o católico esclarecido — coisa raríssima!
— busca os motivos de suas crenças na Tradição. De
maneira alguma, neste último Concilio, o catolicismo abriria mão desta
fonte de suas doutrinas a menos que concordasse em deixar de ser
catolicismo. Aliás,
é fácil depreender-se o porquê do seu maior interesse pela Tradição
considerada por ele como regra de fé mais importante por ser anterior,
mais ampla e mais clara do que a Bíblia. Ela
é elástica, amoldável e acomodatícia. Sacia-lhe melhor a sede de
sofismar! Se
bem que recomende «igual sentimento de piedade e reverência» para a
Escritura e para a Tradição, a verdade é que esta lhe merece mais
atenções porque as próprias Sagradas Escrituras são nela (Tradição)
cada vez melhor compreendidas» (Constituição Dogmática «Dei Verbum»
— § 8). Destaque-se
a seguinte observação: estas expressões que sobrelevam a Tradição
em desapreço da Bíblia, não são do Concilio de Trento, realizado no
século XVI, que, como movimento de contra-Reforma, objetivou elevar ao
máximo o valor de sua principal fonte doutrinária. Estas expressões são
recentíssimas. São deste último Concilio Ecumênico de cujos
interesses se destacam os acenos de convites aos “irmãos separados»
(?!) Em
favor das Sagradas Escrituras, como depósito de fé, militam abundantíssimos
argumentos. O catolicismo, porém, se vê em dificuldades para
argumentar em defesa de sua tradição. Os
argumentos em que o catolicismo baseia a sua Tradição são anêmicos
em extremo e pasmam a qualquer pessoa de inteligência mediana. Dentre
eles vamos considerar o seguinte: Antes
de Moisés nada havia escrito. Deus se revelava lentamente e sua
doutrina foi transmitida oralmente. Só muito mais tarde veio a
Escritura. Desde
a origem do mundo até Moisés, a primitiva revelação de Deus,
verbalmente dada aos homens, foi conservada por sucessão entre os
patriarcas e não em escrituras. Já
se vê, cavilam os teólogos católicos, que o próprio Moisés, ao
escrever o Gênesis precisou abeberar-se na Tradição, esse primeiro e
genuíno canal da Revelação Divina. Foi
na Tradição que o autor do Pentateuco colheu informes sobre a criação
do mundo ex nihilø e a queda do primeiro homem, sobre a
propagação do gênero humano e sua geral corrupção, sobre o dilúvio,
os descendentes de Noé e a confusão das línguas, sobre a vocação de
Abraão e sua empolgante biografia, sobre Isaque e as peripécias dos
filhos de Jacó, sobre José e a ida dos seus irmãos para o Egito. Para
o catolicismo, na conformidade de sua argumentação e esquecido de que
Moisés fora divinamente inspirado e assistido, o primeiro livro da Bíblia,
o Gênesis, nada mais é do que a Tradição estampada em letras de
forma. A
BIBLIA DESDE OS PRIMÓRDIOS. Todos
os acontecimentos relatados em Gênesis se muito antes de serem escritos
por Moisés, o Autor divinamente inspirado do Pentateuco. Não negamos haver Moisés colhido informes aqui e ali, com uns e outros. Mas, a esta simples verificação de fatos históricos atribuir-se uma importância de fonte de Revelação é negar ou pelos menos depreciar a inspiração divina da primeira parte do Velho Testamento. A
simples leitura de Gênesis demonstra que Deus não confiou na Tradição
Oral. Abraão
é o primeiro dos patriarcas e vocacionado para formar uma grande nação.
<<de ti farei uma grande nação... » (Gên. 12:2). «Far-te-ei
fecundo extraordinariamente, de ti farei nações, e reis procederão de
ti» (Gên. 17:6). Foi ao estabelecer este concerto com o patriarca que
Deus lhe mudou o nome de Abrão para Abraão, que quer dizer pai de
muitas nações ou duma multidão. «Dar-te-ei e à tua descendência a
terra das tuas peregrinações, toda a terra de Canaã, em possessão
perpétua, e serei o seu Deus» (Gên. 17:8). Da
mesma maneira como Deus se revelara, em circunstâncias especiais
diretamente a Adão e Noé, e interferira também diretamente em certos
episódios, como por ocasião da queda do homem, do dilúvio, da confusão
das línguas, agora interfere diretamente e vocaciona Abraão,
estabelecendo um concerto especial, para ser o pai de um povo peculiar
de cuja descendëncia sairia o Redentor. Isaque
é o segundo personagem da estirpe da promessa e tem dois filhos: Esaú
e Jacó, sendo o terceiro elo nessa corrente de formação do povo
eleito. A
Jacó disse o seu pai Isaque, lembrando-se da bênção do Senhor: «Levanta-te,
vai a PadãArã, à casa de Betuel, pai de tua mãe, e toma lã por
esposa uma das filhas de Labão, irmão de tua mãe. Deus Todo-Poderoso
te abençoe e te faça fecundo, e te multiplique para que venhas a ser
uma multidão de povos; e te dê a bênção de Abraão, a ti, e à tua
descendência contigo, para que possuas a terra de tuas peregrinações,
concedida por Deus a Abraão (Gên. 18:2-4). ‘Acaso
não seria suficiente essa tradição oral da promessa e da bênção? E
uma tradição muito curta, apenas entre Abraão e Jacó, mediando
somente Isaque! A
mesma Promessa agora repetida diretamente pelo Senhor a Jacó e não
através de Tradição alguma! — quase com as mesmas palavras fora
dita ao seu ancestral mais próximo, a Abraão, logo após separar-se de
Ló (Gên. 13:14-16). E a vida de Jacó é toda pontilhada de interferências diretas de Deus! Seu nome também é mudado no incidente de Peniel quando lutou com o anjo até prevalecer e ser abençoado. Passou-se a chamar Israel, pois como príncipe lutara com Deus e com os homens. E prevalecera! (Gên. 32:28). No
futuro, Israel seria o nome do povo eleito do Senhor! Dentre
os doze filhos de Israel, destaca-se José, que, em circunstancias memoráveis,
foi para o Egito (Gên. 37:41), onde mais tarde recebeu seu velho pai e
seus irmãos acossados pela fome (Gên. 42-50). Mesmo
para esta viagem, o servo do Senhor esperou a Sua manifestação direta.
«Eu sou Deus, o Deus do teu pai; não temas descer para o Egito porque
lã eu farei de ti uma grande nação» (Gên.46:3). Deus
a repetir a mesma Promessa! Em
1706 antes de Cristo é que, no Egito, se fixou esse povo peculiar de
Deus, cumprindo-se assim a Palavra do Senhor a Abraão (Gên. 15:13). Não
se pense que era um povo grande em número.. Em Gên. 46:1-27 são
relacionados os nomes dos membros desse pequenino povo composto apenas
de setenta pessoas. Setenta
pessoas! Filhos, noras e netos do velho patriarca! Nos
primeiros 126 anos de sua permanência no Egito, esse povo muito
prosperou e cresceu. E ..• os filhos de Israel foram fecundos,
aumentaram muito e se multiplicaram... (Êx. 1:7). Os setentas se
multiplicaram em dois milhões! Levantando-se, entretanto, uma nova dinastia, mudou-se a situação e esse povo dirigido para urna incumbência especial, cativo, passou a sofrer duras peripécias durante mais de um século, quando Deus promoveu sua libertação suscitando Moisés. Como
a recordar a Sua Promessa, o Senhor se identifica: Eu sou o Deus de teu
pai, o Deus de Abraão, o Deus de Isaque, e o Deus de Jacó» (Êx.
3:6,15,16). E aquele povo que é o Seu, Ele chama: «meu povo» Ëx.
3:9,10,11,13,14,15). Ë a lembrança da Promessa de Deus a Moisés! Não
mandou Moisés consultar os anciãos sobre ela. Mencionou-a diretamente! E
o argumento da teologia católica em favor de sua Tradição?Já está
por terra! Prossigamos
em nossa consideração grata a Deus por sua maravilhosa Revelação
contida na Bíblia em nosso beneficio. Nesta
conjuntura da História de Israel, o Senhor suscita em Moisés o grande
líder para libertar o Seu povo, levando-o à Canaã Prometida, a
Palestina, o centro geográfico do mundo de então para de lá, como de
centro irradiador, difundir a Sua Palavra e fazer cumprir o Seu Plano
Salvífico. As
peripécias da jornada, os desalentos dos tímidos e as murmurações
dos descontentes não puderam embargar aquela nação de contemplar, na
maior de todas as epopéias da História, as manifestações palpáveis
do Poder de Deus. As
pragas do Egito, a libertação memorável do seu cativeiro, a passagem
espetacular do Mar Vermelho, a abundância de maná, o vôo razante das
codornizes, o jorrar abundante da água no deserto de Sim, a vitória
surpreendente sobre os amalequitas, tudo empolgava os filhos de Israel,
quando, exatamente no instante de seu sucesso na campanha dos
amalequitas, pela primeira vez, Deus ordena a Moisés: ESCREVE
ISTO PARA MEMÓRIA NUM LIVRO» (Ëx. 17:14). «ESCREVE
ISTO PARA MEMÓRIA NUM LIVRO»!!! Ë
de se observar, por• exemplo, a fórmula freqüentíssima: «Eu
ouvi... » adotada na primitiva religião chinesa, da qual procedem o
taoísmo e o confucionismo. Chama
a atenção para o nosso caso ainda mais a circunstância assaz
agravante de estar o povo de Israel acampado no deserto, com
dificuldades humanamente instransponíveis para executar a arte da
escrita. São
notáveis os inúmeros pontos de contato do catolicismo com essas religiões,
inclusive o seu apego a esse veiculo de transmissão doutrinária e depósito
dos seus ensinos. Em
condições dignas de nota, surgiu a Escritura Santa! Anteriormente
Deus se revelara a pessoas individuais. A Adão e Eva. A Noé. A Abraão.
A Jacó. Falava-lhes! Interferiu em acontecimentos! Mas, quando se
revelou ao Seu Povo já separado dos egípcios, à coletividade, mandou
escrever e a marcha triunfante e cheia de percalços continuou. Acampou-se
o povo ao sopé do Monte de Sinai em circunstanciais solidíssimas. «Todo
o Monte do Sinal fumegava, porque o Senhor descera sobre ele em fogo; a
sua fumaça subiu como a fumaça de uma fornalha, e todo o monte tremia
grandemente» (Ëx. 19:18). E «Deus falou... » Ëx. 20:1). Proferiu o
Seu Decálogo. Apresentou as Suas Leis acerca dos servos, dos homicidas,
da propriedade, da imoralidade, da idolatria, dos que amaldiçoam os
pais ou ferem qualquer pessoa, do testemunho falso e das injustiças, do
descanso e das festas. Não se limitou Moisés relatá-las ao seu
povo (Ex. 24:3), mas, «escreveu todas as palavras do Senhor» (Ëx.
24:4). «...
Erigiu um altar ao pé do monte (Êx. 24:4)... e tornou o livro da aliança,
e ao povo, e eles disseram: tudo o que falou o Senhor, faremos, e
obedeceremos» (Êx. 24:7).
OUTRO ARGUMENTO FALSO! Jesus
nunca mandou escrever? Em
Apocalipse encontramos dez oportunidades em que o Senhor manda escrever:
— 1:11,19;2:1,8,12,18;3:1,7,14 ;21:5. ESCREVE!
Ë assim com o verbo no modo imperativo. E
de fato, João da ênfase ao seu objetivo escrevendo: «... para que
creiais que Jesus é o Cristo, o Filho de Deus, e para que, crendo,
tenhais vida em Seu Nome» (João 20:31). Paulo,
ao escrever aos coríntios, destaca: «... as coisas que vos escrevo são
mandamentos do Senhor» (1 Cor. 14:37). E aos filípenses: «Não me
aborreço de escrever-vos as mesmas coisas, e é segurança para vós»
(Fil. 3:1). Paulo
não se aborrece de escrever as mesmas coisas... Por que? Para SEGURANÇA
dos fiéis! Não
se fiava da Tradição nem a curto prazo e nem a curta distância. Ele
havia pregado aos filípenses e por medida de segurança doutrinária,
escreveu-lhes. Declaramos
crer inteiramente que Lucas ao escrever os seus dois livros,o Evangelho
e os Atos dos Apóstolos, estava inspirado pelo Espírito Santo de Deus.
E nestas condições é que ele colheu e selecionou a verdade no meio de
tantos fatos e comentários divulgados oralmente e por escrito em inúmeros
apócrifos. Lucas, divinamente inspirado, foi o garimpeiro que separou o
ouro puríssimo! Lucas
escreveu os seus livros na língua grega. No original desta pericopes o
vocábulo empregado é Asphaleia que quer dizer certeza, segurança,
firmeza, solidez. <<Ut
cognoscas ea quae de Christo edoctus es, esse certissima, firmissíma et
solidissima», comenta Cornélio a Lápide em seu Comentário das
Sagradas Escrituras. Teófilo, o destinatário do livro, já sabia
por via oral e Lucas lhe escreveu para que o seu conhecimento fosse certíssimo,
firmíssimo, solidíssimo. Não confiava na Tradição. Logicamente, a
Tradição não pode ser fonte de Revelação! Para
um exame do real significado do vocábulo asphaleia é interessante
notar-se a sua posição significativa em outros textos. Usa-o Lucas
outra vez em Atos 5:23, em que, depois de relatar a prisão dos Apóstolos
decretada pelo sumo sacerdote e a libertação miraculosa dás mesmos,
transcreve-a aos servidores: «Achamos
o cárcere fechado com toda a segurança (asphaleia). Usa-o Paulo em
Fil. 3:1: ... e é segurança (asphaleia) para vós outros...». Não
bastava falar. Escrevia por medida de segurança. Na
forma asphales, emprega-o Lucas em Atos 21:34;22:30;25:26 e se encontra
em Hb. 6:19. Na
modalidade de verbo, é aplicado por Mt. quando se refere à segurança
da guarda do sepulcro de Jesus. «Ordena, pois, que o sepulcro seja
guardado com segurança (asphalistenai.) ... Disse-lhes Pilatos: ai
tendes uma escolta; ide e guardai como bem vos parecer (Asphalisaste). O
próprio Lucas em Atos 16:24, contando a prisão de Paulo e Suas em
Filipos, ainda outra vez, aplica-o: «O qual (carcereiro), tendo
recebido tal ordem, os lançou no cárcere interior, e lhes segurou
(esphalisato) os pés no tronco. Na
forma de advérbio, no mesmo relato, Lucas, com ênfase informa: «e,
depois de lhes (Paulo e Suas) darem muitos açoites, os lançaram no cárcere,
ordenando ao carcereiro que os guardasse com toda a segurança —
seguramente (asphalós).
Ainda Lucas, ao transcrever o sermão de Pedro no dia de Pentecostes,
aplica-o: «Esteja pois absolutamente certa — segura — (asplialós)
toda a casa de Israel de que a este Jesus que vós crucificastes, Deus o
fez Senhor e Cristo» (At. 2:36). O
advérbio Asphalós é empregado por Mc. 14:14 ao anotar a recomendação
do Iscariotes: «Aquele a quem eu beijar, é esse; prendei-o, e levai-o
com segurança (seguramente). Por
João, o Apóstolo Amado de Jesus, chamado a testificar dËle porquanto
com Ele estivera desde o princípio (Jo. 15:27), que, no final do Quarto
Evangelho disse, referindo-se aos sinais de Jesus: «Estes, porém foram
registrados para que creais que Jesus é o Cristo, o Filho de Deus, e
para que, crendo, tenhais vida em Seu Nome». Pelo Apóstolo João que, na sua Primeira Epístola destinada aos já conhecedores do Evangelho de sua lavra, dirigida às mesmas igrejas, porquanto a simples leitura de ambos os documentos demonstra ser essa Primeira Epistola um suplemento daquele, declara: «O que era desde o princípio, o que temos ouvido, o que temos visto com os nossos próprios olhos, o que contemplamos e as nossas mãos apalparam, com respeito ao Verbo da Vida.., o que temos visto e ouvido anunciamos também a vós outros, para que vós igualmente mantenhais comunhão conosco. Ora, a nossa comunhão é com o Pai e com o Seu Filho Jesus Cristo. ESTAS COISAS, POIS, VOS ESCREVEMOS PARA QUE A NOSSA ALEGRIA SEJA COMPLETA» (1 Jo. 1:1,3,4). João, testemunha ocular! Observe-se a sua insistência em destacar esta particularidade notável: o que ouviu, o que viu com os seus olhos, o que contemplou e as suas mãos tocaram... Todo êste martelar contra qualquer pretensa Tradição apenas no primeiro verso do capítulo primeiro de sua Primeira Carta. E a seguir, após um parêntesis no verso 2, torna a insistir: «o que temos visto e ouvido... » Tudo o que ele escreveu foi presenciado e ouvido por ele! Do
Apóstolo João que, ao encerrar o seu Livro Apocalíptico, escangalha
com a presunção católica porque estampa, por escrito, esta advertência
de Jesus Cristo: «EU,
A TODO AQUELE QUE OUVE AS PALAVRAS DA PROFECIA DËSTE LIVRO, TESTIFICO:
SE ALGUEM LHES FIZER QUALQUER ACRÉSCIMO, DEUS LHE ACRESCENTARÁ OS
FLAGELOS ESCRITOS NESTE LIVRO; E SE ALGUEM TIRAR QUALQUER COUSA DAS
PALAVRAS DO LIVRO DESTA PROFECIA, DEUS TIRARÁ A SUA PARTE DA ÁRVORE DA
VIDA, DA CIDADE SANTA, E DAS COUSAS QUE SE ACHAM ESCRITAS NESTE LIVRO».
(Apoc. 22:18-19). Ora!
Vejam só! Nem de leve o catolicismo irá encontrar nas palavras de
Jesus alguma coisa que lhe possa endossar a presunção. Aliás, bem ao
contrário, porquanto Jesus foi severo no combate à Tradição. .....
invalidastes a Palavra de Deus, por causa da vossa Tradição» (Mt.
15:6), recriminava Ele aos fariseus. E nessa única vez que o Senhor
fala sobre a Tradição, vergastando-a lembra: «E em vão me adoram,
ensinando doutrinas que são preceitos de homens* (Mt. 15:9). Desesperada
por não encontrar nada nos Evangelhos que lhe pudesse, ao menos de
longe, fornecer arremedo de argumento, no intuito de corroborar o seu
raciocínio, a dogmática católica apresenta esta passagem bíblica
extraída de Paulo: Assim, pois, Irmãos, permanecei firmes e guardai as
tradições que vos foram ensinadas, seja por palavra, seja por epístola
nossa (2 Tes. 2:15). Os Apóstolos, conclui, não nos transmitiram tudo
por escrito; uma grande parte do seu ensino foi oral que nos chegou pela
Tradição através dos séculos. O
significado do vocábulo «tradições» nesse texto não é sinônimo
da Tradição no conceito católico. Lá no original grego, o termo é
paradoseis que tem o significado de doutrina ou ensinamentos para o
caso. Paradoseis é o conjunto das doutrinas ou o depósito exposto por
Paulo aos fiéis. Este depósito que ele não recebeu de nenhum dos Doze
e de ninguém, mas diretamente de Jesus Cristo (Gal. 1:9,11 e 12). Paulo,
portanto, depois de prevenir os tessalonicenses contra os deturpadores
do Evangelho, inculca-lhes a necessidade de se manterem firmes nas
doutrinas por ele ensinadas através também das suas pregações. E
de se levar em conta, outrossim, que esta Segunda Carta aos
tessalonicenses é o segundo documento de Paulo, escrito logo após à
Primeira Carta aos mesmos destinatários, datada do ano 50 ou 51. Ë
evidente, pois, que, no afã de preveni-los da «operação do
erro>> (2 Tes. 2:11), o Apóstolo se reporte às doutrinas que
oralmente ele havia ensinado quando de sua atribulada estada em
Tssalonica porque «os judeus desobedientes, movidos de inveja, tomaram
consigo alguns homens perversos, e, ajuntando o povo, alvoroçaram a
cidade... » (Atos 17:5). Ao
se referir Paulo aos seus ensinamentos por palavra não quer isto dizer
que se constituíam eles em ensinamentos diferentes dos escritos em suas
cartas. Tanto assim que, desejando prevenir os crentes contra as
investidas de Satanás, adverte energicamente: «caso alguém não
preste obediência à nossa palavra dada por esta epístola, notai-o;
nem vos associeis com ele, para que fique envergonhado» (2 Tes. 3:14) O
catolicismo aprecia sobremaneira retirar um versículo do seu contexto e
interpretá-lo fora de contexto para endossar suas doutrinas. Insiste,
porém, a dogmática católica e, no apogeu de seus estertores, vai
buscar outro texto escriturístico no anseio de coonestar a sua Tradição.
E arroga, como defesa desta sua falida fonte de doutrinas, as recomendações
de Paulo a Timóteo: .. . sei em quem tenho crido, e estou certo de que
ele é poderoso para guardar o meu depósito até aquele dia. Mantém o
padrão das sãs palavras que de mim ouviste com fé e com o amor que
está em Cristo Jesus. Guarda o bom depósito, mediante o Espírito
Santo que habita em nós» (2 Tim. 1:12-14). Nesta
pericope encontramos duas vezes mencionado o vocábulo depósito. A
primeira no verso 12, onde significa a confiança do Apóstolo em Deus,
que não falta em suas promessas. Todos os seus trabalhos, todos os seus
sofrimentos culminados agora em sua prisão em Roma nas vésperas de sua
morte, se constituíram num riquíssimo depósito entregue nas mãos do
Senhor, como num maravilhoso relicário, donde esplenderiam todos os
seus galardões, como de uma fonte inexaurível. A segunda no verso 14.
Para qualquer leitor desprovido de preconceitos, esta passagem bíblica
no panorama das relações de Paulo com Timóteo, salienta o cuidado
especialíssimo do Apóstolo em preservar o depósito (parathéke)
isento de macular-se com as fãbulas e doutrinas vãs.
O
Apóstolo teve de enfrentar aguerridas lutas contra os «falsos
irmãos>> (Gál. 2:4), os judaizantes que perturbavam os cristãos
fiéis com palavras (Atos 15:24) porque deturpavam a pureza do Evangelho
imiscuindo-lhe doutrinas espúrias. Além, pois, de missionário entre
os gentios, Paulo teve de sustentar essa batalha imensa para o que
contou com a cooperação pronta e eficaz de Timóteo, do qual davam bom
testemunho os irmãos (Atos 16:2). O
vocábulo grego parathéke empregado por Paulo é de alta
significação por ser, no seu tempo, um termo técnico da linguagem jurídica
entre gregos, romanos e judeus. Parathéke, depósito, indicava um
tesouro valioso confiado pelo seu proprietário à guarda de um amigo de
irrestrita confiança, que se obrigava a guardá-lo e a restitui-lo, não
lhe sendo licito, ainda, uti1izar-se dele em proveito pessoal ou na
conformidade do seu bel-prazer. Severas penas, outrossim, se impunham
aos que violassem as normas da absoluta fidelidade exigidas nesse caso
do parathéke ou depósito. Além
de preservar o «bom depósito», o parathéke, nesta emergência,
competia a Timóteo a habilidade de selecionar homens capazes e firmes
na fé, aptos para ensinar. “...
aplica-te à leitura, à exortação, ao ensino». (1 Tim. 4:13). (Tem
cuidado de ti mesmo e da doutrina. (1 Tim.4:16). Ó
Timóteo, guarda o depósito que te foi confiado, tem horror aos
clamores vãos e profanos e às obrigações da falsamente chamada ciência;
a qual professando-a alguns, se desviaram da fé (1 Tim. 6:20 e 21). ...Guarda
o bom depósito, mediante o Espírito Santo que habita em nós (2 Tim.
1:14). Lembra
a Timóteo em sua Primeira Carta de que, nos últimos tempos, alguns
apostatarão da fé, por obedecerem a espíritos enganadores e a ensinos
de demônios (1 Tim. 4:1); suplica-lhe que rejeite «as fábulas
profanas...» (1 Tim. 4:7): assemelha a Janes e Jambres que resistiram a
Moisés os que resistem à verdade, sendo (homens de todo corrompidos na
mente, réprobos quanto a fé (2 Tim. 3:8); recomenda-lhe que
persistisse em ler (1 Tim. 4:13); e agora, nas vésperas de sua morte em
Roma, donde remetera esta Carta a Timóteo, concita-o: «Tu, porém,
permanece naquilo que aprendeste, e de que foste inteirado, sabendo de
quem o aprendeste. E que desde a infância sabes as Sagradas Letras que
podem tornar-te sábio para a salvação pela fé em Cristo Jesus. Toda
Escritura é inspirada por Deus e útil para o ensino, para a repreensão,
para a correção, para a educação na justiça, a fim de que o homem
de Deus seja perfeito e perfeitamente habilitado para toda boa
obra>> (2 Tini. 3:14-16). Todas
estas recomendações de Paulo visavam exatamente preservar a pureza do
Evangelho, a genuinidade da doutrina, a fidelidade na guarda do «bom
depósito», parathéke, contra a intromissão de ensinamentos espúrios.
Os
textos que a dogmática católica arrola em defesa de sua Tradição
militam desfavoráveis à sua pretensão de corromper a limpidez do
<<bom depósito», parathéke. Incorre ela, outrossim, em anátema,
consoante advertência do mesmo Apóstolo aos falsos irmãos, quando
escreveu aos gálatas: <<... se alguém vos prega evangelho que vá
além daquele que recebestes, seja anátema (Gál. 1:9). É
de se pasmar que quase toda a teologia clerical esteja lastreada sobre
essa base de areia movediça. É um castelo de cartas que, com um sopro,
se derruba, mas, vem, através dos séculos, se constituindo na arma
mais eficaz do inimigo para desviar as almas de Jesus Cristo,
nosso Único Salvador.
APÓCRIFOS
Introdução
APÓCRIFOS:
O QUE SIGNIFICA ? Natureza
e número dos apócrifos do Antigo Testamento: Há quinze livros
chamados apócrifos (catorze se a Epístola de Jeremias se unir a
Baruque, como ocorre nas versões católicas de Douai). Com exceção de
2 Esdras, esses livros preenchem a lacuna existente entre Malaquias e
Mateus e compreendem especificamente dois ou três séculos antes de
Cristo. Significado
da palavra CÂNON e CANÔNICO: CÂNON - (de origem semítica, na língua
hebraica "qãneh" em Ez 40.3; e no grego: "kanón"
em Gl 6.16"), tem sido traduzido em nossas versões em português
como, "regra", "norma". Significado literal: vara ou
instrumento de medir. Significado figurado: Regra ou critérios que
comprovam a autenticidade e inspiração dos livros bíblicos; Lista dos
Escritos Sagrados; Sinônimo de ESCRITURAS - como a regra de fé e ação
investida de autoridade divina. Outros significados: Credo formulado (a
doutrina da Igreja em Geral); Regras eclesiásticas (lista ou série de
procedimentos) DIFERENÇAS
ENTRE AS BÍBLIAS HEBRAICAS, PROTESTANTES E CATÓLICAS: Diferenças Básicas: LIVRO APÓCRIFO
DA SEPTUAGINTA 8 Baruque: COMO OS
APÓCRIFOS FORAM APROVADOS: PORQUE REJEITA-SE OS APÓCRIFOS: Há várias razões porque os protestantes rejeitam os Apócrifos. Eis algumas delas: 1. PORQUE COM O LIVRO DE MALAQUIAS O CÂNON BÍBLICO HAVIA SE ENCERRADO. Depois de
aproximadamente 435 a.C não houve mais acréscimos ao cânon do Antigo
Testamento. A história do povo judeu foi registrada em outros escritos,
tais como os livros dos Macabeus, mas eles não foram considerados
dignos de inclusão na coleção das palavras de Deus que vinham dos
anos anteriores. · A
comunidade de Qumran: (seita judaica que nos legou os Manuscritos do
3. TESTEMUNHAS CONTRA OS APÓCRIFOS Traremos agora o depoimento de várias personagens históricas que depõe contra a lista canônica "Alexandrina", como consta na Septuaginta, Vulgata e em todas as versões das Bíblias católicas existentes. Pelo peso de autoridade que representam esses vultos, são provas mais do que suficientes e esmagadoras contra a inclusão dos Apócrifos no Cânon bíblico. Vejamos: JOSEFO: A
referência mais antiga ao cânon hebraico é do historiador judeu
Josefo (37-95 AC). Em Contra Apionem ele escreve: "Não temos
dezenas de milhares de livros, em desarmonia e conflitos, mas só vinte
e dois, contendo o registro de toda a história, os quais, conforme se
crê, com justiça, são divinos." Depois de referir-se aos cinco
livros de Moisés, aos treze livros dos profetas, e aos demais escritos
(os quais "incluem hinos a Deus e conselhos pelos quais os homens
podem pautar suas vidas"), ele continua afirmando: HILÁRIO: Hilário de Poitiers (305-366) os menciona como sendo vinte e dois. ATANÁSIO: De modo semelhante, em 367 d.C., o grande líder da igreja, Atanásio, bispo de Alexandria, escreveu sua Carta Pascal e alistou todos os livros do nosso atual cânon do Novo Testamento e do Antigo Testamento, exceto Éster. Mencionou também alguns livros dos apócrifos, tais como a Sabedoria de Salomão, a Sabedoria de Sirac, Judite e Tobias, e disse que esses "não são na realidade incluídos no cânon, mas indicados pelos Pais para serem lidos por aqueles que recentemente se uniram a nós e que desejam instrução na palavra de bondade". JERONIMO: Jerônimo (340-420.dc.) propugnou, no Prologus Galeatus. A citação pertinente de Prologus Galeatus é a seguinte: "Este prólogo, como vanguarda (principium) com capacete das Escrituras, pode ser aplicado a todos os Livros que traduzimos do Hebraico para o Latim, de tal maneira que possamos saber que tudo quanto é separado destes deve ser colocado entre os Apócrifos. Portanto, a sabedoria comumente chamada de Salomão, o livro de Jesus, filho de Siraque, e Judite e Tobias e o Pastor (supõe-se que seja o Pastor de Hermas), não fazem parte do cânon. Descobri o Primeiro Livro de Macabeus em Hebraico; o Segundo foi escrito em Grego, conforme testifica sua própria linguagem". Jerônimo, no seu prefácio aos Livros de Salomão, menciona ter descoberto Eclesiástico em Hebraico, mas declara em sua; convicção que a Sabedoria de Salomão teria sido originalmente composta em Grego e não em Hebraico, por demonstrar uma eloqüência tipicamente helenística. "E assim", continua ele, "da mesma maneira pela qual a igreja lê Judite e Tobias e Macabeus (no culto público) mas não os recebe entre as Escrituras canônicas, assim também sejam estes dois livros úteis para a edificação do povo, mas não para estabelecer as doutrinas da Igreja"). e noutros trechos, prima pelo reconhecimento de apenas os vinte e dois livros contidos no hebraico, e a relegação dos livros apócrifos a uma posição secundária. Assim, no seu Comentário de Daniel, lançou dúvidas quanto à canonicidade da história de Suzana, baseando-se no fato que o jogo de palavras atribuído a Daniel na narrativa, só podia ser derivado do grego e não do hebraico (inferência: a história foi originalmente composta em grego). Do mesmo modo, em conexão com a história de Bel e a do Dragão, declara; "a objeção se soluciona facilmente ao asseverar que esta história especifica não está incluída no texto hebraico do livro de Daniel. Se, porém, alguém fosse comprovar que pertence ao cânone, seríamos obrigados a buscar uma outra resposta a esta objeção" MELITO: A mais antiga lista cristã dos livros do Antigo Testamento que existe hoje é a de Melito, bispo de Sardes, que escreveu em cerca de 170 d.C. "Quando cheguei ao Oriente e encontrei-me no lugar em que essas coisas foram proclamadas e feitas, e conheci com precisão os livros do Antigo Testamento, avaliei os fatos e os enviei a ti. São estes os seus nomes: cinco livros de Moisés, Gênesis, Êxodo, Números, Levítico, Deuteronômio,Josué, filho de Num, Juizes, Rute, quatro livros dos Remos,'0 dois livros de Crônicas, os Salmos de Davi, os Provérbios de Salomão e sua Sabedoria," Eclesiastes, o Cântico dos Cânticos,Jó, os profetas Isaías,Jeremias, os Doze num único livro, Daniel, Ezequiel, Esdras." É digno de nota que Melito não menciona aqui nenhum livro dos apócrifos, mas inclui todos os nossos atuais livros do Antigo Testamento, exceto Éster. Mas as autoridades católicas passam por cima de todos esses testemunhos para manter, em sua teimosia, os Apócrifos!
OS ERROS
DOS APÓCRIFOS
Uma das grandes razões, talvez a principal delas, porque são rejeitados os Apócrifos, é devido a grande quantidade de erros que tais livros apresentam. Fora isso, existem também lendas absurdas e fictícias e graves erros históricos e geográficos, o que fazem os Apócrifos serem desqualificados como palavra de Deus. A seguir daremos um resumo de cada livro e logo a seguir mostraremos seus graves erros. RESUMO: TOBIAS - (200 a.C.) - É uma história novelística sobre a bondade de Tobiel (pai de Tobias) e alguns milagres preparados pelo anjo Rafael. Apresenta: JUDITE - (150 a.C.) É a História de uma heroína viúva e formosa que salva sua cidade enganando um general inimigo e decapitando-o. grande heresia é a própria história onde os fins justificam os meios. BARUQUE - (100 a.D.) - Apresenta-se como sendo escrito por Baruque, o cronista do profeta Jeremias, numa exortação aos judeus quando da destruição de Jerusalém. Porém, é de data muito posterior, quando da segunda destruição de Jerusalém, no pós-Cristo. Traz entre outras coisas, a intercessão pelos mortos - 3:4. ECLESIÁSTICO
- (180 a.C.) - É muito semelhante ao livro de Provérbios, não fosse
as tantas heresias: SABEDORIA
DE SALOMAO - (40 a.D.) - Livro escrito com finalidade exclusiva de lutar
contra a incredulidade e idolatria do epicurismo (filosofia grega na era
Cristã). 1 MACABEUS - (100 a.C.) - Descreve a história de 3 irmãos da família "Macabeus", que no chamado período ínterbíblico (400 a.C. 3 a.D) lutam contra inimigos dos judeus visando a preservação do seu povo e terra. II
MACABEUS - (100 a.C.) - Não é a continuação do 1 Macabeus, mas um
relato paralelo, cheio de lendas e prodígios de Judas Macabeu. Apresenta: ADIÇÕES
A DANIEL: LENDAS, ERROS E HERESIAS 1. Histórias
fictícias, lendárias e absurdas Tobias...
contém certos erros históricos e geográficos, tais como a suposição
de que Senaqueribe era filho de Salmaneser (1 .15) em vez de Sargão II,
e que Nínive foi tomado por Nabucodonosor e por Assuero (14.15) em vez
de Nabopolassar e por Ciáxares... Judite não pode ser histórico
porque contém erros evidentes... [Em 2 Macabeus] há também numerosas
desordens e discrepâncias em assuntos cronológicos, históricos e numéricos,
os quais refletem ignorância ou confusão.. Diante de tudo isso perguntamos: Merecem confiança os livros Apócrifos ? A resposta obvia é, NÃO. RESPOSTAS ÀS OBJEÇÕES ROMANISTAS Os católicos romanos desde o Concilio de Trento têm aceito esses livros como canônicos. Mais recentemente, os católicos romanos têm defendido a idéia de uma deuterocanonicidade, mas os livros apócrifos ainda são usados para dar apoio a doutrinas extrabíblicas, tendo sido proclamados como livros de inspiração divina no Concílio de Trento. Outros grupos, como os anglicanos e várias igrejas ortodoxas, nutrem diferentes concepções a respeito dos livros apócrifos. A seguir apresentamos um resumo dos argumentos que em geral são aduzidos para a aceitação desses livros, na crença de que detêm algum tipo de canonicidade e suas respectivas refutações. OBJEÇÃO CATÓLICA: 1. Alusões
no Novo Testamento. O Novo Testamento reflete o pensamento e registra
alguns acontecimentos dos apócrifos. Por exemplo, o livro de Hebreus
fala de mulheres que receberam seus mortos pela ressurreição (Hebreus
11.35), e faz referência a 2 Macabeus 7 e 12. Os chamados apócrifos ou
pseudepígrafos são também citados em sua amplitude pelo Novo
Testamento (Jd 14,15; 2Tm 3.8). OBJEÇÃO CATÓLICA: 2.
Emprego que o Novo Testamento faz da versão Septuaginta. A tradução REFUTAÇÃO: Mas não é de modo nenhum certo que todos os livros na LXX foram considerados canônicos, mesmo pelos próprios judeus de Alexandria. Bem decisiva contra isto é a evidência de Filon de Alexandria (que viveu no primeiro século d.C.), assim como o judaísmo oficial em outros lugares e épocas. Apesar de ter citado freqüentemente os livros canônicos do "Cânone Palestiniano", não faz uma citação sequer dos livros Apócrifos. Isto é impossível reconciliar com a teoria de um "Cânone Alexandrino" maior, a não ser que porventura alguns judeus de Alexandria não tivessem recebido este "Cânone Alexandrino" enquanto outros o reconheciam. Em
segundo lugar, relata-se de fontes fidedignas que a Versão Grega de Áquila
foi aceita pelos judeus alexandrinos no segundo século d.C., apesar de
não conter os livros Apócrifos. A dedução razoável desta evidência
seria que (conforme o próprio Jerônimo esclareceu) os judeus de
Alexandria resolveram incluir na sua edição do Antigo Testamento tanto
os livros que reconheciam como sendo canônicos, como também os livros
que eram "eclesiásticos" i,é., foram reconhecidos como sendo
valiosos e edificantes, porém sem ser infalíveis. OBJEÇÃO CATÓLICA: 3. Os mais antigos manuscritos completos da Bíblia. Os mais antigos manuscritos gregos da Bíblia contêm os livros apócrifos inseridos entre os livros do Antigo Testamento. Os manuscritos Aleph (N), A e B, incluem esses livros, revelando que faziam parte da Bíblia cristã original. REFUTAÇÃO: Isto, porém, é verdade apenas em parte. Certamente os Targuns aramaicos não os reconheceram. Nem sequer o Pesita siríaco na sua forma mais antiga continha um único livro apócrifo; foi apenas posteriormente que alguns deles foram acrescentados. Uma investigação mais cuidadosa desta reivindicação reduz a autoridade sobre a qual os Apócrifos se alicerçam a apenas uma versão antiga, a Septuaginta, e àquelas traduções posteriores (tais como a Itala, a Cóptica, a Etiópica, e a Siríaca posterior) que foram dela derivadas. Mesmo no caso da Septuaginta, os livros Apócrifos mantêm uma existência um pouco Incerta. O Códice Vaticano ("B") não tem 1 e 2 Macabeus (canônicos segundo Roma), mas Inclui 1 Esdras (não-canônico segundo Roma). O Códice Sinaítico ("Alef") omite Baruque (canônico segundo Roma), mas inclui 4 Macabeus (não-canônico segundo Roma). O Códice Alexandrino ("A") contêm três livros apócrifos "não-canônicos": 1 Esdras e 3 e 4 Macabeus. Então acontece que até os três mais antigos mss. da LXX demonstram considerável falta de certeza quanto aos livros que compõem a lista dos Apócrifos, e que os quatorze aceitáveis à Igreja Romana não são de modo algum substanciados pelo testemunho dos grandes unciais do quarto e do quinto séculos. Os escritores do Novo Testamento quase sempre fizeram citações da LXX, mas jamais mencionaram um livro sequer dentre os apócrifos. No máximo, a presença dos apócrifos nas Bíblias cristãs do século IV mostra que tais livros eram aceitos até certo ponto por alguns cristãos, naquela época. Isso não significa que os judeus ou os cristãos como um todo aceitassem esses livros como canônicos, isso sem mencionarmos a igreja universal, que nunca os teve na relação de livros canônicos. OBJEÇÃO CATÓLICA: 4. A arte cristã primitiva. Alguns dos registros mais antigos da arte cristã refletem o uso dos apócrifos. As representações nas catacumbas às vezes se baseavam na história dos fieis registrada no período intertestamentário. REFUTAÇÃO: As representações artísticas não constituem base para apurar a canonicidade dos apócrifos. As representações pintadas nas catacumbas, extraídas de livros apócrifos, apenas mostram que os crentes daquela era estavam cientes dos acontecimentos do período ínter-testamentário e os consideravam parte de sua herança religiosa. A arte cristã primitiva não decide nem resolve a questão da canonicidade dos apócrifos. OBJEÇÃO CATÓLICA: 5. Os primeiros pais da igreja. Alguns dos mais antigos pais da igreja, de modo particular os do Ocidente, aceitaram e usaram os livros apócrifos em seu ensino e pregação. E até mesmo no Oriente, Clemente de Alexandria reconheceu 2 Esdras como inteiramente canônico. Orígenes acrescentou Macabeus bem como a Epístola de Jeremias à lista de livros bíblicos canônicos. REFUTAÇÃO:
Muitos dos grandes pais da igreja em seu começo, dos quais Melito
(190), Orígenes (253), Eusébio de Cesaréia (339), Hilário de
Poitiers (366), Atanásio (373 d.C), Cirilo de Jerusalém (386 d.C),
Gregório Nazianzeno (390), Rufino (410), Jerônimo (420), depuseram
contra os apócrifos. Nenhuns dos primeiros pais de envergadura da
igreja primitiva, anteriores a Agostinho, aceitaram todos os livros apócrifos
canonizados em Trento. Então será mais correto dizer que alguns dos
escritores cristãos antigos pareciam fazer isto. OBJEÇÃO CATÓLICA: 6. A influência de Agostinho. Agostinho (c. 354-430) elevou a tradição ocidental mais aberta, a respeito dos livros apócrifos, ao seu apogeu, ao atribuir-lhes categoria canônica. Ele influênciou os concílios da igreja, em Hipo (393 d.C.) e em Cartago (397 d.C.), que relacionaram os apócrifos como canônicos. A partir de então, a igreja ocidental passou a usar os apócrifos em seu culto público. REFUTAÇÃO:
O testemunho de Agostinho não é definitivo, nem isento de equívocos.
Primeiramente, Agostinho às vezes faz supor que os apócrifos apenas
tinham uma deuterocanonicidade (Cidade de Deus,18,36) e não
canonicidade absoluta. Além disso, os Concílios de Hipo e de Cartago
foram pequenos concílios locais, influenciados por Agostinho e pela
tradição da Septuaginta grega. Nenhum estudioso hebreu qualificado
teve presente em nenhum desses dois concílios. O especialista hebreu
mais qualificado da época, Jerônimo, argumentou fortemente contra
Agostinho, ao rejeitar a canocidade dos apócrifos. Jerônimo chegou a
recusar-se a traduzir os apócrifos para o latim, ou mesmo incluí-los
em suas versões em latim vulgar (Vugata latina). Só depois da morte de
Jerônimo e praticamente por cima de seu cadáver, é que os livros apócrifos
foram incorporaos à Vulgata latina. Além disso quando um antagonista
apelou para uma passagem de 2 Macabeus para encerrar um argumento,
Agostinho respondeu que sua causa era deveras fraca se tivesse que
recorrer a um livro que não era da mesma categoria daqueles que eram
recebidos e aceitos pelos judeus.
OBJEÇÃO CATÓLICA: 7. O Concílio de Trento. Em 1546, o concilio católico romano do pós-Reforma, realizado em Trento, proclamou os livros apócrifos como canônicos, declarando o seguinte: O sínodo [...] recebe e venera [...] todos os livros, tanto do Antigo Testamento como do Novo [incluindo-se os apócrifos] - entendendo que um único Deus é o Autor de ambos os testamentos [...] como se houvessem sido ditados pela boca do próprio Cristo [...] se alguém não receber tais livros como sagrados e canônicos, em todas as suas partes, da forma em que têm sido usados e lidos na Igreja Católica [...] seja anátema. Desde esse concílio de Trento, os livros apócrifos foram considerados canônicos, detentores de autoridade espiritual para a Igreja Católica Romana. REFUTAÇÃO: A ação do Concílio de Trento foi ao mesmo tempo polêmica e prejudicial. Em debates com Lutero, os católicos romanos haviam citado Macabeus, em apoio à oração pelos modos (v. 2Macabeus 12.45,46). Lutero e os protestantes que o seguiam desafiaram a canonicidade desse livro, citando o Novo Testamento, os primeiros pais da igreja e os mestres judeus, em apoio. O Concílio de Trento reagiu a Lutero canonizando os livros apócrifos. A ação do Concílio não foi apenas patentemente polêmica, foi também prejudicial, visto que nem os catorze livros apócrifos foram aceitos pelo Concílio. Primeiro e Segundo Esdras (3 e 4 Esdras dos católicos romanos; a versão católica de Douai denomina 1 e 2Esdras, respectivamente, os livros canônicos de Esdras e Neemias) e a Oração de Manassés foram rejeitados. A rejeição de 2Esdras é particularmente suspeita, porque contém um versículo muito forte contra a oração pelos mortos (2Esdras 7.105). Aliás, algum escriba medieval havia cortado essa seção dos manuscritos latinos de 2Esdras, sendo conhecida pelos manuscritos árabes, até ser reencontrada outra vez em latim por Robert L. Bentley, em 1874, numa biblioteca de Amiens, na França. CATÓLICOS
CONTRA OS APÓCRIFOS ? OBJEÇÃO CATÓLICA: 8. Uso não-católico. As Bíblias protestantes desde a Reforma com freqüência continham os livros apócrifos. Na verdade, nas igrejas anglicanas os apócrifos são lidos regularmente nos cultos públicos, ao lado dos livros do Antigo e do Novo Testamento. Os apócrifos são também usados pelas igrejas de tradição ortodoxa oriental. REFUTAÇÃO: O uso dos livros apócrifos entre igrejas ortodoxas, anglicanas e protestantes foi desigual e diferenciado. Algumas os usam no culto público. Muitas Bíblias contém traduções dos livros apócrifos, ainda que colocados numa seção à parte, em geral entre o Antigo e o Novo Testamento. Ainda que não-católicos façam uso dos livros apócrifos, nunca lhes deram a mesma autoridade canônica do resto da Bíblia. Os não-católicos usam os apócrifos em seus devocionais, mais do que na afirmação doutrinária. OBJEÇÃO CATÓLICA: 9. A comunidade do Mar Morto. Os livros apócrifos foram encontrados entre os rolos da comunidade do Mar Morto, em Qumran. Alguns haviam sido escritos em hebraico, o que seria indício de terem sido usados por judeus palestinos antes da época de Jesus. REFUTAÇÃO: Muitos livros não-canônicos foram descobertos em Qumran, dentre os quais comentários e manuais. Era uma biblioteca que continha numerosos livros não tidos como inspirados pela comunidade. Visto que na biblioteca de Qumran não se descobriram comentários nem citações autorizadas sobre os livros apócrifos, não existem evidências de que eram tidos como inspirados. Podemos presumir, portanto, que aquela comunidade cristã não considerava os apócrifos como canônicos. Ainda que se encontrassem evidências em contrário, o fato de esse grupo ser uma seita que se separa do judaísmo oficial mostraria ser natural que não fosse ortodoxo em todas as suas crenças. Tanto quanto podemos distinguir, contudo, esse grupo era ortodoxo à canonicidade do Antigo Testamento. Em outras palavras, não aceitavam a canonicidade dos livros apócrifos. Resumo e conclusão Resumindo todos esses argumentos, essa postura afirma que o amplo emprego dos livros apócrifos por parte dos cristãos, desde os tempos mais primitivos, é evidência de sua aceitação pelo povo de Deus. Essa longa tradição culminou no reconhecimento oficial desses livros, no Concílio de Trento, como se tivessem sido inspirados por Deus. Mesmo não-católicos, até o presente momento, conferem aos livros apócrifos uma categoria de paracanônicos, o que se deduz do lugar que lhes dão em suas Bíblias e em suas igrejas. O cânon do Antigo Testamento até a época de Neemias compreendia 22 (ou 24) livros em hebraico, que, nas Bíblias dos cristãos, seriam 39, como já se verificara por volta do século IV a.C. As objeções de menor monta a partir dessa época não mudaram o conteúdo do cânon. Foram os livros chamados apócrifos, escritos depois dessa época, que obtiveram grande circulação entre os cristãos, por causa da influência da tradução grega de Alexandria. Visto que alguns dos primeiros pais da igreja, de modo especial no Ocidente, mencionaram esses livros em seus escritos, a igreja (em grande parte por influência de Agostinho) deu-lhes uso mais amplo e eclesiástico. No entanto, até a época da Reforma esses livros não eram considerados canônicos. A canonização que receberam no Concílio de Trento não recebeu o apoio da história. A decisão desse Concílio foi polêmica e eivada de preconceito, como já o demonstramos. Que os livros apócrifos, seja qual for o valor devocional ou eclesiástico que tiverem, não são canônicos, comprova-se pelos seguintes fatos: 1. A
comunidade judaica jamais os aceitou como canônicos. À vista desses fatos importantíssimos, torna-se absolutamente necessário que os cristãos de hoje jamais usem os livros apócrifos como sendo a Palavra de Deus, nem os citem em apoio autorizado a qualquer doutrina cristã. Com efeito, quando examinados segundo os critérios elevados de canonicidade, estabelecidos, verificamos que aos livros apócrifos falta o seguinte: 1. Os
apócrifos não reivindicam ser proféticos. "Muitos e excelentes ensinamentos nos foram transmitidos pela Lei, pelos profetas, e por outros escritores que vieram depois deles, o que torna Israel digno de louvor por sua doutrina e sua sabedoria, visto não somente os autores destes discursos tiveram de ser instruídos, também os próprios estrangeiros se podem tomar (por meio deles) muito hábeis tanto para falar como para escrever. Por isso, Jesus, depois de se ter aplicado com grande cuidado à leitura da Lei, dos profetas e dos outros livros que nossos pais nos legaram, quis também escrever alguma coisa acerca da doutrina e sabedoria...Eu vos exorto, pois a ver com benevolência, e a empreender esta leitura com uma atenção particular e a perdoar-nos, se algumas vezes parecer que, ao reproduzir este retrato da soberania, somos incapazes de dar o sentido (claro) das expressões." Este prólogo é um auto-reconhecimento da falibilidade humana. 3.
Contêm erros históricos (v. Tobias 1.3-5 e 14.11) e graves heresias,
como a oração pelos mortos (2Macabeus 12.45,46; 4). "Eis
as razões porque definitivamente rejeitamos os Apócrifos" 1.
Merece Confiança o Antigo Testamento?, Gleason L. Archer. Jr. Ed.
Vida Nova.
A obscura história do celibato clerical
Extraído
- Correio Braziliense
E.
Miret Magdalena El
País A
notícia que acaba de ser revelada - de que parte do clero não cumpre
nem respeita o celibato e ainda sai a violentar freiras e noviças -
não é senão conseqüência da férrea lei que impede o clero latino
de casar e que o impele a uma solução alternativa de fazer caso omisso
de suas promessas. Estatísticas do país das pesquisas, os Estados
Unidos, revelam um mar de lama que a hierarquia católica quer
silenciar. Apenas de vez em quando algum fato com potencial de
escândalo vem à tona. E isso quando vem. Um
professor jesuíta da Universidade de Harvard, o padre Fischler,
descobriu que 92% do clero norte-americano sugeria que os sacerdotes
pudessem escolher livremente se queriam ser casados ou solteiros. Outro
sacerdote e psicoterapeuta, o padre Sipe, revelou que só 2% desse clero
cumprem o celibato; 47% o fazem ''relativamente''; e 31,5% vivem uma
relação sexual, das quais um terço homossexuais. Diante disso,
vários bispos têm solicitado que se elimine o celibato para o clero
latino, já que o oriental - inclusive o ligado a Roma - não tem essa
obrigação e é, normalmente, casado. Até mesmo o Concílio Vaticano
II louvou o sentido espiritual do sacerdote casado do Oriente. A
história dessa exigência é obscura - passaram-se quase cinco séculos
até que a igreja latina tenha exigido, definitivamente, o celibato.
Até o século IV, não havia nenhuma lei que o fizesse, em nenhuma
parte da cristandade. A partir daí, o celibato começa a ser
considerado obrigatório em algumas áreas, mas apenas os bispos não
podiam se casar - e não o clero como um todo. Ainda assim, a lei não
era geral e muitos bispos não a seguiam. No
século V, cerca de 300 bispos casados participaram do Concílio de
Rímini - uma cifra enorme, dados os poucos bispos que havia no mundo
latino. A partir dessa época, a lei começou a proibir que os
sacerdotes fossem casados, embora não fosse exigida em todas as
dioceses. Foi somente com o Concílio de Latrão, em 1123, que a
exigência passou a valer para todo o mundo latino. No Oriente cristão,
já havia sido declarado que homens casados poderiam ser ordenados
padres, e o costume continua legítimo. Até
o século XVI, no entanto, as leis das dioceses não eram nem cumpridas,
nem estavam generalizadas. E, quando estavam, eram mal cumpridas ou se
buscavam subterfúgios para sair pela tangente. Um das saídas comuns
antes do século IX era o casamento: embora fosse pecado, o matrimônio
era considerado válido. Foram
muitos os concílios que criticaram os costumes sexuais do clero,
enquanto a prática de manter concubinas era freqüente. Por exigência
dos Concílios de Maguncia e Augsburgo, o bispo de Brema foi obrigado a
expulsar todas as concubinas da cidade, no século XI. Na Itália,
segundo o historiador católico padre Amman, ''o concubinato dos
clérigos era muito amplo''. São Pedro Damiano criticou publicamente o
bispo de Fiesóle, que ''estava rodeado de um bom número de mulheres''.
Durante o Concílio de Constanza, 700 mulheres foram levadas para
atender os bispos e o clero em suas demandas sexuais, como conta o
historiador católico Daniel-Rops. Por
isso, até o Concílio de Trento, no século XVI, não se sanciona
solenemente e de forma definitiva o celibato clerical, como confessou o
próprio papa Paulo VI. Não seria então natural e humano que a Igreja
de Roma suprimisse a hipocrisia do celibato, que tantos males sexuais
traz como conseqüência, e que Roma faça caso das sensatas petições,
nesse sentido, de alguns bispos, moralistas e católicos
seculares? Ø * E. Miret Magdalena é teólogo. BATISMOCom referencia ao batismo por aspersão de crianças que muitas vezes nunca chegam a fé salvífica mais tarde, não é só invalido como incoerente com o batistmo bíblico que era feito por imersão(entrar na agua) como ocorreu com o batismo de Jesus. A SUPOSTA DIFERENÇA ENTRE ADORAR E VENERAR
Para sair debaixo da sentença de condenação divina imposta pela santa lei de Deus, a Igreja Católica serve-se de sutilezas teológicas para justificar esse falso ensino. Dizem e vivem a repetir os fâmulos católicos que os protestantes não levam em consideração a diferença entre venerar e adorar, argumentam ainda que o culto de adoração é prestado somente a Deus, mas que prestam um culto de veneração às imagens, às relíquias aos santos e a Virgem Maria. Dizem: “O católico venera os santos, não as imagens, mas o que elas representam, assim como sentimos amor por uma pessoa querida ao ver a sua foto. Veja que neste exemplo não sentimos amor pela foto, mas pela pessoa que nela está representada.”
Vejamos então se este argumento tem alguma consistência, e se há realmente, como alardeiam os católicos, diferença entre ADORAR e VENERAR. Importante esclarecer que este mesmo argumento tem sido o slogan dos pagãos através dos tempos. Quando são colocados sobre pressão saem com este jargão de que não adoram ou veneram a imagem propriamente dita mas a sua honra ou veneração alcança o que está por trás das imagens. Esse era o argumento dos antigos povos e em particular, os gregos. Agostinho ao comentar os Salmos declara que esse era o argumento do paganismo para se safarem da acusação de adoradores de imagens. Essa é ainda a desculpa dos budistas que se prostram diante das imagens de Buda, dos hindus que rogam a Ganesa o deus hindu da boa sorte e aos seus milhões de deuses, dos Jainistas quando adoram os gigantescos pés de 17 metros de Gomatesvara, dos taoistas e outros. Observe essa declaração nos ensinamentos de Midai- Sama da Igreja Messiânica (seita oriental) sobre sua imagem da luz divina. Ele ensina que deve coloca-la nos lares, nas igrejas porque através dela os fiéis estariam buscando mais a luz de Deus e conseqüentemente sendo mais iluminados e estariam assim para sempre sobre sua poderosa influência. Mas para não acusa-los de idolatria advertem: “NÃO PRESTAMOS CULTO À IMAGEM DA LUZ DIVINA, MAS A DEUS, ATRAVÉS DESSA IMAGEM. SUA LUZ ALI SE FOCALIZA E SE INTENSIFICA CADA VEZ QUE ORAMOS PERANTE ELA” Compare agora com este argumento católico: “De
fato, "a honra prestada a uma imagem se dirige ao modelo
original", e "quem venera uma imagem venera a pessoa que nela
está pintada". A honra prestada às santas imagens é uma
"veneração respeitosa", e não uma adoração, que só
compete a Deus: O caso é que ninguém em pleno século XXI, iria admitir que adora uma imagem. É repugnante à moderna mente tecnológica de nosso século. Acontece que entre a teoria e a prática, há no entanto, um grande abismo! Será que os católicos teriam por inocentes todas essas religiões citadas acima, tendo em vista o fato de que todas elas prostram-se, rogam, beijam, constroem templos, fazem procissões às suas imagens? Será que a sutil colocação de que não adoram as imagens seria o suficiente para isentá-los da quebra do segundo mandamento? Os teólogos romanistas se vêm embaraçados para recriminar essas práticas idólatras, pois eles mesmos estão afundados até o pescoço nelas. É por isso que as missões católicas têm pouco sucesso entre os povos islâmicos e judeus, mas entre as nações cuja religião possuem similaridades com o catolicismo principalmente quanto ao culto das imagens conseguem, lograr algum êxito. Não, o argumento de que não adoram imagens não prevalece, pois se fosse assim teríamos que ser coniventes também com os pagãos! O biblista católico Mackenzie, já citado, diz o seguinte: “No Egito e em Babilônia a imagem era levada em procissão nos dias festivos. Em Babilônia era levada como hóspede aos templos de outros deuses, cujas festividades eram celebradas. Isso tudo, entretanto, não era idolatria no sentido rude do termo...” prossegue ainda, “Os pagãos adoravam o deus cuja imagem era a contraparte terrestre, não adoravam a imagem em si. Visto, porém, que os hebreus negavam qualquer realidade por trás da imagem, o culto teria recaído sobre a própria imagem, pois nenhuma outra coisa teria podido recebê-lo.” Então frisa algo que todo católico deveria meditar, “Portanto, os pagãos eram verdadeiros adoradores de ídolos também se não sabiam de o ser.” (grifo nosso) (ibdem pág. 435/6) Bastaria uma consulta em nosso dicionário vernacular para desmascararmos essa suposta diferença, pois venerar e adorar são sinônimos sendo que venerar é palavra latina e adorar é palavra grega tendo o mesmo significado. Sendo assim, o dicionário coloca acertadamente: Adorar = venerar. Mas os católicos fazem vistas grossas a este fato e saem pela tangente com o argumento de que “Adorar e venerar pelo dicionário da língua portuguesa , nos dias atuais, não têm qualquer diferença. Mas, não se esqueça que a nossa fé tem mais tempo do que a história de Portugal e Brasil. Na literatura católica, há distinção entre adorar ( latria) e venerar (dulia). Mas como eles mesmos admitem e qualquer católico poderá conferir, “adorar” é o mesmo que “venerar” e isto é uma pedra de tropeço para a teologia católica. Lançaremos mão agora de mais provas que pela força que tem são por natureza irrefutáveis. Invocaremos aqui o depoimento de autoridades católicas e apresentaremos evidências incontestáveis em suas próprias literaturas para fundamentar nossa alegação.
Começaremos pelas traduções das Bíblias católicas. No episódio já citado de Ártemis ou Diana dos Efésios, Demétrio diz que todo o mundo adorava essa deusa como de fato reza o texto: “...aquela a quem toda a Ásia e o mundo adoram.”Atos 19:27 (versão das Bíblias protestantes) Essa também é a tradução da Bíblia católica editora “Ave Maria”, que traduziu o verbo como adorar. Entretanto, outra Bíblia católica, a conceituadíssima “Bíblia de Jerusalém” verteu esse mesmo verbo, dessa mesma passagem por “VENERAR”. Ora, perguntamos: A deusa Ártemis foi adorada ou venerada? Os próprios eruditos católicos são forçados a admitir a sinonímia dos dois termos. Pela Bíblia de Jerusalém os católicos não podem acusar mais os efésios de idólatras, mas se por ventura quiserem fazer isso, terão que usar a versão da Bíblia “Ave Maria”! Onde neste texto está a “substancial” diferença entre venerar e adorar como alegam os católicos? Veja que este argumento é de uma pobreza franciscana! Comentando sobre a passagem do capítulo 19 de Atos, o livro: “São Paulo e o Seu Tempo” edições Paulinas na página 77, trás o seguinte comentário: “A deusa venerada em Éfeso era muito mais uma deusa oriental da fecundidade do que a deusa caçadora dos gregos...”(grifo nosso). Novamente aí o termo venerar é aplicado à Ártemis pelos estudiosos católicos. A respeito do falso deus Baal diz Mackenzie que ele era “venerado de modos diversos ou sob títulos diversos nos diversos lugares” quando ele menciona a adoração dos israelitas a Iahweh diz que ele era “venerado com os ritos de Baal” Veja como ele usa o termo venerar para ambos não fazendo nenhuma distinção.(ibdem pág. 100) Invocaremos aqui como testemunha um Cântico composto por Tomás de Aquino cognominado de “doutor da Igreja”, intitulado de “TANTUM ERGO”, sua letra é dirigida à hóstia e diz: “Tantum ergo sacramentum veneremur cercui...”, cuja tradução pelo clero na língua vernácula é: “A este tão grande sacramento adoremos humildemente...”(grifo nosso) (A Mãe Das Prostituições pág. 59) É Tão gritante as evidências, que no missal romano está escrito com letras garrafais: “ADORAÇÃO DA CRUZ”. Nessa cerimônia de adoração canta-se um hino em homenagem a este amuleto; “Eis o lenho da cruz, do qual pendeu a salvação do mundo! Vinde, ADOREMOS! Adoramos, senhor, vosso madeiro; vossa ressurreição nós celebramos. Veio alegria para o mundo inteiro por esta cruz que hoje veneramos”(O Sinal da Besta pág.11) Novamente é usado de modo intercambiável os dois termos, adorar e venerar! Frei Basílio Rower, em seu “Dicionário Litúrgico” na pág. 15 sobre o verbete: “Adoração da Cruz”, comenta: “...Efetua-se a veneração da cruz...” e em seguida troca novamente os verbos: “A cerimônia da adoração da Cruz, na sexta feira santa, é antiqüíssima; desde o século XI...” (grifo nosso) Novamente fica patente como esses dois verbos se tornam sinônimos! Mas para não deixar transparecer o verdadeiro significado (idolatria) por trás dessas explicações demagógicas, tenta ele concertar a situação com esta explicação esdrúxula no verbete “Adoração”: “A adoração, em ambos os sentidos expostos, pode ser absoluta e relativa.” Prossegue ainda: “As partículas do Santo Lenho, os instrumentos da Paixão de Cristo e a Cruz, na Sexta feira Santa, são adorados com adoração em sentido estrito, mas relativa.” Devemos ressaltar que não existe um caso se quer na Bíblia em que servos de Deus praticaram adoração relativa. Isso não pode ser outra coisa se não um esforço desesperado para achar subterfúgios para a sôfrega doutrina do culto às imagens. Suponhamos que realmente existe essa tal “adoração relativa”, o caso que não é, mas suponhamos por um momento que fosse real, ela teria que estar forçosamente estampada nas páginas da Bíblia. Mas o que nós vemos é totalmente o contrário. Quero trazer à memória o incidente de Pedro e Cornélio. Pois bem, ali estaria uma grande oportunidade de Pedro, que dizem ter sido o primeiro “papa”, portanto infalível de acordo com os dogmas católicos, a legitimar essa prática, pois Cornélio não era pagão o bastante para não saber distinguir entre adoração ao Deus de Israel e uma veneração ao servo deste. Se fosse esse o caso, o de existir tal grau de adoração relativa, quando Cornélio prostrou aos pés de Pedro para o adorar, este não teria tido a reação que teve conforme narra Lucas 10:25,26: “Quando Pedro ia entrar, veio-lhe Cornélio ao encontro e, prostrando-se a seus pés, o adorou. Mas Pedro o ergueu, dizendo: Levanta-te, que eu também sou homem.”. Pedro poderia ter aceitado isso como uma “adoração relativa”, uma “dulia” que através dele chegaria a Deus! Este ainda foi o caso de João perante o anjo de Deus em Apocalipse 22:8. Ambos não aceitaram tal suposta adoração pelo simples fato dela não existir. A Bíblia só apresenta um tipo de adoração e nada mais que isto, não adianta forjar termos inescrupulosos para servir de apoio para tamanhas heresias, se pela Bíblia já estão de antemão fadados ao fracasso! No entanto, no final do comentário o pobre Frei acaba se entregando e diz que: “A ADORAÇÃO DOS SANTOS E DE SUAS RELÍQUIAS E IMAGENS CHAMA-SE GERALMENTE VENERAÇÃO.” (ênfase do autor) Como dizia John Wycliff e Savanarola, este último cuja voz de protesto foi sufocada pelas fogueiras inquisitoriais: “Eles adoram, com efeito, no sentido próprio da palavra, as imagens, pelas quais sentem uma afeição especial” (A Imagem Proibida pág. 280) Eles nunca vão conseguir comprovar que uma, e a mesma coisa, são duas! Em Amor "Mensagem aos Católicos"Todo o ano aos doze de outubro, acontece em todo o Brasil as festas e solenidades alusivas a "NOSSA SENHORA", tida como protetora e padroeira do povo brasileiro. Referida festa é sempre marcada por vários eventos, tais como: • Missa - assistida por grande número de pessoas. • Exposição da imagem da "santa", a qual é cultuada e venerada com fervor. E um evento marcante que contribui para "abrilhantar" a festa, é a... • Grande procissão — na qual se faz presente a imagem da santa, que é acompanhada por seus muitos fiéis e devotos. Ela é sem dúvida, o grande "ídolo" do povo católico. Diante disto, convidamos o prezado leitor a abrir as Escrituras Sagradas, e meditar nas seguintes passagens bíblicas: "Eu sou o Senhor, este é o meu nome; Eu não darei a outro a minha glória, nem consentirei que se tribute aos ídolos (imagens de escultura) o louvor que só a mim pertence" Isaías 42:8. "...nada sabem e nada entendem os que carregam em procissão as suas imagens de escultura, e fazem súplicas a um deus que não pode salvar."Isaías 45:20. "Os ídolos (imagens de escultura) deles são prata e ouro, obra das mãos dos homens. Têm boca mas não falam; tem olhos mas não vêem; têm ouvidos mas não ouvem; nariz têm, mas não cheiram. Têm mãos mas não apalpam, têm pés, mas não andam; nem som algum sai da sua garganta. Tornem-se semelhantes a eles os que os fazem, e todos os que neles confiam."Salmo 115:4 a 8. (Na tradução católica leia Salmo 113.B) "Reconhece pois hoje; e considera no teu coração que o Senhor é o único verdadeiro Deus, desde o alto do céu até o mais profundo da terra, e não há outro" Deuteronômio 4:39. "Não terás outros deuses diante de Mim. Não farás para ti imagens de escultura nem semelhança alguma do que há em cima nos céus, nem em baixo na terra, nem nas águas debaixo da terra. Não as adorarás, nem lhes darás culto; porque Eu sou o Senhor teu Deus, Deus zeloso, que visito a iniqüidade dos pais nos filhos até a terceira e quarta geração d’aqueles que me aborrecem." Êxodo 20:3 a 5. "E em nenhum outro há salvação, porque também debaixo do Céu nenhum outro nome há, dado entro homens pelo qual devamos ser salvos. Actos 4:12. Diante destas verdades bíblicas, perguntamos aos padres: Com que ousadia os senhores se atrevem a promover solenidades alusivas ao nome desta personagem, fazendo com que ela receba honras e glórias, se a Bíblia cita em Isaías 42:8, que Nosso Senhor não aceita repartir com outras entidades a honra e a glória que só a Ele pertencem? Com que atrevimento os senhores ousam a profanar o nome sacrossanto de Nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo, promovendo culto de louvor e adoração ao nome de outra "divindade", se a Bíblia diz em Actos 4:12, e Mateus 4:10 que não há salvação em nenhum outro nome dado entre os homens, e que só a EIe adorarás e prestarás culto? Com que audácia os senhores se atrevem a carregar em procissão a imagem deste ídolo morto, se a Bíblia diz em Isaíae 45:20 que nada sabem e nada entendem os que carregam em procissão as imagens de escultura, clamando e pedindo coisas a um deus que não consegue salvar ninguém? A Bíblia diz que o Senhor é o único Deus verdadeiro, e que fora dele não há outro. O único nome digno de ser reverenciado e venerado, é o nome Santo de Jesus, portanto não é aceitável apregoar-se o louvor e adoração a qualquer outra entidade, nem tampouco aos ídolos mudos. Maria foi sem dúvida alguma. mulher de vida transparente e conduta reta, uma autêntica serva do Senhor, cujo exemplo de vida deve ser copiado pelas mulheres de nossos dias, e sendo ela portadora de tantas virtudes, fora usada como instrumento para trazer ao mundo o Nosso amado Jesus; por isso, nós os cristãos, a consideramos como nossa irmã, e um dia iremos vê~Ia no Céu, mas não faz sentido colocá-la como mediadora entre Deus e os homens, pois a Bíblia diz em I Timóteo 2:5 que há um só mediador entre Deus e os homens; Jesus Cristo o justo. Assim como também não podemos considerá-la como advogada, pois a Bíblia diz em 1 João 2:1, que se caso alguém venha a pecar, temos só um "advogado’ junto ao Pai, que é o Senhor Jesus Cristo. O catolicismo nos apresenta Maria como uma forte intercessora, sempre pronta a ouvir as súplicas e petições dirigidas a ela em oração, mas a Bíblia Sagrada nos garante em Eclesiastes 9:5 e 6, que as pessoas quando morrem têm sua memória entregue ao esquecimento, e não possuem mais conhecimento algum do que se passa aqui em nosso meio. Assim sendo, desde o momento em que partiu desta vida até os dias de hoje, Maria nunca soube das incontáveis missas, novenas, e terços dedicados em seu louvor!!! E você leitor, também continuará dirigindo suas orações a alguém que não está lhe vendo e nem lhe ouvindo? No concílio de Latrão, realizado no ano de 649, O Vaticano decidiu por conta própria ensinar que Maria não teve outros filhos além do Senhor Jesus, e continua até hoje batendo nesta mesma tecla, mas a Bíblia registra em Mateus 1:25 que José não coabitou com Maria sua mulher. somente até nascer Jesus, seu primogênito, fazendo-nos entender que depois disto o casal conviveu maritalmente, desfrutando da vida conjugal em toda a sua plenitude. A palavra ‘primogênito" significa ‘primeiro", e se foi o primeiro é evidente que vieram outros. Para comprovar esta realidade, basta ler em Marcos 3:32, onde Maria juntamente com seus fiIhos e filhas procura pelo Senhor Jesus, e também em João 2:12, onde cita que Cristo desceu para Capharnaun acompanhado de sua mãe e irmãos. Além do mais, praticar o ato conjugal e conceber filhos não é desonroso para ninguém, desonrosa é a condição de celibato a que são confinados os padres e freiras, conduzindo-os desta forma à prática de atos solitários, e outros pecados como a sodomia e pederastia! (Leia a"Revista Veja", de 27 de Outubro de 1993, páginas 110 a 113). A própria Maria se estivesse presente em nosso meio nos dias de hoje, com certeza rejeitaria todos estes louvores e honrarias idólatras que o catolicismo romano promove em nome dela. Certamente ela diria: — Oh clero romano, não admito que meu nome continue sendo usado por vós idólatras, como chamarisco para se ganhar dinheiro! A híperdulia, culto em louvor a Maria, conhecida entre os católicos como "nossa senhora", foi instituído pelo papa Adriano 1, no ano 787 d.c., no concílio de Nicéia. O culto mariano é portanto uma tradição criada pelos homens. É preferível ficar com a Bíblia, que diz: "Em vão me adoram, ensinando doutrinas que são preceitos de homens. Negligenciando o mandamento de Deus, guardais a tradição dos homens." Mateus 15:3 — Marcos 7:7 a 9— Colossences 2:8. Os idólatras e fanáticos, afirmam mentirosamente que o objetivo das imagens colocadas nos templos católicos não é o culto ou adoração, mas sim para servir como lembrança, em memorial dos santos que estão na glória. Ë preferível mais uma vez ficar com as Escrituras Sagradas, que dizem em Isaías 44:10, que as imagens de escultura não servem para nada, e são de nenhum préstimo. Melhor é ficar com a Bíblia Sagrada e sua Verdade que nos conduz para o Céu, do que com as doutrinas pagãs e mentirosas do catolicismo romano! Melhor é recorrer ao sangue de Jesus que nos purifica de todo o pecado, do que recorrer aos ídolos mudos do romanismo! Melhor é estar entre aqueles verdadeiros adoradores que adoram o Pai em espírito e em verdade, do que com as heresias propagadas pelo cléro! Melhor é estar ao lado da Verdade, pois nunca estarei só. se estiver acompanhado da Verdade! "Non sum solus, sed ventas mecum", costumava dizer Martinho Luthero. Melhor é beber a água da vida oferecida graciosamente por Cristo em João 4:10, do que me embriagar com o cálice de abominações oferecido pela grande prostituta, a Babilônia dos dias atuais, que é a igreja católica romana! Comprove isto lendo Isaías 21:9, e em Apocalipse 17:5. Melhor é crer no Deus que criou os homens, do que nos deuses que os homens criaram! Melhor ainda é acatar o conselho do apóstolo João que nos faz a seguinte advertência, "filhínhos, guardai-vos dos ídolos". 1 João 5:21 De acordo com o salmo 115, nossa senhora é paralítica, cega, surda e muda. O que será que alguém nestas condições pode fazer pelo tão sofrido povo brasileiro? Nada! Prova disto é a situação miserável em que se encontra nosso Brasil. A finalidade desta missiva não é ofendê-los, e nem tampouco exaltar esta ou aquela religião, pois religião não salva a ninguém! Também não é o objetivo desta, promover as igrejas protestantes e seus líderes, porque no inferno também haverá protestantes, inclusive pastores! Isaías 56:8-12. Também não é a intenção desta tentar convencê-los, pois é impossível a um homem, convencer a outro homem a respeito do pecado; só quem pode convencer o homem de seu pecado é o Espírito Santo de Deus. Se alguém discorda destas palavras, ou sentiu-se ofendido por elas, deve culpar a Bíblia Sagrada, pois é ela quem afirma estas verdades! Abominamos as doutrinas pagãs ensinadas pelo clero, mas não temos nada contra os sacerdotes, pois o padre, assim como o papa, é tão somente um pecador carente de conversão a Cristo, assim como qualquer outro pecador comum. Senhores padres, o povo católico é um povo inteligente, bastante sincero, e não merece continuar sendo enganado; será que já não é hora de ensinar a Verdade à eles?! Esperamos que entendam o propósito desta mensagem, qu~ é pregar o Santo Evangelho de Nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo, e provar através da Bíblia Sagrada que os ídolos, (Maria e as imagens), nada podem fazer pelo padre, e nem pelos membros de sua comunidade. Assim sendo, perguntamos ao padre e seu rebanho se querem hoje trocar os ídolos por Nosso Senhor Jesus Cristo. Qualquer sacerdote fiel ao papa e a igreja de Roma rejeitariam taxativamente a uma mensagem como esta, mas se o vosso bom senso falar mais alto, convidamo-los a deixar os ídolos mortos e aceitar ao verdadeiro Deus, que é mui digno de ser louvado. Querido amigo católico, onde passarás a eternidade? Tens uma opção a fazer: Céu de glória, ou inferno de dores! Jesus Cristo ou os ídolos mudos de satanás! As verdades da Bíblia, ou as mentiras do catolicismo! Para ajudá-lo em sua decisão, lembramos a você de que adorar a Maria ou nossa senhora, e outras entidades além de Jesus, é um pecado grave chamado idolatria. Veja na Bíblia, em Apocalipse capítulo 21, ry versículo 8, o que acontece com os idólatras, aqueles que praticam este pecado: "..., e aos "idólatras" e a todos os mentirosos, a sua parte será no (inferno) lago que arde com fogo e enxofre; o que é a segunda morte." Fazemos votos que tenham optado por Cristo e seu Santo Evangelho; do contrário terão que ouvir no dia do juízo final, as mais duras palavras que alguém pode ouvir: "...apartai-vos de mim, malditos, para o fogo eterno, preparado para o diabo o seus anjos!..." Mateus 25:41. DIVERGÊNCIAS
E CONTRADIÇÕES Se os papas não
ambicionassem a "infalibilidade" não haveria razão para
citações de suas contradições e divergências; como pôr exemplo o
Papa Gregório I que condenava a idéia de um "Sacerdócio
Universal nas mãos de um só homem”. Mas foi o que fizeram. Sobre o cisma do ocidente,
vejam o que nos diz certo livro católico: RETORNO
DOS PAPAS A ROMA O
retorno dós papas a Roma não foi suficiente para que a paz
fosse alcançada. Uma dura luta, incentivada pelo clero e pelos mesmos
cardeais, criara graves dificuldades no seio da Igreja, levando-a ao
grande Cisma do Ocidente (de 1378 a 1418). Em
Roma —
Urbano VI (1378-1389) Em
Avinhão —
Clemente VII (1378-1394)
—
Bento XIII
(1394-1424) Antipapas:
_Clemente
VIII (1423-1429) -
Alexandre V: (14O9-141O) Para
se ter uma idéia da confusão que reinava na época entre os cristãos,
basta lembrar que vários santos apoiaram papas considerados
ilegítimos. S. Catarina de Sena, por exemplo, apoiava o papa de Roma,
enquanto S. Vicente Ferrer e o Beato Pedro de Luxemburgo defendiam o
papa de Avinhão. (EXTRAÍDO
DO LIVRO CATÓLICO: OS PAPAS, A. PINTONELLO, EDIÇÕES PAULINAS. Tivemos também o Papa
Leão X contemporâneo de Lutero que não cria na eternidade... Os Papas S Clemente e
Gelasio I nunca aceitaram a Transubstanciação, diziam que "A
natureza do pão e do vinho não se alteram". Mas o Papa Inocêncio
III, ano 1198, forçou e "decretou' a transubstanciação! Como não é possível
acarear esses papas os padres de hoje deveriam estudar a Bíblia pôr si
mesmos. Entre centenas de teólogos católicos que discordaram da
transubstanciação temos o Abade de Fulda, Rubano Mauro e o Monge
Ratramno do mosteiro de S. Pedro que diziam "A benção não altera
a substância." Também S. João Crisóstomo resistia e Santo
Agostinho parecia zombar quando escreveu. "Não se pode engolir
Aquele que subiu vivo para o Céu". Mas a ignorância tomou-se
moléstia geral Muitos bispos e padres
divergem de muitos dogmas que se fossem abolidos aplaudiriam, ensinam
pôr Ofício. Necessitam da transubstanciação. Do Culto às imagens,
do Purgatório e outras crendices para manter o sistema em pé. Se forem
removidas, o catolicismo cai! Divorciada dos Evangelhos a
Igreja não consegue gerar seus próprios sacerdotes. "No Brasil a
metade dos padres são estrangeiros" informa dom Luciano na Revista
Veja de 30 de janeiro de 1980. O Estado do Vaticano é
contra o divórcio, ficam "angustiados" quando ele é votado
nos países católicos mas mantém o "Tribunal de Rota" que
anula casamentos de casais ilustres pôr grandes somas de dinheiro. Induzem consciências
sensíveis escravizando-as. Ha centenas talvez milhares de moças e
senhoras, sem identidade, envelhecendo enclausuradas em lúgubres
conventos devido a fé falsa que receberam. Ninguém sabe que tipo de
tratamento recebem. O Catolicismo deveria recuperar suas mentes
distorcidas, abrir os portões, devolvendo-as à sociedade. Cristo nunca
propôs uma instituição assim. Ele disse que "Não se deve
esconder uma luz". (Evangelho de Lucas 11:33) Também o Vaticano não
está em condições de falar sobre "Direitos Humanos" pôr
conflitar com a história da Igreja. Falta espaço para comentar esse
assunto, mas presentemente estão bloqueando o pedido insistente de 6
mil padres que desejam deixar a batina. (Est.S. Paulo 13-2-80). Mesmo
assim, 1.264 padres deixaram a batina em 1982 e nos últimos 8 anos em
todo mundo 34.144 padres desertaram. (Inf. o Vaticano, Est. S. Paulo de
11-9-84). O afã de apresentarem-se
como Estado político e religioso os tem levado a contradições: Temendo o Comunismo
abrigam-se no Ocidente, mas pôr desgraça, se houver uma reviravolta na
política, esperam sobreviver porque "jogam nos dois times...
" Nunca se ajeitaram com
Democracia e Liberdade. Reclamam esse direito somente nos países onde
não dominam. Pio IX disse que "A Liberdade de Consciência foi o
mais pestilento de todos os erros". (Encic. de 15-8-1954). VATICANO E O PEDESTAL DE MARIA Papas, bispos e padres conseguiram gradativamente destronar Deus e Cristo do coração dos católicos substituindo-os pela devoção às imagens e pelo Culto à Maria "Honrando mais a criatura que ao Criador". (Romanos l :25). Maria, mãe do corpo físico de Jesus e não "mãe de Deus" como ensinam, viveu a fé que Cristo seu filho deixou e morreu como todos os Cristãos. Mas a partir do século IV observaram que o nome de Maria sensibilizava as mulheres, então passaram a atribuir-lhe honrarias e atributos que se estivesse no mundo recusaria. Eis a escalada: 1- No Concilio de Efeso, ano 431, decidiram chamá-la "Mãe de Deus". 2- No Concílio de Latrão, ano 649, proclamaram sua virgindade. (A Bíblia no entanto registrou que José não coabitou com Maria sua esposa somente "ATÉ" nascer Jesus. (Mateus l .25). Os primeiros cristãos e muitos "pais da Igreja", como Tertuliano, Euzébio, Santo Irineu, Epifaneo, Hegesipo, Helvidio e tantos outros confirmavam que Maria teve outros filhos no seu matrimónio com José. Afinal, casar-se e ter filhos não desmerece; o casamento é Instituição Divina e ter filhos é ordem do Criador; o que desmerece e muito é a condição de celibatário. 3- No Cone. de Nicéa, 787, instituíram o Culto à Maria, anti-biblico. Esse culto não chega a ela, pois Maria e os Santos não são Onipresentes. 4- Imaculada Conceição. Na Bíblia não há nem cheiro dessa "concepção" milagrosa de Maria. Mas Pio IX decretou essa inverdade no ano 1854. 5- Cem anos depois, ano 1950, de maneira espectacular a velha Igreja Católica escorrega de novo deixando a cristandade perplexa. Baseado numa lenda de 15 séculos atrás, decreta a Assunção de Maria. A bem conhecida reza "Ave Maria" é uma mistura de textos bíblicos e doutrina espírita. pois a expressão "Rogai pôr nós" não está na Bíblia. Os cristãos jamais apelaram para as pessoas santas que morreram. Cogitam aumentar o "peso da coroa" proclamando-a Rainha do Céu e Mãe de todas as graças. Há cidades e igrejas com o nome de "medianeira" contrariando frontalmente a Bíblia que adverte: Só há um mediador entre Deus e o homem: Jesus Cristo, o Justo". (I Timóteo 2:5). No Brasil, em 1717, em Aparecida do Norte, o José Alves, o Domingos Garcia e o Felipe Pedroso "pescaram" no Rio Paraíba uma imagem de Maria em dois pedaços. O padre Vilela não perdeu tempo e fizeram uma capela; queimaram velas, incentivaram crendices e surgiu uma igreja. Mais engano e simulação e construíram uma "basílica" onde recolhem fortunas com porcentagens para bispados e Vaticano, explorando a credulidade do povo. Mas pôr que tanto exagero para com o nome de Maria? Antigamente os teólogos católicos acalmavam os cristãos dizendo que o Culto a Maria servia para "contrabalançar" com o paganismo que desfilava com formosas deusas... Mas os Jesuítas explicam melhor: Eles dizem que "a mulher é um grande instrumento, é a chave com a qual se entra nas famílias, pôr elas consegue-se grandes séquitos, as festas se tomam pomposas e ajudam a Igreja a manejar as plebes". Sabem que usando o nome de Maria sensibilizam o sexo feminino que pôr sua vez atraem os jovens e os esposos para as festas romanistas dos "santos e padroeiros". (Prof. de teologia, Borba do Liceu de Braga, Portugal).
APARECIDA: PADROEIRA DO BRASIL?
Padre
Júlio J. Brustoloni, missionário redentorista, no seu livro História
de Nossa Senhora da Conceição Aparecida — A
Imagem, o Com
um único versículo da Bíblia, provavelmente muito conhecido pelo
padre, sua teoria é desmontada: Adorarás
o Senhor teu Deus e só a Ele
prestarás culto (Mt 4.10b). Além do mais, não acreditamos que
aquela imagem de barro, intitulada Nossa
Senhora da Conceição Aparecida, seja um retrato de Maria, mãe do
Senhor Jesus Cristo, conforme nos revela a Bíblia Sagrada. ão
declarações como as do padre Júlio J. Brustoloni, ou o espantoso
livro de S. Afonso de Ligório "As
Glórias de Maria", que transferem, sem a menor cerimônia,
todos os atributos e honras que pertencem exclusiva-mente ao Senhor
Jesus para Maria ou a tentativa malabarista da CNBB com o livreto "Com
Maria, Rumo ao Novo Milênio" -uma forçosa tentativa de
justificar o culto mariano, é que nos faz pronunciar, mostrando um
outro caminho, aquele da Bíblia, sem retórica ou esforço,
um caminho cândido,
sereno e verdadeiro, com todo respeito e amor aos católicos romanos,
que todo cristão deveria ter, apresentando-se firmes no tocante a sã
doutrina Trata-se
de uma pequena imagem de barro, medindo 39 centímetros e pesando
aproximadamente 4,5 kg, sem o manto e a coroa, que foram acrescentados1.
As Anuas dos Padres Jesuítas de
15 de janeiro de 1 750, dizem que, aquela
imagem foi moldada em barro, de cor azul escuro; é afamada por causa
dos muitos milagres realizados2. Dr. Pedro de Oliveira
Neto, que estudou a imagem, apresentando o resultado em 13 de abril de
1967, afirma, em contrapartida: A
imagem encontrada pelos pescadores junto ao Porto de ltaguaçu, e que
hoje se venera na Basílica Nacional, é de barro cinza claro, como
constatei, barro que se vê claramente em recente esfola-dura no cabelo3.
A mesma conclusão
chegaram os artistas do MASP — Museu de Artes de São Paulo - em 1978,
declarando: Constatamos
pelos fragmentos da Imagem em terracota, que ela é da primeira metade
do século XV!!, de artista seguramente paulista, tanto pela cor como
pela qualidade do barro empregado e, também, pela própria feitura da
escultura (4). Essa
pequena imagem feita de barro representa Maria para o catolicismo
romano. Segundo
o Dr. Pedro de Oliveira Neto, a imagem de barro foi feita por um discípulo
do Frei Agostinho da Piedade: A
Imagem de Nossa Senhora Aparecida é paulista, de
arte erudita, feita provavelmente na primeira metade de 1600, por discípulo,
mas não pelo próprio mestre, do beneditino Frei Agostinho da Piedade. Os
estudiosos, observando o estilo da imagem, concluíram que o autor da
imagem foi o Frei Agostinho de Jesus, sendo provavelmente esculpida em
1650, no mosteiro beneditino de Santana de Parnaíba, SP (5). Apresentaremos
algumas hipóteses razoáveis, embora nunca tenhamos a certeza do fato.
Nossa análise levará em consideração apenas as possibilidades
culturais, religiosas e históricas. O livro de Gilberto Aparecido
Angelozzi, Aparecida
a Senhora dos Esquecidos, Ed Vozes; Capítulo III — p. 55-66, expõe
alguns possíveis motivos sobre o assunto em questão. Partindo
do princípio de que realmente os pescadores acharam a imagem da Conceição
Aparecida no rio, podemos então desenvolver as seguintes idéias: A
teoria de que a imagem foi trazida pelos colonizadores brancos •
Por famílias que se instalaram no vale do Paraíba;
A teoria de que a imagem foi lançada no rio por escravos negros Algum
escravo negro, devido ao sincretismo religioso, poderia associar a
imagem à de algum orixá, especialmente aos que estão associados às
águas; A
teoria das lendas indígenas Uma
lenda indígena relata que eles criam na grande cobra que habitava nos
rios a Cobra Norato. Durante
o dia era uma terrível cobra e à noite era um jovem que dançava com
as moças. Algum padre teria lançado a imagem para proteger os índios; Outra
lenda diz que, na cidade de Jacareí, apareceu uma grande cobra e alguém
a enfrentou lançando a imagem da Imaculada Conceição ao rio, fazendo
com que a cobra fugisse. A
teoria oficial da O
catolicismo romano possui duas fontes sobre o achado da imagem, que se
encontram no Arquivo da Cúria Metropolitana de Aparecida (1 Livro do
Tombo da Paróquia de Santo Antônio de Guaratinguetá) e no Arquivo
Romano da Companhia de Jesus, em Roma (Annuae
Litterae Provinciae Brasilíanae, anni 1748 et 1749)6. A
narrativa diz basicamente que, no ano de 1719, os pescadores Domingos
Martins García, João Alves e Filipe Pedroso lançavam suas redes no
Porto de José Corrêa Leite, prosseguindo até o Porto de ltaguassu.
Lançando João Alves a sua rede de rastro neste porto, tirou o corpo da
Senhora, sem cabeça. Lançando mais abaixo outra vez a rede, conseguiu
trazer a cabeça da mesma Senhora. Não tinham até aquele momento
apanhado peixe algum. A partir de então, fizeram uma copiosa pescaria
que encheu as canoas de peixes. Após esse milagre,
surgiram outros relacionados à imagem. A
explicação do Dr. Segundo
o Dr. Aníbal Pereira dos Reis, ex-sacerdote, ordenado em 1949, formado
em Teologia e Ciências Jurídicas pela Pontifica Universidade Católica
de São Paulo, em seu livro A
Senhora Aparecida, Edições Caminho de Damasco Ltda, SP, 1988;
trata-se de uma grande armação do padre José Alves Vilela , pároco
da matriz local. Segundo suas investigações, foi o padre José Alves
Vilela quem colocou a imagem no rio e iniciou planejadamente a divulgação
dos supostos milagres, além de estar manipulando todo tempo a imagem e
divulgando seus supostos milagres. Pequena
cronologia 1717—
Pescadores apanharam no rio a Imagem da Conceição
Aparecida 1745-1903
— A festa principal da Conceição
Aparecida é celebrada em 08 de dezembro; 1888
— No dia 06 de novembro, a princesa Isabel visita pela segunda vez a
basílica e deixa como ex-voto uma coroa de ouro cravejada de diamantes
e rubis; 1929
— Celebração dos 25 anos da Coroação de Maria em um Congresso
Mariano; 1930— No dia 16 de julho, o Papa Pio XI assina o decreto, declarando Conceição Ap arecida
a Padroeira do Brasil; 1931
— No dia 31 de maio, a imagem de barro da Conceição
Aparecida é declarada, oficialmente, na Capital Federal a Padroeira
do Brasil. Getúlio Dornelles Vargas, era o presidente naquela época. Segundo
o padre Júlio J. Brustoloni, Na
Esplanada do Castelo, outra multidão aguardava a chegada da Imagem
Milagrosa. No grande estrado, junto do altar da Padroeira,
encontravam-se o Presidente da República, Dr. Getúlio Dornelles
Vargas, Ministros de Estado, membros do Corpo Diplomático credenciados
junto do nosso governo, O
QUE É IDOLATRIA Vejamos
algumas definições: Ídolo.
S.m. 1. Estátua ou simples objeto cultuado como deus ou deusa, 2.
Objeto no qual se julga habitar um espírito, e por isso venerado. 3.
Fig. Pessoa a quem se tributa respeito ou afeto excessivo. Idólatra.
Adj. 2 g. 1. Respeitante à, ou próprio da idolatria. 2. Que adora ídolos.
3. Idolátrico (2). * s. 2 g.
4. Pessoa que adora ídolos;
Idolatrar. V t. d. 1. Prestar idolatria (1) a; amar com idolatria (1);
adorar, venerar. 2. Amar com idolatria (2), com excesso, cegamente. Int.
3. adorar ídolos; praticar a idolatria (1). Idolatria. SE. 1. Culto
prestado a ídolos. 2. Amor ou paixão exagerada, excessiva9.
Idolatria- 1. Essa palavra vem do grego, eídolon, ídolo, e latreúein,
adorar. Esse termo refere-se à adoração ou veneração a ídolos ou
imagens, quando usado em seu sentido primário. Porém, em um sentido
mais lato, pode indicar veneração ou adoração a qualquer objeto,
pessoa, instituição, ambição etc, que tome o lugar de Deus, ou que
lhe diminua a honra que O
culto à imagem esculpida, deuses de fundição, imagem de escultura,
estátua, figura de pedra, imagens sagradas ou ídolos é idolatria e
profanam a ordem divina. Não
farás para ti imagens esculpidas, nem qualquer imagem do que existe no
alto dos céus, ou do que existe embaixo, na terra, ou do que existe nas
águas, por debaixo da terra. Não te prostrarás diante delas e não
lhes prestarás culto (Ex
20.4) A
tua terra está cheia de ídolos, inclinaram-se perante a obra das
suas mãos, diante daquilo que fabricaram os seus dedos. Pelo que o
homem será abatido, e
a humanidade humilhada; não lhes
perdoes! (Is 2.8-9).... Ao
Senhor teu Deus adorarás, e só
a ele servirás (Mt 4.11; Lc 4.8) O
principal de todos os mandamentos é: Mas
vem a hora, e já chegou, em que os verdadeiros adoradores adorarão o
Pai em espírito e em verdade, pois o Pai procura a tais que assim o
adorem. Deus é Espírito, e
importa que os que o adoram o
adorem em espírito e em verdade (Jo.4.23-24) Enquanto
Paulo os esperava em Atenas, o seu espírito se revoltava em si mesmo
vendo a cidade tão entregue à idolatria (At
1 7.16) Não
sabeis que os injustos não hão de herdar o reino de Deus? Não erreis:
nem impuros, nem idólatras, nem adúlteros, nem efeminados, nem
sodomitas, nem ladrões, nem avarentos, nem bêbados, nem maldizentes,
nem roubadores herdarão o reino de Deus (1
Co 6.10-11; Ef5.5) Não
vos façais idólatras, como alguns *
Mas, quanto aos medrosos,
e aos incrédulos, e aos abomináveis, e aos homicidas, e aos adúlteros,
e aos feiticeiros, e aos idólatras,
e a todos os mentirosos, a sua parte será no lago que arde com fogo e
enxofre, que é a segunda morte (Ap 21.8) Ficarão
de fora os cães, os feiticeiros, os adúlteros, os homicidas, os idólatras,
e todo aquele que ama e pratica a mentira (Ap.
22.1 5). Deus
proibiu ao seu povo a confecção e o culto a imagens, estátuas etc,
visto que os povos pagãos atribuíam a esses artefatos de barro,
madeira ou outro material corruptível, um caráter religioso.
Acreditavam, além do mais, que a divindade se fazia presente por meio
dessa prática. O Deus Todo-Poderoso ensinou seu povo a não cultuar
imagens. Sua Algumas
imagens que Deus mandou fazer não tinham por objetivo elevar a piedade
de Israel e nem serviam de modelo para reflexão ou conduta. Eram
apenas símbolos decorativos e representativos. Deus mandou fazer a Arca
da Aliança; Quando
analisamos esta questão na história da nação de Israel, o povo que
recebeu os mandamentos de Deus e a preocupação dos judeus religiosos
em manter-se fiéis, podemos entender que, apesar do Antigo Testamento
proibir a confecção de imagens relativamente,
no entanto a adoração ou culto a imagens era Em
algumas sinagogas do século III e até hoje encontramos pinturas de heróis
da fé em seus vitrais etc, jamais, entretanto, veremos judeus orando,
cultuando ou invocando Moisés, Abraão ou Ezequiel. Não
encontramos argumento algum que justifique o culto, veneração ou a
fabricação de imagens no Novo Testamento. •
A Bíblia mostra que Paulo sofria por ver o povo entregue a idolatria: Enquanto
Paulo os esperava em Atenas, o seu espírito se revoltava em si mesmo,
vendo a cidade tão entregue à idolatria (At 1 7.1 6). •
Paulo foi atacado pelos artífices, ourives e comerciantes de imagens: Certo
ourives, por nome Demétrio, que fazia de prata miniaturas do templo de
Diana, dava não pouco lucro aos artífices. Eles os ajuntou, bem como
os oficiais de obras semelhantes, e disse: Senhores, vós bem sabeis que
desta indústria vem nossa prosperidade. E bem vedes e ouvis
que não só em Éfeso, mas até quase em toda a Ásia, este Paulo tem
convencido e afastado uma
grande multidão, dizendo que não são deuses os que fazem com as mãos.
Não somente há perigo de que a nossa profissão caia em descrédito,
mas também de que o próprio templo da grande deusa Diana seja estimado
em nada, vindo a ser destruída a majestade daquela que toda a Ásia e
o mundo veneram. Ouvindo isto,
encheram-se de ira, e clamaram:
Grande é a Diana dos efésios! (Atos 19.24-28) O
culto aos santos só começa a partir de cem anos,
aproximadamente, depois da morte de Jesus, com uma tímida veneração
aos mártires11. A primeira oração dirigida expressamente
à Mãe de Deus é a invocação Sub
tuum praesidium, formulada no fim do século III ou mais
provavelmente no início do 1V12. Não
podemos dizer que a veneração dos santos — e
muito menos a da Mãe de Cristo — faça
parte do patrimônio original13. Se o culto aos santos e
a Maria fosse correto, João, que escreveu o último evangelho,
aproximadamente no ano 100 d.C. certamente falaria sobre o assunto
e incentivaria tal prática. Ele, porém, nos adverte: Filhinhos,
guardai-vos dos ídolos (1 Jo 5.21). Na luta para justificar o culto
às imagens, bem como seu uso nas Igrejas, os católicos apresentam a
teoria da pedagogia divina. D.
Estevão Bettencourt resume assim a teoria: . . .0s
cristãos foram percebendo que a proibição de fazer imagens no Antigo
Testamento tinha o mesmo papel de pedagogo (condutor de crianças
destinado a cumprir as suas funções e retirar-se)
que a Lei
Mosaica em geral tinha
junto ao povo de Israel. Por isto, o uso das imagens foi-se implantando.
As gerações cristãs compreenderam que, segundo o método da pedagogia
divina, atualizada na Encarnação, deveriam procurar subir ao Invisível
passando pelo visível que Cristo apresentou aos homens; a meditação
das fases da vida de Jesus e a representação artística das mesmas se
tornaram recursos com que o povo fiel procurou
aproximarse do Filho de Deus14. Assim criaram a idéia de
que, nas igrejas as imagens tornaram-se
a Bíblia dos iletrados, dos simples e das crianças, exercendo função
pedagógica de grande alcance. E o que
notam alguns escritores cristãos antigos: O desenho mudo sabe falar
sobre as paredes das igrejas e ajuda grandemente (S. Gregório de
Nissa, Panegírico de S. Teodoro, PG 46,73 7d). O que
a Bíblia é para os que sabem ler, a imagem o é para os iletrados (São
João Damasceno,De imaginibus 1
1 7 PG 94, 1 248c)5 Levando-se em consideração que um dos objetivos da Igreja Católica Romana é ensinar a Bíblia ao povo através das imagens, especialmente aos menos alfabetizados, surge-nos algumas perguntas: Por que se faz culto a elas, se o objetivo é ensinar a Bíblia? Por que após passar dezenas de anos, com milhares de católicos alfabetizados, ainda insistem em cultuar imagem? Se realmente a imagem fosse o livro daqueles que não sabem ler, por que os católicos alfabetizados são tão devotos e apegados às imagens? Será que podemos desobedecer a Bíblia para superar uma deficiência de entendimento? Onde está a base bíblica para esta Teoria da Pedagogia Divina? Será que a encarnação do verbo poderia servir de base para se fazer imagens dos santos e
cultuá-los? A
Igreja Católica Romana apresenta basicamente duas fontes para
justificar o culto às imagens: a tradição e as opiniões de seus líderes.
Em resumo: opinião dos homens. Citam a Bíblia quando existe alguma
possibilidade de apoio às suas doutrinas. Esquecem o ensino do famoso
clérigo católico romano, Padre Vieira: As
palavras de Deus pregadas no sentido em que Deus as disse, são palavras
de Deus; mas pregadas no sentido em que nos queremos, não são palavras
de Deus, antes podem ser palavras do demônio16. A
Palavra de Deus condena o culto às imagens. Os
argumentos do catolicismo romano a favor do culto às imagens fazem-nos
lembrar de um rei na Bíblia, chamado Saul, que quis agradar a Deus com
sua opinião, mesmo contrariando frontalmente a Palavra de Deus (1 Sm
15.1-23). O catolicismo romano, de modo semelhante, contrariando a Bíblia,
entende que a imagem é o livro
daqueles que não sabem ler. O rei Saul, achava que oferecer sacrifícios
era melhor, mais lógico, mais correto, mais racional. Acreditava que
estava prestando um grande serviço a Deus (1 Sm 15.20-21). Deus, no
entanto, o reprovou, dizendo: Tem
o Senhor tanto prazer em holocaustos e sacrifícios, como em que se
obedeça à sua palavra? Obedecer é melhor do que sacrificar, e atender
melhor é do que a gordura de carneiros (1 Sm15.22). Deus proíbe
terminantemente o culto a ídolos e imagens (Ex 20.1 -6; Lv 26.1; Nm
33.52; Dt.27.15; 2 Rs O
catolicismo romano ensina o culto à imagem inventando uma teoria, contrária
à Bíblia e insiste em dizer que está fazendo isso para ajudar a obra
de Deus. Ainda que Saul pensasse estar prestando um serviço a Deus,
como fazem aqueles que prestam culto à imagem da Conceição Aparecida,
seu ato foi uma desobediência à Palavra de Deus, e isso é
considerado rebelião (1 Sm 15.21-26).A Bíblia diz: O
culto às imagens será sempre uma abominação a Deus. E a marca e a
continuidade do paganismo. Cristianismo é a fé exclusiva na obra do
Senhor Jesus (Jo.3.1 6; Rm5.8; Ef2.8-9;1 Tm2.5;Tt2.11).E adoração
exclusiva a Deus: .. Ao Senhor
teu Deus adorarás, e só a
ele servirás (Mt 4.11; Lc 4.8). O
principal de todos os mandamentos é Ouve, á Israel, o Senhor nosso
Deus é o único Senhor! Amarás ao Senhor teu Deus de todo o teu coração,
de toda a sua alma, de todo o teu entendimento e de todas as tuas forças
(Mc 1 2.29-3Q~ Mt 92 37). Mas
vem a hora, e já chegou, em que os verdadeiros adoradores adorarão o
Pai em espírito e em verdade, pois o Pai procura a tais que assim o
adorem. Deus é Espírito, e importa que os que o adoram o adorem em espírito
e em verdade (Jo 4.23-24). LATRIA
- ADORAÇÃO A DEUS A
Dificuldade do Catolicismo Romano Se
os católicos romanos se limitassem a exaltar os heróis da fé, e a
propô-los como modelo a ser seguido, não haveria nenhum problema.
Assim agem também os cristãos genuínos. Infelizmente, não é isso
que acontece. Por mais que o líderes católicos romanos se esforcem em
suas infindáveis apologias ou explicações, elas não passam de
tentativas vãs e superficiais. Exemplo dessa tentativa é a teoria de
três tipos de devoção: a dulia,
a hiperdulia e a latria.
Perguntamos: qual a diferença que pode haver entre a dulia
e a hiperdulia? Qual a
diferença das duas com a latria?
A verdade é que os três termos se confundem. Os dois termos (dulia
e hiperdulia) podem estar
envolvidos com a latria e
tudo se torna uma distinção que
não distingue coisa alguma.
As pessoas que se prostram diante de uma imagem da Conceição
Aparecida, ou de São João, ou de São Sebastião ou de Jesus sabem
que estão cultuando em níveis diferentes? Para elas não seria tudo a
mesma coisa? Imagine
um católico romano bem instruído que vai para o culto. Primeiramente
ele pretende cultuar São João. Dobra então seus joelhos diante da
imagem de São João e pratica a dulia.
Depois, irá prestar culto a Maria, deixando, nesse momento, de
praticar a dulia e passando a
praticar a hiperdulia. Finalmente,
com intenção de cultuar a Deus, ele começa a praticar a latria. Não
acreditamos que o povo católico romano saiba diferenciar a dulia,
a hiperdulia e a latria,
e mesmo que soubesse diferenciá-las, dificilmente conseguiria
respeitar os limites de cada uma. Qual
é a diferença? Adoração
e Veneração. Há diferença entre adorar
e prestar culto? Se
prostrar-se diante de um ser, dirigir-lhe orações e ações de graça,
fazer-lhe pedidos, cantar-lhe hinos de louvor não for adoração, fica
difícil saber o que o catolicismo romano entende por adoração.
Chamar isso de veneração é
subestimar a inteligência humana. Culto
aos santos. Analisando essas práticas católicas à luz da Bíblia e da
história, fica claro que são práticas pagãs. O papa Bonifácio IV,
em 610, celebrou pela primeira vez a festa a todos os santos e
substituiu o panteão romano (templo pagão dedicado a todos os deuses)
por um templo cristão para
que as relíquias dos santos fossem ali colocadas, inclusive Maria.
Dessa forma o culto aos santos e a Maria17 substituiu o culto
aos deuses e as deusas do paganismo. Maria
é deusa para os católicos? Os católicos manifestam um sentimento de
profunda tristeza quando afirmamos que Maria
é reconhecida como deusa no catolicismo. Dizem que não estamos
sendo honestos com essa declaração, mas os fatos falam por si mesmos.O
livro Glórias de Maria, publicado
em mais de 80 línguas, da autoria de Afonso Maria de Ligório, canonizado
pelo Papa, atribui à Maria toda a honra e toda a glória que a Bíblia
confere ao Senhor Jesus Cristo. Chama Maria de onipotente, além de
mencionar outros atributos divinos: Sois
onipotente, á Maria, visto que vosso Filho quer vos honrar, fazendo sem
demora tudo quanto vós quereis18. .Os pecadores só por
intercessão de Maria obtém o perdão19..., O mãe de Deus
vossa proteção traz a imortalidade; vossa intercessão, a vida20.
Em vós, Senhora, tendo colocado toda a minha esperança e de vós
espero minha salvação, .
. . Maria é toda a esperança de
nossa salvação, acolhei-nos sob a vossa proteção se salvos nos
quereis ver; pois só por vosso intermédio esperamos a salvação21. Os
querubins. A passagem bíblica dos querubins do propiciatório da arca
da aliança (Êx 25.18-20), advogada pelos teólogos católicos romanos,
não se reveste de sustentação alguma, pois não existe na Bíblia
uma passagem sequer em que um judeu esteja dirigindo suas orações aos
querubins, ou depositando sua fé neles, ou lhes pagando promessas. Esse
propiciatório era a figura da redenção em Cristo (Hb 9.5-9). A Bíblia
condena terminantemente o uso de imagem de escultura como meio de
cultuar a Deus (Êx 20.4, 5; Dt 5.8, 9).
O culto aos santos e a adoração à Maria, à luz da Bíblia, não
apresentam o catolicismo romano como religião cristã, mas como
idolatria (1 Jo 5.21). Jesus disse: Ao
Senhor, teu Deus, adorarás e só a ele servirás (M
t 4.10). O anjo disse a João: Adora
somente a Deus (Ap Embora
a Igreja Católica Apostólica Romana tenha declarado que a imagem de
barro da Conceição Aparecida seja
a Padroeira e Senhora da República Federativa do Brasil, consagrando o
dia 12 de outubro a esse culto estranho às Escrituras Sagradas, os
cristãos evangélicos, alicerçados na autoridade da Bíblia Sagrada,
declaram como Paulo: E toda língua
confesse que JESUS CRISTO E O SENHOR, para glória de Deus Pai(Fl
2.11). Notas: 1
Aparecida, Capital Mariana do
Brasil. Autor Professor. Oswaldo Carvalho Freitas, Editora: Santuário.
Aparecida-SP p.85.
2
História de Nossa Senhora da
Conceição Aparecida. Autor: Júlio j. Brustoloni,
Editora: Santuário. Aparecida-SP p. 20 3
Mesmo livro citado, p. 20-21
— nota de rodapé 5. 4
Mesmo livro citado, p. 21 —
nota de rodapé 6. 5
Mesmo livro citado, p. 21-22. 6
Mesmo livro citado, p. 43. 7
Mesmo livro citado, p.
346. 8
ldem — p. 347. 9
Dicionário Aurélio 10
Enciclopédia de 11
O Culto a Maria Hoje. Autores:
Vários. Sob a direção de Wolfgang 12
O mesmo livro citado. p. 33. 13
O mesmo livro citado. p. 33. 14
Diálogo Ecumênico. Autor:
Estevão Bettencourt . Editora:
Lúmen 15
Mesmo livro citado, p. 232. 16
Sermões. Autor: Padre Antonio
Vieira. Editora: Lello & Irmãos. Porto 1
7 Atlas Histórico do
Cristianismo. Autora: Andréa Dué. Editoras: Santuário / Vozes. São
Paulo-SP p.72. 18
Glórias de Maria. Autor:
Afonso Maria de Ligório. Editora: Santuário. 19
Mesmo livro citado, p.76. 20
Mesmo livro citado, p.2’7. 21
Mesmo livro citado, p.l47. EXTRAÍDO REVISTA DEFESA DA FÉ - NÚMERO 26 -
Culto a deusa Mãe
Por Hélio de Souza “...todos
unanimemente levantaram a voz, clamando por espaço de quase duas
horas: Grande é a Diana dos efésios” (At 19.34)
Ém
dado momento, abrem-se par em par as portas de cipreste do templo. As
multidões que convergiam de todas as partes da Ásia Menor, da Galácia,
da Capadócia, da Macedônia e da Acaia, tanto sãos como enfermos,
aleijados com as suas muletas, cegos guiados por crianças,
paralíticos carregados em padiolas, se comprimem entre as colunas
fronteiras à fachada. Todos esperam o momento de erguer-se o véu da
deusa. “Um longo clangor de trombeta, um rápido
estrurgir de tambores e, em seguida, um intervalo de silêncio. Uma
nuvem de incenso paira na praça. Dentro e fora do templo os fiéis
se prosternam retendo o fôlego. O véu de seda é lentamente retirado.
Sobre o pedestal de mármore negro, cercado de misteriosos hieróglifos
indecifráveis, ergue-se a deusa Diana de Éfeso, que Apolo enviou do céu
à terra. “No momento em
que foi desvendado, um brado comovido se propagou do salão para o pórtico
e do pórtico para a praça, onde milhares de fiéis estavam prostrados
em terra. - Viva a grande
Diana dos efésios! “Um êxtase de
esperança e de temor dominou a multidão que se quedou de olhos
fechados, lábios contraídos e frontes a se tocarem uma nas outras...
Levantando-se então os fiéis seguiram de roldão para as portas do
templo. Os cegos, os coxos e os enfermos avançavam como podiam, com os
pés ou de rastos, em direção à deusa que não viam, amparando-se uns
aos outros e gritando suas orações. Aqui e ali vozes delirantes
soavam: – Milagre!
Milagre! O coxo está caminhando! O enfermo desceu da cama! “A esses brados
saía do templo um grupo de sacerdotes e, atravessando a multidão, eles
reuniam as muletas jogadas fora, para pendurá-las como troféus nas
paredes do templo, em homenagem à grande deusa Diana”.1 Com essas palavras,
o escritor judeu-cristão polonês, Sholem Asch, descreveu o culto à
deusa Diana, tão popular na região da Ásia Menor, nos primórdios da
Era Cristã. Como podemos conferir, qualquer semelhança com os cultos
modernos às chamadas “Nossas Senhoras” não é mera coincidência,
mas perpetuação de uma milenar tradição de culto a deusas, hoje
disfarçada com matiz cristã. E não estamos falando de uma pequena
seita obscura, existente em algum povo atrasado em um país exótico,
mas de uma religião que possui milhões de adeptos, com uma força de
devoção que chega à beira da loucura: o “marianismo”. E não é preciso ser teólogo para perceber isso. Qualquer conhecedor de História pode constatar. Em uma revista de circulação nacional foi publicada uma matéria com o título: “No princípio, eram as deusas”. O texto se desenvolve da seguinte forma: “As deusas só foram destronadas com o advento das religiões monoteístas, que admitem um só deus, masculino. Com a difusão do cristianismo, as antigas deusas são banidas do imaginário popular. No Ocidente, algumas acabaram associadas à Virgem Maria, mãe do Deus dos cristãos, outras se transformaram em santas... Nos primeiros séculos cristãos, Ísis passou a ser identificada com Maria”. O historiador Will Durant em sua História da Civilização diz: “O povo adorava-a (Isis) com especial ternura e erguia-lhe imagens, consideravam-na Mãe de Deus; seus tonsurados sacerdotes exaltavam-na em sonoros cantos...e mostravam-na num estábulo, amamentando um bebê miraculosamente concebido...Os primitivos cristãos muitas vezes se curvavam diante das estátuas de Ísis com o pequeno Hórus ao seio, vendo nelas outra forma do velho e nobre mito pelo qual a mulher , criando todas as coisas, tornou-se por fim a Mãe de Deus (grifo do autor) 2 ”.
Status de deusa
No
Brasil, a chamada “Senhora Aparecida” possui traços raciais negros
e seu culto está muito ligado à cultura afro. Seu santuário, na
cidade de Aparecida, chega a receber 6,5 milhões de visitantes por ano.
Em Portugal, a deusa Maria, conhecida como “Senhora de Fátima”,
assume características raciais européias, bem como a “Senhora de
Lourdes”, na França. Elas recebem, respectivamente, cerca de 4,2 milhões
e 5,5 milhões de visitas por ano. Entre outras divindades nacionais,
ainda podemos citar a “Senhora de Guadalupe”, no México, e a
“Senhora da Estrela da Manhã”, no Japão. Não é óbvio
presumirmos que as antigas divindades tutelares reverenciadas no passado
apenas mudaram de nome? Diana para os efésios, Nun para os
ninivitas, Ishtar para os babilônios, Kali para os hindus
e, assim, continuam sendo cultuadas por meio de um pseudocristianismo. Além de divindades
nacionais, o marianismo assume características regionais e
funcionais, assenhoreando-se de cidades e regiões, assumindo
diferentes nomes e funções. Assim, temos no Brasil a “Nossa Senhora
do Monte Serrat”, “Nossa Senhora do Rosário”, “Nossa Senhora
das Dores”, “Nossa Senhora das Graças” e “Nossa Senhora do
Parto”, entre outras. Na verdade, muito do que as estatísticas chamam
de cristãos não passam de grosseiros pagãos, aprisionados por
superstições e servindo a falsos deuses. Curiosa é a descrição da deusa Diana feita por R.N. Champlin. Esse renomado teólogo diz que a deusa Diana e a deusa Maria se confundem, o que torna difícil encontrar a diferença entre a “Diana dos efésios” e a “Maria dos efésios”. Em 431 d.C., a idolatria tornava a entrar pela porta de onde saíra: “Em Éfeso ela recebeu as mais altas honrarias. De acordo com uma inscrição existente no local, ela trazia estes títulos: Grande Mãe da Natureza, Patrocinadora dos Banquetes, Protetora dos Suplicantes, Governanta, Santíssima, Nossa Senhora, Rainha, a Grande, Primeira Líder, Ouvidora...”2 (grifo do autor).
A ascensão de Maria Segundo o catolicismo, “finalmente, a Imaculada Virgem, preservada imune de toda mancha da culpa original, terminado o curso da vida terrestre, foi assunta em corpo e alma à glória celeste. E para que mais plenamente estivesse conforme a seu Filho, Senhor dos senhores e vencedor do pecado e da morte, foi exaltada pelo Senhor como Rainha do universo. A assunção da Virgem Maria é uma participação singular na ressurreição de seu Filho e uma antecipação da ressurreição dos outros cristãos”.3 Qualquer conhecedor
das Escrituras fica aborrecido diante de tamanha distorção. A
humilde camponesa de Belém, que singelamente aceitou sua missão de ser
a mãe de Jesus, foi, ao longo dos séculos, transformada em uma
divindade pagã. Em toda a Bíblia,
a figura de Maria não recebe qualquer posição especial com relação
a Jesus ou ao plano de salvação: • Jesus não a
chamava de mãe, mas de mulher (Jo 4.4; 19.26); • Aos que a
definiram como sua mãe Ele fez questão de mostrar que seus familiares
são os seus seguidores (Mt 12.46-50); • Quando quiseram
atribuir alguma honra a Maria pelo fato de ter dado à luz a Jesus, Ele
fez questão de mostrar que há honra maior em obedecer a Deus (Lc
11.27-28); • Nenhum dos apóstolos
fez qualquer menção a ela, seja Paulo, Pedro, Tiago, João ou Judas. Mas quando olhamos
para o marianismo, não vemos apenas uma ascensão física, mas uma
ascensão de importância que vem, através dos séculos, transformando
a mãe de Jesus na figura central do Catolicismo e, conseqüentemente,
da fé popular. Como isso foi possível?
Como a Igreja Católica pôde transformar uma figura que não recebeu
nenhum destaque no Novo Testamento na peça mais importante de sua
religião? Como essa igreja conseguiu, em nome do Cristianismo,
desobedecer ao mandamento tão claro: “Não terás outros deuses
diante de mim?” (Êx 20.3). A tolerância, no entanto, é uma faca de
dois gumes que, se exagerada, pode permitir que uma virgem se torne uma
meretriz: “Mas tenho contra ti que toleras a Jezabel, mulher que se
diz profetisa. Com o seu ensino ela engana os meus servos, seduzindo-os
a se prostituírem e a comerem das coisas sacrificadas aos ídolos”
(Ap 2.20). Quando os verdadeiros crentes precisaram tomar uma atitude
mais severa, eles se calaram e a conseqüência disso foi a forte
idolatria que se camuflou com o título de cristianismo. Assim, com o
passar dos anos Maria foi acumulando títulos, adquirindo mais prestígio
do que a própria Trindade. Além da conhecida designação de “Nossa Senhora”, ela recebeu outras nomeações, como Medianeira, Imaculada (sem pecado), Mãe dos Homens, Mãe da Igreja, Rainha dos Céus, Co-redentora etc. A força de seu culto supera qualquer outro movimento dentro do Catolicismo A mariolatria continua A devoção às deusas do catolicismo cresceu nas últimas décadas e continua crescendo. Por meio de abaixo-assinado na internet para pressionar o papa João Paulo II a conceder a Maria de Nazaré o que os católicos chamam de “Quinto Dogma”, cinco milhões de assinaturas já foram levantadas. O “Quinto Dogma”, título oficial de co-redentora da humanidade, confere posição de quarta pessoa da trindade.
O
movimento que busca essa “conquista” chama-se Vox Populi Mariae
Mediatrice e é liderado pelo “teólogo” Mark Miravalle,
professor da Universidade Franciscana de Steubenville, no estado de
Ohio, EUA. Pelo menos 500 bispos e 42 cardeais já assinaram o
abaixo-assinado, conforme matéria publicada pela revista Tudo em
setembro de 2001. O papa atual foi e
é um dos grandes fomentadores desse culto idólatra. O lema de seu brasão
de pontificado, Totus tuus, significa sua entrega total a Maria.
Sua primeira viagem, 13 dias após a eleição, foi a um santuário
mariano nas proximidades de Roma. Desde então, o papa não perde a
oportunidade de reafirmar seu culto à mãe de Jesus e de lembrar que
foi “Nossa Senhora de Fátima” quem o salvou do atentado a tiros que
sofreu em 1981. No século XX,
foram registradas em todo o mundo cerca de 200 supostas aparições da
virgem Maria. Os dogmas da imaculada conceição e da assunção de
Maria, proclamados no século XIX, colaboraram para todo esse
entusiasmo. Lamentamos o fato de que a humilde Maria não tem nenhuma culpa em toda essa idolatria cometida em seu nome. Com certeza, as rezas, os cânticos, os sacrifícios e as promessas não vão para ela que, assim como os demais servos do Senhor, também está aguardando a ressurreição dos mortos.
A história do O concílio de Éfeso não instituiu a adoração a Maria, apenas sancionou-a. Até então se tratava de um sentimento religioso popular. Depois disso, passou a ser matéria teológica. Pior que uma prática idólatra permitida é uma prática idólatra teologicamente defendida. E foi justamente isso que esse concílio significou para o cristianismo: o passaporte de entrada da deusa Diana para dentro da Igreja Cristã. Hoje,
fala-se muito do concílio de Éfeso como “uma questão cristológica”.
O que estava em jogo não era se Maria deveria ser chamada de mãe de
Deus ou não, mas se o Filho nascido dela possuía apenas a natureza
humana ou as duas naturezas: a humana e a divina. O resultado positivo
foi o estabelecimento da natureza hipostática de Cristo, verdadeiro
Deus e verdadeiro homem. Mas a deturpação
veio de carona. Todo o ambiente que cercou esse Concílio foi repleto de
intrigas, corrupções, ódios e idolatria, mais especificamente
idolatria mariana. O historiador Edward Gibbon referiu-se ao concílio
de Éfeso como um “tumulto episcopal, que na distância de treze séculos
assumiu o venerável aspecto de Terceiro Concílio Ecumênico”.4
Nestor, patriarca
de Constantinopla, se recusava a conferir o título de “Mãe de
Deus” a Maria. “Na Síria, a escola de Nestor tinha sido ensinada a
rejeitar a confusão das duas naturezas, e suavemente distinguir a
humanidade de seu mestre Cristo da divindade do Senhor Jesus. A bendita
virgem era honrada como a mãe do Cristo, mas os seus ouvidos foram
ofendidos com o irrefletido e recente título de Mãe de Deus, que tinha
sido insensivelmente adotado desde a controvérsia ariana. Do púlpito
de Constantinopla, um amigo do patriarca e depois o próprio patriarca,
repetidamente pregou contra o uso, ou o abuso, de uma palavra
desconhecida pelos apóstolos, não autorizada pela igreja, e que apenas
tendia a alarmar os tímidos”, diz Gibbon (grifo do autor). Cirilo, então
bispo de Alexandria, acusou-o de heresia e tratou rapidamente de
convencer Celestino, bispo de Roma, de seu ponto de vista. Para resolver
a questão, foi então decidido um Concílio Universal, sediado na
cidade de Éfeso, na Ásia Menor, que ficaria acessível tanto por mar
quanto por terra, para ambas as partes conflitantes. Cirilo usou todos os artifícios para persuadir o povo a tomar seu partido. Vejamos o que disse Gibbon a respeito: “O despótico primado da Ásia (Cirilo) dispôs prontamente de trinta a quarenta votos episcopais: uma multidão de camponeses e os escravos da Igreja foram derramados na cidade para sustentar com barulhos e clamores um argumento metafísico; e o povo zelosamente afirmou a honra da Virgem, de quem o corpo repousava dentro dos muros de Éfeso. O navio que havia transportado Cirilo de Alexandria foi carregado com as riquezas do Egito; e ele desembarcou um numeroso corpo de marinheiros, escravos e fanáticos, aliciados com cega obediência sob a bandeira de São Marcos e a mãe de Deus. Os pais e ainda os guardas do concílio estavam receosos devido àquele desfile esplendoroso de roupas guerreiras; os adversários de Cirilo e Maria foram insultados nas ruas ou destratados em suas casas; sua eloqüência e liberalidade fizeram um acréscimo diário ao número de seu aderentes... Impaciente com uma demora que ele
estigmatizou como voluntária e culpável, Cirilo anunciou a abertura do
Sínodo dezesseis dias após a Festa do Pentecoste. A sentença,
maliciosamente escrita para o novo Judas (isto é, Nestor), foi afixada
e proclamada nas ruas de Éfeso: os cansados prelados, assim que
publicaram para a igreja com respeito à mãe de Deus, foram saudados
como campeões, e sua vitória foi comemorada com luzes, cantos e
tumultos noturnos.
No quinto dia, o
triunfo foi obscurecido pela chegada e indignação dos bispos orientais
(do partido de Nestor). Em um cômodo da pensão, antes que ele tivesse
limpado o pó de seus pés, João de Antioquia tinha dado audiência
para Candidian, ministro imperial, que relatou seus infrutuosos esforços
para impedir ou anular a violenta pressa dos egípcios. Com igual violência
e rapidez, o Sínodo Oriental de cinqüenta bispos degradou Cirilo e
Memnon de suas honras episcopais; condenou, em doze anátemas, o mais
puro veneno da heresia apolinária; e descreveu o primado alexandrino
(Cirilo) como um monstro, nascido e educado para a destruição da
igreja. “Pela vigilância
de Memnon, as igrejas foram fechadas contra eles, e uma forte guarnição
foi colocada na catedral. As tropas, sob o comando de Candidian, avançaram
para o assalto; as sentinelas foram cercadas e mortas à espada, mas o
lugar era inexpugnável; os sitiantes retiraram-se; sua retirada foi
perseguida por um vigoroso grupo; eles perderam seus cavalos e muitos
soldados foram perigosamente feridos com paus e pedras. Éfeso, a cidade
da virgem, foi profanada com ódio e clamor, com sedição e sangue; o sínodo
rival lançou maldições e excomunhões de sua máquina espiritual; e a
corte de Teodósio ficou perplexa pelas narrativas diferentes e
contraditórias dos partidos da Síria e do Egito. Durante um período
tumultuado de três meses o imperador tentou todos os meios, exceto o
mais eficaz, isto é, a indiferença e o desprezo, para reconciliar esta
disputa teológica. Ele tentou remover ou intimar os líderes por uma
sentença comum de absolvição ou de condenação; ele investiu seus
representantes em Éfeso com amplos poderes e força militar; ele
escolheu de ambos os partidos oito deputados para uma suave e livre
conferência nas vizinhanças da capital, longe do contagioso frenesi
popular. Mas os orientais se
recusaram a ceder e os católicos, orgulhosos de seu número e de seus
aliados latinos, rejeitaram todos os termos de união e tolerância. A
paciência do manso imperador Teodósio foi provocada, e ele dissolveu,
irado, este tumulto episcopal, que na distância de treze séculos
assumiu o venerável aspecto de Terceiro Concílio Ecumênico. ‘Deus
é minha testemunha’, disse o piedoso príncipe, ‘que eu não sou o
autor desta confusão. Sua providência discernirá e punirá o culpado.
Voltem para suas províncias, e possam suas virtudes privadas reparar o
erro e o escândalo deste encontro’. “(...) os abades
Dalmácio e Êutico tinham devotado seu zelo à causa de Cirilo, o
adorador de Maria, e à unidade de Cristo. Desde o primeiro momento de
sua vida monástica eles nunca tinham se misturado com o mundo ou pisado
no chão profano da cidade. Mas neste terrível momento de perigo para a
igreja, seus votos foram superarados por um mais sublime e indispensável
dever. À frente de uma ordem de eremitas e monges, carregando archotes
em suas mãos e cantando hinos à mãe de Deus, eles foram de seus
mosteiros ao palácio do imperador”5 (grifo do autor). Longe de ser uma
disputa teológica, na qual a Palavra de Deus era o padrão da verdade,
essa foi uma guerra política, ocasião em que Maria foi proclamada a
“mãe de Deus”, iniciando uma ascensão que fez dela a deusa que é
hoje. Nem todas as
sutilezas teológicas produzidas pelo catolicismo terão poder de
inocentar os milhões apri-sionados na idolatria mariana. Nenhum longo
tratado, nenhuma citação da patrística e nenhuma alegação da tradição
serão suficientes para apagar dessas almas manchadas o envolvimento com
essas entidades que se intitulam “Senhoras”. São mais de quinze séculos
de práticas pagãs, justificadas por argumentos ilegítimos, tentando
tornar aceitável o inaceitável. Mas o fundamento de Deus permanece. “Não terás outros deuses diante de mim”, diz o Senhor. E muito menos deusas! Bibliografia “O
Novo Testamento interpretado versículo por versículo”. R.N.
Champlin, Candeia. “O
Apóstolo”. Sholem Asch. Companhia Editora Nacional. “Virgem
Maria”. Aníbal Pereira dos Reis. Edições Caminho de Damasco. Decline
and Fall of Roman Empire.
Edward Gibbon. Encyclopaedia Britannica. INC.
Vol II Revista
“Tudo”. Setembro/2001 A
História da Civilização – Nossa Herança Oritental.
Will Durant, Ed.
Record. Vol I.
notas
1
O Apóstolo. Sholem Asch, pp.386-387. 2
Revista Super Interessante de agosto 1988. número 8, ano 2. 2
O Novo Testamento Interpretado versículo por versículo. R.N.
Champlin. Candeia, p .431. 3
CIC, p. 273, item 966. 4
Declínio e Queda do Império Romano. Vol
II. 5 Decline and Fall of Roman Empire. Edward Gibbon. Encyclopaedia Britannica. INC. Vol II, pp. 140-142. A Adoração à Virgem Maria e às Deusas PagãsO profeta Jeremias repreendeu os israelitas por estarem adorando a Rainha dos Céus. O catolicismo romano atribui o título de Rainha dos Céus à Virgem Maria. Esse termo tem origem bíblica ou pagã? Saiba como a adoração às deusas é um denominador comum em muitas religiões e poderá ser usado para uni-las em um futuro próximo.
Vejamos Jeremias 7:18, "Os filhos apanham a lenha, e os pais acendem o fogo, e as mulheres preparam a massa, para fazerem bolos à rainha dos céus, e oferecem libações a outros deuses, para me provocarem à ira." (Veja também Jeremias 44.)Poderia a Nossa Senhora católica (Maria, a mãe física de Jesus), descrita no artigo da revista Time como a "Rainha dos Céus" ser a mesma "Rainha dos Céus" que estava provocando Deus à ira e ao julgamento descrito em Jeremias 7:18? Primeiro, vamos examinar a antiga Rainha dos Céus. A maior parte destas informações foram extraídas do livro The Two Babylons (As Duas Babilônias), de Alexander Hislop, publicado em 1917. Hislop rastreou a adoração babilônica da Rainha dos Céus até os dias após a morte de Ninrode. A data exata desse acontecimento não é conhecida exatamente, mas parece ser aproximadamente 400 anos após o dilúvio. Após a morte de Ninrode, sua mulher, a rainha Semíramis, decidiu reter seu poder e suas riquezas. Ela inventou a estória de que a morte de Ninrode foi para a salvação da humanidade. Ninrode foi propagandeado como "a semente prometida da mulher, Zero-ashta, que estava destinado a esmagar a cabeça da serpente, e ao fazer isso, teria seu calcanhar ferido." (pg 58-59). Podemos ver claramente que essa estória é uma falsificação da profecia referente a Jesus Cristo. Para permitir que o povo babilônico adorasse melhor essa criança , foi criada uma gravura entalhada em madeira, retratando-a nos braços da mãe. A mãe, obviamente, obteve sua glória a partir do filho divinizado. No entanto, "no longo prazo, a adoração à mãe praticamente ofuscou a adoração ao filho". A figura original obviamente destinava-se a ser meramente "um pedestal para a proteção do filho divino.... Entretanto, embora esse tenha sido o plano, é um princípio simples em todas as idolatrias que aquilo que mais apela aos sentidos acaba deixando as mais poderosas impressões" (pg 74). Assim, a mãe deixou a mais poderosa impressão visual, pois era uma pessoa adulta e estava vestida de forma magnificente.Quando as pessoas começaram a adorar a mãe mais do que o filho, os sacerdotes babilônicos sentiram-se forçados a publicar um edito para divinizá-la também. Após a passagem de muito tempo, "o nascimento do filho foi declarado miraculoso e, portanto, a mãe foi chamada de ... Virgem Mãe" (pg 76). "Ela recebeu os títulos mais elevados. Foi chamada de Rainha dos Céus. No Egito, era Athor, isto é, a Habitação de Deus, para significar que nela habitava toda a "plenitude da divindade" (pg 77). A partir dessa origem pagã, a estória da Virgem Mãe, a Rainha dos Céus, alastrou-se por todo o mundo.
Martin não especifica o que quer dizer com a expressão "a Pomba está livre"; claramente, no entanto, pode estar referenciando a representação comum da Virgem Mãe. Portanto, ele está dizendo que a adoração antiga à Virgem Mãe pagã está agora solta no mundo. Ainda mais tarde na antiga Babilônia, a adoração à Virgem Mãe e seu símbolo, a Pomba, "a identificaram com o Espírito de toda a graça... o Espírito Santo" (pg 79). Assim, a trindade pagã é Deus o Pai, o Filho e a Virgem Mãe. De fato, a Igreja Católica Romana fez a mesma afirmação, conforme Hislop observou, no século XIX (pg 83). Hislop conclui então, "A Nossa Senhora de Roma... é simplesmente a Nossa Senhora da Babilônia. A Rainha dos Céus em um sistema é a mesma Rainha dos Céus no outro" (Ibidem). Observe a rápida difusão dessa falsa doutrina da Virgem Mãe por todo o mundo conhecido. Ela era adorada em Roma, na Grécia, na Babilônia, na China, no Japão e no Tibete, com diferentes nomes. . Mas, o resto da estória é a adoração comum da Nossa Senhora Negra. Qual Nossa Senhora Negra, você pergunta? A Maria de Jesus é branca, ou tem uma cor amarela pálida, mas certamente não é negra. Certo? Errado!! O catolicismo romano revertou à adoração da Madona Negra na maioria dos países em todo o mundo. Esse artigo da Time diz que um dos santuários mais visitados do mundo é o da Nossa Senhora Negra em Czestochowa, na Polônia. Logicamente, o papa João Paulo II é polonês. Kathleen O´Hayes, do National Christian Research, diz em sua fita sobre a vindoura Aparição Mariana global que o papa João Paulo II considera-se o "escravo" da Madona Negra. Kathleen diz também que a Igreja Católica colocou a Polônia sob a proteção dessa Nossa Senhora Negra nos anos 50. Esse desenvolvimento é de enorme significado no nosso estudo de como as principais religiões do mundo poderão ser atraídas a uma Religião Mundial em um futuro próximo. O primeiro lugar a olhar é a Antiguidade. Em seu livro The Two Babylons, Alexander Hislop observa a prevalência da adoração de um deus negro ou uma deusa negra, em todo o mundo conhecido. "... o grande deus Buda geralmente é representado na China como um negro..." (pg 57) "No Egito, o belo Hórus, o filho do negro Osíris, que era o objeto favorito de adoração." (pg. 69) "É incrível verificar em muitos países distantes e separados uns dos outros, e entre milhões de pessoas atualmente... a adoração a um deus negro." (Ibidem) "... A Virgem na Catedral de Argel é uma negra...." (Introdução de Donald Gray Barnhouse) Agora que estabelecemos que a adoração de deidades negras há muito tempo é parte integral do paganismo, e que essa prática estendeu-se à Virgem Maria, vamos examinar como a adoração da deusa negra no catolicismo romano está criando uma ponte comum em todo o mundo pagão. Vejamos agora os escritos da Nova Era para esta parte do estudo. Peter Lemesurier, em seu livro repleto de blasfêmias The Armageddon Script [O Roteiro do Armagedon], escreve entusiasticamente sobre a adoração à Grande Mãe Terra. Ele escreve como se fosse um astronauta em uma nave espacial em órbita em torno do planeta. "Ao darem a volta no estéril globo lunar pela última vez, e a resplandente meia-Terra novamente aparecer atrás daquele agora familiar e rochoso horizonte curvo, o que eles viram sair para encontrá-los era estranhamente familiar. Uma imagem direta da memória racial. Uma deusa do mundo dos arquétipos. Não era ninguém menos que a Grande Mãe, a própria Terra, vestida com os mesmos mantos floridos azul e branco que tinham sido das deusas-mãe da Terra e do céu em toda a história humana - e não menos que sua mais recente deusa-mãe, a própria Virgem Maria...." [pg 245-46] Peter Lemesurier, um adorador pagão, não tem dificuldades em reconhecer a verdade que a adoração à Virgem Maria é a mesma idolatria pagã antiga. Portanto, os pagãos não-cristãos de todo o mundo terão pouca dificuldade em aceitar a adoração à Virgem Mãe do catolicismo romano. Outra autora de Nova Era, China Galland, uma budista americana, escreveu um livro muito revelador intitulado Longing for Darkness. Ela estabelece entusiasticamente a semelhança entre a Virgem Maria e outras deusas pagãs. "Durga, a rainha guerreira... era a única que podia restaurar a harmonia e deixar o mundo em paz... os deuses cantavam louvores a ela, chamavam-na Rainha do Universo..." Lembre-se que a revista Time, citada anteriormente, informa que um dos nomes pelos quais a Virgem Maria é conhecida é Rainha do Universo. Galland continua: "Fui encontrar a divindade budista Tara, mas em vez disso, encontrei a deusa Durgan e Káli.... Káli, aquela que dá a vida e a morte, o princípio e o fim do tempo. Ela era uma deidade de proporções similares a de Deus, o Pai, no cristianismo. O fato de Káli ser negra e mulher trouxe minha formação católica para fora... Alguns dizem que ela é negra porque nessa cor todas as distinções estão dissolvidas, outros dizem que é negra porque é a noite eterna." (pg 27). Essas são duas deusas do hinduísmo. A deusa budista Tara foi o objeto do estudo de Galland, na viagem ao Extremo Oriente. Entretanto, ela ficou surpresa quando descobriu que existem textos hindus que descrevem Káli como Tara." (pg 30). Essa descoberta vincula o hinduísmo com o budismo. Mais tarde, ao voltar para os EUA, Galland descobriu outro livro de Nova Era intitulado Mother Worship (Adoração à Mãe), de Tara Doyle. Esse livro menciona o fenômeno da Madona Negra na Suiça. Ela escreve, "Não lembrava que existiam divindades femininas negras no cristianismo. Pensava que eram exclusivas de religiões como o hinduísmo e o budismo. Não podia lembrar de virtualmente nada sobre uma Madona morena ou negra, apesar de meus anos de formação católica na infância... Um artigo na revista Newsweek chamou minha atenção. A Virgem Maria estava aparecendo na casca das árvores na Polônia. Fiquei intrigada... Parecia que o fenômeno era similar ao que eu tinha informado sobre Tara... Fiquei me perguntando o que estava acontecendo com o espírito do mundo, pois existiam ocorrências de deidades femininas que literalmente apareciam nas rochas e nas árvores tanto no Oriente quanto no Ocidente. Essa simultaneidade era simbolicamente importante..." (pg 49-50) Posteriormente, Galland perguntou a um mestre budista sobre a conexão entre essas aparições. "Mostrei-lhe o artigo da revista sobre a aparição da Madona na casca das árvores na Polônia... [ele respondeu] que era muito similar ao que estamos falando aqui. Existem muitas ocorrências disso no budismo tibetano. Chamamos o fenômeno de rangjung, que significa auto-aparição... Essas coisas aparecem por causa do poder e das bênçãos de seres iluminados. Esses seres operam por meio do poder da substância mental e o poder da concentração..." (pg 65-66). Galland descreve seu último encontro com o Dalai Lama. Quando ela lhe perguntou sobre a aparição da Mãe Bendita nas cascas das árvores na Polônia, ele concordou que esse era o mesmo fenômeno conhecido pelos budistas como rangjung. (pg 95) Não devemos nos surpreender que Satanás esteja fazendo deidades femininas aparecerem em todo o mundo neste momento da história. Se estamos realmente no final dos tempos, então é hora de Satanás unificar sua igreja, conforme está profetizado no Apocalipse. Galland continuou seu estudo sobre a adoração da deusa negra, participando de um seminário sobre a Madona Negra ministrado por outro autor de Nova Era, Gilles Quispel, um professor de História da Religião na Universidade de Utrecht. Ela informa, "Para Quispel, a Nossa Senhora Negra tem um papel psíquico crucial, que ele descreveu em termos jungianos como símbolos da terra, da matéria, o feminino no homem e o ego [o eu próprio] na mulher.... A não ser que os homens e as mulheres tomem consciência de sua imagem primitiva da Nossa Senhora Negra, e a integrem dentro de si mesmos, a humanidade não poderá resolver os problemas do materialismo, do racismo e da emancipação feminina..." (pg 51). Essa afirmação é inacreditável, totalmente pagã e de Nova Era. O que Quispel está dizendo é que a Nossa Senhora Negra é um elemento tão básico e fundamental nos recônditos da mente de todos os homens, que é a única resposta às suas necessidades mais críticas. Somente quando todas as pessoas reconhecerem e adorarem a Nossa Senhora Negra é que poderá haver verdadeira paz e unidade neste mundo. O mundo esta caminhando para a Nova Ordem Mundial que foi estabelecida oficialmente em 1 de maio de 1776, quando um ex-sacerdote jesuíta, Adam Weishaupt, fundou os Mestres dos Iluministas. Veja como Galland continua, "... Santo Inácio de Loyola deu sua espada à Nossa Senhora Negra de Montserrat, na Espanha, tornou-se um sacerdote e fundou a Ordem dos Jesuítas..." (pg 52). Essa informação inacreditável vincula a adoração da Nossa Senhora Negra à ordem dos Mestres dos Iluministas, fundada por um ex-jesuíta. Tanto a adoração à Nossa Senhora Negra quanto a Ordem dos Jesuítas são totalmente católicas romanas. No entanto, Galland ainda faz mais revelações inacreditáveis em seu livro Longing for Darkness. Algum tempo após ter recebido revelações do seu mestre budista sobre a Madona Negra, ela estava praticando meditação budista. "... enquanto eu estava sentada, Cristo começou a aparecer na minha meditação, depois Maria... começei a ver Cristo e a visualizá-lo atrás de mim. Eu o aceitei na minha prática. Quando continuei com as meditações diárias, Maria gradualmente tomou lugar à minha esquerda, o Buda à minha direita... Maria e Jesus eram minhas testemunhas no início; depois, com o tempo, tornaram-se amáveis amigos. A divindade budista Tara estava sempre diante de mim." (pg 67-68) Essas meditações mostram claramente como Satanás está movendo as várias religiões falsas neste final dos tempos. China Galland foi visitada em suas meditações budistas ocultistas por três demônios que fingiam ser Jesus Cristo, a Virgem Maria do catolicismo romano e a deusa budista Tara. Milhões de outras pessoas que praticam meditações de Nova Era similares estão também sendo enganadas. Não se engane sobre isto: Satanás está procurando unificar todas as religiões do mundo. Essa adoração à deusa vincula aproximadamente 75% da população mundial (Informações tiradas do "Almanac 1991".)
Embora no islamismo a Virgem Mãe não seja adorada, o artigo da revista Time mencionado anteriormene diz, "Até o Alcorão louva a castidade e a fé da Virgem Maria" (pg 62) * Protestantes: 351 milhões Até mesmo os protestantes liberais estão modificando suas opiniões sobre Maria. O artigo de Time diz, "O téologo John MacQuarrie, da Igreja Anglicana, propôs a revisão de dogmas como a Ascensão de Maria aos céus... O teólogo Donald Bloesch, da Universidade de Dubuque diz que os colegas protestantes conservadores 'precisam ver Maria como santa e como mãe da igreja'. Convergências similares ocorrerão em fevereiro de 1992, quando negociadores católicos e luteranos nos EUA anunciarão um acordo, que está há vários anos em gestação, sobre o papel de Maria." (pg 66) Neste ponto, temos um total potencial de seguidores nessas falsas religiões de 4 bilhões e 500 milhões de pessoas. * Finalmente, a adoração à Virgem Mãe está atraindo muitas feministas do Movimento de Nova Era. O artigo da revista Time diz claramente, "Quando João Paulo foi sagrado bispo em 1958, ... escolheu como seu moto a expressão latina Totus Tuus (Tudo Teu) - referindo-se à Maria, não a Cristo.... João Paulo tornou o poder unificador de Maria o centro do seu arsenal papal... Embora o papa exalte Maria por sua submissão, é em relação à Deus, não à sociedade machista..." (pg 64-65). O impacto dessa posição tem sido muito importante nos círculos feministas. "Jane Schaberg, chefe do Departamento de Religião na Universidade de Detroit, EUA... defende a opinião que Maria, antes do casamento com José, estava grávida de outro homem, e era uma mulher liberada, que não se deixava identificar ou destruir em seus relacionamentos com os homens." O artigo continua, "... essa noção do poder feminino sobrenatural é tentadora... Está havendo um grande interesse nas pesquisas sobre deusas e divindades femininas como um antecedente ao deus masculino... O judaísmo e o cristianismo têm sido exclusivamente machistas, deixando um vazio que requer uma divindade feminina." (pg 65-66). Assim, você pode ver o tremendo poder de atração que a Virgem Maria, especialmente a Nossa Senhora Negra, tem sobre as várias religiões do mundo. Satanás implantou engenhosamente a adoração similar a uma deusa em muitas falsas religiões do mundo. Incrivelmente, ele conseguiu até corromper o cristianismo com o ensino católico romano sobre Maria, a mãe de Jesus. traduzido por Jeremias RDP dos Santos. Pr. João Flávio & Presb. Paulo Cristiano
TRANSUBSTANCIAÇÃO PODEMOS CRER NISSO ?
por Paulo Cristiano da Silva
INTRODUÇÃO
A eucaristia é um dos sete sacramentos da Igreja Católica. Segundo o dogma católico, Jesus Cristo se acha presente sob as aparências do pão e do vinho, com seu corpo, sangue, alma e divindade, isto é o que geralmente se entende por “Transubstanciação”. A ceia do senhor foi celebrada na forma original por doze séculos, mas no ano de 1200 a Igreja Católica substituiu o pão pela hóstia. A Ceia Cristã sofreu nova agressão quando do Concílio de Latrão em Roma, anos 1215-16, o papa Inocêncio III deturpou as palavras figuradas de Cristo "Isto é meu corpo e isto é meu sangue” criando o dogma da Transubstanciação. No ano 1414-15, no Concílio de Constança o papa João XXIII, retirou o vinho da cerimônia e as Igrejas passaram a servir aos fiéis somente a hóstia. O Concílio De Trento, ano 1551, deu o golpe final contra a Ceia do Senhor, definindo e aprovando o dogma da Transubstanciação. A partir desse Concílio, qualquer sacerdote católico, como num passe de mágica, transforma o trigo, vinho e água em carne, ossos, sangue, nervos, cabelos, alma e divindade de Cristo tudo dentro de uma pequena hóstia. A palavra "eucaristia" significa ação de graças, até hoje os teólogos católicos discordam entre si sobre a aplicação desse termo no "santíssimo sacramento" A tradição da Igreja Católica além de tropeçar nas metáforas e figuras da Bíblia na questão da eucaristia, que por si mesma, já é uma aberração teológica, consegue embutir nela mais algumas heresias, quais sejam: ministração de apenas um só dos elementos aos fiéis (hóstia); essa mesma doutrina diz preservar dos pecados o comungante e também tem o poder de ajudar os mortos e...pasmem....ELA, A HÓSTIA, PODE SER ADORADA!!! Tais Heresias não tem o mínimo fundamento bíblico, entretanto, é de vital importância dentro da dogmática do catolicismo romano e por isso ainda está de pé. É preciso salientar ainda que a confecção da hóstia teve sua origem no paganismo, onde, de modo vergonhoso, foi plagiada e entrou para o bojo doutrinário da igreja romana. É algo impar, toda especial, fabricada com trigo, sempre redonda, e quando na época da festa de Corpus Christi, o “Santíssimo Sacramento” é levado às ruas em procissão dentro de uma patena de ouro representando um sol. Nisto se pode constatar uma flagrante analogia com as religiões pagãs da antiguidade. Conta-se que a deusa Ceres era adorada como a “descobridora do trigo”, era representada com uma espiga de trigo nas mãos que correspondia à deusa Mãe e seu filho. O filho de Ceres que se encarnara no trigo era o deus Sol. Compare com a doutrina católica que transformara Jesus num pedaço de pão de trigo no formato arredondado do sol cujo ostensório também tem um desenho com raios solares.
PORQUE SÓ A HÓSTIA ?
O estudante de história eclesiástica sabe perfeitamente que nenhuma doutrina católica advinda da chamada “Tradição Oral”, pode ser substanciada, quer na história dos primeiros séculos da igreja; quer na Bíblia! Nesta última, muito menos... Os apóstolos seguiram o costume bíblico de ministrar a ceia sob os dois emblemas: pão e vinho. A igreja pós-apostólica também seguiu o mesmo exemplo como vemos analisando as obras patrística dos primeiros séculos. Os católicos precisam rodear e florear suas explicações para explicar o fato de o sacerdote dar apenas um dos emblemas (pão) ao fiel, o que é uma clara desobediência ao mandamento do mestre. Jesus foi taxativo ao dizer “bebei dele TODOS”, esta ordem de fato não se pode cumprir na Igreja Católica. Por mais sofismas que inventem, a verdade continua inalterável, Jesus ou os apóstolos nunca mudaram o mandamento. Portanto, Jesus instituiu as duas espécies (Mateus 26:26-28), e os apóstolos seguiram I Co. 11:23-28. Isto só veio a ser mudado nos concílios de Constança e posteriormente reafirmado no de Trento. No entanto, voltamos a reafirmar que a ordem de Cristo foi mais que explícita: “Em verdade, em verdade vos digo: Se não comerdes a carne do Filho do homem, e não beberdes o seu sangue, não tereis vida em vós mesmos.Quem come a minha carne e bebe o meu sangue tem a vida eterna; e eu o ressuscitarei no último dia. Porque a minha carne verdadeiramente é comida, e o meu sangue verdadeiramente é bebida. Quem come a minha carne e bebe o meu sangue permanece em mim e eu nele.” João 6: 53-56 Este trecho das escrituras levou dois clérigos da igreja católica, Jacobel de Mysa e João de Leida (séc. XIV), a voltar ao princípio das duas espécies e logo se empenharam em espalhar isto na cidade de Praga, não demorou muito e logo toda a Boêmia se declarou a favor. Mais tarde João Huss, foi para a fogueira papal por defender essa doutrina bíblica. Ora, Jesus não fora foi explícito ao dizer que quem não bebe o seu sangue não tem parte com ele e não tem a vida eterna ? Isto não serviria como uma grande advertência aos católicos ? Não estariam correndo o risco de não terem parte na vida eterna ? Porque na prática não bebem do sangue como disse Jesus! Se as duas espécies fossem coisa de somenos importância, de certo Jesus teria instituído uma espécie apenas: somente o pão! É certo que as escrituras nunca fazem qualquer menção de que Cristo esteja com seu sangue embutido no pão. A linguagem usada é por demais contundente: comer e beber, pão e vinho, carne e sangue. A igreja romana tem alterado o mandamento original recusando-se a seguir o exemplo de Jesus e dos apóstolos e abandonado a prática de toda a igreja primitiva. Algo interessante que vem robustecer nossa tese é o caso da Igreja Ortodoxa, tão antiga quanto a romana, mas mesmo assim ainda preserva o costume bíblico de ministrar o pão e o vinho aos fiéis. Por outro lado, as igrejas evangélicas têm seguido a mesma prática instituída por Cristo sem alterações e por isso pode usufruir as bênçãos advindas dessas duas espécies, coisa que não se dá na igreja católica.
O QUE É DISCERNIR O CORPO DO SENHOR ?
Dentro da teologia existe uma disciplina chamada hermenêutica. O que é hermenêutica ? Em toscas palavras, hermenêutica nada mais é do que a ciência de interpretar textos antigos sendo uma das matérias de estudo no campo do Direito. Dentro do contexto teológico é a arte de interpretar a Bíblia. Dentre as inúmeras regras, a mais salutar e primordial de todas é a do exame do contexto. Vamos aplica-la aqui.O texto em lide reza:
“Porque quem come e bebe, come e bebe para sua própria condenação, se não discernir o corpo do Senhor.” I Co. 11:29
Entre os cristãos daquela época existia uma festa chamada “Festa Ágape” ou festas de amor (Judas 12). Era comum entre os cristãos celebrarem a ceia com esta refeição (esta prática perdurou até na época de Justino, o mártir) que era destinada a ajudar os pobres. Corinto era uma igreja problemática em termos de doutrinas (véu, dons espirituais, batismo, brigas, divisões e santa ceia). Os Coríntios não estavam discernindo o real objetivo de suas reuniões (v.17,18,20). Para eles aquilo era apenas uma festa como as demais festas mundanas da sociedade grega (Corinto era grega) da qual tinham vindo. Então, quando se reuniam, todos se embriagavam, (v.21) como faziam antes de se converterem e não discerniam que aquilo era muito mais que uma festa, era “em memória” de Cristo (v.25). Por isso as pessoas deveriam se examinar antes de tocar no pão e no cálice (v.28), pois correriam o risco de tomar a ceia de modo indigno, fora do propósito para qual fora estabelecida, ou seja, para a comunhão e não divisão dos fieis (v.18). Isto é o que Paulo queria dizer com discernir o corpo do Senhor. Não há nada que insinue no texto a herética doutrina da “Transubstanciação”. O contexto quando analisado honestamente não comporta tal idéia. Qualquer conclusão que passar disso é falsa! OS DISPARATES DESSA DOUTRINA
Ensina a teologia católica a transubstanciação (alteração de substância) durante a eucaristia. Após a consagração dos elementos, pão e vinho, recitada pelo padre, as palavras de Cristo, “isto é o meu corpo” e “isto é o meu sangue”, misteriosamente o pão se transforma na carne de Cristo e o vinho no seu sangue. Levando as palavras de Cristo a um literalismo irracional, dizem ser o pão o próprio corpo de Cristo presente na hóstia (depois dizem que nós é que somos fundamentalistas e interpretamos a Bíblia ao pé da letra!!!). Esta doutrina é baseada principalmente na perícope do evangelho de João 6:53. Contudo, daremos algumas razões de o porque rejeitarmos esta doutrina como errônea e perigosa.
1. Se na frase “isto é o meu corpo” o verbo “é” implica a conversão literal do pão no corpo de Cristo, segue-se igualmente que nas palavras “Eu sou o pão da vida”(6:35) o verbo “sou” deve implicar igual mudança, ensinando-nos que Cristo se converte no pão, de modo, que se o primeiro é uma “prova” da transubstanciação, o segundo demonstra necessariamente o contrário; se o primeiro demonstra que o pão pode converter-se em Cristo, o segundo demonstra que Cristo pode converter-se em pão, o que é um verdadeiro absurdo, mas é isto o que a lógica desta filosofia nos leva a concluir! 2. Se acreditarmos que neste episódio Jesus estava se referindo a eucaristia então forçosamente ninguém pode se salvar sem o sacramento e todo o que o recebe não pode se perder. Seria sempre necessário o fiel se comungar para não perder a benção da vida eterna. E aqueles que não podem toma-la ? Estariam destinados ao inferno ? Crêem os católicos que todo aquele que comunga tem a vida eterna ? Pois Jesus disse que sem exceção, “todo aquele” que comesse a sua carne teria de fato a vida eterna. E o que dizer então daqueles que bebem indignamente (I Coríntios 11:28) ? Tal é a contradição e confusão que nos mostra tão descabida teoria se levada ao pé da letra. 3. Este ponto já foi tratado acima, mas vamos reforça-lo aqui. Ora, se tomadas literalmente estas palavras o beber o sangue é tão importante quanto o comer a sua carne, em outras palavras é tão necessário comer o pão (hóstia) como beber o cálice. E porque então o padre nega-lhes este direito desobedecendo a Bíblia ?
ANALISANDO JOÃO 6
Um erro crasso é ignorar propositalmente o contexto bíblico de uma passagem. Este método tem criado muita confusão e gerado muitas heresias. Pois se não levarmos em conta o contexto, isolando por completo a passagem, podemos distorcer a palavra de Deus, defendendo qualquer ponto de vista, criando inúmeros tipos de doutrinas e levando milhares de pessoas ao erro. Por exemplo, os espíritas se apegam ao texto de João 3:3 para ensinar a reencarnação, os mórmons acreditam que há salvação após a morte baseando-se para isso em I Pedro 3:19, já as Testemunhas de Jeová, afirmam que não vamos para o céu numa interpretação toda tendenciosa de Salmos 37:9. E assim são os adventistas, a Nova Era, Reverendo Moon Ad infinitun... Nenhuma delas respeita o contexto. Já dizia aquele velho adágio: “Tirar um texto fora do contexto é um pretexto” Pretexto pra que ? Simplesmente para apoiar nossos pontos de vistas preconcebidos sem respaldo bíblico. foi exatamente isto que o diabo fez com Cristo quando citou as escrituras (Mateus 4:6). A igreja católica não constitui exceção! Diz o padre Alberto Luiz Gambarini em seu livro “Quem fundou sua igreja ?” na pág. 46 o seguinte: “Jesus não deixou dúvidas quanto a esta questão: a eucaristia ou ceia não é uma mera lembrança, e sim a presença por inteiro de Jesus Cristo”. Pois bem, vamos analisar esta questão dentro de seu contexto imediato, pois tais palavras tomadas isoladamente e sem explicação podem ter um sentido, mas dentro do seu respectivo contexto, levando em consideração a aplicação que o Senhor lhes deu, tem outro sentido bem distinto!
“Respondeu-lhes Jesus: Em verdade, em verdade vos digo que me buscais, não porque vistes sinais, mas porque comestes do pão e vos saciastes. Trabalhai, não pela comida que perece, mas pela comida que permanece para a vida eterna, a qual o Filho do homem vos dará; pois neste, Deus, o Pai, imprimiu o seu selo.” João 6:26,27
Estas palavras deram princípio ao discurso e são elas a chave para compreendermos o sentido exato e a razão do por que Jesus usar a figura de “comer” e “beber”. A única dificuldade que há para a compreensão deste discurso de Jesus provém de não se ter em conta a figura que lhe deu origem, qual seja, que os judeus seguiam Jesus por causa do milagre dos pães, por causa do alimento material. Ao contrário, Jesus elucida que a comida que ele tem é algo maior: “Trabalhai, não pela comida que perece, mas pela comida que permanece para a vida eterna, a qual o Filho do homem vos dará” Então os judeus apelam para o episódio do maná que desceu do céu. Jesus explica que o verdadeiro pão não era o maná, mas que o pão verdadeiro é outro, o próprio Cristo. Então disseram os judeus: “Senhor, dá-nos sempre desse pão.” . Percebemos até aqui que os judeus não estavam entendendo sua mensagem e interpretava-o de modo literal assim como os católicos fazem. Jesus então explica que o sentido era simbólico/espiritual e não literal: “Eu sou o pão da vida; aquele que vem a mim, de modo algum terá fome, e quem crê em mim jamais terá sede.” Este verso é muito importante pois ele nos explica que comer a carne e beber o sangue dele é somente crer nele, ter fé nele, recebe-lo nada mais que isso. Isto de fato é o que significa o alimento do seu corpo “Porquanto esta é a vontade de meu Pai: Que todo aquele que vê o Filho e crê nele, tenha a vida eterna”. Jesus rechaça qualquer tipo de confusão quanto a isso quando arremata: “O espírito é o que vivifica, a carne para nada aproveita; as palavras que eu vos tenho dito são espírito e são vida” Jesus estava falando espiritualmente, não fisicamente. Ele estava explicando que toda vida vem através da fé nele, e não comendo o seu corpo. Então como explicar este verso ? “e o pão que eu darei pela vida do mundo é a minha carne.” Será que com isto Jesus não estava ensinando sobre a eucaristia, quando os seus seguidores iriam alimentar-se dele através da hóstia num tempo futuro? Não, não necessariamente. A Bíblia ensina sem sombra de dúvidas que a vida eterna viria através de sua morte na cruz, dando seu corpo, isto é, sua carne para ser sacrificada. Isto está em perfeita concordância com o resto das escrituras, veja como o apóstolo Paulo entendeu isto: Efésios 2:14 “Porque ele é a nossa paz, o qual de ambos os povos fez um; e, derrubando a parede de separação que estava no meio, na sua carne desfez a inimizade”. Especialmente Colossenses 1:20,22 nos diz que o sangue e a carne de Cristo é realmente o que ele deu ao mundo para alcançarmos vida eterna, veja “e que, havendo por ele feito a paz pelo sangue da sua cruz, por meio dele reconciliasse consigo mesmo todas as coisas, tanto as que estão na terra como as que estão nos céus. agora contudo vos reconciliou no corpo da sua carne, pela morte, a fim de perante ele vos apresentar santos, sem defeito e irrepreensíveis,” e “pelo caminho que ele nos inaugurou, caminho novo e vivo, através do véu, isto é, da sua carne” . A conclusão a que chegamos lendo o contexto é que o “alimentar-se” de Jesus (seu corpo) através da sua carne e sangue é a mesma figura de linguagem que Ele utilizou em João 4:14. A bebida e a comida eram espirituais, tanto é, que quando os discípulos entenderam de modo literal Ele prontamente corrigiu-os explicando que “O espírito é o que vivifica, a carne para nada aproveita; as palavras que eu vos tenho dito são espírito e são vida” . O “alimentar-se” de Cristo seria “crer nele”, quando então o pai daria seu corpo na cruz para ser sacrificado por nossos pecados.
LEMBRANÇA OU PRESENÇA REAL ?
“Isto é o meu corpo que é entregue por vós; fazei isto em memória de mim” I Cor. 11:24
“Isto é o meu corpo” é a ladainha católica repetida na teologia eucarística que por osmose vai se firmando no conceito católico. Não há algo mais claro nessa passagem do que a verdade de que aquilo era realmente o corpo de Cristo,dizem os católicos. Não precisamos esforçar-nos muito para desmantelar tão descabida exegese, basta recorrer ao contexto. Ora, é importante a fim de que possamos entender a questão em pauta, ter em vista que Jesus instituiu a santa ceia na ocasião que estava comendo a ceia pascoal, sem dúvida ele recordava de que aquela páscoa foi instituída para comemorar a saída dos israelitas do cativeiro do Egito, pela aspersão do sangue do cordeiro. O pão que Ele tomou e abençoou e deu aos discípulos era o pão pascoal. Muitos católicos dizem que Jesus não comeu aquele pão mas tal assertiva se mostra falsa quando lemos que Jesus iria comer realmente aquela comida, veja; “e Jesus enviou a Pedro e a João, dizendo: Ide, preparai-nos a páscoa, para que a comamos. E direis ao dono da casa: O Mestre manda perguntar-te: Onde está o aposento em que hei de comer a páscoa com os meus discípulos?” Lucas 22:8-11 Todas as suas ações e palavras tinham alguma relação com a antiga páscoa. Tendo isto em vista devemos procurar na antiga festa uma explicação para a santa ceia que Ele iria substituir, pois Ele, Jesus, é a nossa páscoa (I Cor. 5:7) ! Quando Moisés (o tipo de Cristo) instituiu a páscoa, mandou comer a carne e aspergir o sangue do cordeiro em suas casas (Ex: 12:11). Só que o cordeiro que comiam NÃO ERA a “páscoa”, pois tal palavra se deriva do verbo “pasah”, “passar por cima” incluindo a idéia de “poupar e proteger” v.13. A páscoa do Senhor era o “passar do anjo por toda a terra do Egito”. Vê-se, pois, que o ato do passar por cima das casas dos israelitas era uma coisa e o cordeiro que os israelitas comiam era outra essencialmente distinta: uma era um fato, a outra a recordação daquele fato. Embora Moisés tivesse dito a respeito do cordeiro: “É a páscoa”, isto é, a passagem do Senhor, não se segue que quisesse dizer que o cordeiro que tinham assado e de que estavam comendo se tivesse mudado ou transformado no ato de passar o Senhor por cima das casas. O sentido simplesmente era: “É uma recordação da páscoa ou da passagem do Senhor”. Temos pois aqui um exemplo clássico dessa figura de retórica pela qual se dá o nome da coisa que ela recorda, ou se põe o sinal pela coisa significada. Quando pois, as famílias se reuniam em torno da mesa para comer a páscoa o chefe da família dizia: “Esta é a páscoa do Senhor”, quando então queriam dizer “Esta é a recordação da páscoa do Senhor”. Pois bem, fincado na essência dessa celebração Jesus certamente se valeu da mesma expressão conhecidíssima dos israelitas. Depois de abolida a páscoa e substituída pela santa ceia, serviu-se da mesma expressão de que tinha feito uso na celebração antiga; era natural que do mesmo modo que tinha dito da páscoa “Esta é a páscoa do Senhor”, querendo dizer que aquilo era apenas a recordação daquele feito na época de Moisés, usasse também mui naturalmente as palavras “ISTO É O MEU CORPO” para significar que aquele rito devia ser usado como recordação do seu corpo e do seu sangue oferecidos na cruz; sendo Ele, o verdadeiro cordeiro de Deus (João 1:29) que nos libertou do cativeiro do pecado. Os discípulos sendo judeus versados nas escrituras, estavam por certo familiarizados com tais figuras de linguagem (Salmos 27:1-2, Isaías 9:18-20, 49:26) e não foi difícil entenderem o que Jesus queria lhes dizer, pois antes disso, eles os ouviram dizer: “Eu sou a porta”, “Eu sou o caminho”, “Eu sou a luz do mundo...” e entenderam perfeitamente a linguagem. Nada é mais comum do que dar à lembrança, ou a representação de uma coisa, o mesmo nome da coisa de que é representação ou sinal. Até mesmo os membros da igreja romana ao verem a imagem da santa dizem: “esta é Nossa Senhora”, ou vendo a imagem de um santo qualquer dizem: “este é São Pedro, este Santo Expedito e aquele outro Santo Antônio etc...” mesmo sabendo que aquilo (segundo acreditam) é apenas uma representação ou lembrança do que está no céu. Servem-se constantemente desta figura de retórica que dá representação ou lembrança o nome da coisa representada ou lembrada. Quando então distribuía os elementos da ceia, pão e vinho disse: “Isto É O MEU CORPO” e “ISTO É O MEU SANGUE”, arrematando ordena: “FAZEI ISTO EM MEMÓRIA DE MIM”. Temos razão para crer que aquilo era uma comemoração ou lembrança de sua morte na cruz e devíamos prosseguir fazendo isto até que Ele venha. Para corroborar nosso ponto de vista, veja que mesmo após Jesus ter consagrado o vinho ele ainda continuou o que sempre fora, simplesmente um vinho “porque vos digo que desde agora não mais beberei do fruto da videira,( não disse meu sangue) até que venha o reino de Deus.” Lucas 22:18 Paulo simplesmente considerava como pão e vinho, os elementos da santa ceia e não o corpo do Senhor transubstanciado: “Semelhantemente também, depois de cear, tomou o cálice, dizendo: Este cálice é o novo pacto no meu sangue; fazei isto, todas as vezes que o beberdes, em memória de mim.Porque todas as vezes que comerdes deste pão e beberdes do cálice estareis anunciando a morte do Senhor, até que ele venha. De modo que qualquer que comer do pão, ou beber do cálice do Senhor indignamente, será culpado do corpo e do sangue do Senhor. Examine-se, pois, o homem a si mesmo, e assim coma do pão e beba do cálice.” I Co. 11:26-28. O pão apenas representava o corpo do Senhor, o vinho o seu sangue. Todas as vezes que nós nos reunimos para celebrar a santa ceia nós fazemos isto sempre EM MEMÓRIA do Senhor, pois Ele mesmo disse “FAZEI ISTO EM MEMÓRIA DE MIM”. É EM MEMÓRIA!!! Não podemos sacrificar Cristo novamente (Hebreus 7:24,27). Todavia, cremos que o Senhor nos enche com sua presença neste momento, pois devemos nos achegar a Ele em santa comunhão e com santa reverência tomar o pão e o cálice que representa o corpo e o sangue do Senhor partido e derramado por nós na cruz do Calvário. É bem parecido com o que nós fazemos com a Bandeira Nacional. Ela representa( é um emblema) a nação, mas a reverencia que temos para com ela é como se fosse com a própria nação.
ABSURDO DOS ABSURDOS Por darem ouvido ao dogma da transubstanciação os católicos além de incorrem num terrível engodo, acabam por abraçar uma teoria fictícia, absurda até (vede o missal romano) ! Veja porque:
· Se naquela ocasião em que Jesus disse: “Isto é o meu corpo”, realmente tivesse ocorrido a tão propalada “transubstanciação” então somos levados a acreditar que existiam naquele momento dois corpos do Senhor ? Levando este dogma às ultimas conseqüências teremos isto: Jesus pegou aquele pedaço de pão, já transformado em seu corpo (com divindade e alma, segundo crêem os católicos) e deu-se a si mesmo para seus discípulos comerem depois de terem comido o corpo do mestre sentaram-se ao seu lado. E ainda: Jesus também devia ter-se comido e engolido a si mesmo pois também é certo que Ele participou da ceia! · E se tal pão consagrado for comido acidentalmente por um roedor da-se o caso que tal animal também engoliu o Cristo com seu corpo, alma e divindade ? Ou quando não, se tal hóstia se estragar e vier apodrecer; seria o caso do corpo de Cristo que está naquele elemento apodrecer também ? E como fica então Atos 2:31 que diz que a carne de Cristo não se corrompe ? · Uma coisa tão extraordinária como essa, um milagre tão estupendo que é o de mudar um pedacinho de pão em Deus mesmo; um milagre tão diferente de todos os que se tem notícia pois o papa Pio IX se vangloriava com este dogma dizendo: “Não somos simples mortais, somos superiores a Maria. Ela deu á luz só a um Cristo, mas nós podemos fazer quantos cristos quisermos; nós, os padres criamos o próprio Deus”, deveria ter uma prova muito mais clara e contundente do que meras formas de expressão. É sem dúvida algo que foge à nossa compreensão, não por ser algo misterioso, mas por ser irracional e incoerente. Quando se prova o pão, ele ainda é o pão, tem cheiro como tal, o gosto ainda é de pão, o mesmo se dá com o vinho! Onde o corpo de Cristo nisto tudo ? Esquivar-se fazendo uma separação arbitraria de milagres, sendo os visíveis só para incrédulos e os invisíveis para os crentes, diga-se católicos, é ultrapassar o que está escrito, onde está tal divisão nas escrituras ? Em lugar algum! Mas é preciso sofismar para forjar explicações, ainda que esdrúxulas, mas que sirva de alicerce para tal falácia. · Se o que dá vida é o espírito, por que Deus se faria carne por meio da hóstia para nos vivificar? · Se Cristo nos ordenou que celebrássemos a cerimônia até que Ele voltasse, conforme I Co. 11:26 (até que venha), como pode estar presente na hóstia ? Se vem, não está! Devemos ressaltar que tal vinda é escatológica quando virá em corpo, pois espiritualmente, Ele está conosco todos os dias Mat. 18:20 -28:20, e esta promessa não tem nada a ver com a santa ceia. · Demais disso se os elementos da ceia se transformassem literalmente no sangue e no corpo de Cristo já não seria uma lembrança daquele sacrifício mas novamente o próprio sacrifício, isto entraria em choque com as passagens bíblicas de Hebreus 7:24,27.
O DOGMA REJEITADO
A doutrina da Transubstanciação não tem respaldo bíblico, e como havia de se esperar, nem todos os representantes da Igreja Católica concordaram com esta doutrina e quando a transubstanciação foi introduzida nas Igrejas Católicas houve não poucas discussões escolásticas. Alguns pais da igreja deram um significado literal às palavras, “Isto é o Meu Corpo”, entre eles podemos citar: Cirilo de Jerusalém, Gregório de Nissa, Gregório Nazianzo, João Crisóstomo e Ambrósio. Os que deram um significado figurativo incluem, Eusébio, Jerônimo, Gelásio I, Gelásio II, Atanásio, São Clemente e Agostinho.
Rubano Mauro, anos 788-857, Abade de Fulda, depois Arcebispo de Moguncia, considerava "Heresia grave supor que na eucaristia estava presente a carne nascida de Maria."(Epístola ad Heribaldum) Santo Agostinho, bispo de Hipona, anos 354-430, gracejava jocosamente da transubstanciação, cuja idéia já existia no seu tempo. – Pregando nas Igrejas dizia: "Por que preparas os dentes e o estômago? Confiar em Cristo é comer o Pão da Vida, não se pode engolir Aquele que subiu vivo para o céu." (Ver tratado sobre João nr. VXV e Sermões nr. 131, nr.1). A "La Grande Enciclopedie Française" comentando a eucaristia escreveu que "Os teólogos católicos imaginaram os povos mais feiticistas e os cultos mais idólatras. – Tomam a farinha cozida e o vinho e dizem: Eis nosso Deus, comei-o." Proibidos de raciocinar, os clérigos esqueceram de ler Santo Agostinho e a ignorância tornou-se moléstia geral. O papa Gelásio I, ano 492-6, ensinava que "A natureza dos elementos da Ceia não deixavam de existir depois da benção". Gelásio II, anos 1118-19, não aceitava a transubstanciação dizendo: "Na eucaristia a natureza do pão e do vinho não cessam de existir e ordenava as igrejas que servissem aos fiéis o vinho e não somente o pão." Clemente pensava igual, expressou-se assim: "O pão e o vinho na Ceia são símbolos. Não se transformam em coisa alguma. Albertinus cita Pio II como discordante também. Como também não é possível acarear os papas, os católicos deveriam estudar o espírito das palavras de Cristo quando se referiu à Ceia (Fontes de referência: Da Duabos in Cristo adv. Eutychem et Nestorium, São Tomaz Sum Theo., Vol. 7, pág.134, e, Clemente Livro VII, cáp. V, pág.23) Albertinus cita ainda quatro Cardiais de então: Bonaventura, Alícuo, Cujan e Cajetano, dois Arcebispos, cino Bispos e 19 doutores da igreja que interpretavam o Evangelho de João, cáp. 6:53-63, no sentido espiritual e simbólico. S. Cirilo de Jerusalém e S. Gregório de Nissa fizeram referências à "união mística" na eucaristia, mas nada falaram sobre "presença real" (Sacra Coena Adv.Lanfrancum e Cath XXI, 13 respectivamente).
INTERPRETAÇÃO DOS REFORMADORES
Para a Reforma, são dois os sacramentos, instituídos pelo próprio Cristo: o batismo, que marca o início da vida cristã, e a Santa Ceia, que significa a manutenção dessa vida - a santificação. Unidos sobre o sentido do batismo, apesar de ênfases diversas, os reformadores se dividiram sobre o sentido da eucaristia. Lutero se opôs à missa como obra meritória e repetição eficaz do sacrifício do Cristo. O oferecimento da graça se efetua sob duplo signo instituído por Cristo: não se pode recusar a nenhum fiel o pão e o vinho oferecidos por Jesus, em oposição ao Concílio de Constança, de 1414, que proibiu o uso do cálice aos leigos. Contudo, Lutero opõe-se a uma presença meramente simbólica de Cristo na ceia. Mantém a tese da "consubstanciação", segundo a qual o pão e o vinho permanecem presentes na ceia simultaneamente com o corpo e o sangue de Cristo. Zwingli vê na ceia cristã o simples memorial que comemora o sacrifício único e infinitamente suficiente de Cristo. Calvino queria mais do que uma presença somente simbólica à maneira de Zwingli, mas repudiou não só a posição católica como a luterana. Para Calvino, a "substância" não se refere a um substrato invisível na matéria do objeto, mas significa a realidade profunda de um ser. O pão e o vinho não só representam a comunhão com o corpo e o sangue de Cristo, mas "apontam" a realidade desse significado. O que Calvino rejeita é a idéia da "presença local"; confia no Espírito Santo e não num fenômeno especial, para relacionar diretamente o comungante com o Cristo vivo. O anglicanismo adotou o essencial das posições da Reforma. A confissão anglicana conserva dois sacramentos (batismo e ceia), proíbe as procissões solenes do Santíssimo Sacramento e a adoração das espécies consagradas. O corpo do Senhor é recebido mediante a fé (conceito calvinista). A maioria esmagadora dos protestantes aceita as noções de Calvino e Zwingli. Gostaria de fazer somente um adendo sobre a posição de Lutero: apesar de ter sido levantado por Deus, Lutero no princípio não pretendia separar-se da Igreja Católica mas reforma-la por dentro. Tendo este pano de fundo histórico podemos entender porque ele não abdicou de certas noções católicas. Ele representa a primeira geração dos reformadores, muitas coisas ainda estavam enraizadas profundamente nele. Somente com o decorrer do tempo é que a doutrina da reforma foi se purificando mais e mais. É bem parecido com o que aconteceu com o cristianismo em relação ao judaísmo no começo de sua história. Este problema já não aparece nas gerações posteriores dos reformadores que foram lapidando os lapsos teológicos do catolicismo dentro do protestantismo . OBRAS CONSULTADAS
· Por Amor aos Católicos Romanos, Rick Jones – Chick Publications · A Reforma Protestante, Abraão de Almeida – CPAD · A Igreja que veio de Roma, Karl Weiss – Editora Gráfica Universal Ltda · Noites com os Romanistas, M. H Seymour – Edições Cristãs · Encyclopaedia Britannica do Brasil Publicações Ltda.
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