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O Pastor de Bodes Adventista Que Se Apascenta a Si Mesmo Pareceu-me bem, nesta época conturbada de adventismo formal, destituído de poder e eficácia e do mais importante, da antiga e genuína Fé de Jesus, compartilhar com os queridos irmãos que "suspiram e gemem por todas as abominações que se cometem na igreja" adventista, um pouco desta angústia que assola a alma do cristão verdadeiro, erguendo a voz como trombeta para anunciar ao povo de Deus, a que realmente foi submetido o "sistema" adventista em face da manutenção do chamado "Império Pastoral". Hoje em dia, na igreja, a figura do "ungido da IASD" , é a daquele que é a pessoa sacro-santa da igreja, intocável, que deve ocupar a primeira posição. Aquele que tem autoridade conferida não só pela IASD, mas diretamente dos céus. Deve ser visto como um sacerdote moderno, de terno e gravata, pessoa célebre a quem Deus ouve e dá instruções, aquele que foi predestinado a guiar o povo. Sua palavra deve ser prontamente ouvida e respeitada , pois ele é quem tem a sabedoria e a capacidade necessárias. Nunca deve ser chamado pelo nome mas sim de "pastor", "pastor". Deve exercer o papel de juiz, devendo o povo sempre consultá-lo assim: "pastor, pastor, com que olhos você vê isto ?" E se ele disser: "Não tenho tempo para pensar agora, ligue-me depois", jamais diga que foi má vontade, pois ele é o pastor. Se ele disser: "Não estou muito contente com isto ", corra e procure saber qual sua vontade, pois ele é o pastor. Se ele disser " Acho que está bom", lute para que aquilo jamais mude, pois o pastor abençoou. Por ser o protegido da IASD, sua palavra não deve ser discutida, mas acalentada como sendo a voz de Deus. Deve ser o dono exclusivo do púlpito, e o dá a quem lhe aprover. Seu sermão deve ser considerado como vindo diretamente dos Céus e imune de qualquer erro, pois ele é o "pastor". E para exercer esta importante função , o pastor deve ser bem remunerado, pois é o cargo mais importante: R$ 5.000,00 ou mais no total entre salário e benefícios. Assim é o Pastor-Deus da IASD , aquele a quem veneram e jamais chamam pelo nome, mas pelo título honoris-causa: "pastor, pastor" , " meu pastor", " o pastor", etc... Quando se dirigem a ele chamam ," pastor, tudo bem ?" Quando telefonam para ele dizem: " Alô pastor, tudo bêm ?" Enfim, Vossa excelência "o pastor", não é chamado pelo seu próprio nome , mas de "o pastor". Interessante, é que não chamam o ancião de ancião, mais pelo seu próprio nome . Não dizem: " ancião, tudo bem ?" ou mesmo "Alô ancião, tudo bem ?" . Ou mesmo ainda, quanto ao obreiro, não dizem: " Como vai obreiro, tudo bem ?". A pergunta que eu gostaria de fazer a todos é a seguinte: Para Deus, qual é a diferença entre pastor, obreiro e ancião ? Convido assim os irmão a abrirem agora a mente e a perceberem que a figura do pastor foi sorrateiramente elitizada pelo "sistema". O pastorado adventista é uma oligarquia a qual o "sistema" disciplina o povo a olhar como uma classe especial, um parlamento, que tem o direito de manter o poder. Portanto, o pastor adventista é o "burguês eclesiástico". O "sistema" propositalmente impõe uma disciplina que garante a manutenção do poder à classe dos pastores. É um sistema fechado tipo o da maçonaria, que ninguém tem acesso a não ser os próprios pastores. Se mesmo um pastor tenta por em questão o "sistema", ele é imediatamente afastado e tido como herege. Se alguém, que ocupa cargo de importância na igreja tenta discuti-lo ou mesmo alterá-lo, ele é automaticamente aniquilado. Se um funcionário da organização tenta mudá-lo, ele é automaticamente despedido. Assim, a burguesia pastoral vai mantendo-se no poder, pois isso lhes garante altíssimos benefícios, honrarias e boa vida para ele, sua mulher e seus filhos. E tudo isso em detrimento da causa de Deus, feito com os dízimos vindo dos pobres fiéis que tiveram seus olhos cegados pela disciplina imposta pelo "sistema". O "sistema" é feito de tal forma que tem como meta primordial, verificar a situação "devocional" do membro com relação aos dízimos e ofertas. Membros em situação financeira privilegiada são bem vindos independente de sua situação espiritual. Já os membros paupérrimos são bem vindos desde que se achem "em dia" com o dízimo , pois é lhes ensinado o engodo de que a situação espiritual é o "reflexo" do dízimo, quando na verdade náo o é. Assim, o "sistema" foi idealizado de tal forma que garanta a manutenção do " Status Quo " do pastorado por tempo indeterminado. Convido a todos agora para analisarmos à luz da Palavra de Deus, com os olhos abertos, mente desvendada e grande sensatez, se aos olhos de Deus essas coisas devem funcionar realmente assim como estabeleceu o "sistema". Primeiramente, vamos tratar a respeito da renda do pastorado, suas mordomias e garantias em comparação com as do obreiro que é seis vezes inferior. A Palavra de Deus nos mostra que todos os membros do corpo de Cristo devem receber a mesma medida de importância. Não se pode privilegiar alguns membros em detrimento de outros. Portanto, não existe no mérito, função mais importante que a outra. Deve-se portanto haver uma equidade de rendas e benefícios entre pastor, obreiro, professor, funcionário, etc. Todos vivem igualmente do evangelho e todos tem igualmente as mesmas necessidades básicas de manutenção de vida. Entre os discípulos de Cristo não havia disparidades. Todos comiam o mesmo tanto e a mesmas coisas, vestiam as mesmas qualidades de roupa e usavam as mesmas qualidades de utensílios. Não andavam de carruagem e não eram privilegiados com animais de transporte. Não deveríamos nós, como representantes de Cristo, sucessores daquela igreja modelo fazer o mesmo ? O atual modelo de distribuição de renda da IASD(Igreja Adventista do 7º Dia) se parece mais é com a do antigo Israel no tempo de Cristo. O sacerdote, quase sempre um fariseu respeitado, ficava sempre com a maior parte do tesouro arrecadado. Pode-se dizer com propriedade que hoje, a classe dos pastores da IASD é exatamente o antítipo do Sinédrio. Contudo, não é o mérito, a capacidade ou direito inerente que constituiu o antigo sinédrio, mas o "sistema" estabelecido por eles. Da mesma forma, hoje, é unicamente o "sistema" da atual IASD que faz com que a classe dos pastores se mantenha elitizada em detrimento das outras. Não nos falta passagens das Escrituras para sabermos que Cristo condenou duramente tanto os fariseus quanto o "sistema" que adotaram, o qual já fugia largamente do modelo ordenado por Deus. Os fariseus davam o dízimo da hortelã e do coentro, contudo manipulavam o povo nas ofertas de sacrifício e as casas das viúvas, e para se justificarem, faziam longas orações semelhantes àquelas que os pastores fazem em pé, nas igrejas de hoje. As passagens que apresentaremos a seguir nos confirmam a repugnância de Deus para com essa classe: ""Filho do homem, profetiza contra os pastores de Israel; profetiza e dize-lhes: Assim diz o SENHOR Deus: Ai dos pastores de Israel que se apascentam a si mesmos! Não apascentarão os pastores as ovelhas? Comeis a gordura, vestis-vos da lã e degolais o cevado; mas não apascentais as ovelhas. A fraca não fortalecestes, a doente não curastes, a quebrada não ligastes, a desgarrada não tornastes a trazer e a perdida não buscastes; mas dominais sobre elas com rigor e dureza. Assim, se espalharam, por não haver pastor, e se tornaram pasto para todas as feras do campo. As minhas ovelhas andam desgarradas por todos os montes e por todo elevado outeiro; as minhas ovelhas andam espalhadas por toda a terra, sem haver quem as procure ou quem as busque. Portanto, ó pastores, ouvi a palavra do SENHOR: Tão certo como eu vivo, diz o SENHOR Deus, visto que as minhas ovelhas foram entregues à rapina e se tornaram pasto para todas as feras do campo, por não haver pastor, e que os meus pastores não procuram as minhas ovelhas, pois se apascentam a si mesmos e não apascentam as minhas ovelhas, - portanto, ó pastores, ouvi a palavra do SENHOR: Assim diz o SENHOR Deus: Eis que eu estou contra os pastores e deles demandarei as minhas ovelhas; porei termo no seu pastoreio, e não se apascentarão mais a si mesmos; livrarei as minhas ovelhas da sua boca, para que já não lhes sirvam de pasto." - Ezequiel 34:02 a 09 Mas você deve pensar: O ofício de pastor não foi estabelecido por Deus ? Sim, é verdade, mas não é esta a tecla que queremos bater. O que queremos mostrar é que quando o exercício da função é desviado de seu plano original, ele está automaticamente destituído por Deus, perdendo a razão de existir. O texto de Ezequiel 34 nos mostra claramente que Deus está contra os pastores que se apascentam a si mesmos. Porque seríamos nós coniventes com um "sistema" que suporta o erro frontalmente em prejuízo da vontade divina? Devemos nós permanecer calados diante de tal iniqüidade? Os fariseus ensinavam ao povo que eles eram os únicos que portavam o conhecimento e sabedoria necessários para instruí-los. Deveriam ser vistos pelo povo como grandes mestres, de grande conhecimento e preparo. Porém, mediante as perguntas que Cristo fazia, emudeciam. O Senhor mesmo chamou-os de "guias cegos". Semelhantemente, os pastores de hoje da atual IASD, tem uma formação mais voltada à administração de Empresas do que do conhecimento de Deus. Não são raros os casos onde membros comuns dão uma "surra" de bíblia no pastor. E quando isto acontece, ficam "irritadinhos", pois são orgulhosos demais para aceitarem que não tem o conhecimento necessário para levar o povo de Deus à uma luz mais acurada. SMS Receio - S.Paulo
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