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A Trindade...

  **Na Bíblia:

 

Deut. 6:4; Mateus 11:27;  João 17:3; 1º Coríntios 8:6;  Efés. 4:6; Tim. 1:17;   I Timóteo 2:5 ;   

 

** Nos Escritos de Ellen G. White e dos Pioneiros da I.A.S.D

 

Diante dos habitantes do céu o Rei declarou que ninguém, exceto Cristo, o Único gerado de Deus, poderia entrar completamente nos propósitos dEle, e a Ele foi concedido executar os propósitos e a vontade de seu Pai. (Patriarcas e Profetas p.36)

 

Sobre Mudanças de Doutrina... 

E.G.White
In the future, deception of every kind is to arise, and we want solid ground for our feet. We want solid pillars for the building. Not one pin is to be removed from that which the Lord has established. ..... Where shall we find safety unless it be in the truths that the Lord has been giving for the last fifty years? (Ellen White, Advent Review and Sabbath Herald, May 5, 1905)

No futuro, desapontamento de toda sorte irá surgir, e nós precisamos terra firme em nossos pés. Nós precisamos fundamentos sólidos para o nosso edifício.
Nenhum alfinete deve ser removido no que o Senhor estabeleceu.
Nós encontrariamos segurança em menos do que o Senhor nos tem dado nesses últimos cinqüenta anos? 
Review and Herald, May 5. 1905

J. N. Loughborough(Foi presidentre da IASD)
In response to the question "What serious objection is there to the doctrine of the Trinity?" Loughborough wrote, "There are many objections which we might urge, but on account of our limited space we shall reduce them to the three lowing:

1. It is contrary to common sense.
2. It is contrary to scripture [sic]. Its origin is Pagan and fabulous."3

 "Existem muitas objeções que devemos enfatizar, mas devido ao nosso pequeno espaço devemos reduzir 1as 3 seguintes:
1. É contrária ao senso comum. (a trindade)
2. É contrária às Escrituras. A sua origem é pagã e fantástica.  

 

R. F. Cottrell(Foi presidentre da IASD)
In an article on the Trinity, Cottrell wrote, To hold the doctrine of the trinity is not so much an evidence of evil intention as of intoxication from that wine of which all the nations have drunk. The fact that this was one of the leading doctrines, if not the very chief, upon which the bishop of Rome was exalted to the popedom, does not say much in its favor.4

"Para acreditar na doutrina da trindade não é mais que uma evidência do mal como a intoxicação do vinho com que as nações se embebedaram.
O fato é que essa foi uma das principais doutrinas, senão a mais importante com que o bispo de Roma foi axaltado ao papado, o que não diz muito a seu favor."  

JAMES WHITE – Review and Herald - 07 de fevereiro de 1856  e 10 de novembro de 1863

“A grande falta da Reforma foi que os reformadores pararam de reformar. Se tivessem  levado avante, não teriam deixado nenhum vestígio do papado atrás, tal como a natural imortalidade, batismo por aspersão, a trindade, a guarda do domingo, e a igreja agora estaria livre de erros escriturísticos.”

(Nota: James White é o nome de Tiago White, marido de Ellen G. White, que foi presidente da Conferência Geral dos Adventistas do Sétimo Dia por dois mandatos).

                                         A Doutrina da Trindade Degrada a Expiação  

O grande equívoco dos trinitarianos, ao argumentarem esse assunto, parece ser esse: Eles não fazem diferença entre negar a Trindade e negar a divindade de Cristo. Eles só vêem os dois extremos em que está a verdade; tomam cada expressão referente à preexistência de Cristo como uma prova da Trindade. As Escrituras ensinam abundantemente a preexistência de Cristo e a sua divindade, mas são inteiramente silenciosas quando à Trindade. A declaração que o divino Filho de Deus não morre, está tão longe dos ensinamentos da Bíblia como as trevas da luz. Eu perguntaria aos trinitarianos: A qual das duas naturezas devemos a redenção? A resposta seria obviamente a natureza que morre e que derramou seu sangue por nós; “pela qual tivemos redenção pelo seu sangue”. Então fica evidente que unicamente a natureza humana morre, e o nosso redentor é unicamente humano. O divino Filho de Deus não teve parte na nossa salvação, pela qual não morreu e nem sofreu. Eu estava certo, quando disse que a doutrina da Trindade degrada a expiação, trazendo o sacrifício, o sangue pelo qual fomos comprados, para baixo num padrão de comprometimento.

 

Qual é o mistério ao qual a Bíblia se refere...?

O mistério que esteve oculto dos séculos, e das gerações; mas agora foi manifesto aos seus santos, a quem Deus quis fazer conhecer quais são as riquezas da glória deste mistério entre os gentios, que é Cristo em vós, a esperança da glória.” - Colossenses 1:26 e 27.

 

DEUS(O PAI):

**Bíblia:

Lucas 22:69; João 17:3; I Coríntios 1:1 e 3; I Coríntios 8:6;  Gálatas 1:1 e 3; I Timóteo 2:5; Apocalipse 1:1; Apocalipse 14:1,7;   Apocalipse 12:17; Apocalipse 22:1(onde está o trono do deus espírito Santo?)

 (Obs.: Foram citados textos com  DEUS Pai e o Senhor Jesus, demonstrando assim que o espírito Santo, não foi  citado, pois não é DEUS e sim espírito oriundo de  DEUS e de Jesus)

Jesus (O Senhor e Filho de DEUS)

**Bíblia: 

 Salmos 2:7,12;  Atos 13:33;  Hebreus 1:5-6;  Hebreus 5:5;  João 1:14,18;  I João 4:9; 

 

** Nos Escritos de E.G.W

  O grande Criador convocou os exércitos celestiais para, na presença de todos os anjos, conferir honra especial a Seu Filho. O Filho estava assentado no trono com o Pai, e a multidão celestial de santos anjos reunida ao redor. O Pai então fez saber que, por Sua própria decisão, Cristo, Seu Filho, devia ser considerado igual a Ele, assim que em qualquer lugar que estivesse presente Seu Filho, isto valeria pela Sua própria presença. A palavra do Filho devia ser obedecida tão prontamente como a palavra do Pai. Seu Filho foi por Ele investido com autoridade para comandar os exércitos celestiais. Especialmente devia Seu Filho trabalhar em união com Ele na projetada criação da Terra e de cada ser vivente que devia existir sobre ela. O Filho levaria a cabo Sua vontade e Seus propósitos, mas nada faria por Si mesmo. A vontade do Pai seria realizada nEle.” História da Redenção, pág. 13.

 “Disse meu anjo assistente: Pensas que o Pai entregou Seu mui amado Filho sem esforço? Não, absolutamente. Foi mesmo uma luta, para o Deus do Céu, decidir se deixaria o homem culpado perecer, ou se daria Seu amado Filho para morrer por ele. Os anjos estavam tão interessados na salvação do homem que se podiam encontrar entre eles os que deixariam sua glória e dariam a vida pelo homem que ia perecer. Mas, disse o anjo, isso nada adiantaria. A transgressão era tão grande que a vida de um anjo não pagaria a dívida. Nada, a não ser a morte e intercessão de Seu Filho, pagaria essa dívida, e salvaria o homem perdido da tristeza e miséria sem esperanças...

Vi que era impossível a Deus alterar ou mudar Sua lei, para salvar o homem perdido, e que ia perecer; portanto, Ele consentiu em que Seu amado Filho morresse pela transgressão do homem. Satanás de novo regozijou-se com seus anjos de que, ocasionando a queda do homem, pudesse ele retirar o Filho de Deus de Sua exaltada posição. Disse a seus anjos que, quando Jesus tomasse a natureza do homem decaído, poderia derrotá-Lo, e impedir a realização do plano da salvação.”  Primeiros Escritos, pág. 151-152

“A dedicação do primogênito teve sua origem nos primitivos tempos. Deus prometera dar o Primogênito do Céu para salvar os pecadores. Este dom devia ser reconhecido em todas as famílias pela consagração do primogênito.” O Desejado de Todas as Nações, pág. 51.

Satanás exultou quando Jesus depôs Seu poder e glória e deixou o Céu. Achou que o Filho de Deus estava então colocado sob o seu poder. A tentação fora tão vitoriosa com o santo par no Éden que ele esperou pelo seu poder e engano satânicos derrotar mesmo o Filho de Deus, salvando por esse meio sua própria vida e reino. Se ele pudesse tentar Jesus a afastar-Se da vontade do Pai, seu objetivo estaria ganho. Mas Jesus defrontou o tentador com a repreensão: "Vai-te, Satanás." Mat. 4:10. Ele deveria curvar-Se unicamente ante Seu Pai.”

Primeiros Escritos, pág. 157  

POR QUE A NATUREZA HUMANA?

Por que Ele nasceu na mesma carne e natureza que temos? Para que Ele pudesse ter entendimento de nossas fraquezas e inclinações para o pecado, e ser um Sumo Sacerdote misericordioso por nós. As palavras "em todas as coisas" realmente significam "em todas as coisas"? É claro.

Paulo declarou que Jesus "nasceu da descendência de Davi segundo a carne" (Romanos 1:3). Seria contrário à razão interpretar estas palavras como significando que Cristo herdou uma natureza santa, não-caída de Maria. Qualquer que fosse a semente de Davi segundo a carne, nosso Senhor participou da mesma. Todos os descendentes de Davi, exceto um, cedeu a suas inclinações hereditárias e cometeram pecados pessoais. Jesus, como todos os outros, herdou a natureza de Davi segundo a carne, mas Ele não cedeu à fraqueza inerente daquela natureza. Embora tentado em todos os pontos como nós somos, Ele não respondeu com um único grau de indulgência a qualquer dessas tentações. Sua vida foi uma constante fortaleza de invencível poder espiritual contra o tentador.

Ao contar completamente apenas com a força sempre presente de Seu Pai, Ele demonstrou a vitória que é possível para toda a semente de Davi, segundo a carne, experimentar.

Novamente lemos: "Portanto, visto que os filhos participam da carne e do sangue, também ele participou das mesmas coisas" (Hebreus 2:14). Note como o escritor inspirado enfatiza a semelhança do corpo de Cristo com o do homem. ELE MESMO TAMBÉM PARTICIPOU DAS MESMAS COISAS (no inglês, HE ALSO HIMSELF LIKEWISE, significando ELE TAMBÉM ELE MESMO DA MESMA FORMA). Essas palavras são usadas consecutivamente, mesmo sendo repetitivas e redundantes. POR QUÊ? De forma a impressionar-nos de que Jesus realmente entrou na MESMA natureza que o homem possuía. Exatamente como os filhos participam da mesma carne e sangue, ELE MESMO TAMBÉM DA MESMA FORMA tomou a MESMA! Como alguém pode ser confundido por esta linguagem não-ambígua?

Uma escritora, reconhecendo esta clara posição bíblica, descreveu isto sucintamente nestas palavras:

"Teria sido uma quase infinita humilhação para o Filho de Deus, revestir-Se da natureza humana mesmo quando Adão permanecia em seu estado de inocência, no Éden. Mas Jesus aceitou a humanidade quando a raça havia sido enfraquecida por quatro mil anos de pecado. Como qualquer filho de Adão, aceitou os resultados da operação da grande lei da hereditariedade. O que estes resultados foram, manifesta-se na história de Seus ancestrais terrestres. Veio com essa hereditariedade para partilhar de nossas dores e tentações, e dar-nos o exemplo de uma vida impecável." ( O Desejado de Todas as Nações, pág. 48 ).

Esta declaração descreveu a operação das leis da hereditariedade e está em perfeito apoio à declaração de Paulo, de que Jesus participou da mesma carne e sangue que os filhos recebem de seus pais. Isto está referindo-se à hereditariedade também. Se Cristo tivesse nascido com a natureza não-caída de Adão, a própria sugestão da influência hereditária seria ridícula ao extremo. Não poderia haver lugar para qualquer tipo de tendências hereditárias em uma natureza adâmica que nunca conheceu tanto o nascimento quanto a ancestralidade. Se Ele não possuísse nenhuma fraqueza herdada, por que o autor de Hebreus diria que Ele participou da mesma carne e sangue que os filhos recebem dos pais? Certamente é porque o Criador não incorporou nenhuma fraqueza inerente na criação original. Adão não possuía nenhuma batalha para lutar contra tendências hereditárias. Ele possuía o poder em si mesmo para escolher sempre não pecar.

Jesus, como homem, reivindicou ter esse mesmo tipo de poder? Não. Ele disse: "nada faço de mim mesmo, mas falo como o Pai me ensinou" (João 8:28). Repetidamente, Cristo falou de ser dependente de Seu Pai para o que Ele dizia e o que Ele fazia. Ele escolheu viver Sua vida aqui como um homem da mesma maneira que nós temos que vivê-la. Para salvar a Si mesmo do pecado e dos perigos da carne, Ele dependeu constantemente e unicamente do poder de Seu Pai. Foi desta forma que Ele superou o diabo, fechou cada avenida da tentação, e viveu uma vida de perfeita obediência. Por nunca ceder ao apelo inerente da carne, Ele deu um exemplo do tipo de vitória que pode vir a cada filho de Adão através da dependência do Pai.

Satanás tentou Jesus no deserto a usar Seu poder divino para satisfazer Sua fome agonizante. Satanás sabia que Jesus tinha o poder de deidade para operar aquele milagre. Sua esperança era que ele pudesse provocar Cristo a depender de Sua divindade para alívio. Por que isso teria sido um tal triunfo para Satanás? Ele poderia ter usado isto para sustentar suas acusações de que Deus requeria uma obediência que nenhum homem na carne poderia produzir. Se Jesus falhasse em superar o tentador na mesma natureza que temos e pelos mesmos meios disponíveis para nós, o diabo teria provado que a obediência é, de fato, um requisito impossível. Satanás entendeu muito bem que Jesus não poderia usar Seu poder divino para salvar a Si mesmo e salvar o homem ao mesmo tempo. Foi isto o que tornou o teste uma experiência tão severa e agonizante para Cristo.

Se Jesus realmente herdou a natureza comprometida de Adão, então por que Ele não pecou como o resto dos descendentes de Adão? Porque Ele era cheio do Espírito Santo de Deus desde o útero e possuía uma vontade completamente entregue e uma natureza humana santificada. Podemos nós participarmos do mesmo poder para guardar-nos de pecar? Sim. Jesus, ao viver Sua vida de vitória sobre o pecado, não utilizou Sua divindade, mas confinou-Se ao mesmo poder disponível a nós através da conversão e santificação.

CRISTO VENCEU EM NOSSA PRÓPRIA NATUREZA

Não tivesse Ele obtido a vitória sobre Satanás na mesma natureza que temos, que encorajamento poderia ser tirado de Sua vitória? Não é necessário me mostrar que era possível para Adão não ceder ao pecado. Eu já sabia disso. O que eu preciso saber é se eu posso superar o pecado, sendo minha natureza o que é.

Satanás acusou Deus de requerer algo que não podia ser feito. A razão pela qual o homem caído não podia produzir obediência é claramente descrita em Romanos 8:3-4: "Pois o que era impossível à lei, visto que estava enferma pela carne, Deus, enviando o Seu Filho em semelhança da carne do pecado, pelo pecado condenou o pecado na carne, para que a justiça da lei se cumprisse em nós, que não andamos segundo a carne, mas segundo o Espírito."

Estes versos são simplificados quando fazemos algumas perguntas: O que a lei não poderia fazer por nós porque éramos muito fracos na carne para guardá-la? Ela não podia salvar-nos.

Porque nós não podíamos guardá-la devido à fraqueza da carne, o que fez Deus? Ele enviou Jesus para obedecer à lei perfeitamente na carne. Ele condenou o pecado na carne pela total vitória sobre ele.

O que a Sua vitória na carne tornou possível para nós? "Para que a justiça (os justos requisitos) da lei se cumprisse em nós". Ela habilitou-nos a obedecer.

Como Sua vitória na carne tornou-nos possível obedecer? Pelo milagre da conversão, que muda nossa caminhada, da carne para o Espírito. Então Cristo em nós, através do Seu Espírito, comunica vitória sobre o pecado para nossas vidas.

Estas verdades óbvias apontam um dos grandes problemas em se acreditar na natureza humana pré-lapsária de Cristo (isto é, a natureza de Adão antes da queda). Se Sua vitória sobre Satanás, na carne, foi com o propósito de habilitar-me a cumprir os requisitos da lei, como poderia Sua vitória ajudar-me de alguma forma, se ela foi obtida em alguma outra carne que não a minha? Aqui é onde esta falsa doutrina ataca o belo princípio da justificação pela fé.

Justificação pela fé é a comunicação e a atribuição dos resultados de Sua vida sem pecado e morte expiatória. Inclui tanto justificação quando santificação. Ela atribui, ou credita, a nós os méritos de Sua experiência sem pecado para libertar-nos da penalidade do pecado. Isto é justificação. Para libertar-nos do poder do pecado Ele não apenas e meramente nos conta como justos, mas Ele realmente comunica sua força para superar o pecado. Em ambos os casos, Ele pode apenas conceder-nos o que Ele conseguiu através de Sua própria experiência encarnada como o Salvador do mundo.

Alguém pode afirmar que desde que a justificação apenas envolve uma atribuição do registro sem pecado de cristo em nossa conta, isto poderia ter sido feito em qualquer tipo de corpo. Mas é isto verdade? O propósito da encarnação foi redimir o homem caído e não o homem que não pecou. Para fazer isto Ele tinha que "condenar o pecado na carne" (Romanos 8:3). Nossos pecados, que procedem da carne, deveriam ser condenados por Ele, e a única maneira que isto poderia ser feito era conquistar aquela carne pecaminosa e submetê-la à morte da cruz.

Jesus veio tirar o pecado do mundo, como declarou João. Como Ele poderia tirar o pecado que não estivesse mesmo na carne que Ele assumiu? Para ser mais preciso, como Ele poderia "condenar o pecado na carne" em uma carne sem pecado?

Paulo disse: "Estou crucificado com Cristo" (Gálatas 2:19,20). Por que ele posteriormente declara que nós "fomos batizados na Sua morte" (Romanos 6:3)? Todo pecador deve passar, pela fé, através da experiência da crucificação e ressurreição com Cristo. De modo a passar da morte para a vida, cada um de nós deve identificar-se com Aquele que nos representou como o segundo Adão. Nossos pecados estavam nEle. Quando Ele morreu, nós morremos; e a penalidade pelos nossos pecados foi satisfeita e exaurida.

Você pode ver que Ele teve que carregar nossa natureza caída até àquela cruz, de modo a tornar possível que nossa natureza pecaminosa fosse colocada para morrer? Qualquer coisa a menos teria falhado em satisfazer a justiça de Deus. Cristo teve que render a humanidade condenada ao salário completo do pecado naquela cruz, de modo a tornar a expiação possível por nós. De outra forma, não poderíamos nos identificar com Ele ou sermos crucificados com Ele. Obviamente, a redenção requer que Jesus viva e morra com a natureza do homem caído, de forma a fornecer a ligação vital da justificação.

   

O Espírito Santo:

   

**Bíblia:

  Gênesis 6:3;   I Samuel 16:14;  I Coríntios 2:11 e 12; I Coríntios 3:16; I Coríntios 6:19;  I Coríntios 12:3; Romanos 8:9,14 e 16;  Gálatas 4:6; Efésios 4:30;  Atos 16:6 e 7;

 

                                                      Contestanto o trinitarismo:

  Nesta seção vamos comentar alguns textos bíblicos comumente usados para defender a teoria da trindade e o Espírito Santo como sendo uma pessoa distinta. Com a crescente aceitação por parte dos estudiosos de que I João 5:7 e 8 foi uma adição posterior à elaboração do original, estando já ausente de muitas versões fiéis ao original, a responsabilidade de sustentar a teoria trinitariana recaiu fortemente sobre Mateus 28:19 e João 14:16, que falam respectivamente sobre o batismo “em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo” e sobre o “outro” Consolador prometido por Cristo.

Além destes textos, os defensores da teoria da trindade costumam alegar que algumas ações do Espírito de Deus são próprias de pessoas, além disso existem versos que citam o Pai, o Filho e o Espírito. Tais referências, segundo os trinitarianos, serviriam como evidências da existência da trindade.

 É importante ressaltar que a palavra trindade não aparece em nenhum lugar na Bíblia e que esta teoria foi aceita como doutrina apenas por volta do quarto século da era cristã.  

“Pois há três que dão testemunho no céu: o Pai, a Palavra, e o Espírito Santo; e estes três são um.” - I João 5:7.

Não há dúvidas. Este texto é o único que afirma claramente que o Pai, o Filho e o Espírito Santo são um sem necessidade de interpretação particular. Seria uma prova perfeita da existência da trindade, caso não fosse um texto comprovadamente apócrifo, um texto adicionado posteriormente que não consta nos manuscritos mais antigos.  

A maioria das traduções fiéis não apresentam este verso. A Bíblia de Jerusalém, uma das versões mais fiéis ao original que dispomos em português, também não apresenta  tal verso e adiciona a seguinte nota marginal:

“O texto dos vv. 7-8 está acrescido na Vulgata de um inciso ausente dos antigos mss gregos, das antigas versões e dos melhores mss da Vulgata, o qual parece ser uma glosa marginal introduzida posteriormente no texto.”

Na edição João Ferreira de Almeida Revista e Atualizada  I João 5:7 está entre colchetes com a seguinte explicação no início do Novo Testamento:

“Todo conteúdo entre colchetes é matéria da Tradução de Almeida, que não se encontra no texto grego adotado.”  

O Novo Testamento Trilíngüe das Edições Vida Nova mostra simultaneamente a versão em Grego do Novum Testamentum Graece Nestlé-Aland, 4ª Edição, a versão em Português Almeida Revista e Atualizada 2ª Edição e o texto em Inglês da New International Version, onde os textos dos três idiomas estão dispostos lado a lado e podem ser comparados facilmente pelo leitor. Repare que apenas a versão em Português contem a adulteração Trinitariana.

“O texto dos versículos 7 e 8 entre colchetes na Almeida Revista e Atualizada nunca fez parte do original. Os manuscritos mais antigos que contém o texto são da Vulgata Latina do século XVI.”

Percebe-se claramente que houve uma ousada tentativa de adulteração da Palavra de Deus a fim de introduzir o dogma da Santíssima Trindade que nunca esteve claro na Bíblia. Será que esta foi a única tentativa dos padres trinitarianos? Ou será que eles tentaram adulterar outros textos para tornar do dia para a noite a doutrina da trindade um ensino bíblico? Quantos textos bíblicos foram adulterados em favor da teoria trinitariana?  

Apesar de haver evidências suficientes de que alterações foram feitas para “beneficiar” algumas doutrinas pagãs, podemos confiar na Palavra de Deus pois ela mantém a verdade original sem perda de essência. Mesmo que haja algum tipo de adulteração, o Senhor nos revelará como fez com I João 5:7 através de provas incontestáveis ou através de fortes evidências como veremos a seguir.

Com a generalizada aceitação de que I João 5:7 é um texto espúrio, o peso da defesa da trindade caiu fortemente sobre Mateus 28:19 que passou a ser o verso preferido dos defensores da teoria da trindade. A razão é simples: nenhum outro verso bíblico coloca no mesmo patamar o Pai, o Filho e o Espírito Santo, ou seja, a famosa e consagrada expressão “em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo” não aparece em nenhum outro lugar na Bíblia - apenas em Mateus 28:19.

No entanto, esta fórmula batismal tem trazido controvérsia entre os estudiosos por diversas razões:

·         A sugestão de existência de uma trindade não se coaduna com a crença do público alvo do livro (os judeus).

·         O contexto (verso 18) diz que a autoridade foi dada a Cristo o que sugeriria, naturalmente, uma ação posterior em nome de quem tem e delega a autoridade, no caso, em nome de Cristo Jesus apenas.

·         Os batismos realizados posteriormente pelos discípulos foram em nome de Jesus apenas.

·         Todas as orientações de Cristo e as ações dos discípulos (orações, milagres, expulsão de demônios, advertências, reuniões e pregações,...) foram em nome de Jesus e não em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo.

·         Há evidências tangíveis de que a fórmula batismal trinitariana não conste do original, mas tenha sido adicionada posteriormente.

Analisando o contexto de Mateus 28:19, especialmente o verso 18, vemos que a autoridade a que Mateus se refere é a autoridade de Cristo e não a autoridade de uma trindade:

“Jesus, aproximando-se, falou-lhes, dizendo: Toda a autoridade me foi dada no céu e na terra.” - Mateus 28:18.

Seria esperado, portanto, na sucessão natural da grande comissão, que Jesus comissionasse os discípulos como seus representantes, seus procuradores agindo exclusivamente em seu nome e com a sua autoridade. Mas, surpreendentemente, embora a autoridade seja a de Cristo, a recomendação é que os discípulos batizem em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Isto é, no mínimo, muito estranho! Mas vejamos como os discípulos obedeceram a esta ordem de Cristo.

Em Nome de Quem os Discípulos Batizaram?

O livro de Atos relata vários batismos, mas nenhum deles foi realizado em nome da trindade. Os exemplos que temos da era apostólica demonstram claramente que os batismos foram realizados em nome de Jesus. Vejamos alguns exemplos começando com o apelo de Pedro aos judeus na festa do Pentecostes:

“Respondeu-lhes Pedro: Arrependei-vos, e cada um de vós seja batizado em nome de Jesus Cristo para remissão dos vossos pecados, e recebereis o dom o Espírito Santo.” - Atos 2:38.

Estaria Pedro, por acaso, desobedecendo a ordem clara do Mestre que o batismo deveria ser realizado em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo? Por que Pedro recomendou um batismo em nome de Jesus apenas? Vejamos como haviam sido batizados os crentes de Samaria:

“Porquanto não havia ainda descido sobre nenhum deles, mas somente haviam sido batizados em o nome do Senhor Jesus.” - Atos 8:16.

O livro dos Atos também relata que gentios foram batizados em nome de Jesus e não em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo:

“E ordenou que fossem batizados em nome de Jesus Cristo. Então lhe pediram que permanecesse com eles por alguns dias.” - Atos 10:48.

O livro dos Atos relata até mesmo casos de rebatismo em Éfeso:

“Eles, tendo ouvido isto, foram batizados em o nome do Senhor Jesus.” - Atos 19:5.

Por que os discípulos batizaram em nome de Jesus e não em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo? Por que os batismos hoje são em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo (baseando-se em apenas um verso e ignorando todos os demais que ensinam que o batismo deve ser em nome de Jesus)?

Em Romanos 6:3 Paulo afirma que “fomos batizados em Cristo Jesus”. Ele nunca afirmou que fomos batizados na trindade.

Exortando sobre a necessidade de unidade em Cristo, Paulo pergunta aos Coríntios:

“Acaso Cristo está dividido? Foi Paulo crucificado em favor de vós, ou fostes porventura, batizados em nome de Paulo?” - I Coríntios 1:13.

Embora este verso não diga tão claramente quanto os anteriores que o batismo é em nome de Jesus, há uma evidência clara da intenção do apóstolo. Cristo não está dividido. Jesus Cristo foi crucificado em favor dos crentes e estes foram batizados em nome dEle, sugere o verso.

Escrevendo aos Gálatas, Paulo reafirma o que foi dito até o momento:

“Porque todos quantos fostes batizados em Cristo, de Cristo vos revestistes.” - Gálatas 3:28.

Não apenas os batismos foram realizados em nome de Cristo, mas todas as palavras e obras dos cristãos devem ser em nome de Jesus Cristo (não em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo).

Tudo em Nome de Jesus Cristo

“E tudo quanto fizerdes por palavras ou por obras, fazei-o em nome do Senhor Jesus, dando por ele graças a Deus Pai.” - Colossenses 3:17.

Paulo recomenda que tudo deve ser feito em nome de Jesus. O que está incluído nesta expressão “tudo”? Todas as coisas estão incluídas aqui (inclusive batismos). É hora de você pegar sua Bíblia e conferir os versos abaixo.

ð As orações devem ser feitas em nome de Jesus, não em nome de uma trindade. Veja vários exemplos: João 14:13 e 14; João 15:16; João 16:24, 26 e 27; Tiago 5:14.

ð Advertências, admoestações e repreensões foram feitas em nome de Jesus, nunca em nome da trindade.  Confira: I Cor. 1:10; 5:4; II Tess. 3:6.

ð Nenhum milagre foi feito em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo, mas em nome de Jesus. Abra sua Bíblia e leia os seguintes versos: Mat. 7:22; Mar. 9:38-40; Mar. 16:15-18; Luc. 10:17; Atos 3:6; 4:7-12; 4:30; 16:18.

ð Obras de caridade também foram realizadas em nome de Jesus. Veja: Mat 18:5; Mar. 9:37 e 41; Luc. 9:48.

ð Até mesmo reuniões espirituais e pregações devem ser realizadas em nome de Jesus, não em nome da trindade. Leia estes exemplos: Mat. 18:20; Luc. 24:46 e 47; Atos 4:18; 9:27 e 29; Efés. 5:20; Tiago 5:10.

ð O mais impressionante é que até mesmo o Espírito é enviado em nome de Jesus conforme João 14:26.

ð Enfim, como diz Paulo, tudo deve ser feito em nome de Jesus, pois nossa salvação é também em nome do nosso Senhor Jesus Cristo. Veja Atos 4:12; João 20:31; I Cor. 6:11.

A Autenticidade de Mateus 28:19

Diante de tantas inconsistências e incompatibilidades com o restante dos escritos sagrados, Mateus 28:19 tem sua autenticidade questionada. A história demonstra que na era apostólica batizava-se apenas em nome de Jesus, sendo que batismos em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo só foram realizados muitos anos após a morte dos apóstolos. Vejamos o que as enciclopédias dizem a respeito da origem da trindade e do batismo em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo:

Enciclopédia Britânica: "A fórmula batismal foi mudada do nome de Jesus Cristo para as palavras Pai, Filho e Espírito Santo pela Igreja Católica no 2º Século." - 11a Edição, Vol.3 - págs. 365-366. (em inglês)... "Sempre nas fontes antigas menciona que o batismo era em nome de Jesus Cristo." - Volume 3 pág.82.

Enciclopédia da Religião - Canney: "A religião primitiva sempre batizava em nome do Senhor Jesus até o desenvolvimento de doutrina da trindade no 2° Século." - pág. 53 (em inglês).

Nova Enciclopédia Internacional: "O termo "trindade" se originou com Tertuliano, padre da Igreja Católica Romana." - Vol. 22 pág. 477 (em inglês).

Enciclopédia Da Religião - Hastings: "O batismo cristão era administrado usando o nome de Jesus. O uso da fórmula trinitariana de nenhuma forma foi sugerida pela história da igreja primitiva; o batismo foi sempre em nome do Senhor Jesus até o tempo do mártir Justino quando a fórmula da trindade foi usada." - Vol.2 pg 377-378-389 (em inglês)

A Bíblia de Jerusalém incluiu o seguinte comentário de rodapé a respeito de Mateus 28:19:

“É possível que, em sua forma precisa, essa fórmula reflita influência do uso litúrgico posteriormente fixado na comunidade primitiva. Sabe-se que o livro dos Atos fala em batizar “no nome de Jesus”. Mais tarde deve ter-se estabelecido a associação do batizado ás três pessoas da trindade.”

Mateus 28:19 Original e a Crítica Textual

Crítica textual é o método utilizado por estudiosos para se conhecer o texto original, ou, pelo menos, chegar próximo do original. Metodologias foram desenvolvidas neste sentido pois sabe-se que as versões que chegam até nós, após várias cópias e traduções, raramente vem com 100% de precisão. Hoje existem, espalhados por museus e bibliotecas no mundo inteiro, aproximadamente 5500 manuscritos que vão desde fragmentos de papiro até Bíblias completas produzidas após a invenção da imprensa.

É fato comprovado que há muitas diferenças entre estes manuscritos e como não temos acesso ao original, surgem as questões: Qual destes manuscritos é o mais confiável? Qual está mais próximo da versão original?

Muitos cristãos acreditam que Deus preservou cada ponto e cada vírgula das Escrituras, mas os 5500 manuscritos e as fontes históricas de que dispomos mostram que houve mudanças nas Escrituras e que há necessidade de buscas, comparações e estudos para se chegar à versão mais próxima do original. Temos absoluta confiança de que Deus inspirou a versão original e preservou a essência da mensagem bíblica, mas a diversidade de manuscritos demonstra que houve erros de copistas e possíveis adulterações. É por esta razão que existe a crítica textual, uma forma de buscar as versões mais fiéis e que mantêm uma coerência interna.

O ideal seria termos à nossa disposição os documentos originais do Novo Testamento escritos pelos próprios apóstolos ou, pelo menos, cópias do primeiro ou segundo séculos. Mas infelizmente devido à grande perseguição que a igreja sofreu nos primeiros séculos da era cristã, muitos documentos sagrados foram destruídos neste período. Portanto, não temos à nossa disposição os originais do Novo Testamento nem manuscritos dos três primeiros séculos. Em 303 a.d. Diocleciano, o imperador romano, ordenou que as propriedades dos cristãos fossem confiscadas e que seus escritos sagrados fossem destruídos. Só alguns anos depois outro imperador, Constantino, “converteu-se” ao cristianismo, cessou as perseguições e promoveu a difusão dos escritos sagrados.  

O problema da crítica textual não é a falta de manuscritos, mas o excesso. Diante de tantos manuscritos diferentes, como a crítica textual decide qual é a melhor versão? A primeira fonte de estudos para a crítica textual são os manuscritos antigos. As fontes históricas idôneas também servem como subsídio para os estudiosos e críticos textuais. Uma fonte utilizada pela crítica textual são as citações bíblicas feitas pelos escritores e historiadores religiosos dos primeiros séculos. Neste período a produção literária sacra foi muito grande e a citação da Bíblia era muito comum. Estes escritores dos primeiros séculos baseavam-se em cópias manuscritas do Novo Testamento mais antigas e confiáveis do que as que dispomos hoje. Por esta razão estas citações de versos bíblicos feitas por autores antigos são de grande valor para a crítica literária. Há quem afirme que a quantidade de citações bíblicas nas obras destes escritores sacros é tão grande que seria possível, mesmo sem os manuscritos bíblicos, reconstituir praticamente toda a Bíblia baseado-se apenas nas citações destes autores. Exagero ou não, vale a pena levar em conta tais citações se estas podem nos auxiliar numa conclusão sobre qual seria o texto mais próximo do original no caso de Mateus 28:19.

Veremos na parte final deste livro um pouco da história da doutrina da Santíssima Trindade. Falaremos um pouco sobre o Concílio de Nicéia realizado no quarto século e sobre o estabelecimento da doutrina da Santíssima Trindade pela Igreja Católica. Infelizmente os manuscritos mais antigos do Novo Testamento de que dispomos hoje e nos quais nossas Bíblias são baseadas são posteriores ao Concílio de Nicéia e contém a fórmula batismal “em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo”, mas as citações bíblicas de historiadores baseados em manuscritos anteriores a este Concílio nos mostram algo muito interessante!

Eusébio de Cesaréia (270-340 a.d.), conhecido como o pai da história da igreja, foi provavelmente o maior historiador da igreja dos primeiros séculos. Sua obra é vasta e ele é considerado um dos preservadores da literatura sacra em sua época. Embora não tenha se destacado pela criatividade e originalidade, Eusébio goza de boa reputação no tocante à sua precisão. Não temos espaço suficiente para discorrer com detalhes acerca da obra e influência de Eusébio de Cesaréia, mas sabemos que ele baseou seus escritos em manuscritos anteriores e mais fidedignos do que os que temos hoje. No início do quarto século, Eusébio citou Mateus 28:19 diversas vezes em comentários sobre Salmos, Isaías, e em obras como Demonstratio Evangelica e Teofania. Também citou este verso em  História da Igreja. Na maioria das vezes suas citações de Mateus 28:19 eram muito semelhantes a esta:

“Ide e fazei discípulos de todas as nações em meu nome, ensinando-os a observar todas as coisas que eu vos tenho ordenado.”

É importante ressaltar que toda a doutrina deve ser obtida da pura Palavra de Deus, não de escritos de homens, por mais fidedignos que eles sejam. Estes historiadores viveram em tempos de grande escuridão espiritual quando o paganismo sutilmente penetrava na igreja. Por esta razão, nosso objetivo ao mencionar as citações de Eusébio é apenas usar o testemunho dos escritores dos primeiros séculos como evidência histórica de que a versão original muito provavelmente tenha sido adulterada. Ao fazer tais citações de Mateus 28:19, Eusébio usou manuscritos mais antigos e mais fidedignos do que os que temos hoje.

A. Ploughman, um estudioso inglês, se interessou em pesquisar a fundo as citações de Mateus 28:19 na obra de Eusébio. A. Ploughman contou 18 citações de Eusébio contendo o batismo em nome de Jesus. Segundo a Enciclopédia de Religião e Ética, Eusébio citou 21 vezes a comissão de Mateus 28, ou omitindo tudo entre “nações” e “ensinando-os” ou, na forma mais frequente, “fazei discípulos de todas as nações em meu nome”.

É interessante notar que no final de sua vida, após o Concílio de Nicéia, Eusébio incluiu em obras como “Contra Marcelo de Ancira” e “Sobre a Teologia da Igreja” citações de Mateus 28:19 incluindo o batismo em nome do Pai do Filho e do Espírito Santo. Isto revela a influência poderosíssima exercida pelo Concílio de Nicéia em favor da trindade, afetando a produção da literatura sacra no quarto século.

Fica claro, não apenas pelas evidências provenientes da crítica textual, bem como da análise do contexto de Mateus 28:19 e por outras passagens bíblicas, que a autenticidade do verso em questão é bastante questionável e, portanto, não deve ser utilizado para provar qualquer doutrina. Ademais, é sempre conveniente lembrar que nenhuma doutrina bíblica pode ser estabelecida com base em apenas um verso. Essa regra é um consenso entre os teólogos e estudiosos da Bíblia. Por isso, batizar em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo é quebrar este princípio e, mais do que isso, desprezar as abundantes evidências bíblicas de que o batismo deve ser realizado em nome de Jesus.

Outras versões de Mateus 28:19

Qual é a melhor versão para Mateus 28:19? Como dissemos, a escolha da melhor versão depende dos critérios de crítica textual adotados pelos responsáveis pela edição de cada versão bíblica.

Em 1960, a Sociedade Bíblica Britânica e Estrangeira publicaram um Novo Testamento em Grego e a alternativa apresentada para Mateus 28:19 foi “en to onomati mou” (“em meu nome”). Eusébio foi citado como autoridade em favor desta versão.  

Uma possível tradução de Mateus 28:19 do Hebraico para o português é a seguinte:

“Jesus, aproximando-se deles, disse-lhes: Toda a autoridade me foi dada no céu e na terra. Ide e ensinai-os a observar todas as coisas que vos ordenei para sempre.” - Mateus 28:18-20 (Na Tradução do Evangelho de Mateus em Hebraico)

Versos com Deus, Jesus e o Espírito:

Alguns versos do Novo Testamento citam Deus Pai, Jesus e o Espírito. Os defensores da teoria da trindade usam tais versos para tentar provar que o Espírito Santo é uma pessoa assim como o Pai e como Jesus. Então alegam que tais versos comprovam a existência da trindade. Vejamos alguns exemplos.

O Batismo de Jesus

 

 “Batizado Jesus, saiu logo da água, e eis que se lhe abriram os céus, e viu o Espírito de Deus descendo como pomba, vindo sobre ele. E eis uma voz dos céus, que dizia: Este é o me Filho amado, em quem me comprazo.” - Mateus 3:16 e 17.

A Bíblia em nenhum momento diz que o espírito que desceu em forma de pomba era uma terceira pessoa, pelo contrário, afirma claramente que se tratava do próprio Espírito (pneuma) do Pai. O verso mostra uma manifestação dupla do Pai: manifestou-se através do seu Espírito e da sua voz. Se através deste verso chega-se à conclusão de que o espírito é uma pessoa, também poderíamos chegar à conclusão de que a voz de Deus também é uma pessoa. Por que não? Só porque o Espírito está escrito com inicial maiúscula e a voz com inicial minúscula? Sempre devemos lembrar que isso é uma convenção adotada em português, pois no original grego não havia tal distinção.

A Bênção de II Coríntios 13:13

“A graça do Senhor Jesus Cristo, e o amor de Deus, e a comunhão do Espírito Santo sejam com todos vós.” - II Coríntios 13:13 (ou 14 em algumas traduções)

A doutrina da trindade ensina que Deus é o primeiro, também chamado de “primeira pessoa da trindade”, Jesus Cristo é a segunda pessoa e, finalmente, o Espírito Santo é a terceira pessoa da trindade. Este é o ensino clássico trinitariano. Mas parece que esta seqüência de primeira, segunda e terceira pessoa não estava muito clara para o apóstolo Paulo. Perceba que Jesus Cristo é o primeiro a ser mencionado em II Coríntios 13:13. Ora, se a doutrina da trindade que se ensina hoje fosse um consenso entre os apóstolos, Paulo certamente obedeceria a ordem das pessoas, no entanto não o fez. Outro verso utilizado pelos trinitarianos

é I Pedro 1:2, mas neste verso é Jesus Cristo que aparece como a terceira pessoa de uma suposta trindade.

Além deste problema na forma, os trinitarianos enfrentam um problema de conteúdo ao lidar com II Coríntios 13:13. Ao lerem este trecho, interpretam precipitadamente que nossa comunhão deve ser com a terceira pessoa da trindade. Mas não é isso que o apóstolo diz. Paulo é claro quando afirma “e a comunhão do Espírito Santo”, não diz a comunhão com o Espírito Santo.

Graças a outros textos da Bíblia, não precisamos ser enganados neste ponto. Nossa comunhão é com o Pai e com o Filho, através do Espírito. Deus não pode se manifestar em toda sua glória diante de olhos pecadores e Cristo não está mais conosco em carne. Portanto, toda comunhão e comunicação que temos com o Pai e com o Filho é através do pneuma (o próprio Espírito do Pai e do Filho).

“Ora a nossa comunhão é com o Pai e com seu Filho Jesus Cristo.” - I João 1:3.

Agora sim! Comunhão com o Pai e com o Filho!

O Espírito Santo e Seus “Atributos e Ações Pessoais”

Algumas pessoas defendem que o Espírito Santo é uma pessoa pois alguns adjetivos (atributos) e verbos (ações) relacionados ao Espírito são típicos de seres pessoais. Por exemplo:

“Não entristeçais o Espírito de Deus, no qual fostes selados para o dia da redenção.” - Efésios 4:30.

“Do mesmo modo também o Espírito nos ajuda na fraqueza; porque não sabemos o que havemos de pedir como convém, mas o Espírito mesmo intercede por nós com gemidos inexprimíveis.” - Romanos 8:26.

“Porque não sois vós que falais, mas o Espírito de vosso Pai é que fala em vós.” - Mateus 10:20

“Apenas uma pessoa pode se entristecer”, alegam os trinitarianos. “Só uma pessoa pode ajudar, interceder e falar”. Os defensores da trindade afirmam que se o Espírito de Deus se entristece, ajuda, intercede e fala, então ele é uma pessoa divina! Este argumento faz sentido?

A Bíblia emprega diversas figuras de linguagem, inclusive atribuindo ao Espírito qualidades e ações típicas do seu possuidor (um ser pessoal). Isto não significa que o Espírito seja uma outra pessoa. A prova deste fato são os muitos exemplos de atributos e ações pessoais atribuídos também a espíritos de seres humanos.

O espírito do apóstolo Paulo orava: O meu espírito ora de fato.” (I Cor. 14:14). Como um espírito (pneuma) de um homem pode orar se esta é uma ação pessoal? Seria, porventura, o espírito de Paulo uma segunda pessoa, além de Paulo? O verso seguinte explica: “Orarei com o meu espírito... Cantarei com o espírito.” (I Cor. 14:15). É claro que quem orava e cantava era o próprio Paulo.

Lucas, autor do livro dos Atos, relatou que o espírito de Paulo se revoltou (Atos 17:16): “Enquanto Paulo os esperava em Atenas, o seu espírito se revoltava em face da idolatria dominante na cidade”. Ora, revoltar-se é uma ação pessoal. Só um ser com autonomia e percepção pode se revoltar, mas a Bíblia diz que o espírito de Paulo se revoltou. Seria, porventura, o espírito de Paulo uma entidade pessoal independente do seu possuidor (Paulo)? Absolutamente não! Novamente aqui temos uma figura de linguagem. Quem se revoltou com a idolatria da cidade foi o próprio Paulo.

Concluímos que quando a Bíblia diz que o espírito de alguém se entristeceu, então trata-se de uma figura de linguagem. Literalmente, quem se entristeceu foi a pessoa, o possuidor do espírito, não o seu espírito. Quando o salmista diz que o seu espírito estava amargurado, na realidade quem estava amargurado era o próprio salmista.

Isso vale também para o Espírito de Deus. Quando a Bíblia diz que alguém mentiu para o Espírito de Deus, na verdade isso significa que mentiram para o próprio Deus. Quando diz que o Espírito intercede, certamente está se referindo a Cristo, nosso único intercessor e mediador:

“É Cristo Jesus quem morreu, ou antes, quem ressuscitou, o qual está à direita de Deus, e também intercede por nós.” - Romanos 8:34.

“Porquanto há um só Deus e um só Mediador entre Deus e os homens, Cristo Jesus, homem.” - I Timóteo 2:5.

Adjetivos Tríplices

Muitas pessoas, na tentativa desesperada de encontrar textos que apóiem suas idéias, acabam buscando subsídios em trechos que nada tem a ver com o assunto da trindade. Entre estes trechos, podemos citar um grupo muito interessante: o grupo dos adjetivos tríplices. Em alguns versos das Escrituras Sagradas algum adjetivo relacionado a Deus é repetido três vezes e por esta razão alguns interpretam que cada menção do adjetivo refere-se a uma pessoa da trindade. Vamos citar dois exemplos:

“E clamavam uns para os outros, dizendo: Santo, santo, santo é o Senhor dos Exércitos; toda a terra está cheia da sua glória.” - Isaías 6:3.

“E os quatro seres viventes... proclamando: Santo, Santo, Santo é o Senhor Deus, o Todo-poderoso, aquele que era, que é e que há de vir.” - Apocalipse 4:8.

Na falta de textos que comprovem claramente a trindade, estas pessoas são capazes de incluir até mesmo Números 6:24-26 como evidência da existência do Deus-Triúno apenas pelo fato deste texto citar a palavra “Senhor” três vezes:

“O Senhor te abençoe e te guarde; o Senhor faça resplandecer o seu rosto diante de ti; o Senhor sobre ti levante o seu rosto e lhe dê a paz.” - Números 6:24-26.

Ora, tais texto não provam e nem mesmo servem como evidência de que nosso Deus é um Deus tríplice. A intenção do autor ao repetir três vezes uma palavra é dar ênfase e chamar a atenção do leitor. Este recurso literário é prática relativamente comum entre os autores bíblicos. Veja estes exemplos:

“Ó terra, terra, terra! Ouve a palavra do Senhor.” - Jeremias 22:29.

“Ao revés, ao revés, ao revés a porei, e ela não será mais, até que venha aquele a quem pertence de direito, e a ele  darei.”  - Ezequiel 21:27.

Estariam, porventura, os profetas sugerindo uma trindade de terras ou de revezes? Logicamente não! A tríplice repetição é apenas um recurso para chamar a atenção para determinado fato ou característica, uma forma de enfatizar um conceito.

O livro “Gramática Elementar da Língua Hebraica” de Hollenberg & Budde ensina que a forma repetida de um adjetivo em hebraico além de lhe comunicar ênfase, também serve como superlativo absoluto. Desta forma, “Santo, Santo, Santo” poderia ser entendido como “Santíssimo”.

A Blasfêmia Contra o Espírito Santo

“Todo pecado e blasfêmia serão perdoados aos homens; mas a blasfêmia contra o Espírito não será perdoada. Se alguém proferir alguma palavra contra o Filho do homem ser-lhe-á isso perdoado; mas se alguém falar contra o Espírito Santo, não lhe será isso perdoado, nem neste mundo nem no porvir.” - Mateus 12:31 e 32.

Este é outro texto que às vezes é usado por defensores da trindade. Digo “às vezes” porque o texto, se lido com atenção, mais compromete a visão trinitariana do que a favorece. Afinal de contas se existe apenas um Deus com três pessoas divinas que possuem o mesmo caráter e os mesmos atributos espirituais, por que o Pai é rico em misericórdias (Êxodo 34:6), o Filho é perdoador (Lucas 7:48 e 49), mas a terceira pessoa da trindade é implacável, ou seja, não tolera pecados contra ela? A três pessoas da divindade não têm o mesmo caráter? Por que existe esta distinção de pecados contra o Filho do homem e pecados contra o Espírito Santo? Vamos tentar entender um pouco mais esta questão do pecado imperdoável.

A blasfêmia contra o Espírito Santo é um dos assuntos que causa mais preocupação nos cristãos. (Em geral costuma-se usar a expressão “pecado contra o Espírito Santo”, mas a Bíblia fala que o pecado imperdoável é a “blasfêmia contra o Espírito Santo”). Quando eu era criança ouvi um sermão sobre o pecado contra o Espírito Santo onde o pregador enfatizava que este era o único pecado para o qual não havia perdão. Confesso que após ouvir este sermão, fiquei incomodado durante várias semanas me perguntando se já teria cometido este tipo de pecado. Orava a Deus para que ele abrisse uma exceção e me perdoasse se acaso eu tivesse cometido o pecado imperdoável. Todos os cristãos já ouviram que o pecado contra o Espírito Santo é imperdoável, mas poucos sabem o que é na prática a blasfêmia contra o Espírito Santo.

Segundo a explicação tradicional, o pecado contra o Espírito Santo consiste na resistência contra a obra do Espírito de nos convencer do pecado. Quando o Espírito de Deus atua em nossa consciência, mostrando um pecado, e resistimos à voz de Deus, então esta voz tende a diminuir. Chamamos popularmente este processo de cauterização da consciência, ou seja, o pecado se torna algo tão comum que a voz de Deus não mais é ouvida e o pecador não sente mais a necessidade de perdão. Embora este processo seja real, será que Cristo se referia à cauterização da consciência quando mencionou a blasfêmia contra o Espírito Santo? Para respondermos a esta questão vamos analisar o contexto de Mateus 12 e também de Marcos 3, os dois capítulos que mencionam o pecado da blasfêmia contra o Espírito Santo.

De acordo com Mateus 12:22-32 e Marcos 3:20-30, Jesus estava sendo acusado de expulsar demônios pelo poder de Belzebu, o maioral dos demônios. Cristo afirmou que foi através do Espírito Santo que o demônio foi expulso:

“Se, porém, eu expulso os demônios pelo Espírito de Deus, certamente é chegado o reino de Deus sobre vós.” - Mateus 12:28.

Lucas ao mencionar o mesmo episódio, em vez de utilizar “Espírito de Deus”, utiliza-se da expressão “dedo de Deus”.

“Se, porém, eu expulso os demônios pelo dedo de Deus, certamente é chegado o reino de Deus sobre vós.” - Lucas 11:20.

Compare estes dois últimos versos bíblicos que citamos: Mateus 12:28 e Lucas 11:20. O Espírito de Deus é, simbolicamente, o dedo de Deus. O dedo de Deus indica a forma como Deus age, neste caso age através do seu Espírito (pneuma). Perceba que os evangelistas ora se referem ao Espírito como Espírito Santo, ora como Espírito de Deus. Já vimos que são expressões equivalentes.

Mas a questão principal permanece. Cristo afirmou que os pecados contra o Filho do Homem seriam perdoados, mas contra o Espírito Santo não seriam perdoados. O que Cristo quis dizer com isto?

Cristo referia-se a si mesmo como “Filho do Homem”, ressaltando assim sua humanidade. Outros o reconheciam como “Filho de Deus”, uma clara referência à sua divindade. Cristo, ao chamar a atenção para a sua condição humana, fazia questão de ressaltar que suas obras eram feitas pelo poder do Pai, através do Espírito de Deus que lhe foi concedido. O contexto do episódio que analisamos deixa claro que o pecado imperdoável cometido pelos escribas e fariseus foi a insistente negação da atuação do Espírito de Deus nas obras de Cristo, considerando tais obras como fruto da atuação do diabo. É este o pecado imperdoável: a blasfêmia contra o Espírito Santo. Sempre que o Espírito de Deus atuar poderosamente e tal fato for interpretado como uma atuação do diabo, isto constituirá uma blasfêmia contra o Espírito Santo.

Outros versos podem nos ajudar a confirmar qual é o pecado imperdoável: deixar de reconhecer as obras de Deus diante das evidências:

“Respondeu-lhes, Jesus:  Se fôsseis cegos, não teríeis pecado algum; mas, porque agora dizeis: Nós vemos, subsiste o vosso pecado.” - João 9:41.

“Se eu não viera, nem lhes houvera falado, pecado não teriam; mas agora não têm desculpa do seu pecado... Se eu não tivesse feito entre eles tais obras, quais nenhum outro fez, pecado não teriam; mas agora não somente têm eles visto, mas também odiado, tanto a mim, quanto a meu Pai.” - João 15:22 e 24.

Estes dois versos abrem o horizonte de compreensão dos pecados que podem e que não podem ser perdoados. O pecado imperdoável é testemunhar as obras e evidências de Deus e considerá-las como algo do demônio. É rejeitar as evidências claras do poder de Deus, considerando-as como obras de Satanás. Para este pecado não há perdão. “Se fosseis cegos”, disse Jesus, “não teríes pecado algum”. Isto significa que se não houvesse evidências visíveis do poder de Deus, a incredulidade da liderança judaica poderia ser justificável, pois neste caso tratar-se-ia de um pecado apenas contra o Filho do homem. Jesus complementa: “Porque agora dizeis: Nós vemos, subsiste o vosso pecado”.

Há pessoas que crêem sem precisar ver - são bem-aventurados. Há outros que precisam ver para crer - Deus pode ajudá-los na falta de fé. Há, porém, um terceiro grupo que, mesmo vendo, não crê - os céticos. E, finalmente, há um quarto grupo: aqueles que vêem as evidências e obras miraculosas de Deus, não crêem e, além disso, atribuem tais obras ao demônio. Estes estão lutando contra Deus e cometendo o chamado pecado para a morte, pelos quais, segundo o apóstolo João, “não digo que rogue” (I João 5:16). É esta a blasfêmia contra o Espírito Santo.

A celebre oração intercessória de Cristo no Calvário, “Pai, perdoa-lhes, pois não sabem o que fazem”, mostra que os que lhe repartiam as vestes (Lucas 23:34) não haviam cometido o pecado para a morte, o pecado contra o Espírito Santo. De fato, os romanos não haviam tido a mesma oportunidade de testemunhar as obras de Deus através do Filho do homem. Herodes, ao julgar a Cristo, desejava ver sinais, mas Cristo não lhe respondeu com palavras. (Ver Lucas 23:8 e 9). Por isso, o pecado dos soldados romanos foi contra o Filho do homem, um pecado perdoável que mereceu uma oração intercessória de Cristo. Os romanos não pecaram contra o Espírito Santo, pois não tinham observado as evidências e obras de Cristo realizadas através do Espírito de Deus. Cristo disse a Pilatos: “Aquele que me entregou a ti maior pecado tem.” (João 19:11) Quando os romanos testemunharam evidências sobrenaturais não hesitaram em reconhecer a divindade de Cristo.

“O centurião e os que com ele guardavam a Jesus, vendo o terremoto e as coisas que haviam sucedido, tiveram grande temor, e disseram: Verdadeiramente este era Filho de Deus.” - Mateus 27:54.  

Muitos crentes sinceros, baseados na tradição trinitariana que receberam e que sempre professaram, podem imaginar que aceitar qualquer outro ensino sobre o Espírito Santo seria um pecado imperdoável. Não estaríamos rebaixando o Espírito de Deus se não o considerarmos como uma pessoa divina? A Bíblia é clara sobre o pecado imperdoável: Blasfemar contra o Espírito Santo é desprezar as abundantes evidências que temos à nossa disposição atribuindo tais evidências ao poder do diabo, assim como fizeram os judeus na época de Cristo. Só blasfema contra o Espírito Santo quem resiste contra o poder de Deus revelado em suas palavras e obras e os atribui ao inimigo. Deus não leva em conta os tempos de ignorância (Atos 17:30), mas exige um posicionamento firme daqueles que recebem a luz.

“A condenação é esta: A luz veio ao mundo, e os homens amaram mais as trevas do que a luz porque as obras deles eram más.” - João 3:19.

Prezado irmão. Blasfemar contra o Espírito Santo é desprezar as inúmeras evidências bíblicas sobre sua obra e natureza. É se agarrar a conceitos pré-estabelecidos desprezando a luz que emana do Espírito Santo de Deus.

“Daquele a quem muito é dado, muito se lhe requererá; e a quem muito é confiado, mais ainda se lhe pedirá.” - Lucas 12:48.

Fica demonstrado aqui que o episódio relatado em Mateus 12 e Marcos 3 sobre o pecado imperdoável é, na verdade, um testemunho contra o trinitarianismo e um alerta contra os que desprezam as evidências da Palavra de Deus.

“Então começou ele a lançar em rosto às cidades onde se operara a maior parte dos seus milagres, o não se haverem arrependido, dizendo: Ai de ti, Corazin! ai de ti, Betsaida! porque, se em Tiro e em Sidom, se tivessem operado os milagres que em vós se operaram, há muito elas se teriam arrependido em cilício e em cinza. Contudo, eu vos digo que para Tiro e Sidom haverá menos rigor, no dia do juízo, do que para vós. E tu, Cafarnaum, porventura serás elevada até o céu? até o inferno descerás; porque, se em Sodoma se tivessem operado os milagres que em ti se operaram, teria ela permanecido até hoje. Contudo, eu vos digo que no dia do juízo haverá menos rigor para a terra de Sodoma do que para ti. Naquele tempo falou Jesus, dizendo: Graças te dou, ó Pai, Senhor do céu e da terra, porque ocultaste estas coisas aos sábios e entendidos, e as revelaste aos pequeninos. Sim, ó Pai, porque assim foi do teu agrado. Todas as coisas me foram entregues por meu Pai; e ninguém conhece plenamente o Filho, senão o Pai; e ninguém conhece plenamente o Pai, senão o Filho, e aquele a quem o Filho o quiser revelar.” - Mateus 11:20-27.

Trindade no Velho Testamento?

Talvez o argumento mais fraco utilizado pelos doutores em divindade trinitarianos esteja relacionado com a tentativa inócua de provar a trindade no Velho Testamento. Este argumento se baseia na interpretação tendenciosa da palavra hebraica echad no seguinte verso:

“Ouve, ó Israel: O Senhor nosso Deus é o único (echad) Senhor.” - Deuteronômio 6:4.

De acordo com estes teólogos existem duas palavras em hebraico que significam “único”: echad e yachid. A diferença entre elas é que echad significa “um (entre outros)”. Isto significa que quando falamos echad estamos nos referindo a um único ser mas existem outros, ou seja, a possibilidade de haver outros é inerente em echad. Já a palavra yachid é usada para designar um ser exclusivamente único. Yachid é um só e ponto final!

De fato, este é o significado das palavras em hebraico, mas o problema está na interpretação particular que é dada para echad. A interpretação natural, levando-se em conta o contexto, é que o nosso Deus é o único (echad) Senhor (entre outros deuses pagãos). A palavra echad sugere a existência de outros deuses e o próprio verso 14 do mesmo capítulo diz o seguinte:

“Não seguirás outros deuses, os deuses dos povos que estão ao teu redor.” - Deuteronômio 6:14.

Ora, os doutos teólogos pretendem sugerir que os “outros deuses”, conceito implícito na palavra echad, são os componentes da trindade: Deus Filho e Deus Espírito Santo, além do Deus Pai que aparece de forma explícia. No entanto, através da análise do contexto de Deuteronômio 6, fica claro que os outros deuses são os deuses pagãos de Canaã.    

 A História da Doutrina da Trindade

a doutrina da Santíssima Trindade como pregada pela igreja Católica e por várias denominações protestantes não tem base bíblica. Na verdade, a palavra “Trindade” ou “Triúno” nunca foi utilizada pelos autores bíblicos. Esta doutrina é completamente estranha aos israelitas do Velho Testamento e aos cristãos do Novo Testamento. Nesta última seção mostraremos de forma bem resumida como a doutrina da Santíssima Trindade foi introduzida paulatinamente na igreja cristã.

“Paganização” do Cristianismo

Nos primeiros séculos da era cristã o mundo estava sob o controle dos romanos. Os imperadores daquela época perceberam que poderiam governar com maior facilidade utilizando-se da religião, unindo a igreja com o estado. Mas estes governantes tinham um desafio: agradar os dois maiores grupos religiosos da época: cristãos e pagãos. A forma encontrada foi adaptar o cristianismo ao paganismo e vice-versa. Isso causou o que podemos chamar de paganização da religião cristã. Muitas práticas surgiram como mistura de conceitos da cultura pagã com a cultura judaico-cristã. Um exemplo é a adoração de imagens de escultura, algo abominável para os apóstolos e profetas do Velho Testamento por ser prática claramente pagã. Mas a nova idolatria era adaptada para agradar aos cristãos. As imagens estabelecidas eram de Jesus e dos apóstolos e pretendiam apenas representar a divindade e os santos apóstolos - a princípio sem o objetivo de adoração, mas que demonstrou ser uma direta transgressão do primeiro e segundo mandamentos: “Não terás outros deuses diante de mim” e “não farás para ti imagens de escultura”. Desta forma, misturando o paganismo com o cristianismo, tais imperadores conseguiram agradar o grupo de pagãos e o de cristãos.

Os conceitos básicos para o estabelecimento da doutrina da trindade surgiram dentro deste contexto como forma de conciliar o culto politeísta dos pagãos com o culto cristão de adoração a um único Deus. Uma boa forma para agradar cristãos e pagãos seria o estabelecimento de um culto de um Deus formado por três pessoas. Desta forma, mais uma pessoa foi introduzida na unidade do Pai com o Filho. Agora não mais dizemos como Cristo “Eu e o Pai somos um”, mas sim “Eu, o Pai e o Espírito Santo somos um”.

O Concílio de Nicéia

De acordo com a Wikipedia, enciclopédia da Internet, “o primeiro concílio de Nicéia teve o lugar em 325 a.d. durante o reinado do imperador romano Constantino I (o primeiro imperador romano a aderir ao cristianismo). Foi a primeira conferência de bispos ecumênica da igreja católica.”

Naquela ocasião a igreja atravessava uma grande controvérsia com relação à natureza de Cristo. Várias teorias surgiram para explicar a questão da divindade e/ou humanidade de Cristo. A maior parte destas teorias estava bem longe da verdade e da simplicidade da Palavra de Deus. Um dos nomes mais famosos da época é o de Arius que questionava a divindade de Cristo defendendo uma posição muito parecida com a doutrina dos Testemunhas de Jeová (por isso são conhecidos como Arianos). “Na controvérsia ariana colocava-se um obstáculo grande à realização da idéia de Constantino de um império universal que deveria ser alcançado com a ajuda da uniformidade da adoração divina”, complementa a enciclopédia Wikipedia.

Vendo o império dividido nesta questão e almejando a unidade, Constantino convocou para o verão de 325 a.d. os bispos de todas as províncias. Um grande número de bispos atendeu à convocação de Constantino para o Primeiro Concílio de Nicéia que foi aberto formalmente em 20 de Maio. Após um mês, em 19 de Junho foi promulgado o Credo de Nicéia. Um “credo” era um documento preparado pela liderança da igreja que continha  as crenças fundamentais que todos os cristãos deveriam professar. Quem não professasse este conjunto de doutrinas era expulso da igreja. Isto aconteceu com alguns bispos que discordaram do Credo de Nicéia.

No credo de Nicéia lia-se o seguinte:

“Creio em um único Deus e Pai Onipotente, que fez o Céu e a Terra; e em um único Senhor Jesus Cristo, Filho de Deus, unigênito do Pai, nascido antes de todos os séculos, Deus de Deus, consubstancial com o Pai, que desceu dos Céus, e foi encarnado do Espírito Santo pela Virgem Maria; e no Espírito Santo, Senhor e Vivificante, que procede do Pai e do Filho, que é adorado e glorificado com o Pai e o Filho.”

No credo de Atanásio, produzido pouco depois do Concílio de Nicéia, o conceito da Trindade ficava mais claro:

“A Fé católica [universal] é que veneramos um único Deus na Trindade, e a Trindade na Unidade, sem confundir as Pessoas e sem separar a substância' (...) Outra é a Pessoa do Pai, outra a Pessoa do Filho, e outra a Pessoa do Espírito Santo (...) O Pai é Deus e Senhor, o Filho é Deus e Senhor, e o Espírito Santo é Deus e Senhor (...) Mas, assim como somos forçados pela verdade cristã a confessar cada Pessoa Deus e Senhor em particular, do mesmo modo somos impedidos pela religião católica [universal] de dizer três Deuses ou três Senhores.”

Vejamos o que diz “O Catecismo do Católico de Hoje”, pág. 12:

“A Igreja estudou este mistério com grande solicitude e, depois de quatro séculos de investigações, decidiu expressar a doutrina deste modo: Na unidade da Divindade há três pessoas – o Pai, o Filho e o Espirito Santo – realmente distintas uma da outra. Assim nas palavras do Credo de Atanásio: “O Pai é Deus, o Filho é Deus, e o Espirito Santo é Deus, e no entanto não são três deuses, mas um só Deus” - O Catecismo do Católico de Hoje Pág. 12 (Número 1248 da Editora Santuário – Edição 28 – 2002)

É importante lembrar que o Concílio de Nicéia não estabeleceu apenas os fundamentos para a doutrina da trindade. Outras decisões foram tomadas pelos bispos da igreja católica em 325 a.d. Segundo a enciclopédia Wikipedia “outra decisão do concílio de Nicéia consistiu na transferência do dia de descanso semanal do Sábado para o Domingo. Antes da religião cristã conseguir o reconhecimento oficial de Roma, judeus e cristãos tinham tradições e festejos em comum”. Sabemos que os pagãos adoravam o sol e os cristãos e judeus guardavam o sábado. Novamente uma nova doutrina foi estabelecida, os cristãos poderiam continuar guardando um dia por semana, o dia do Sol (Sunday, em inglês). Desta forma, novamente cristãos e pagãos poderiam se unir no novo sistema de adoração meio pagão meio cristão.

muitos crentes sinceros poderão levantar as seguintes questões: Qual é a diferença, na prática, entre aceitar a tradicional doutrina da Santíssima Trindade e aceitar a doutrina bíblica que o Pai e o Filho compartilham do mesmo espírito? Nossa salvação depende deste ponto? Todas as pessoas que no passado aceitaram a doutrina da Santíssima Trindade e as que hoje a aceitam estarão perdidas para sempre? O assentimento mental de qualquer teoria sobre a divindade terá algum efeito prático na vida do cristão? Ou Deus não leva em conta o que acreditamos desde que tenhamos amor uns para com os outros?

Sem dúvida, tais questões são extremamente relevantes para os seguidores de Cristo que procuram viver uma religião prática. O mundo religioso está cheio de teorias, doutrinas e dogmas que geram debates, conflitos, separações, guerra e morte. Se um ensino bíblico não tiver um efeito prático positivo na vida do cristão, tal ensino é totalmente dispensável e não mereceria nossa atenção. Veremos agora como a compreensão que temos sobre Deus afeta diretamente nossa religião na prática.

Adoração: A Essência da Religião

Envolvidos com atividades sociais, responsabilidades eclesiásticas, funções administrativas e ministeriais, muitas vezes nos esquecemos da essência da religião que é a adoração. A importância da adoração na religião cristã é indiscutível. Por esta razão todos os aspectos relacionados à adoração devem ser cuidadosamente analisados e jamais menosprezados. Há várias formas de provar que a adoração é provavelmente o elemento mais importante da religião. Esta importância é facilmente comprovada quando analisamos o esforço de Satanás para deturpar vários aspectos relacionados à adoração verdadeira. Se a adoração não fosse tão importante, certamente o inimigo não atuaria de forma tão especial nesta área. Podemos ver alguns exemplos bíblicos começando pela tentativa do inimigo de conquistar a adoração para si:

“Novamente o Diabo o levou a um monte muito alto; e mostrou-lhe todos os reinos do mundo, e a glória deles; e disse-lhe: Tudo isto te darei, se, prostrado, me adorares. Então ordenou-lhe Jesus: Vai-te, Satanás; porque está escrito: Ao Senhor teu Deus adorarás, e só a ele servirás.” - Mateus 4:8-10.

Felizmente Satanás não conseguiu alcançar seu grande objetivo de conquistar a adoração do Filho de Deus para si. A obstinação de Satanás por adoração é tão grande que o inimigo declarou guerra contra a adoração ao Deus verdadeiro:

“Ninguém de modo algum vos engane; porque isto não sucederá sem que venha primeiro a apostasia e seja revelado o homem do pecado, o filho da perdição, aquele que se opõe e se levanta contra tudo o que se chama Deus ou é objeto de adoração, de sorte que se assenta no santuário de Deus, apresentando-se como Deus.” - II Tessalonicenses 2:3 e 4.

Como Satanás não conseguiu obter a adoração que desejava, seu grande objetivo hoje é atrapalhar a adoração ao Deus verdadeiro atuando em vários aspectos. As grandes mensagens de Deus ao homem têm o objetivo de chamar a atenção para a verdadeira adoração. Vários aspectos que podem parecer irrelevantes à primeira vista, começam a merecer nossa atenção na medida em que descobrimos a relação que estes aspectos mantêm com a adoração. O Apocalipse, revelação especial para os crentes do tempo do fim, traz várias citações sobre o grande conflito entre Deus e Satanás, um conflito que gira em torno da adoração. Deus, através de seus

mensageiros, reclama a adoração para si:

“Temei a Deus, e dai-lhe glória; porque é chegada a hora do seu juízo; e adorai aquele que fez o céu, e a terra, e o mar, e as fontes das águas.” - Apocalipse 14:7.

“Eu, João, sou o que ouvi e vi estas coisas. E quando as ouvi e vi, prostrei-me aos pés do anjo que me mostrava estas coisas, para adorá-lo. Mas ele me disse: Olha, não faças tal; porque eu sou conservo teu e de teus irmãos, os profetas, e dos que guardam as palavras deste livro. Adora a Deus.” - Apocalipse 22:8 e 9.

Em contrapartida, o Apocalipse também revela o esforço do inimigo para desviar os crentes da adoração verdadeira. Segundo a profecia bíblica, a besta com aparência de três animais (leopardo, urso e leão)  irá receber o poder e grande autoridade do dragão (Satanás) e obter a adoração de muitos:

“E adoraram o dragão, porque deu à besta a sua autoridade; e adoraram a besta, dizendo: Quem é semelhante à besta? quem poderá batalhar contra ela?” - Apocalipse 13:4.

A adoração falsa profetizada será uma adoração tríplice. O Apocalipse revela que os enganados por Satanás adoram (1) O Dragão, (2) a Besta que recebeu autoridade do Dragão e (3) a Imagem da Besta. Esta última recebeu o fôlego (pneuma) da besta que subiu da terra.

“Foi-lhe concedido também dar fôlego à imagem da besta, para que a imagem da besta falasse, e fizesse que fossem mortos todos os que não adorassem a imagem da besta.” - Apocalipse 13:15.

Note que existe até uma pena de morte para os que não adorarem a imagem da Besta. Esta adoração tríplice e falsa é a marca do paganismo. Os povos pagãos adoravam vários deuses, dentre os quais se destacavam tríades, conjuntos de três deuses.

Perceba que a grande vítima da “paganização” do Cristianismo ocorrida nos primeiros séculos foi a verdadeira adoração. As perguntas “como adorar?”, “quando adorar?” e “a quem adorar?” tinham outras respostas antes da “paganização” do Cristianismo.

Como vimos, para conciliar pagãos e cristãos as imagens de escultura foram recebidas na igreja. A forma de adoração começava a mudar - uma terrível violação à adoração verdadeira e à lei de Deus! Uma nova resposta à pergunta “como adorar?” estava surgindo. Deus passava a ser adorado através de imagens.

Vimos também que no Concílio de Nicéia, em 325 a.d., o domingo foi oficialmente estabelecido como dia de guarda em substituição à prática de observância do sábado mantida por judeus e cristãos até então. Uma nova resposta para a pergunta “quando adorar?” foi estabelecida. Novamente uma terrível adulteração no dia de adoração especificado por Deus em sua lei!

Poderíamos citar outros exemplos tais como o papel de Maria que, sem dúvida, recebe boa parte da adoração e louvor que deveriam ser dirigidos apenas a Deus. Mas nosso foco neste livro é a trindade. Precisamos de uma resposta para a pergunta “A quem devemos adorar e louvar?” Ao Pai? Ao Filho? Ao Espírito Santo? Vamos deixar que a Bíblia responda:

Adoração ao Pai:

“Então ordenou-lhe Jesus: Vai-te, Satanás; porque está escrito: Ao Senhor teu Deus adorarás, e só a ele servirás.” - Mateus 4:10.

“Oh, vinde, adoremos e prostremo-nos; ajoelhemos diante do Senhor, que nos criou.” - Salmo 95:6.

Adoração ao Filho:

“E entrando na casa [os magos do Oriente], viram o menino com Maria sua mãe e, prostrando-se, o adoraram; e abrindo os seus tesouros, ofertaram-lhe dádivas: ouro incenso e mirra.” - Mateus 2:11.

“Então os que estavam no barco adoraram-no, dizendo: Verdadeiramente tu és Filho de Deus.” - Mateus 14:33.

“E eis que Jesus lhes veio ao encontro, dizendo: Salve. E elas, aproximando-se, abraçaram-lhe os pés, e o adoraram.” - Mateus 28:9.

“Pois a qual dos anjos disse jamais: Tu és meu Filho, hoje te gerei? E outra vez: Eu lhe serei Pai, e ele me será Filho? E outra vez, ao introduzir no mundo o primogênito, diz: E todos os anjos de Deus o adorem.” - Hebreus 1:5 e 6.

Adoração ao Pai e Filho:

“Ouvi também a toda criatura que está no céu, e na terra, e debaixo da terra, e no mar, e a todas as coisas que neles há, dizerem: Ao que está assentado sobre o trono, e ao Cordeiro, seja o louvor, e a honra, e a glória, e o domínio pelos séculos dos séculos: e os quatro seres viventes diziam: Amém. E os anciãos prostraram-se e adoraram.” - Apocalipse 5:13 e 14.

“Depois destas coisas olhei, e eis uma grande multidão, que ninguém podia contar, de todas as nações, tribos, povos e línguas, que estavam em pé diante do trono e em presença do Cordeiro, trajando compridas vestes brancas, e com palmas nas mãos; e clamavam com grande voz: Salvação ao nosso Deus, que está assentado sobre o trono, e ao Cordeiro. E todos os anjos estavam em pé ao redor do trono e dos anciãos e dos quatro seres viventes, e prostraram-se diante do trono sobre seus rostos, e adoraram a Deus, dizendo: Amém. Louvor, e glória, e sabedoria, e ações de graças, e honra, e poder, e força ao nosso Deus, pelos séculos dos séculos. Amém.” - Apocalipse 7:9-12.

“E tocou o sétimo anjo a sua trombeta, e houve no céu grandes vozes, que diziam: O reino do mundo passou a ser de nosso Senhor e do seu Cristo, e ele reinará pelos séculos dos séculos. E os vinte e quatro anciãos, que estão assentados em seus tronos diante de Deus, prostraram-se sobre seus rostos e adoraram a Deus, dizendo: Graças te damos, Senhor Deus Todo-Poderoso, que és, e que eras, porque tens tomado o teu grande poder, e começaste a reinar.” - Apocalipse 11:15-17.

Como ficou claro através destes versos bíblicos, apenas o Pai e o Filho são dignos de adoração. Não encontramos nenhuma evidência bíblica de que o Espírito Santo deva ser adorado. No entanto, muitos pregam e cantam louvores ao Deus-Trino.

O inimigo busca confundir nossa adoração criando mais uma pessoa divina cujo nome é Espírito Santo, quando na verdade o Espírito Santo é um atributo do Pai e do Filho que nós podemos receber, mas não um deus que devamos adorar ou louvar. Lamentavelmente é comum ver crentes sinceros louvando o Espírito Santo e até mesmo orando ao Espírito Santo, quando deveríamos orar ao Pai, em nome de Jesus, pelo derramamento do Espírito Santo. Biblicamente este tipo de adoração é vã, é inútil.

“Mas em vão me adoram, ensinando doutrinas que são preceitos de homem.” - Mateus 15:9

Que nossa adoração a Deus não seja vã. Que os preceitos de homens que há muitos anos estão arraigados em nosso coração sejam extirpados. Que possamos nos unir a toda criatura no céu, na terra e no mar e dizer: “Ao que está assentado sobre o trono, e ao Cordeiro, seja o louvor, e a honra, e a glória, e o domínio pelos séculos dos séculos.” - Apocalipse 5:13 e 14.

Conclusão

O estudo da bíblia e da história é muito importante para que o cristão sincero conheça o surgimento de doutrinas e práticas como o batismo de crianças, a trindade, a guarda do domingo, a infalibilidade da liderança da igreja e outras doutrinas não bíblicas. Infelizmente nosso espaço é limitado para entrarmos em detalhes, mas esperamos através deste breve retrospecto histórico e análise bíblica não apenas conscientizar o leitor como também estimulá-lo a estudar mais profundamente a história usando outras enciclopédias, livros históricos, internet e outras fontes.

Apesar do estudo da história ser muito importante, o estudo da Palavra de Deus é ainda mais importante, pois lá está a verdade pura e simples: As orientações que conduzem à adoração verdadeira:

“Para que todos honrem o Filho, como honram o Pai. Quem não honra o Filho não honra o Pai que o enviou.” - João 5:23.  

                                      DEUS o abençoe!

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